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Abordagem Historiográfica

Para iniciarmos os estudos de História é importante procurar conceituá-la e delimitá-la. O que é


História? Para ser bem objetivo, “é o estudo do Homem no tempo” definição de um dos pais da
ciência histórica atual, Marc Bloch. Era francês, lutou na segunda guerra e era judeu: Morreu num
campo de concentração nazista dias antes da vitória dos aliados.
A História estuda as particularidades de cada época em que o homem viveu em sociedade e produziu
bens materiais, imateriais, tradições, conhecimentos técnicos e formas de se relacionar.
A História é estudada pela Historiografia ( HISTORIO = História / GRAFIA= escrita ).
É uma ciência, pois adota o método científico de pesquisa e procura
estudar e compreender as relações humanas ao longo do tempo, ou
seja, como os diversos grupos humanos se organizaram e interagiram
com a natureza e com eles mesmos para garantir a sobrevivência da
espécie. As diversas formas de organização, e todas as suas
manifestações culturais, são objetos de estudo, análise e interpretação
para a compreensão do passado, o entendimento do presente.
Ao longo dos séculos, a visão e os métodos de estudo da História
passaram por várias fases. Na antiguidade, a História era um relato das
batalhas, das vitórias e das grandes realizações dos chefes militares,
reis e imperadores. Alguns poucos, os historiadores passaram a se
preocupar com os sentimentos e a realidade das camadas dominadas
da sociedade. Faziam relatos sobre a vida cotidiana, mas sem buscar a
base documental e interpretativa dos fatos relatados.
Na Idade Média Ocidental, e até mesmo na época Moderna, a História
manteve a sua base de relatos de grandes feitos, só que agora sob a forte e determinante influência
religiosa que, até o século XVI, foi uma exclusividade católica.
A primeira grande mudança em relação ao ato histórico surge no século
XVIII com o advento do Iluminismo, cujos integrantes se preocuparam
com o entendimento científico, relegando a um plano menor as
influências religiosas e a dos feitos dos grandes monarcas.
Os iluministas buscavam razões concretas, fundamentadas em uma
base documental sólida, para a análise e interpretação dos
acontecimentos. Efetivamente, ocorreu uma diversificação das fontes
históricas, possibilitando uma ampliação do conhecimento e das
interpretações sobre o passado humano. Foram incluídas novas fontes
históricas, tais como: moedas,
vestimentas, arquitetura,
escultura, pintura, ferramentas, literatura, registros cartoriais. A
História vai deixando de ser apenas um mero relato dos fatos,
vai-se fazendo ciência.
Um grande passo em direção ao fortalecimento da História
enquanto ciência ocorre no século XIX, com o advento de
novos pensadores sociais. No século XIX (século das
ciências), nascem as ciências humanas como história,
geografia, psicologia, filosofia, sociologia dentre outras.
Corrente Filosófica: Positivista ( August Comte).

Positivismo Objetivo Cientifico (busca da História oficial).


Rigor no Método.
Construção de heróis e mitos.
Valorização de datas.
Nacionalismo.

Corrente Filosófica: Marxista (Karl Marx)


August Comte

“A história da humanidade é a história da luta de classe” (Karl Marx)

Marxista Materialismo dialético


Modo de produção: Primitivo comum na Pré-história.
Asiático comum na Antiguidade Oriental.
Socialismo Escravista auge da Grécia Antiga.
Feudal na Idade Media.
Capitalista o mais opressor.
Socialista nessa linha de pensamento seria o ideal.

Para Marx a história deveria caminhar para mudar a humanidade, fazer


pessoas criticas e consciente em prol de um regime socialista.
Karl Marx

Corrente Filosófica: Nova História ou Escola dos Annales.( Marc Bloch)

Annales Micro história (estudo do micro ao todo)


Interdisciplinaridade (ciências auxiliadoras)

Ciências Auxiliadoras
Paleografia (estudo da escrita);
Epigrafia (estudo das inscrições);
Filologia (estudo do desenvolvimento da língua escrita e falada);
Sigilografia (estudo dos selos);
Estatística (estudo de dados estatísticos). Marc Bloch

“TUDO É HISTÓRIA”
A História constitui um saber preocupado em desvendar e compreender as condições históricas das
vivencias humanas, ou seja, em tratar essas vivencias como expressão da época em que elas ocorreram.
Documentos Históricos
São chamados de documentos, fontes ou evidencias históricas, as fontes sugerem indícios, pistas,
indicações sobre temas pesquisados. Devem ser interpretados pelos historiadores e se dividem em três
categorias:
Documentos escritos: registros em forma de inscrições, cartas, letras de canções, livros, jornais, revistas,
documentos dentre outros.
Documentos não escritos: registros de atividades humanas, como vestimentas, armas, utensílios, pinturas,
esculturas, musicas, filmes, fotografias.
Documentos orais: depoimento de pessoas sobre os aspectos da vida social e individual.
Tempo Histórico

Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou
calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças
ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas
sociedades humanas.
O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais,
ao mesmo tempo em que são modificados por elas.
O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo.
Isto é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos
característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos
viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito
específico.
A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e voltar no
tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue
adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico

O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada
povo. Os cristãos, por exemplo, datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus
Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.
O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é
considerado o mais importante. O ano de 2019, em nosso calendário, por exemplo, representa a
soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu
desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.
Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de
registrar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as
letras a.C. e, dessa maneira, então 127a.C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento
de Cristo.
Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras
d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado
acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a
hora em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

 Milênio: período de 1.000 anos;


 Século: período de 100 anos;
 Década: período de 10 anos;
 Quinquênio: período de 5 anos;´
 Triênio: período de 3 anos;
 Biênio: período de 2 anos
A linha do tempo

A linha do tempo é usada para ordenar e representar os fatos históricos numa sequência cronológica.
Periodização da História

Vamos compreender agora como os períodos da história são divididos pela Historiografia.

Pré-História
A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra e dura até cerca de 4000 a.C., com o
surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo
nomadismo e atividades de caça. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao
sedentarismo e a criação das primeiras cidades.
No Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo; e da escrita;
No Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais, e começou-
se a praticar a domesticação de espécies vegetais;
Na Idade dos Metais: fundição dos metais e utilização deste no fabrico de instrumentos, o último período da Pré-
história demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da
Antiguidade, Egito e Mesopotâmia.
Após o homem pré-histórico descobria a existência de outros povos (civilizações) eles começam a disputar entre si
para saber quem eram os mais fortes onde o grupo perdedor serviria como escravo nasce então, o primeiro método de
escravidão.

Idade Antiga
A Antiguidade compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do
Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações, sobretudo no
chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egito, Palestina,
Mesopotâmia, Irão e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma.

Idade Média
A Idade Média é entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos
e consequentemente a queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto
em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa.

Idade Moderna
A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende
o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento
do modo de produção capitalista.

Idade Contemporânea
A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto
o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.
Período da história do Brasil

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