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A origem da vida era explicada pelas sociedades primitivas através do mito, em forma de
tradição oral, de geração em geração. O mito é sempre uma história com personagens
sobrenaturais, ou seja, os deuses.
É através do mito que essas sociedades explicavam a criação, sendo sempre uma
história sagrada. O MITO se refere a um pseudotempo e não a um tempo real, pois
não é datado de acordo com nenhuma realidade concreta.
Nesse período as sociedades eram complexas e com governo centralizado (em geral
monárquico), destacando-se Egito e Mesopotâmia. A origem dos homens está sempre
ligada a uma ideia de renascimento.
O MITO segue até a contemporaneidade paralelamente a outras formas de explicação.
TEOLOGIA
Com a difusão do judaísmo no império romano (durante a queda do império), surgem
grandes mudanças, o cristianismo passa a ser fundamento e justificativa da História, não
mais Roma.
Nesse momento, toda cronologia do passado é feita em torno da vinda do filho de
Deus a terra.
A História é dividida entre a.C. e d.C. e se retoma uma forma de explicação semelhante
à do MITO.
A realidade passa a ser explicada da seguinte forma:
• Superior e perfeito (Reino de Deus)
• Inferior e imperfeito (Reino dos homens)
Santo Agostinho é reconhecido com primeiro formulador de uma interpretação teológica
da História.
O INÍCIO DA IDADE MÉDIA
Esse é o momento de formação da civilização europeia ocidental e justamente aqui que
surge a Europa na História, como afirmação de uma identidade comum a diferentes povos
com formas de vida semelhantes.
Perde-se o rigor crítico de investigação que havia entre os gregos, a população vive
no campo e quase ninguém sabe ler, exceto membros do clero. A igreja, grande
proprietária de terras é quem registra a organização e forma de trabalho nessas terras.
Nesse período ocorre uma regressão cultural, não há preocupação com fatos,
acreditava-se em lendas, pedra filosofal, vida eterna, cidade de ouro etc.
Os primeiros documentos leigos vão aparecer apenas mais tarde, nos séculos XII e XIII,
com o renascimento urbano e comercial; surgem como registros de comerciantes
particulares, diários de escudeiros, cavalheiros famosos, menestréis etc.
Havia uma forte influência na forma de escrever a História, com a presença do
milagre, do maravilhoso, do impossível.
LIBERALISMO
Não são mais os teólogos que estão no comando da explicação das formas de
pensamento e realidade, mas sim os filósofos. O liberalismo passa a ser a explicação
e a justificação racional dessa nova sociedade. Essa corrente filosófica reclama o
progresso através da liberdade, contra a forte autoridade das monarquias e da igreja que
se exerceu durante muito tempo.
Depois da Revolução Francesa, esse liberalismo vai se fixar numa posição de
organizadora dos estados nacionais liberais, cujo melhor exemplo é a Inglaterra.
Alguns historiadores desse período são muitas vezes estadistas, envolvidos na ação
política, produzindo suas obras em geral de caráter político-partidário.
No século XIX com os estados em organização e estabilização e ainda os estados em
processo de unificação cria-se o estímulo pelo estudo de sua história nacional,
surgem inúmeras sociedades de pesquisa, governamentais ou particulares. Cada país
vai levantar a documentação referente ao seu passado.
É neste momento, na Alemanha, que surge a preocupação de transformar a História
em uma ciência, com a mesma segurança das ciências exatas. Iniciasse a busca por
métodos de trabalhos análogos e efetivos, que estabelecem leis e verdades de alcance
universal.
Desse momento em diante a História passa a ser vista de diferentes maneiras, porém,
existe uma certa convergência no que diz respeito a sua solidificação enquanto ciência.
COMENTÁRIO
Entendo que a concepção de História se transforma ao longo dos anos, iniciando pelo
Mito e se moldando através de diferentes linhas de pensamento até encontrar uma
explicação que entendemos como correta. Essa “evolução” se dá paralelamente ao mito,
que até a contemporaneidade não perdeu sua credibilidade como forma de explicação
para a criação.