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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVINCIA DO BIÉ
COMPEXO ESCOLAR Nº 291 “CMDTE SIMIONE MUCUNE” DO CUITO/BIÉ

Trabalho Individual de História

Kuíto aos: 08/11/2021

Tema: Historiografia Cristã Medieval .

• Nome : Caetano Júlio Sapalo Paulino


• Número : 12
• Turma : A / Classe: 10ª / Período : Matinal.
• Historiografia Cristã Medieval

Com a queda império romano do ocidente, um novo contexto histórico irá


surgir, caracterizado pela destituição da economia urbana e comercial e o regresso
a uma economia essencialmente agrícola e de subsistência, da qual resultará
fatalmente o isolamento das populações. Todavia, os laços de consanguinidade são
substituídos pelos estreitos vínculos da identidade religiosa, da comunhão da
mesma fé, em que o pai ancestral e carnal é substituído pelo pai celestial cristão.

Foi uma época da regressão em vez duma expansão: as populações refluem


novamente aos campos. As cidades arruínam-se, as rotas comerciais encurtam-se e
acabam em muitos casos por desaparecer. O contacto e o intercâmbio de produtos
e de ideias entre as comunidades ou povos diferentes (diferentes na língua, na
raça, nos costumes, nas crenças, nas técnicas, na cultura) que tinham estado até
aí, deixaram de ser possíveis.

Numa sociedade em que a actividade económica predominante era a agricultura,


não há dúvidas de que a mão-de-obra servil está sujeita a uma corporação
sacerdotal que a explorava em nome da divindade.

Trata-se de uma historiografia cristã, em que o Cristo é o enfoque principal. O


cristianismo nasceu na Judeia (Palestina), região que fazia parte e era dominada
pelo império romano. Os judeus devido a opressão submetida pelos Assírios,
Persas, Gregos, Medos e Romanos acreditavam na vinda do Messias anunciado
pelos profetas que os devia libertar da opressão dos povos estrangeiros a que
estavam sujeitos e restauraria o trono de David restabelecendo no mundo o
governo de Jeová, único Deus que havia revelado ao povo de Israel mediante
Moisés.

No tempo do imperador romano Tibério César, nasceu Jesus que


genealogicamente pertencia a linhagem de David. Com cerca 30 anos começa a
pregar e operar milagres por toda a palestina que mereceu admiração e que
mais tarde é acompanhado por discípulos nos meios humildes do povo Judeu.
Dizendo-se o Messias o enviado de Deus, Jesus anunciava a boa nova: todos os
homens são iguais perante Deus e podem obter a vida eterna. Esta mensagem
era profundamente revolucionária na época.

Na verdade num tempo de grandes desigualdades sociais, de opressão e de


escravidão, Jesus defendia um mundo mais justo e fraterno, de igualdades
entre todos, ricos e pobres, senhores e escravos. Assim esta doutrina de amor
e tolerância atraiu crescentes e entusiastes multidões de fiéis. Ele atacava as
hipocrisias das autoridades religiosas judaicas fortemente comprometidas com
os invasores romanos. Foi neste ambiente que o povo viu nele as qualidades do
Messias predito pelos profetas dos séculos anteriores.
Entre os Judeus da Palestina, algumas ceitas religiosas como a dos fariseus,
receberam mal a doutrina de Jesus Cristo. Com o efeito estes não
consideravam Jesus como o Messias anunciado pelos profetas do antigo
testamento, pois eles pretendiam apenas ao povo de Israel. Deste modo
acusam-no de agitador do povo, perseguindo-no e denunciaram-no ao
governador romano Pôncio Pilatos. Depois de ser julgado, Jesus é condenado à
morte e crucificado no monte Calvário em Jerusalém.

Após a morte de Jesus Cristo, a doutrina de Jesus foi levada pelos seus
discípulos (apóstolos), a todo o mundo romano, cumprindo a palavra anunciada
por Jesus “ide e anunciai a todas as nações”. Por toda a parte divulgavam que
Jesus era o Messias anunciado ao mundo pelos profetas e o salvador do Mundo.
Era o início do cristianismo.

As suas reuniões secretas, as críticas a sociedade esclavagista romana e a


recusa em adorar os deuses romanos e prestar culto ao imperador, originaram
numerosas perseguições desencadeadas pelos governadores de Roma.

Características da Historiografia Medieval


– História Providencialista: é uma história que coloca por cima do homem a
vontade Divina;

– É uma história universalista que começa no tempo de Adão e Eva e termina


com o fim do mundo;

– É uma história onde toda a acção humana no tempo é impelida pelos dignos
de Deus, o que fez da sabedoria da História sabedoria divina;

– É uma história apologética, visto que prevê o fim do homem e do mundo,


tomando assim o carácter apocalíptico;

– É uma história repetitiva e cíclica;

– É uma história de poucas críticas de documentos, sem profundeza pela


veracidade dos factos, nem com a reconstituição fidedigna da história da
humanidade.

Limitações da Historiografia Cristã


Medieval
A vida da idade média esteve fortemente influenciada pela igreja católica que
difundiu o cristianismo como forma de pensamento dominante entre a classe
erudita e o povo, o que impediu a livre pesquisa provocando assim um forte
retrocesso a história e de mais ciências.

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