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HISTÓRIA
O que é História
Nesse sentido, o papel do historiador é fazer uma análise crítica que o permita
chegar a uma conclusão sobre determinado acontecimento passado a partir da
investigação de fontes históricas. O historiador não deve glorificar ou demonizar
determinado acontecimento, mas deve analisá-lo criticamente, utilizando todas as fontes
que estiverem ao seu alcance e empregando métodos de análise que o auxiliem em seu
exercício.
Periodização
Pré-História
Idade Antiga
Idade Média
Idade Moderna
O marco estipulado para o fim desse período é a Queda da Bastilha, evento que
iniciou a Revolução Francesa, em 1789.
Idade Contemporânea
A história é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela
investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse
sentido, o conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que
constrói seu tempo.
1. INTRODUÇÃO
Entre esses marcos, passaram-se cerca de mil anos. Foi um tempo em que os
europeus viveram, em sua maioria no campo, restritos a propriedades que buscavam
sua autossuficiência. A sociedade, muito diferente daquela do Império Romano, era
rigidamente hierarquizada e marcada pela fé em Deus e pelo controle da Igreja católica,
sem dúvida a instituição mais poderosa de toda a Idade Média. O poder político era
descentralizado, isto é, estava nas mãos de inúmeros senhores da terra. Por todas essas
características, muitos estudiosos acabaram chamando esse momento de Idade das
Trevas. Eles acreditavam que o mundo medieval tinha soterrado o conhecimento
produzido pelos gregos e romanos. O estudo dos fenômenos naturais e das relações
sociais por meio da observação, por exemplo, teria sido substituído pelo misticismo
religioso. Entre o século V e o IX, é o de consolidação do mundo feudal, quando se
formam os reinos e se cristaliza a organização social a sociedade feudal começa a dar
sinais de mudanças, com o fortalecimento das cidades e do comércio. O sistema feudal
Para se compreender a sociedade moderna e suas instituições. O certo é que durante
esses mil anos a sociedade europeia construiu grande parte de seus valores culturais, que
iriam se espalhar por todo o mundo a partir do século XV, com as Grandes navegações.
Valores que são, até hoje, plenamente perceptíveis.
4. Conclusão
A partir dos diferentes conceitos históricos, tempo, espaço que serviu de base
para esse trabalho, foi possível ratificar a importância de se realizar releituras de
passado histórico, época medieval que muito contribuiu para a compreensão do próprio
presente, pois a partir da memória histórica de um povo, é possível compreender melhor
sua estruturação social ao longo do tempo. Além disso, revisitar autores que apresentam
diferentes pontos de vista sobre determinada época contribui para compreender de
diferentes formas a época abordada, mas principalmente para apreender o mundo atual
onde estamos inseridos, revelando nosso próprio tempo atual.
CIÊNCIAS AUXILIARES DE HISTÓRIA
A História é uma ciência que tem como objeto de estudo as ações do homem no
tempo e espaço durante a passagem temporal, portanto, dedica-se ao estudo do passado.
A História é a ciência responsável por estudar as ações humanas no tempo e espaço ao
longo dos anos.
FONTES HISTÓRICAS
As fontes históricas são os itens com vestígios do passado que são legados para
a posteridade e servem de embasamento para que os historiadores possam realizar o seu
trabalho de investigação do passado humano. Até o século XIX, consideravam-se
somente as fontes escritas como fontes históricas, mas a partir do século XX um leque
de novas fontes começou a ser explorado pelos historiadores.
José D’Assunção Barros organiza as fontes históricas em quatro tipos, que são:
documentos textuais;
vestígios arqueológicos e fontes da cultura material;
representações pictóricas; e
registros orais.
Resumo
Os locais no Brasil que mais receberam escravos foram Rio de Janeiro, Recife e
Salvador.
O tráfico negreiro só foi proibido no Brasil em 1850, por meio da Lei Eusébio
de Queirós.
Mas o factor mais relevante, e que nos ajuda a entender a substituição da mão de
obra escrava dos índios pela dos africanos, está no funcionamento do sistema
económico da época baseado no mercantilismo. Em outras palavras, o tráfico negreiro
era uma actividade extremamente lucrativa para a metrópole, isto é, para Portugal. A
venda de escravos indígenas, por sua vez, movimentava a economia exclusiva da
colónia, e, assim, a fim atender a essa demanda da metrópole para a abertura de um
comércio altamente lucrativo, é que a escravidão africana foi inserida no Brasil.
Nos portos, ainda na África, eram trocados por alguma mercadoria de valor,
como tabaco, cachaça, pólvora, objectos metálicos etc. Por fim, eram embarcados no
navio chamado de tumbeiro, que então os transportaria para a América. Alguns
escravos podiam ser encaminhados para a Europa, inclusive cidades como Sevilha e
Lisboa possuíam uma população expressiva de escravos africanos.
Muitos alimentavam-se apenas uma vez por dia e quase não recebiam água
potável. Eram aglomerados em porões, com uma quantidade elevada de pessoas, o que
tornava, muitas vezes, difícil respirar e facilitava a transmissão de doenças. Uma das
doenças que mais atingiam os escravos nos navios negreiros era o escorbuto, causado
por uma dieta pobre em vitamina C. As historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa
Starling|5| enumeram outras doenças que eram comuns nos navios negreiros:
Varíola;
Sarampo;
Febre amarela;
CONSEQUÊNCIAS DEMOGRÁFICAS
O LEGADO DA ESCRAVIDÃO
Navio negreiro era o nome pelo qual ficou conhecido o barco que
transportavam os negros destinados ao trabalho escravo no continente americano entre
os séculos XVI e XIX.
Por vezes era permitido que pequenos grupos subissem ao convés para um
banho de sol. Havia também o sadismo por parte da tripulação que obrigava os
escravizados a dançarem ou os submetiam a humilhações diversas.
Calcula-se que, de 1525 a 1866 12,5 milhões de indivíduos (estima-se que 26%
eram ainda crianças) foram transportados como mercadoria para os portos americanos.
Doenças
Revoltas
Outro factor que contribuía para o elevado número de mortes eram os castigos
aplicados aos revoltosos.
Grande parte dos escravos era obrigada a presenciar a punição a fim de que eles
fossem persuadidos de não tentarem o mesmo.
A mais conhecida foi a do navio "Amistad" em 1839 que teria sua estória levada
ao cinema. No entanto, outras revoltas como a do barco "Kentucky", de 1845, foi
sufocada e todos os negros jogados ao mar.
A expansão marítima foi encabeçada por Portugal, o país pioneiro de todo esse
processo. Os portugueses reuniram as condições políticas, económicas e geográficas que
lhes permitiram dar início a esse movimento. Em seguida, os espanhóis montaram a
expedição que chegou à América, em 1492.
RESUMO SOBRE A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA
Esse processo foi iniciado pelos portugueses e foi motivado por questões
religiosas, políticas e económicas. A partir da expansão marítima, os europeus chegaram
a locais que eles até então desconheciam e estabeleceram novas rotas comerciais por
todo o planeta. Focando no século XV, esse movimento resultou na chegada dos
europeus à América e na descoberta de uma rota marítima até a Índia.
A expansão marítima europeia foi iniciada pelos portugueses no século XV. Até
então, os europeus tinham um conhecimento extremamente limitado sobre o oceano
Atlântico, que, durante esse processo, foi explorado, permitindo a descoberta de novas
rotas e a chegada dos europeus a novos lugares.
Para ter acesso novamente a elas, eram necessárias novas rotas para o Oriente, e
isso só seria possível por meio da exploração oceânica, daí o impulso pelo movimento
marítimo. Por fim, a localização geográfica foi fundamental, pois todo o litoral
português era voltado para o oceano Atlântico. Além disso, o litoral português fica
próximo a correntes marítimas que facilitavam a navegação.
A expansão marítima passou a ser vista como um grande projecto para a nação
portuguesa, sendo liderado pelos monarcas do país e apoiado pela população, pela
nobreza e pelo clero. Além do desejo económico, havia a missão de levar o catolicismo
para outros povos.
Este desiderato seria cumprido pela Sociedade das Nações, criada em 1919, após
a assinatura do Tratado de Versalhes e pelos signatários do mesmo. O organismo
começou a sua actividade um ano mais tarde, mas a falência do projecto tornou-se
visível rapidamente, pela falta de autoridade real e pela inoperância para resolver
conflitos regionais de amplitude e gravidade excepcionais, como a conquista italiana
da Etiópia, a agressão japonesa contra a Manchúria e a Guerra Civil de Espanha.
Por outro lado, nem todas as nações foram tratadas de igual modo, pois os vencidos
da Primeira Guerra Mundial foram inicialmente banidos e a URSS, olhada com
manifesta desconfiança pelas democracias como pelas ditaduras, só muito tardiamente
foi reconhecida (1934), vindo a ser expulsa mais tarde, já durante a Segunda Guerra
Mundial (1940). Também os Estados Unidos, que entre as duas guerras mundiais
persistiram numa política de isolacionismo, se mantiveram de fora da organização.
Outro ponto fraco na vida da organização foram as relações com as potências
agressoras, como a Alemanha nazi e o Japão e, mais tarde, a Itália fascista, que a
abandonaram, para não se subordinarem aos ditames pacifistas que se encontravam no
seu espírito.
Incapaz de deter as agressões expansionistas, tanto na Europa como no Extremo
Oriente, a Sociedade das Nações paralisou durante o conflito de 1939-45, deixando de
funcionar totalmente, mas ainda levou a efeito uma sessão oficial depois do termo da
guerra (1947). Reconhecida a sua falência, embora o mundo ainda tivesse fé nos
princípios e objectivos que haviam norteado a sua criação, acabou por se dissolver, para
dar lugar à ONU, formada imediatamente após a Segunda Guerra Mundial com
objectivos idênticos aos da Sociedade das Nações.
Sucessos e fracassos
Nos anos 30, a sua autoridade foi desafiada pelas potências revisionistas, o
Japão, a Itália e a Alemanha, tendo sido incapaz de evitar a eclosão de uma nova guerra
mundial.
No entanto, o balanço da sua ação não se pautou apenas por fracassos, tendo
sido bem-sucedida no domínio da cooperação internacional, por meio dos seus vários
comités e comissões. Foi o caso da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
ajudou a melhorar as condições laborais em todo o mundo, ou da Organização de Saúde,
que promoveu a investigação sobre epidemias, ajudando a combater a epidemia de tifo
na Rússia.
A SDN foi sempre encarada como uma organização estabelecida para servir os
interesses das potências vencedoras, nomeadamente da França e da Grã-Bretanha. Os
EUA, que haviam sido os grandes impulsionadores da sua criação e que eram a
principal potência mundial, acabaram por não integrar a organização, minando desde
logo os seus fundamentos.
A SDN não tinha uma força militar que pudesse ser utilizada para fazer cumprir
as suas diretivas. A Comissão de Desarmamento, por exemplo, nunca conseguiu
persuadir os estados membros a reduzirem os seus armamentos. Por outro lado, era
difícil chegar a decisões unânimes entre os estados-membros (começaram por ser 42,
inicialmente, aumentando até aos 58, em 1926).
SÍNTESE:
Nos anos 30, a sua autoridade foi desafiada pelas potências revisionistas.
O balanço da sua acção não se pautou apenas por fracassos, tendo sido bem-
sucedida no domínio da cooperação internacional, por meio dos seus vários
comités e comissões.
Os EUA acabaram por não integrar a organização, minando desde logo os seus
fundamentos.
A criação dos ELF foi importante, pois marcou o início da coordenação dos
países da África Austral na oposição aos regimes de minoria branca. Devido à força do
regime sul-africano, as acções dos ELF tiveram como foco inicial apoiar outros
movimentos de libertação na região. Pouco a pouco, os ELF passaram a ser
considerados pela comunidade internacional como a vertente política de combate
ao apartheid.
A Linha da Frente, tinha por objectivo a libertação total dos povos e territórios
oprimidos e sob dominação política, económica e social na África Austral.
CRIAÇÃO DA SADC
Esses países, com exceção da África do Sul, que se situa em um grau bem mais
elevado de desenvolvimento económico, passaram a adoptar medidas para alcançar o
mercado regional, sendo que nesse caso, o desenvolvimento da indústria local é
fundamental para a diminuição da dependência dos produtos estrangeiros. Dessa forma,
a produção desses países referidos tem se concentrado na produção de produtos de base.
Principais objectivos
Tal processo foi revidado pela colônia, no que ficou conhecido como as Guerras
de Independência dos EUA.
"A vitória inglesa na guerra deu ao país acesso a uma grande quantidade de
terras no oeste que eram do interesse dos colonos. A Coroa inglesa, porém, proibiu a
ocupação dessas terras para evitar confrontos com as nações indígenas, desagradando
aos colonos da América.
Lei do Selo: datada de 1765, nela se decretou que todo documento impresso na
colônia somente seria válido ao receber um selo inglês. Esse decreto provocou
muitos protestos na América, o que fez os ingleses revogarem-no no ano
seguinte.
Lei do Chá: foi o estopim do movimento de independência, determinando o
monopólio da venda do chá na América para a Companhia das Índias Orientais.
Isso desagradou às elites locais e causou uma pequena revolta conhecida como
Festa do Chá de Boston, na qual colonos invadiram o porto de Boston e
lançaram mais de 300 caixas de chá ao mar."
"Ao longo dos séculos XVI e XVII, houve a formação e a consolidação dos
Estados Modernos Europeus, que tiveram como modelo político predominante o
absolutismo monárquico e como sistema econômico o mercantilismo. Muitos desses
Estados também se tornaram potências ultramarinas, isto é, conquistaram territórios e
construíram colônias fora do continente Europeu. Na segunda metade do século XVIII,
grande parte desses Estados entrou em conflito, produzindo uma guerra de proporções
globais que ficou conhecida como a Guerra dos Sete Anos (1756-1763).
"A França passou a apoiar a Áustria contra a Prússia, e essa última recebeu o
apoio dos ingleses, que já eram inimigos históricos dos franceses. A Rússia teve dois
posicionamentos distintos na guerra: inicialmente, quando era governada pela czarina
Elisabete, colocou-se contra a Prússia, depois, quando Pedro, o Grande, subiu ao trono
como czar, passou a dar apoio a Frederico II, voltando-se contra a Áustria.
O fato é que, de 1756 para 1757, a guerra, em virtude das alianças, começou a se
alastrar para outros domínios. Franceses e ingleses entraram em confronto na ilha de
Minorca, um dos lugares estratégicos do Mar Mediterrâneo, em 20 de maio de 1756.
Esse episódio ficou conhecido como a Batalha de Minorca e é tido como o ponto de
expansão da guerra para além dos domínios europeus, já que as colônias francesas e
inglesas na América do Norte também entraram em conflito, acompanhando o
desenrolar da guerra nas metrópoles.
Olmecas
Por volta de 1000 a.C., algumas das aldeias do Vale do México deram origem a
cidades que, em torno de 200 d.C. foram submetidas pelos maias um dos povos fixados
na região, cujas cidades estenderam-se pelo território que atualmente corresponde a
México, Guatemala, Honduras e El Salvador.
Astecas
Incas
Os maias são a civilização mais antiga entre os três grupos mencionados: maias,
incas e astecas. A civilização maia floresceu na região que hoje é conhecida como
América Central, incluindo partes do sul do México, Guatemala, Belize, Honduras e El
Salvador. A civilização maia teve seu auge entre os séculos VI e IX d.C.
Os astecas, por outro lado, eram uma civilização que se desenvolveu mais tarde,
no planalto mexicano. Eles estiveram no auge de seu poder entre os séculos XIV e XVI
d.C., muito depois dos maias.
Portanto, em termos de antiguidade, os maias são os mais antigos, seguidos pelos incas
e, por fim, pelos astecas.
1. Maias:
2. Incas:
3. Astecas:
Breves Considerações
Portugal para o seu domínio colonial em Angola, contou primeiramente com os
degredados, criminosos e indesejáveis da sociedade portuguesa. Estes seres humanos da
pior espécie da sociedade portuguesa são os que asseguraram o povoamento. Com o
fracasso deste tipo de povoamento, os portugueses vão usar pequenos comerciantes e
por fim os colonos brancos. Porém, Fernandes e Capumba, 2006, sustentam que, os três
tipos de estratos do modelo colonial Português foram os auxiliares da autoridade
portuguesa para a «civilização» dos africanos. É de salientar também que, a civilização
dos povos africanos consistiu na fixação de lavradores portugueses rurais no interior das
colónias. Mesmo com os fracassos deste tipo de colonização, Portugal continuou a
considerar o povoamento branco rural como a pedra angular da sua colonização. Este
modelo era chamado de povoamento dirigido ou planificado, que consistia no transporte
gratuito de colonos brancos de 1900-1972. Estes, ao chegarem para Angola, recebiam as
terras dos proprietários tradicionais africanos, habitação, animais, sementes, subsídios e
ocasionalmente, apoio técnico. Portanto, este tema tem o seu fundamento depois da
Guerra de Libertação Nacional (GLN) em Angola, no ano de 1961. Isto fez surgir a
integração dos Angolanos nos colonatos.
Para Fernandes e Capumba, 2006, Portugal responde esta acção dos Angolanos
com algumas medidas coercivas. Decretou algumas leis resultantes da mudança de
orientação política para enfrentar a nova realidade na colónia. Destacam-se os seguintes
pontos levantados nestes decretos-leis:
Contexto histórico-geográfico
É um país localizado na África Austral situado nos hemisférios Sul e Este. Tem
as seguintes coordenadas geográficas: 12° 30´ Sul e 18° 30´ Este. É limitada a Norte
pela República do Congo (Brazzaville) e pela República Democrática do Congo e a Este
pela República da Zâmbia; a Sul pela República da Namíbia e a Oeste pelo Oceano
Atlântico. Possui uma superfície total de 1.246.700 Km2.
Angola vivia uma situação de estagnação económica que decorria das próprias
características da exploração colonial. Tornava-se escassa o capital de investimento e a
poupança local era invisível nesta época, a pobreza da população era visível e não
dinamizava o mercado, faltavam equipamentos, técnicos e pessoal qualificado. Segundo
Fernandes e Capumba, 2006, p.51,
"estes também não abundavam em Portugal e os que ali se formavam não tinham
razões para emigrar para uma Angola distante e considerada insalubre".
Por outro lado, depois da Segunda Guerra Mundial, como estratégia para manter
as colónias, estas passaram a ser designadas No entanto, a vida económica das colónias
continuava atrasada e as instituições políticas administrativas e sociais continuaram
subordinadas à metrópole.
Durante este período, era praticamente gratuito. O que quer dizer que, que os
trabalhadores assalariados eram importantes para as plantações, minas e unidades
pesqueiras, ou mesmo para serviços municipais. A escassez e falta de qualificação de
mão-de-obra disponível eram assim «compensada» pela sobre-exploração das
comunidades rurais, quer dos que partiam quer dos que ficavam, a destacar: mulheres
(recebiam tarefas mais pesadas e maiores responsabilidades) . Para alguns
historiadores, no período colonial as exportações eram meramente tradicionais e
baseavam-se sobretudo no sector agrícola (milho, café, algodão, óleo de palma, sisal) e
nos diamantes (através da Companhia de diamantes-DIAMANG). Contudo, o café
tornou-se o mais valioso desses produtos, ultrapassando o milho em 1942 e os
diamantes em 1946, mantendose imbatível, à cabeça das exportações angolanas até
1973, quando o petróleo passou para primeiro lugar.
ANTECEDENTES DA INDEPENDÊNCIA
Cimeira de Nakuru
c)- Libertar todos os presos que se encontravam ainda sob controlo de cada um
dos movimentos.
Várias foram as causas que motivaram Portugal a assumir uma postura diferente
dos demais colonizadores em África, foram nomeadamente o surto de grupos de
movimentos contestatários que reivindicavam, uns, o fim da manutenção da soberania
portuguesa na colónia, a aceitação do princípio da autodeterminação dos povos, seguida
de uma completa descolonização e independência do território, etc.
Ficou definida também que Angola passaria a aderir aos princípios da Carta da
Organização de Unidade Africana (OUA) e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Assim, Angola foi reconhecida internacionalmente por vários Estados e organizações.
No entanto, a proclamação da independência de Angola foi marcada no contexto da
guerra. Pois, Angola foi invadida a Norte por uma coligação de Forças militares
integrada pelos guerrilheiros da FNLA, mercenários europeus, forças regulares do
exército Zairense e, a Sul pelo exército Sulafricano aliado da UNITA, com o objectivo
de tomarem a capital de Luanda antes do dia 11 de novembro de 1975.
Iniciava-se assim uma guerra entre os angolanos com uma forte componente
militar estrangeira. A UNITA, FNLA, contaram com o apoio dos Estados Unidos da
América (EUA), da África do Sul e do Zaire; ao passo que o MPLA, por razões
ideológica foi apoiado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e por
Cuba (além da ajuda de Portugal e de alguns países do Leste da Europa. Assim foi a
situação de Angola momentos antes da independência.
Um poder pendente do poder central, afastado dos cidadãos, sem autonomia dos
meios financeiros para promover a satisfação das necessidades sociais
específicas de cada região, de cada cultura, nas províncias, municípios, comunas
ou bairros;
A inexistência de liberdade de expressão, de pensamento, de associação e de
outros, etc.;
e) Formação socialista.
Após a IIª grande guerra mundial surge duas grandes super potências com um
poderio industrial consolidado, sem quaisquer possessões coloniais em áfrica e ávidas
em estender a sua influência em novos mercados ocupados pelas potências coloniais
europeias para encontrarem matérias-primas e escoarem os produtos da sua poderosa
indústria: Estados Unidos e a União Soviética. O fenómeno iniciou em 1947.
Antes da revolução, a França era uma monarquia absolutista governada por Luís
XVI.
A França vivia uma intensa crise econômica durante as décadas de 1770 e 1780, e
essa, em partes, motivou o início da revolução.
A Revolução Francesa foi resultado direto da crise que a França vivia no final do
século XVIII. A insatisfação popular (com a crise econômica e política que o país
vivia) aliou-se com os interesses da burguesia em implantar no país as ideias
do Iluminismo como forma de combater os privilégios da aristocracia francesa.
No final do século XVIII, a França era uma monarquia absolutista em que o rei
era Luís XVI. O poder de Luís XVI, como em todo regime absolutista, era pleno, e a
sociedade francesa era dividida em grupos sociais muito bem definidos. A composição
social da França era a seguinte:
Essa divisão social na França tinha uma clara desigualdade social, uma vez que
Primeiro e Segundo Estados possuíam privilégios que não se estendiam ao Terceiro
Estado. O destaque vai para as isenções de impostos que ambas as classes possuíam e
para o direito de alguns nobres de poderem cobrar impostos dos camponeses que
trabalhavam em suas terras.
O Terceiro Estado, por sua vez, era um grupo bastante heterogêneo, isto é,
composto por diferentes grupos, como a burguesia e os camponeses (os segundos
correspondiam a 80% da população francesa). Os camponeses viviam na pobreza ao
passo que a aristocracia francesa vivia uma vida de luxo. Para os burgueses, os
privilégios da aristocracia do país eram um entrave para o desenvolvimento de seus
negócios. A desigualdade social é a primeira causa da revolução.
Toda essa situação de desigualdade agravou-se com a crise social que existia na
França. A crise econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país (o
governo francês gastava 20% a mais do que arrecadava). Esses gastos foram agravados
pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A existência de privilégios de
classe no país também contribuía para a crise.
O Terceiro Estado, porém, não estava disposto a manter-se nos Estados Gerais
dentro dos moldes em que ele funcionava em tempos passados. Com isso, foi proposto
pelos representantes desse Estado uma alteração no funcionamento dos Estados Gerais.
Em vez de o voto ser por Estado, foi proposto que ele fosse individual, isto é, todos os
membros dos Estados (incluindo os mais de 500 do Terceiro Estado) teriam direito ao
voto.
O rei francês não aceitou a proposta e, assim, o Terceiro Estado rompeu com os
Estados Gerais e fundou a Assembleia Nacional Constituinte, com o propósito de
redigir uma Constituição que proporia mudanças para a França, tornando-a uma
monarquia constitucional. Quando Luís XVI tentou fechar a Constituinte à força, a
população parisiense rebelou-se em sua defesa.
No dia 12 de julho de 1789, a população francesa tomou as ruas de Paris. No dia 13,
foi criado uma Comuna para governar Paris e uma Guarda Nacional, espécie de
milícia popular. No dia 14, a população partiu para tomar armas e pólvora do governo
e, com isso, atacou a Bastilha, antiga fortaleza convertida em prisão que era usada para
aprisionar opositores dos reis franceses.
→ Iluminismo
Diretório (1795-1799).
Esse foi o período do Grande Medo, que ocorreu entre julho e agosto de 1789, e
durante o qual camponeses começaram a atacar aristocratas e suas propriedades. Assim,
residências da nobreza foram invadidas, saqueadas e destruídas, cartórios foram
atacados para que os títulos de propriedade fossem destruídos etc. Os camponeses
exigiam o fim de alguns impostos e maior acesso aos alimentos.
A burguesia francesa, temendo esse ímpeto popular, resolveu tomar decisões que
aceleraram as transformações na França e que tinham como objetivo principal controlar
o povo. Assim, no dia 4 de agosto de 1789, foi decretada a abolição dos direitos
feudais que existiam na França. No mesmo mês, foi convocada a redação da
Constituição e foi anunciada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Até mesmo o rei francês, sentindo-se ameaçado, organizou sua fuga da França,
em 1791, com sua esposa, Maria Antonieta. Luís XVI, porém, foi reconhecido quando
estava em Varennes, próximo à fronteira com a França, e reconduzido para a Paris.
Antes disso, ele e sua esposa tinham sido obrigados a abandonarem o Palácio de
Versalhes e a instalarem-se no Palácio de Tulherias.
Além de atacar os privilégios da nobreza, a burguesia francesa também se voltou
contra o clero. Isso aconteceu por meio da Constituição Civil do Clero, aprovada em
1790. Essa medida legal promoveu a separação do Estado e da Igreja e tentou colocar a
segunda sob a autoridade do primeiro, uma vez que os padres tinham de jurar
obediência ao Estado. Essa medida e outras tomadas contra o clero lançaram-no para o
esforço contrarrevolucionário.
A ação de Áustria e Prússia contra a França deveu-se pelo fato de que o processo
revolucionário francês era visto como grande ameaça por todas as nações absolutistas da
Europa. Com a guerra, os jacobinos declararam “pátria em perigo”, uma vez que as
tropas estrangeiras aproximavam-se de Paris, e a população francesa começava a se
armar para resistir.
→ Convenção
Esse debate dividiu a Convenção com os girondinos defendendo que o rei fosse
exilado enquanto os jacobinos defendiam que o rei fosse executado. O destino do rei e
de sua esposa foi decidido quando foram encontrados documentos que atestavam o
envolvimento de Luís XVI com o rei austríaco. Resultado: Luís XVI e Maria Antonieta
foram acusados de traição e guilhotinados em 1793.
De toda forma, essa atuação radical dos jacobinos gerou uma natural reação dos
grupos conservadores da França. Assim, os girondinos conspiraram e articularam, com
o apoio da alta burguesia da França, um golpe contra os jacobinos conhecido
como Reação Termidoriana e que aconteceu em 1794. Com esse golpe contra os
jacobinos, muitas medidas tomadas por eles foram revertidas, e a liderança jacobina
(incluindo Robespierre) foi sumariamente guilhotinada.
→ Diretório
A Revolução Francesa estendeu-se por dez anos e, nesse período, uma série de
transformações aconteceu naquele país. As transformações trazidas pela Revolução
Francesa, porém, não se mantiveram apenas na França e espalharam-se pelo mundo.
Elas foram:
DEBATES E MEDIDAS
2. Conselho de Segurança
Os outros dez membros têm caráter temporário e são eleitos pela Assembleia
Geral a cada dois anos. É interessante mencionar que se trata do único órgão da ONU
que tem poder de decisão. É um dever respeitar as decisões desse órgão.
Por sua vez, o Conselho Econômico e Social possui como função auxiliar na
proposição e na concretização de políticas que vislumbram a melhoria da qualidade
de vida da população do globo, com destaque para as áreas econômicas e sociais, além
da área ambiental. Fazem parte desse órgão importantes instituições, sendo as
principais:
6. Secretariado
A ONU é também regida por princípios que se relacionam com a ação dos Estados-
membros, confira abaixo:
PAÍSES DA ONU
Todos os países declararam-se socialistas nesta reunião, mas deixando claro que
não iriam se alinhar ou sofrer influência da União Soviética. Num momento em que
EUA e URSS lutavam abertamente pela conquista de influência em todos os países, o
maior desafio do movimento não-alinhado era manter-se coeso ante as pressões dos
grandes. Ao invés da tradicional visão de americanos e soviéticos de um conflito Leste-
Oeste, a visão que predominava em Bandung era a do conflito norte-sul, onde as
potências localizadas mais ao norte industrializadas, oprimiam constantemente e
inibiam o desenvolvimento daquelas nações localizadas mais ao sul, exportadoras de
produtos primários.
O que é pan-africanismo?
O início dos anos 60 marca o princípio de uma nova era em África. Surgem
novos Estados independentes, novas elites políticas chegam ao poder, começam a
desenhar-se diferentes equilíbrios regionais à medida que as potências coloniais deixam
o continente. E 1960 é uma data-chave neste processo com 17 novos Estados a nascerem
em África, 14 dos quais ex-colónias francesas.
CONFERÊNCIA DE BERLIM
Note que alguns países participantes não possuíam colônias na África, como o
império Alemão, Império Turco-Otomano e Estados Unidos. No entanto, cada um deles
tinha interesse em obter um pedaço do território africano ou garantir tratados de
comércio.
Bélgica
Dessa maneira, o Congo belga fazia fronteira com várias colônias de outras
nações e isso geraria conflitos no futuro.
França x Inglaterra
A Inglaterra contava com sua poderosa esquadra naval, a maior da época, para
pressionar e influenciar os resultados das negociações.
Por sua parte, a França foi negociando tratados com os chefes tribais ao longo do
século XIX e usou este argumento para garantir territórios no continente africano. Essa
técnica era usada por todos as nações que ocuparam a África. Os europeus aliavam-se a
certas tribos e as ajudavam a combater seus inimigos promovendo guerras.
Portugal: manteve suas colônias como Cabo Verde, são Tomé e Príncipe,
Guiné, e as regiões de Angola e Moçambique;
Por sua vez, a liberdade comercial na bacia do Congo e no rio Níger foi
garantida; assim como a proibição da escravidão e do tráfico de seres humanos. A
Conferência de Berlim foi uma vitória diplomática do chanceler Bismarck. Com a
reunião, ele demonstrava que o Império Alemão não podia ser mais ignorado e era tão
importante quanto o Reino Unido e a França.
PAN-AFRICANISMO
Bob Marley, fortemente influenciado pelas obras de Marcus Garvey, difundia o pan-
africanismo pelo mundo por meio de sua música.
ORIGEM DO PAN-AFRICANISMO
Amy Ashwood Garvey: jamaicana casada com Marcus Garvey, foi uma importante
militante pan-africanista e feminista. Ela lutou para que as mulheres tivessem mais
representatividade nos congressos pan-africanos e para que as pautas das mulheres
fossem inseridas em suas discussões. Participou do Congresso de Manchester com
Alma la Badie, as únicas duas mulheres participantes.
CONSEQUÊNCIAS DO PAN-AFRICANISMO
O cantor jamaicano Robert Nesta Marley, conhecido como Bob Marley, foi
responsável pela difusão do pan-africanismo no mundo por meio de suas canções. Sua
música, “Africa Unite” é considerada um hino do pan-africanismo. Durante sua carreira,
ele vendeu aproximadamente 100 milhões de discos.
TRATADO DE VERSALHES
Países Participantes
Deste modo, os EUA preferiram fazer um acordo bilateral com os alemães pelo
Tratado de Berlim de 1921.
Revanchismo Francês
A Alemanha e os seus Aliados são responsáveis, uma vez que os causaram, por
todas as perdas e danos sofridos pelos governos aliados e pelos seus associados, bem
como pelos cidadãos destes países, em consequência da guerra.
Depois, eles foram reduzidos para 132 bilhões de marcos, sem computar os
valores a serem restituídos a título de pensões às viúvas e outros afetados pelo conflito,
a maior parte na França.
Esta imposição levou a economia alemã a amargar uma crise econômica que
durou toda a década de 1920.
Desmobilização Militar
Consequências
ACORDO DE ALVOR
CAPITULO I
Da independência de Angola
ARTIGO 1.º
ARTIGO 2.º
ARTIGO 3.º
Angola constitui uma entidade, una e indivisível, nos seus limites geográficos e
políticos actuais e neste contexto, Cabinda é parte integrante e inalienável do território
angolano.
ARTIGO 4.º
ARTIGO 5.º
A partir desta data, será considerado ilícito qualquer acto de recurso à força, que
não seja determinado pelas autoridades competentes com vista a impedir a violência
interna ou a agressão externa.
ARTIGO 7.°
ARTIGO 8.º
ARTIGO 9.º
ARTIGO 10.º
CAPITULO II
Do alto-comissário
ARTIGO 11.º
ARTIGO 12.º
ARTIGO 13.º
Compete ao alto-comissário:
Do Governo de Transição
ARTIGO 14.º
ARTIGO 15.º
ARTIGO 16.º
ARTIGO 17.º
ARTIGO 18.°
ARTIGO 19.º
ARTIGO 20.°
ARTIGO 21.º
ARTIGO 22.º
ARTIGO 23.°
ARTIGO 24.º
ARTIGO 25.º
ARTIGO 26.º
ARTIGO 27.º
ARTIGO 28.º
ARTIGO 29.°
ARTIGO 30.º
ARTIGO 31.°
ARTIGO 32.°
ARTIGO 33.º
ARTIGO 34.º
ARTIGO 36.º
ARTIGO 37.º
CAPITULO V
ARTIGO 38.º
ARTIGO 39.º
Eleições em Outubro
ARTIGO 40.º
ARTIGO 41.º
ARTIGO 42.º
ARTIGO 43.º
ARTIGO 44.°
Da nacionalidade angolana
ARTIGO 45.º
ARTIGO 46.°
ARTIGO 47.º
ARTIGO 48.º
CAPITULO VIII
ARTIGO 50.°
ARTIGO 51.°
Uma comissão especial paritária mista, constituída por peritos nomeados pelo
Governo Provisório da República Portuguesa e pelo Governo de Transição do Estado de
Angola, relacionará os bens referidos no Art. 49.° e os créditos referidos
no Art. 50.°, procederá às avaliações que tiver por convenientes, e proporá àqueles
Governos as soluções que tiver por justas.
ARTIGO 52.º
ARTIGO 53.º
ARTIGO 54.º
CAPITULO IX
ARTIGO 56.
CAPITULO X
ARTIGO 56.º
CAPITULO XI
ARTIGO 58.°
ARTIGO 59.º
ARTIGO 60.°
No entanto, a guerra continuou até 2002, altura em que Jonas Savimbi, líder da
UNITA, foi morto em combate. Neste mesmo ano foi assinado o Memorando de
Entendimento do Luena — complemento aos acordos de paz de Bicesse e Lusaca —,
que definiram a conversão da UNITA em partido civil com o abandono da luta armada.
O TRATADO DE SIMULAMBUCO
COMÉRCIO TRIANGULAR
Comércio triangular é um termo usado para chamar o comércio entre três portos
ou regiões distantes em que cada uma atende as necessidades da outra de maneira a
corrigir desequilíbrios comerciais entre elas. Assim, uma área tem a oportunidade de
exportar mercadorias excedentes e, ao mesmo tempo, importar as que lhe faltam. O
comércio triangular é, portanto, uma forma de regular a balança comercial entre áreas.
Congo era o nome utilizado pelos portugueses, desde os finais do século XV,
para designarem o território do Zaire, descoberto pelo navegador Diogo Cão que, ao
atingir esta região, pensou que a Índia estaria próxima. Ao longo dos tempos este nome
tem um conteúdo abrangente, de tipo etnológico, geográfico e político. Com efeito,
aplica-se a certos povos africanos da grande família banta, às extensas e imprecisas
regiões que esses povos ocuparam e que o rio Zaire de alguma forma estrutura, e, ainda,
aos senhorios que esses povos criaram e mantiveram. O âmbito de aplicação do
vocábulo alargou-se mais tarde a territórios fora dos domínios do rei do Congo e o
próprio rio chegou a ser assim chamado.
O Congo, com o seu rei, o "Manicongo", foi visto pelo poder político português
dos inícios da Modernidade como uma potência com quem valia a pena estabelecer
relações de amizade, pois isso poderia ser proveitoso para as causas comerciais e
evangelizadoras portuguesas. O acolhimento inicial não podia ser mais favorável. A tal
ponto que, com a conversão dos povos, os portugueses procuraram dar uma feição
europeia a este reino africano e a este príncipe negro da época quinhentista: língua,
títulos de nobreza, cerimónias palacianas e costumes passaram a ser exatamente como
em Portugal. Mas o entusiasmo inicial, deixado para a posteridade por João de Barros,
cedo arrefeceu. Com exceção das lucrativas expedições de comerciantes e missionários,
esta assimilação poucos frutos deu, com uma ou outra exceção ao nível do vestuário
(alguns africanos passaram a vestir "à portuguesa") e a adoção de algumas regras de
direito português. Mesmo a nível das relações de Estado a Estado, Portugal viu-se na
perante a eventualidade de fazer despesas pouco compensadoras. Com efeito, foi graças
ao auxílio militar que os congoleses conseguiram aguentar durante certo tempo a
violenta invasão dos Jagas. Por outro lado, esta invasão e outros problemas regionais
desgastaram o território.
Além disso, desde finais do século XVI, os portugueses já não estavam sós
naquelas paragens, tendo de sofrer a concorrência de outros europeus. Por isso, pareceu
mais proveitoso desviar a atenção para sul, para o reino do N'Gola (futura Angola) que,
com o tempo, virá a dominar o antigo Congo. No século XIX, quando a movimentação
imperialista europeia obrigou os portugueses a defrontar ingleses, franceses e belgas, do
projeto inicial português para o Congo só restava uma recordação, mantida pelo
contacto esporádico do comércio de escravos e marfim. Na Conferência de Berlim
(1884-1885) Portugal perdeu a maior parte da vasta região que percorria desde há
quatro séculos e nem as inscrições gravadas em Ielala pelos homens de Diogo
Cão foram suficientes para colocar esse local sob o domínio português. Cabinda acabou
por ser a exceção, entre as zonas a norte do Zaire.
Significado de Congo
Dança de origem africana que, trazida pelos escravos negros, coroa um rei ou
rainha; congada.
Por que se diz que no Reino do Congo a sociedade era organizada pela linhagem
ANTECEDENTES
COLISÃO INEVITÁVEL
Observa-se nessa fase o surgimento de uma nova classe social, que na Itália era
formada por banqueiros e comerciantes poderosos. Mas essa classe social não era tão
religiosa quanto à da Alemanha, para a qual a religião tinha um significado muito mais
pungente.
Tese 43 - Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou
empresta a quem necessita age melhor do que se comprasse indulgências.
REFORMA PROTESTANTE
Além disso, o papa Leão X havia oferecido indulgências para aqueles que
contribuíssem com dinheiro para a construção da Basília de São Pedro. Lutero tinha
também discordâncias de conteúdo teológico a respeito da salvação e de outras práticas
e ações da Igreja. Com isso, o monge elaborou um documento conhecido como 95
teses.
95 TESES
Martinho Lutero defendia, basicamente, que a Bíblia era a única referência para
os fiéis e que as pessoas conseguiriam ser salvas sem a mediação de intermediários e
sem precisar dar indulgências. A base teológica de Lutero baseava-se em um versículo
bíblico que afirmava que “o justo viverá pela fé”. Aqui, Lutero passou a defender a
ideia de que não eram as boas ações que salvariam uma pessoa, mas sim a fé.
PROTESTANTISMO
CONCÍLIO DE TRENTO
O Concílio de Trento, que se reuniu entre as décadas de 1540 e 1560, teve como
objetivo principal reafirmar os dogmas da Igreja Católica.
Por conta das guerras incessantes, o concílio teve uma primeira interrupção em
1547. Seu prosseguimento aconteceu entre os anos de 1551 e 1552, quando teve que
novamente ser interrompido. A terceira e última reunião ocorreu entre os anos de 1562
e1563, sob o pontificado de Pio IV.
Por outro lado, o que ocorreu foi a afirmação dos dogmas religiosos católicos. O
princípio da salvação pela fé e boas obras foi mantido, mesmo após as críticas de
Martinho Lutero. O culto à Virgem Maria e aos santos foi reafirmado, bem como a
existência do purgatório. A crença católica manteria as duas origens: a Bíblia e as
tradições transmitidas pela Igreja Católica. A constituição de um catecismo para
doutrinar as crianças estava também entre as medidas adotadas. A infalibilidade do
papa, ou seja, a noção de que o papa era infalível em questões religiosas e morais, foi
reforçada, assim como o dogma da transubstanciação, através do qual se acreditava que
o pão e o vinho transformavam-se em corpo e sangue de Cristo.
Uma lista de livros proibidos foi criada, em uma época em que a imprensa criada
por Gutemberg havia facilitado a difusão da cultura escrita. O Index Librorum
Prohibitorum indicava os livros que eram proibidos aos católicos, tais como O Elogio
da Loucura, de Erasmo de Roterdã; o Decameron, de Boccaccio; obras de Maquiavel,
Newton, Copérnico, bem como livros luteranos e calvinistas. O Index era
constantemente atualizado e foi extinto apenas quatro séculos depois, em 1966.
COMPANHIA DE JESUS
Introdução
Esse movimento, contudo, não pode ser entendido como uma ruptura radical
com a Idade Média, mas sim como algo gradual. Da mesma forma que a Idade Média
não rompeu plenamente com a Antiguidade, preservando algumas de suas
características que se modificaram e se adaptaram a um novo contexto, o Renascimento
modificou certas características do período medieval, ao mesmo tempo que manteve
outras. Dessa forma, devemos entender o Renascimento como um processo que deu
início a uma nova fase da História, e não uma ruptura radical com o período anterior.
O QUE FOI O PERÍODO RENASCENTISTA
A ORIGEM DO RENASCIMENTO
CONTEXTO HISTÓRICO
O período da Baixa Idade Média, que se estendeu dos séculos XI ao XV, foi
marcado por um renascimento urbano e pelo declínio da sociedade feudal na Europa.
O feudalismo, predominante durante a Alta Idade Média, começou a entrar em crise,
entre outros motivos, pela dinamização do comércio nas cidades. O crescimento da
atividade comercial, por sua vez, guarda relação com as Cruzadas - expedições de
caráter religioso, militar e econômico, ocorridas entre os séculos XI e XIII que, entre
outros objetivos, visavam recuperar o domínio cristão sobre Jerusalém.
CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
OBRAS RENASCENTISTAS
Pintura
Arquitetura
Literatura
A REDESCOBERTA DA ANTIGUIDADE
A revolução de Gutenberg
Até ao século XV, eram precisas inúmeras horas para se produzir um só livro,
pois cada exemplar era copiado à mão, frequentemente pelos monges. Os manuscritos
(nome dado aos livros escritos à mão) eram raros e quase não saiam dos mosteiros.
Assim, quando Gutenberg aperfeiçoa a sua gráfica, em 1450, dá-se uma verdadeira
revolução. Graças à gráfica, os livros podem ser produzidos em grandes quantidades e a
um preço acessível, permitindo o acesso a muitas pessoas.
Michel de Montaigne, que dedica a sua vida à escrita dos seus “Essais”, obra na
qual é descrito o homem em geral;
Periodização da pré-história
Neolítico
Neste período a pedra recebeu um novo tratamento (de lascada passou à polida)
melhorando o seu corte – Idade da pedra polida.
A vida dos grupos humanos foi-se tornando, aos poucos, sedentária. Houve
crescimento populacional. Com o predomínio de cereais na alimentação, houve redução
do tempo médio de vida, devido às carências nutricionais. A vida sedentária levou ao
agrupamento de populações mais numerosas, o que aumentou o risco de propagação de
epidemias.
Além da agricultura, houve também: aperfeiçoamento técnico em instrumentos
feitos de pedra polida, produção de objetos e utensílios de cerâmica, surgimento de
tecelagem e construção de moradias mais duráveis (utilizando madeira, barro e
folhagem seca).
Revolução agrícola
Civilização
A divisão social do trabalho fez com que alguns especialistas tivessem condições
de se impor sobre outros. Daí o nascimento da competição social.
O crescente fértil
Suas terras eram férteis devido às enchentes dos rios Tigre, Eufrates, Nilo e
Jordão.
FEUDALISMO
A partir do século XV, o feudalismo entrou em crise por conta das mudanças
ocorridas na Europa, como os renascimentos cultural, urbano e comercial.
A crise feudal se deu por conta das mudanças na Europa provocadas pelos
renascimentos cultural, urbano e comercial.
O que é feudalismo
Origem do feudalismo
Características do feudalismo
Sociedade feudal
A sociedade feudal era rural, estruturada nos feudos, e a minoria que estava no
topo da pirâmide social (nobres e clero) era sustentada pela classe de maior tamanho
e a única que trabalhava, a dos servos. Era uma sociedade estamental, que não permitia
a mobilidade social, conforme um ditado da época: “Existem aqueles que lutam
(nobres), aqueles que rezam (clero) e aqueles que trabalham (servos)”.
Economia feudal
A prática agrícola exigia cuidado com a terra. Para isso, os servos que
trabalhavam nela utilizavam instrumentos como o arado e a força dos animais
domesticados. Uma técnica para manter a fertilidade do solo era a rotação das terras.
Enquanto uma porção do terreno era utilizada, a outra porção ficava de repouso e era
utilizada na plantação seguinte, enquanto a utilizada anteriormente ficava de repouso.
Com isso, aumentou-se a produção e, consequentemente, a população.
Política feudal
Concessão de terras
A doação de terras não se restringiu apenas aos monarcas da Alta Idade Média.
Quem obtivesse algum terreno fazia questão de doá-lo ao clero no intuito de que tal
ação seria retribuída na eternidade. Dessa forma, de doação em doação, a Igreja se
tornou dona de uma grande quantidade de terras durante o período medieval. Se
ela já detinha o poder espiritual, também exercia enorme poder sobre a terra.
A crise do feudalismo não foi apenas pela retomada dos valores greco-romanos.
A peste negra foi uma doença altamente infecciosa e que se alastrou por toda a
Europa, matando 1/3 da população. Com o excesso de trabalho e desejosos por sair
dos feudos e mudar de vida nas cidades, os servos de revoltaram contra os seus
senhores, encerrando um período de mais de um milênio de obrigações e apego à terra.
REVOLUÇÃO DE OUTUBRO
"A Revolução Russa foi a concretização de uma série de revoltas pelas quais a
Rússia passava desde 1905 e que tiveram várias consequências, como o fim do czarismo
(monarquia) e a tomada de poder pelos socialistas.
Naquele contexto, a Rússia poderia ser chamada de atrasada, pois, em pleno XX,
preservava práticas ainda feudais, era agrária e dominada por czares (imperadores). As
primeiras revoltas, que antecederam a revolução, foram contra os privilégios da nobreza
e clero, mas também contra gastos de guerra (contra o Japão, batalha que a Rússia
perdeu).
Suas causas foram a crise da Rússia desde o início da Primeira Guerra Mundial
aliada ao fracasso das pautas da Revolução de Fevereiro de 1917.
Foi uma revolução de caráter socialista, liderada pelo líder bolchevique Vladmir
Lênin.
Seus principais líderes foram Vladmir Lênin, Leon Trotsky e Josef Stalin.
Enquanto isso, com a ajuda da Alemanha, que tinha interesse de que a Rússia
saísse da Primeira Guerra Mundial, Vladimir Ulianov Lenin voltou do exílio da Suíça
para a Rússia lançando as Teses de Abril, que propunham a nacionalização dos
bancos, controle das fábricas pelos operários, paz, terras para os camponeses e todo o
poder aos sovietes. Lenin era do Partido Bolchevista, que defendia a revolução imediata
conduzida por um partido operário com o apoio dos camponeses.
Com Lenin no poder, a Rússia foi retirada da Primeira Guerra Mundial por
meio da assinatura do Tratado de Brest-Litovisk em 1918. Os bancos e indústrias foram
nacionalizados, e as gestões das terras foram entregues aos comitês de camponeses.
A Crise de 1929 foi a maior crise econômica da história dos Estados Unidos e do
capitalismo. Foi iniciada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York.
A Crise de 1929 foi a maior crise econômica da história dos Estados Unidos e
do capitalismo, causada pela superprodução da indústria norte-americana, falta de
regulamentação da economia, excesso de crédito e especulação na Bolsa de Valores.
Essa crise fez com que milhares de empresas falissem e milhões de trabalhadores
perdessem os seus empregos.
A década de 1920 ficou marcada como a que deu início à maior crise econômica
da história dos Estados Unidos e do capitalismo. Entretanto, antes dessa crise de
grandes proporções, essa década havia se destacado como um período de euforia e de
prosperidade sem limites na memória norte-americana.
Nos Estados Unidos, a década de 1920 ficou conhecida como roaring twenties,
termo que foi traduzido para o português como “loucos anos vinte”. Essa expressão foi
usada para definir o clima da sociedade norte-americana na década de 1920. Isso porque
os Estados Unidos viviam um ciclo de prosperidade jamais visto na história do país.
Especulação monetária.
As demissões aumentavam à medida que as empresas iam falindo. Tudo isso fez
com que os empréstimos dos bancos não fossem pagos. Além disso, o pânico criado por
essa situação fez com que milhares de pessoas fossem aos bancos sacar seu dinheiro
para se resguardar. Isso levou centenas de bancos à falência, pois todos os fundos foram
retirados pelos clientes.
A Crise de 1929 foi internacionalizada, pois grande parte dos países do mundo
investia na bolsa de Nova Iorque.
A União Soviética não foi afetada diretamente pela Crise de 1929, uma vez que
sua economia era fechada ao mundo capitalista.
Ao contrário do que foi feito nos governos anteriores, quando não havia
nenhuma interferência e regulamentação governamental nas transações econômicas, o
New Deal pretendia ampliar a ação do Estado na economia ao controlar a produção
e realizar obras públicas para empregar aqueles que perderam seu trabalho por conta da
crise. Aos poucos, o programa começou a dar resultados, e a economia norte-americana
voltou a apresentar números positivos.
O New Deal começou a ser aplicado logo após a posse de Franklin Roosevelt na
presidência dos Estados Unidos, em 1933. As principais características desse programa
de recuperação econômica foram:
Ao contrário dos anos 1920, quando o Estado não intervia na economia, o New
Deal, iniciado na década seguinte, seguiu o caminho inverso, isto é, a intervenção
estatal na economia por meio da concessão de benefícios e da fiscalização das
transições financeiras. O liberalismo entrou em crise, e as ideias de livre mercado
tiveram que ser revistas. Por outro lado, as ideias econômicas baseadas na participação
efetiva do Estado na economia ganharam força não somente nos Estados Unidos, mas
no mundo todo.
FASCISMO
O QUE É FASCISMO
Expansionismo: alargar as fronteiras era visto como uma necessidade, pois era
preciso conquistar o “espaço vital” para que a nação se desenvolvesse.
Militarismo: a salvação nacional viria por meio da organização militar, da luta,
da guerra e do expansionismo.
Um dos grupos mais afetados por essa falta de emprego e crise industrial foi o
dos veteranos do conflito, soldados italianos que lutaram na Primeira Guerra
Mundial e que, quando retornaram à Itália, não tinham emprego nem como se
sustentar. Certo ressentimento se estabeleceu nessa classe por defender o seu país e não
receber nenhum auxílio quando voltou para casa.
→ Crescimento do socialismo
A Itália ainda enfrentava o grande baque de não ter tido todas as suas exigências
territoriais atendidas, especialmente a exigência por colônias no continente africano.
Percebemos, portanto, que a Itália era uma sociedade marcada por ressentimentos e
incertezas, e esse clima se agravou porque uma parcela dela ainda se preocupava com o
crescimento do socialismo no país.
Estima-se que 40 mil fascistas ficaram nos limites da cidade de Roma esperando
ordens de Mussolini para adentrar na cidade. Isso gerou uma crise no governo italiano, e
o então primeiro-ministro, Luigi Facta, tentou resolver a situação declarando estado de
emergência e mobilizando o exército para expulsar os fascistas de Roma.
Colapso do fascismo
SÍMBOLOS DO FASCISMO
Camisa Negra: fazia parte do uniforme dos fascistas e, por isso, seus membros
eram chamados "camisas-negras".
NAZISMO
CARACTERÍSTICAS DO NAZISMO
CONSEQUÊNCIAS DO NAZISMO
Uma das maiores consequências e que, em geral, é atribuída aos nazistas foi o
início da Segunda Guerra Mundial. Esse conflito, que se estendeu durante seis anos
(1939-1945), iniciou-se por causa da política expansionista alemã sobre nações
vizinhas. O estopim para o início do conflito foi a invasão da Polônia, realizada pelos
alemães a partir de 1º de setembro de 1939. A Segunda Guerra foi responsável por
aproximadamente 70 milhões de mortos.
HOLOCAUSTO
Assim os judeus foram expulsos do serviço público, depois tiveram suas lojas
boicotadas e atacadas. A perseguição nas ruas aumentou consideravelmente, e os casos
de violência física começaram a acontecer. Depois eles foram proibidos de casar-se
com não judeus, pedidos de cidadania para judeus estrangeiros foram negados, e
os judeus alemães tiveram sua cidadania retirada.
LEIS DE NUREMBERG
Por meio dessas leis, proibiu-se o casamento entre judeus e não judeus, assim
como as relações sexuais entre judeus e não judeus, e quem não as cumprisse era
acusado de “corrupção sexual”. Os judeus também foram proibidos de contratar
empregadas domésticas alemãs com menos de 45 anos de idade.
SOLUÇÃO FINAL
Uma série de ideias, nesse sentido, foi proposta pela cúpula nazista, como a
deportação dos judeus para a União Soviética e para Madagáscar, na África. No entanto,
à medida que os nazistas perdiam o controle da guerra, as ações contra essa etnia
radicalizavam-se. Até que Reinhard Heydrich e Heinrich Himmler elaboraram o
plano conhecido como Solução Final.
O nome Solução Final foi utilizado pelos nazistas como um eufemismo para o
extermínio dos judeus. Esse plano estipulou que eles deveriam ser fisicamente
eliminados, e isso deu início a uma série de ações. Neste texto destacaremos o papel
dos Einsatzgruppen (grupos de extermínio) e dos campos de concentração criados
durante o Holocausto.
Grupos de extermínio
A ação desses grupos deu-se no leste europeu e tornou-se uma prioridade dos
alemães na guerra, na medida em que os objetivos de conquista territorial não eram
alcançados. No final de 1941, a posição dos nazistas em relação aos judeus era de que
os que não poderiam trabalhar seriam sumariamente executados.
Os grupos de extermínio atuaram atrás das linhas alemãs, isto é, agiam nas
regiões já dominadas pelos nazistas, e faziam-no em quatro grandes grupos. O papel dos
grupos de extermínio era reunir todos os judeus de certa localidade, executá-los e
enterrá-los em valas comuns. Os quatro grupos ficaram conhecidos como
Einsatzgruppe A, Einsatzgruppe B, Einsatzgruppe C e Einsatzgruppe D.
O historiador Timothy Snyder afirmou que a ação dos grupos de extermínio foi
responsável pela morte de 1 milhão de judeus durante toda a Segunda Guerra|1|. Já o
Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos afirma que eles foram
responsáveis pela morte de, pelo menos, 1,5 milhão de judeus.
Os campos de concentração foram locais encontrados pelos nazistas para
ampliar o extermínio dos judeus na Europa, uma vez que os Einsatzgruppen não
conseguiam promover a matança na velocidade que a situação alemã na guerra
demandava. Desse modo, muitos judeus eram encaminhados para campos de
concentração, e, quando não eram mais necessários, iam para os campos de extermínio.
Os campos de extermínio criados pelos nazistas para lidar com “questão judia”
foram: Auschwitz-Birkenau, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka.
Somando todos esses campos, estipula-se que eles mataram 3 milhões de pessoas.
Somente em Auschwitz-Birkenau morreram 1,2 milhão de pessoas aproximadamente.
Além das execuções, os judeus também poderiam morrer por diversos fatores
relacionados ao tratamento diário que recebiam. O trabalho exaustivo, as violências
rotineiras, a má alimentação e as péssimas condições de vida e higiene fizeram com que
outros milhares deles morressem de exaustão, inanição e doenças diversas.
A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados
Unidos (EUA) e União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. O conflito travado entre
esses dois países foi responsável por polarizar o mundo em dois grandes blocos, um
alinhado ao capitalismo e outro alinhado ao comunismo.
Foi causada pela rivalidade ideológica existente entre os EUA e a URSS após a
Segunda Guerra Mundial.
O consenso dos historiadores é que o marco inicial do conflito foi um discurso feito
por Harry Truman, presidente estadunidense, em 1947.
A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial e existe um
debate acirrado entre os historiadores a respeito de como foi iniciado esse conflito
político-ideológico. De toda forma, existe um certo consenso de que o marco que
iniciou a Guerra Fria seja o discurso realizado pelo presidente americano, Harry
Truman, em 1947.
Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como Doutrina Truman, que
consistiu no conjunto de medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do
comunismo. A primeira ação tomada por essa doutrina foi o Plano Marshall, plano de
recuperação econômica da Europa com o qual os americanos forneceriam grandes
somas de dinheiro para os países interessados.
Além disso, existem evidências que apontam que o governo soviético não tinha
interesse em expandir-se territorialmente e tinha o objetivo de assegurar apenas a sua
área de influência. Isso de fato aconteceu e, na Segunda Guerra, os locais invadidos pelo
Exército Vermelho, que era o exército soviético, foram transformados em Estados-
satélites do regime comunista de Moscou.
Corrida espacial: a corrida espacial foi um dos campos de disputa entre americanos
e soviéticos e, ao longo da década de 1960, inúmeras expedições espaciais foram
realizadas. Para saber mais sobre esse aspecto, clique aqui.
Revolução Chinesa
A Guerra Civil Chinesa, que se arrastava desde a década de 1920, retornou com
força depois da Segunda Guerra Mundial, e o fortalecimento dos comunistas, liderados
por Mao Tsé-tung, levou os americanos a apoiar os nacionalistas, liderados por Chiang
Kai-shek.
Guerra da Coreia
A Crise dos Mísseis foi o momento de maior tensão entre as duas potências
da Guerra Fria e se passou em 1962. Naquele ano, o serviço de inteligência dos EUA
descobriu que a URSS estava instalando uma base de mísseis em Cuba, país que havia
passado por uma revolução nacionalista em 1959. A inteligência americana sabia que os
mísseis soviéticos representavam pouca ameaça para os EUA, mas o presidente
americano sabia que a questão teria repercussão negativa sob seu governo e decidiu
intervir.
Guerra do Vietnã
A Guerra do Vietnã foi um conflito travado entre 1959 e 1975 entre Vietnã do
Norte e Vietnã do Sul e ambos lados procuravam unificar o país sob seu controle. Os
americanos entraram nesse conflito, em 1965, e enviaram milhares de soldados ao
Vietnã. Essa guerra foi extremamente impopular nos EUA, e os americanos retiraram-se
do conflito, sem alcançar seus objetivos, em 1973. Os comunistas tomaram o controle
do país, em 1976, logo após vencerem a guerra. Para saber mais sobre a Guerra do
Vietnã.
A Guerra Fria teve fim com a dissolução da União Soviética, que ocorreu em
26 de dezembro de 1991. O fim da URSS foi resultado da grande crise econômica e
política que atingiu aquele país a partir da década de 1970. A falta de ações para
resolver os problemas do bloco comunista foram responsáveis por levar o país ao fim.
"O fim da União Soviética ocorreu em 1991 após a abertura política e econômica
do governo Gorbatchev e o movimento político de Boris Iéltsin. O governo Gorbatchev
(1985-1991) realizou dois projetos de reforma: a Glasnost, uma abertura política do
regime; e a Perestroika, uma reestruturação econômica. Nesse contexto, o deputado
Boris Iéltsin se torna presidente da Rússia e inicia um movimento de dissolução da
União Soviética."
O marco do fim da União Soviética foi o movimento liderado por Boris Iéltsin
contra o governo Gorbatchev no ano de 1991. Iéltsin foi eleito presidente da
Rússia e promoveu sua independência da URSS.
"É importante frisar que a estrutura de governo da União Soviética possuía uma
organização própria: a URSS era formada por diversas repúblicas socialistas, cada qual
governada por um presidente, e possuía um governo supranacional, ou seja, que se
impunha acima dos governos desses presidentes e governava toda a URSS. Desse
modo, a Rússia era governada por um presidente e o conjunto das repúblicas da União
Soviética era governado por outra pessoa, o líder do Soviete Supremo da URSS.
Quando se fala em Stalin, Brejenev e Gorbathcev, por exemplo, se refere aos líderes do
Soviete Supremo da URSS, ou seja, às pessoas que governaram toda a União Soviética.
O marco do fim da União Soviética foi o movimento liderado por Boris Iéltsin
contra o governo Gorbatchev no ano de 1991. Iéltsin foi um importante político que
realizou uma divisão entre os membros do Partido Comunista da URSS. Como membro
do partido, ocupou destaque como líder da ala liberal, favorável à democratização e à
liberalização econômica. Em março de 1989, foi eleito deputado por Moscou com 92%
dos votos e com isso conseguiu um posto de destaque no Soviete Supremo, um dos
órgãos mais importantes do governo soviético.
Essa tensão chegou a seu ápice em 1991, quando ocorreu uma tentativa de golpe
de Estado pensado e executado por membros do Partido Comunista contrários à
abertura e às reformas promovidas no governo Gorbatchev e às defendidas por Iéltsin.
Diante de uma grande reação militar o golpe fracassou, mas a população enalteceu
Iéltsin como um ícone político, símbolo da resistência ao comunismo e da vitória ao
golpe.
A União Soviética não foi dissolvida pela ação de uma única pessoa ou por um
único evento. Como todo evento histórico, trata-se de um processo complexo. De forma
mais simplificada, pode-se afirmar que foi por meio das reformas de Gorbatchev e do
processo de oposição e ascensão de Boris Iéltsin que a URSS foi dissolvida.
Para Brown, Mikhail Gorbachev, o homem que ocupou a presidência da União
Soviética entre 1985 e 1991, é um fator determinante para explicar o desmanche da
superpotência - chegou ao poder como um reformista do sistema, mas terminou como
seu "coveiro".
Em seu discurso de despedida, o último líder da URSS fez um mea culpa: "O
velho sistema desabou antes que o novo começasse a funcionar".
Com o fim da União Soviética, entraram em vigor diversas pautas em seu antigo
território:
AS EX-REPÚBLICAS SOVIÉTICAS
A Primeira Guerra Mundial foi o conflito ocorrido entre 1914 e 1918 e que
deixou milhões de mortos, principalmente no continente europeu. O imperialismo, a
política de alianças, a corrida armamentista, o revanchismo francês e o nacionalismo
exacerbado são apontados como as principais causas da Primeira Guerra Mundial. O
atentado de Sarajevo, em que o herdeiro da Áustria-Hungria foi assassinado por um
militante sérvio, é considerado o estopim da guerra.
A Primeira Guerra Mundial foi o conflito ocorrido entre 1914 e 1918. A guerra
deixou aproximadamente 20 milhões de mortos, entre militares e civis.
A guerra se iniciou com o avanço das Potências Centrais nas frentes orientais e
ocidentais. Logo o avanço foi contido, dando início à chamada guerra de
trincheiras, que durou até 1918, quando a Entente avançou sobre as Potências
Centrais, vencendo a guerra.
Nas grandes cidades europeias a atividade cultural foi efervescente, com óperas,
teatros, livrarias, tabacarias, cafés e outros espaços se tornando comuns nas paisagens
urbanas. A Bela Época também foi um período de relativa paz entre as nações
europeias, algo que não acontecia há séculos.
O revanchismo francês foi outro fator que levou à guerra. A França perdeu a
região da Alsácia e Lorena para os alemães na Guerra Franco-Prussiana, e era para os
derrotados uma questão de honra retomar as regiões perdidas. O nacionalismo
exacerbado estava no dia a dia das nações que participaram do início do conflito
mundial, existindo no período o pangermanismo, que pretendia unir os povos de origem
germânica em um único território, e o pan-eslavismo, que pretendia o mesmo com os
povos de origem eslava.
Império Alemão;
Império Austro-Húngaro;
Império Turco-Otomano;
Bulgária.
França;
Reino Unido;
Rússia.
Durante o conflito diversos países aderiram à Entente, entre eles a Itália, China,
Estados Unidos, Brasil e diversos outros. Vale lembrar que os grandes impérios
recrutaram a população de suas colônias para que participassem, dessa forma boa parte
dos atuais países africanos e asiáticos também participou da guerra.
O ano de 1917 marcou uma reviravolta na guerra, com a saída da Rússia após
passar por uma revolução e a entrada dos Estados Unidos, o que também levou o Brasil
para o conflito. A entrada da maior potência industrial na guerra derrubou o equilíbrio
das forças em combate, e, a partir de março de 1918, as tropas da Entente iniciaram
o avanço sobre as trincheiras e territórios que estavam nas mãos das Potências
Centrais. O avanço durou até 11 de novembro de 1918, quando a Alemanha assinou sua
rendição. A Primeira Guerra Mundial terminou dessa forma.
CONSEQUÊNCIAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Quem lucrou com essa história foi o norte-americano King Camp Gilette, que
vendeu milhões de aparelhos e lâminas de barbear para o exército dos Estados Unidos.
Cada soldado recebia um kit composto por aparelho e lâminas de barbear. Após o
retorno desses soldados para casa, muitas pessoas gostaram do novo visual, e o hábito
de se barbear passou a ser comum para a maioria dos homens.
O Tratado de Versalhes, firmado em 1919, impôs duras condições à Alemanha,
que foi obrigada a pagar altas indenizações à França. A própria escolha do local onde
foi assinado o tratado era um indício do desejo de vingança dos franceses em relação
aos alemães: a Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, em Paris, o mesmo em que
Bismarck, o responsável pela unificação da Alemanha, havia proclamado em 1871 o
Segundo Reich (Segundo Império) alemão, após a derrota francesa na Guerra Franco-
Prussiana.
Somente 10 mil dos 150 mil soldados russos conseguiram escapar. Além do
elevado número de prisioneiros, os alemães capturaram 500 canhões russos. Por sua
parte, o exército alemão perdeu 20 mil homens.
Somente 10 mil dos 150 mil soldados russos conseguiram escapar. Além do
elevado número de prisioneiros, os alemães capturaram 500 canhões russos. Por sua
parte, o exército alemão perdeu 20 mil homens.
3. Batalha de Gallipoli
Data: 25 de abril de 1915 a 9 de janeiro de 1916
Frentes de combate: Aliados Império Britânico e França contra o Império
Otomano
Local: Península de Gallipoli e Estreito de Dardanelos, no Império Otomano
(atual Turquia)
Resultado: Vitória do Império Otomano
Baixas: 35 mil britânicos, 10 mil australianos e neozelandeses,10 mil franceses,
86 mil mortos turcos.
HISTÓRICO
4. Batalha da Jutlândia
Data: 31 de maio e 1º de junho de 1916
Frentes de combate: Britânicos e alemães
Meio: Naval
Local: Mar do Norte, próximo à Dinamarca
Resultado: Inconclusivo. Os dois lados reivindicaram a vitória. Taticamente, a
Alemanha venceu e, estrategicamente, o Império Britânico
Baixas: 6.094 britânicas e 2.551 alemãs.
HISTÓRICO
O combate contou com cem mil homens e 250 navios de guerra do Império
Britânico e alemães.
O comando inglês era exercido por David Beatty e John Jellicoe, que assistiram
ao afundamento de três navios logo no primeiro dia da batalha.
O Império Britânico perdeu 6.784 homens e 14 navios que totalizavam 110 mil
toneladas. Entre os alemães, 3.058 soldados morreram e a perda de 11 navios que
perfaziam 62 mil toneladas sucumbiram perante o bombardeio britânico.
Como quase todos os conflitos da Primeira Guerra Mundial, esta batalha teve um
custo humano e material altíssimo. O Império alemão saiu-se vitorioso, mas graças a
propaganda britânica, os ingleses também se consideraram vencedores.
5. Batalha de Verdun
Data: 21 de fevereiro a 20 de dezembro de 1916
Frentes de combate: Alemanha contra a França
Local: Verdun, França
Resultado: vitória dos franceses
Baixas: 1 milhão de feridos ou desaparecidos. Houve cerca de 450 mil mortes de
ambos os lados.
HISTÓRICO
A batalha de Verdun foi iniciada após o Império Alemão decidir levar a guerra
na direção do Ocidente e não contra a Rússia, no Leste.
Essa batalha é chamada por nomes pouco elogiosos como "vala comum de
franceses" e "moedor de carne". A referência ocorre por conta do número de vítimas.
Foram 450 mil mortes em quase 300 dias de combate.
6. Batalha de Somme
Data: 1º de julho a 18 de novembro de 1916
Frentes de combate: Forças aliadas britânicas e francesas contra a Alemanha
Local: Somme, região da Picardia, França
Resultado: vitória das forças aliadas
Baixas: 600 mil vítimas dos Aliados e 465 mil alemães. Um terço dos soldados
morreu.
HISTÓRICO
A batalha de Somme é considerada uma das mais sangrentas da Primeira Guerra
Mundial.
As baixas não foram suficientes para motivar o comando britânico a recuar. Para
fortalecer o front, foram enviados soldados das colônias britânicas tais quais Austrália,
África do Sul, Nova Zelândia e Canadá. O reforço deu bons resultados e os alemães
perderam 250 mil homens até agosto.
Os tanques de guerra foram usados pela primeira vez nesse combate. O exército
britânico utilizou 48 tanques Mark I, mas só 21 chegaram ao front, pois o restante
quebrou no caminho.
Também neste combate, o alemão Adolf Hitler ficou ferido e foi hospitalizado
por dois meses.
HISTÓRICO
Durante a batalha foram utilizados 136 tanques dos quais apenas 52 conseguiram
avançar sobre o terreno enlameado. Entretanto, desta vez, esses veículos não foram de
muita serventia, pois 22 quebraram e 19 foram postos fora de ação pelos alemães.
8. Batalha de Caporetto
Data: 24 de outubro a 12 de novembro de 1917
Frentes de combate: Alemanha e Áustria-Hungria contra a Itália
Local: Kobarid, atual Eslovênia
Resultado: vitória do exército da Alemanha e da Áustria-Hungria
Baixas: 10 a 13 mil italianos e 50 mil alemães e austríacos.
Prisioneiros de guerra: 260 mil prisioneiros italianos que se renderam
voluntariamente.
HISTÓRICO
Caporetto era apenas uma cidade pequena como tantas outras, mas após a
batalha se tornou sinônimo de derrota.
9. Batalha de Cambrai
Data: 20 de novembro a 7 de dezembro de 1917
Frentes de combate: Forças aliadas do Império Britânico e Estados Unidos
contra a Alemanha
Local: Cambrai, França
Resultado: vitória dos britânicos
Baixas: 90 mil.
HISTÓRICO
Foi a primeira vitória rápida e convincente numa guerra na qual era difícil
avaliar quem ganhava as batalhas. Isso ajudou a elevar a moral britânica.
10. Batalha de Amiens
Data: 8 a 12 de agosto de 1918
Frentes de combate: forças aliadas da França, Estados Unidos e Império
Britânico contra a Alemanha
Local: leste de Amiens, Picardia, França
Resultado: vitória decisiva das forças aliadas
Baixas: 52 mil entre mortos e desaparecidos
Prisioneiros de guerra: 27,8 mil.
HISTÓRICO
Por outro lado, o Império Alemão havia assinado a paz com a Rússia no Tratado
Brest-Litovski e poderiam concentrar todas as forças na frente ocidental. Porém, tinham
o problema de se verem abandonados por seus aliados.
Apesar de marcar o início do fim da grande guerra, a Ofensiva dos Cem dias,
iniciada em Amiens, deixa números impressionantes: quase 2 milhões de pessoas
perderam a vida em pouco mais de 3 meses de luta.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Muitos historiadores sugerem, então, que a década de 1760 tenha sido o ponto
de partida da Revolução Industrial, mas existe muita controvérsia a respeito da datação
do início dessa revolução. De toda forma, é importante atermo-nos ao fato de que a
Revolução Industrial ficou marcada pelo desenvolvimento tecnológico e de máquinas
que transformou o estilo de vida da humanidade.
O trabalho, além de cansativo, era perigoso, pois não havia nada que protegesse
os trabalhadores, e eram comuns os acidentes que os faziam perder os dedos ou mesmo
a mão em casos mais graves. Os afastados por problema de saúde não recebiam, pois
o salário só era pago para aqueles que trabalhavam. Os que ficavam fisicamente
incapacitados de exercer o serviço eram demitidos e outros trabalhadores contratados.
Esse quadro de extrema exploração dos trabalhadores fez com que esses se
mobilizassem em prol de melhorias de sua situação. Assim, foram criadas
as organizações de trabalhadores, conhecidas no Brasil como sindicatos e na
Inglaterra como trade union. As maiores reivindicações dos trabalhadores eram
melhorias no salário e redução da carga de trabalho.
O primeiro atuou no período entre os anos de 1811 e 1816 e ficou marcado pela
mobilização de trabalhadores para invadir as fábricas e destruir as máquinas.
Os adeptos do ludismo acreditavam que as máquinas estavam roubando os
empregos dos homens e, assim, era necessário destruí-las. A repressão das
autoridades inglesas sobre o ludismo foi duríssima, e o movimento teve atuação
muito curta.
O segundo surgiu na década de 1830 e mobilizou trabalhadores para lutar por
direitos trabalhistas e também por direitos políticos. Os cartistas tinham como
uma de suas principais exigências o sufrágio universal masculino, isto é,
exigiam que todos os homens tivessem direito ao voto. Além disso,
reivindicavam que a classe trabalhadora tivesse representação no Parlamento.
Esses cercamentos eram resultado da Lei dos Cercamentos, uma lei inglesa que
permitia que as terras comuns utilizadas pelos camponeses fossem cercadas e
transformadas em pasto para a criação de ovelhas. Essas terras comuns eram parte de
um sistema feudal que separava determinadas áreas para que os camponeses
cultivassem-nas.
Por último, mas não menos importante, é necessário destacar que a Inglaterra
possuía uma grande reserva exatamente das duas matérias-primas mais importantes para
o desenvolvimento industrial naquele momento: carvão e ferro. Essas matérias eram
essenciais para a construção das máquinas e para seu funcionamento (à base do vapor da
água).
invenção do telégrafo;
Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar
essa fase, que ficou conhecida como o período das grandes inovações. Esse avanço e
aperfeiçoamento tecnológico possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias, bem
como os lucros obtidos. O mundo vivenciou novas criações e o incentivo à pesquisa,
principalmente no campo da medicina.
o surgimento de antibióticos;
surgimento das grandes cidades e, com elas, dos problemas de ordem social,
como a superpopulação;
aumento de doenças;
A Revolução Industrial, mesmo que não tenha tido rupturas, foi dividida em
fases que representam um processo evolutivo tecnológico que transformou o
setor econômico e social.
A Primeira Revolução Industrial representa o início do processo de
industrialização limitado à Inglaterra no século XVIII.
Qualquer lista de invenções está longe de ser completa, mas as seguintes foram
escolhidas não apenas pelo que poderiam fazer, mas também por como permitiram que
outras invenções se tornassem possíveis e como transformaram a vida profissional e
cotidiana de milhões de pessoas. O período em consideração também é importante e
aqui é considerado de 1750 a 1860. Com esses critérios em mente, as 10 principais
invenções da Revolução Industrial foram:
Maquina de vapor
O telefone
O avião
Bulbo de luz