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História • Ensino Médio

Objeto de conhecimento (conteúdo): Definições e Conceitos de História


Ano/Série: 1ª Turma(s): Todas

PROFESSOR JOSÉ AUGUSTO JR.

Indicação de leitura(s)

O que é História?

História é a disciplina que se dedica a estudar e compreender o passado humano, tanto individual quanto
coletivamente. Por meio da pesquisa e análise de fontes primárias, como documentos, artefatos, monumentos e
testemunhos orais, os historiadores buscam reconstruir os acontecimentos, mentalidades, comportamentos e
transformações ocorridos em determinado tempo e lugar.

Ao longo dos séculos, a história tem desempenhado um papel fundamental na construção da identidade das
sociedades e culturas, bem como na reflexão crítica sobre suas trajetórias, dilemas e desafios. Através dela, podemos
compreender melhor as origens e evolução de instituições, movimentos políticos e sociais, tecnologias, artes e outras
expressões humanas.

Mas a história não é apenas uma disciplina que busca descrever o passado. Ela também pode ser considerada como a
memória da humanidade, um registro vivo das experiências, realizações e dificuldades que moldaram a nossa
existência como espécie. Como tal, a história é uma fonte de inspiração e aprendizado, que pode nos ajudar a refletir
sobre as questões fundamentais da vida, tais como a justiça, a igualdade, a liberdade e a solidariedade.

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Apesar de ter sido criticada por alguns como uma ciência subjetiva e parcial, a história é considerada uma ciência
humana, pois utiliza métodos e técnicas próprias para investigar e analisar os fenômenos históricos. Ela busca uma
compreensão objetiva dos fatos e processos, sem deixar de considerar os contextos culturais, sociais e políticos em
que ocorreram.

Em resumo, a história é uma disciplina que nos ajuda a entender melhor a nós mesmos e ao mundo em que vivemos.
Ela nos lembra das nossas origens, das nossas lutas e conquistas, e nos desafia a construir um futuro mais justo e
sustentável.

Ciências Auxiliares a História

A história é uma disciplina que se dedica a estudar o passado humano, suas transformações, eventos e personagens.
No entanto, para alcançar uma compreensão mais ampla e profunda dos fenômenos históricos, os historiadores
muitas vezes se valem do auxílio de outras ciências.

Entre as ciências auxiliares da história, podemos destacar a Geografia, que fornece informações sobre as
características físicas e humanas dos lugares em que ocorreram os eventos históricos. Com isso, é possível entender
melhor o contexto geográfico em que se deram as ações humanas, como a conquista de territórios, as migrações e os
deslocamentos populacionais.

A Filosofia é outra ciência que auxilia a história, pois fornece ferramentas conceituais para a análise e reflexão sobre
as ideias e os valores que moldaram as sociedades em diferentes épocas. A Sociologia, por sua vez, ajuda a
compreender as relações sociais e os conflitos que caracterizam as sociedades humanas, bem como as mudanças e
transformações nas estruturas e instituições sociais.

A Etimologia é outra ciência auxiliar da história, que se dedica ao estudo da origem e evolução das palavras e dos
idiomas. Com isso, é possível entender melhor os significados e as nuances das expressões utilizadas em determinadas
épocas e contextos.

A Epigrafia é a ciência que estuda as inscrições em pedra e outros materiais, o que pode fornecer informações valiosas
sobre a cultura, a religião, a política e outras dimensões da vida em épocas passadas. A Antropologia, por sua vez, se
dedica ao estudo das sociedades humanas em suas dimensões culturais e biológicas, permitindo uma compreensão
mais ampla das tradições, costumes e práticas que marcaram as diferentes épocas históricas.

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Por fim, a Arqueologia é uma ciência que se dedica ao estudo dos vestígios materiais deixados pelas sociedades
antigas, como objetos, monumentos, construções e outros artefatos. Com isso, é possível reconstruir aspectos da vida
cotidiana, das práticas religiosas, dos modos de produção e dos sistemas de poder das sociedades antigas.

Essas são apenas algumas das ciências auxiliares da história, mas existem muitas outras que podem contribuir para
uma compreensão mais ampla e profunda dos fenômenos históricos. A interdisciplinaridade, portanto, é uma prática
essencial para a produção de conhecimento histórico de qualidade.

Conceitos Utilizados em História

A história é uma disciplina que estuda as transformações ocorridas na sociedade humana ao longo do tempo. Para
isso, utiliza diversos conceitos que permitem analisar e compreender as mudanças históricas e suas consequências.

Um dos conceitos mais fundamentais da história é o sistema humano, que se refere à organização social, econômica
e política que caracteriza uma sociedade em determinado momento histórico. O estudo do sistema humano permite
entender as relações de poder, os conflitos e as transformações sociais que ocorrem em diferentes épocas.

Outro conceito fundamental da história é a economia, que se refere às atividades produtivas e comerciais de uma
sociedade. A análise da economia é fundamental para entender as relações sociais, os conflitos e as desigualdades de
poder existentes em uma sociedade, bem como as transformações históricas que ocorrem nesse campo.

A sociedade é um conceito que se refere ao conjunto de indivíduos que compartilham valores, normas, crenças e
costumes em uma determinada época e lugar. A análise da sociedade permite compreender as relações sociais e a
estruturação das classes sociais, bem como as transformações históricas que ocorrem nas diferentes esferas da vida
social.

A política é outro conceito fundamental da história, que se refere às formas de organização do poder em uma
sociedade. A análise da política permite entender as relações de poder, os conflitos e as transformações políticas que
ocorrem em diferentes épocas, bem como as consequências dessas mudanças para a sociedade como um todo.

A cultura é um conceito que se refere às expressões simbólicas e materiais de uma sociedade, como a arte, a literatura,
a religião, as tradições e os costumes. A análise da cultura é fundamental para entender as diferentes formas de vida
e as transformações culturais que ocorrem em diferentes épocas.

A religião é outro conceito importante na história, que se refere às crenças e práticas religiosas de uma sociedade. A
análise da religião permite entender as relações sociais, os conflitos e as transformações religiosas que ocorrem em
diferentes épocas, bem como as consequências dessas mudanças para a sociedade como um todo.

O Processo Histórico é um conceito que se refere às mudanças e transformações que ocorrem ao longo do tempo em
uma determinada sociedade. A análise do processo histórico permite compreender as mudanças quantitativas e
qualitativas que ocorrem em diferentes esferas da vida social, bem como as consequências dessas mudanças para a
sociedade como um todo.

A transição é um conceito que se refere à passagem de um sistema humano para outro. A análise da transição permite
entender as transformações históricas que ocorrem quando uma sociedade se reorganiza em termos sociais,
econômicos e políticos.

A revolução é um conceito que se refere a uma mudança abrupta e radical no sistema humano de uma sociedade. A
análise da revolução permite entender as transformações históricas que ocorrem quando uma sociedade se reorganiza
em termos sociais, econômicos e políticos de maneira radical e revolucionária.

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As mudanças quantitativas são aquelas que envolvem variações numéricas, enquanto as mudanças qualitativas
envolvem transformações na natureza ou qualidade dos fenômenos em questão. Ambas ocorrem em um processo
dinâmico e contínuo e são essenciais para a análise histórica, permitindo identificar momentos de transição e
transformação em uma determinada sociedade.

Historiografia Ocidental

A escrita da história tem variado ao longo do tempo desde a Grécia Antiga. Algumas vezes, ela foi escrita com um
elevado espírito crítico e buscando a imparcialidade. Em outras ocasiões, foi utilizada como um instrumento para uma
sociedade, regime ou ideologia. Atualmente, existem propostas e escolas com métodos para se pesquisar e escrever
a história, incluindo a positivista, o materialismo histórico e a Nova História ou Escola dos Annales.

Os historiadores gregos Heródoto e Tucídides são considerados figuras importantes na tradição historiográfica
ocidental, e suas obras foram fundamentais para o desenvolvimento da disciplina da história. Heródoto é
frequentemente chamado de "o pai da história" por ter escrito os nove livros das "Histórias", obra que se tornou um
modelo para a escrita de história narrativa.

Heródoto nasceu em Halicarnasso, na Ásia Menor, no século V a.C., e sua obra "Histórias" é uma narrativa dos conflitos
entre gregos e persas, incluindo a Batalha de Maratona e a Batalha de Salamina. Heródoto usou uma abordagem
narrativa para contar a história, incorporando lendas e tradições orais, bem como evidências escritas, e enfatizando o
papel dos indivíduos na história. No entanto, suas obras foram criticadas por não serem totalmente precisas e
objetivas, e ele foi acusado de inventar histórias.

Tucídides, por sua vez, nasceu em Atenas, também no século V a.C., e é conhecido por sua obra "História da Guerra
do Peloponeso". Tucídides procurou fazer uma análise científica dos eventos que desencadearam a guerra entre
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Atenas e Esparta, examinando os fatores políticos, sociais e econômicos que contribuíram para o conflito. Ele é
considerado um dos primeiros historiadores a usar uma abordagem crítica e objetiva para a escrita da história, e sua
obra é vista como um modelo de precisão e clareza.

Na visão romana, a história tinha uma função utilitária, servindo para moldar o presente e o futuro. A história deveria
ser útil e prática, trazendo exemplos de virtude e sabedoria, bem como lições a serem aprendidas. Tito Lívio e Políbio,
por exemplo, enfatizaram a importância da virtude cívica, do patriotismo e da liderança política, utilizando a história
como uma forma de educar e inspirar as futuras gerações. Essa visão da história como uma ferramenta para a
construção de uma sociedade melhor continuou a ser valorizada ao longo da Idade Média e do Renascimento.

A escola positivista valoriza o uso de princípios científicos e a preocupação com as transformações políticas. O
materialismo histórico, por sua vez, foca na infraestrutura, como a economia e a sociedade, e no conceito da luta de
classes na evolução dos sistemas humanos. Já a Escola dos Annales ou Nova História valoriza o ser humano e suas
realizações e tem uma preocupação com os aspectos culturais.

Em suma, a escrita da história evoluiu ao longo do tempo, refletindo as mudanças sociais, políticas e culturais. As
diferentes escolas e propostas de pesquisa e escrita da história demonstram que o trabalho dos historiadores é
fundamental para a compreensão do passado e do presente.

A seguir, apresentarei uma explicação mais detalhada sobre a escola positivista, o materialismo histórico e a escola
dos Annales.

A escola positivista é uma abordagem que tem como base a ideia de que a história deve ser estudada como uma
ciência exata e objetiva. Os positivistas defendiam que a história deveria se preocupar com os fatos e com a descrição
precisa dos acontecimentos passados. Eles valorizavam o método científico e o rigor na análise dos dados históricos.
Segundo a perspectiva positivista, a história deveria ser escrita sem preconceitos e sem interferências ideológicas.

O fundador do positivismo foi Auguste Comte, filósofo francês do século XIX. Ele defendia a ideia de que todas as áreas
do conhecimento humano deveriam ser estudadas de forma científica, seguindo o método experimental e baseando-
se em fatos e evidências. Na história, o positivismo foi influenciado pelos trabalhos de Leopold von Ranke, historiador
alemão do século XIX, que defendia a importância da pesquisa empírica e da descrição detalhada dos eventos
históricos.

O materialismo histórico é uma abordagem que se baseia na ideia de que a infraestrutura, ou seja, a economia e a
sociedade, é a força motriz da história. Essa escola foi fundada por Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX. Eles
acreditavam que as mudanças sociais eram causadas pela luta de classes entre os proprietários dos meios de produção
e a classe trabalhadora. Segundo a perspectiva marxista, a história é marcada por transformações revolucionárias que
ocorrem quando as contradições sociais se tornam insuportáveis.

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A Escola dos Annales, ou Nova História, é uma abordagem que surgiu na França no início do século XX. Seus fundadores
foram Lucien Febvre e Marc Bloch, que defendiam a importância de estudar a história a partir de uma perspectiva
mais ampla, que incluísse as dimensões sociais, culturais e econômicas. Segundo a perspectiva dos Annales, a história
não deve se limitar à descrição dos fatos, mas deve buscar compreender as transformações que ocorrem nas
sociedades humanas. A escola dos Annales é conhecida por seu interesse em temas como mentalidades, cultura e
representações sociais, e seu método enfatiza a pesquisa interdisciplinar.

Em resumo, as diferentes escolas históricas refletem as transformações sociais, políticas e culturais ao longo do tempo,
cada uma delas com suas próprias abordagens, métodos e preocupações. A escolha da escola depende da perspectiva
do historiador e da natureza do fenômeno histórico que está sendo estudado.

Cronologia e Calendário

A contagem do tempo é uma das preocupações mais antigas da humanidade, e desde a antiguidade, diversas
civilizações desenvolveram formas de medir e contar o tempo. As frações do dia, como horas, minutos e segundos,
foram criadas pelos babilônios e passaram a ser utilizadas pelos egípcios e gregos. O dia e a noite são uma
consequência da rotação da Terra em torno de si mesma, que dura aproximadamente 24 horas.

A semana, com sete dias, tem origem babilônica e está relacionada às fases da lua. O mês, com uma duração média
de 29,5 dias, foi um padrão adotado no mundo clássico, e o ano, que pode ser solar ou lunar, é a medida de tempo
mais comum. A década, a geração, o século e o milênio são outras medidas de tempo utilizadas na história.

Os calendários antigos eram lunares ou solares e tinham como marcos o início de reinados ou movimentos dos astros
no firmamento. A visão romana de uma história utilitária se refletiu em seu calendário, que era solar e tinha como
marco inicial a fundação da cidade de Roma e utilizavam a história para justificar suas conquistas e sua dominação
sobre outros povos. Já o calendário chinês é lunissolar e utiliza como marco inicial os movimentos dos astros no
firmamento, enquanto o calendário grego tinha como marco inicial os Jogos Olímpicos. O calendário muçulmano é
lunissolar e tem como marco inicial a Hégira, a migração do profeta Maomé de Meca para Medina.

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O primeiro calendário cristão surgiu no século VI d.C. e foi criado pelo monge Dionísio Exíguo. Esse calendário foi
chamado de "Anno Domini" (ou "AD"), que significa "ano do Senhor" em latim, e estabeleceu o ano do nascimento de
Jesus Cristo como o ponto inicial de contagem. O calendário também dividiu o tempo em duas eras: a era pré-cristã
(antes de Cristo) e a era cristã (depois de Cristo).

O calendário de Dionísio Exíguo, no entanto, não foi amplamente utilizado na Europa Ocidental até a Idade Média,
quando a Igreja Católica Romana adotou oficialmente o calendário AD em 1582. Esse calendário foi revisado pelo papa
Gregório XIII e ficou conhecido como o calendário gregoriano. O calendário gregoriano é o mais amplamente utilizado
em todo o mundo atualmente e estabeleceu o primeiro de janeiro como o primeiro dia do ano. Ele também introduziu
o conceito de ano bissexto para corrigir a discrepância entre o ano civil e o ano solar. A adoção deste calendário foi
gradual, e só se tornou universal no século XX. Hoje, é amplamente utilizado em todo o mundo e sua precisão foi
fundamental para a organização da sociedade moderna e seus processos históricos.

Cada calendário reflete a visão de mundo e a cultura da sociedade que o criou, e sua utilização pode ser vista como
uma forma de perpetuar a memória e a identidade cultural de uma sociedade ao longo do tempo.

Periodização

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A periodização da história é uma forma de dividir o tempo em períodos para melhor compreender e estudar os
acontecimentos que ocorreram em cada época. Essa divisão é feita com base em marcos históricos significativos e
pode variar de acordo com a abordagem adotada.

A periodização tradicional divide a história em quatro períodos principais: a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade
Moderna e a Idade Contemporânea. Essa divisão foi amplamente difundida no ensino da história ocidental, mas é
considerada eurocêntrica e superficial por muitos estudiosos.

A periodização didática é uma forma de ensinar a história de forma mais acessível aos alunos, simplificando a
complexidade dos eventos históricos e agrupando-os em períodos mais amplos. Essa abordagem também pode variar
de acordo com o contexto histórico e cultural de cada país.

A periodização política é uma forma de dividir a história em períodos que correspondem a mudanças no poder político,
nas instituições e nas estruturas sociais. Essa abordagem é comum em estudos de história política e pode variar de
acordo com a região ou país estudado.

Os períodos da história ocidental, na periodização tradicional, são: a Idade Antiga, que vai do surgimento da escrita
(4000 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.); a Idade Média, que vai da queda do Império
Romano do Ocidente até a queda de Constantinopla (1453); a Idade Moderna, que vai da queda de Constantinopla
até a Revolução Francesa (1789); e a Idade Contemporânea, que começa a partir da Revolução Francesa. Vale ressaltar
que essa divisão é contestada e que existem outras propostas de periodização da história.

Divisão da História em períodos tem função didática e é tradicional, mantendo-se uma divisão que muitas vezes se
afasta dos eventos de transformação mais importantes e têm graves problemas, como o eurocentrismo e a
superficialidade.

Indicação de videoaula (s) e/ou podcast(s)

Os vídeos a seguir contém informações sobre temas relacionados a História e seus conceitos, alguns estão
no formato de videoaula tradicional e já outros trazem um formato de documentário.
Obs. Caso os vídeos estejam em inglês, podem estar disponíveis legendas em português, configurem por
favor.

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 Vídeo do TED-ED sobre Heródoto: (120) Why is Herodotus called “The Father of History”? - Mark Robinson
- YouTube
 Vídeo do TED-ED Vamos fazer História: (120) Vamos fazer história... gravando-a - StoryCorps & TED Prize
- YouTube
 Vídeo/Palestra - A brief History of the Calendar and Time Keeping: (120) A brief History of the Calendar
and Time Keeping - YouTube (em inglês)
 Definições de História: (120) INTRODUÇÃO À HISTÓRIA - História - YouTube

Tarefas

Questão 01
(ENEM 2010)

Quem construiu a Tebas de sete portas?

Nos livros estão nomes de reis.

Arrastaram eles os blocos de pedra?

E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes?

Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?

Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?

A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.

Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares?

BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.

Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados
monumentos e acontecimentos históricos.

A crítica refere-se ao fato de que

a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos
e, por isso, ficaram na memória.
b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram
ao longo do tempo.
c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes
das sociedades que os construíram.
d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e
distantes no tempo.
e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.

Questão 02
(ENEM 2014) A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, tinha em seu
centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos monumentais. Bem nesse cruzamento está
o Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que contam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido
pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em 1836, instalado na praça diante de mais de 200 mil espectadores e da família real.

A constituição do espaço público da Praça da Concórdia ao longo dos anos manifesta o (a)

a) lugar da memória na história nacional.


b) caráter espontâneo das festas populares.
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c) lembrança da antiguidade da cultura local.
d) triunfo na nação sobre os países africanos.
e) declínio do regime de monarquia absolutista..

Questão 03
(ENEM 2016) Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e sob que espécie de constituição os
romanos conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo exclusivo - fato
nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto
de considerar qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse conhecimento?

POLÍBIO. História, Brasília: Editora UnB, 1985.

A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a

a) ampliação do contingente de camponeses livres.


b) consolidação do poder das falanges hoplitas.
c) a concretização do desígnio imperialista.
d) adoção do monoteísmo cristão.
e) libertação do domínio etrusco..

Questão 04
(UPE 2016) A Europa é uma criação feita diante do outro. Suas fronteiras são culturais e se opõem em três ao que não é Europa: a
Ásia, os Árabes, que assediam a Europa, primeira frente antieuropeia; o ‘leste’ sempre indefinido; e finalmente o Oceano”.

FEBVRE, Lucien. A Europa – gênese de uma civilização. Bauru: Edusc, 2004, p. 118-121. (Adaptado)

O trecho acima representa certa historiografia europeia, que se caracteriza pelo

a) Multiculturalismo - valoriza as contribuições das diversas populações na criação da civilização europeia.


b) Orientalismo - entende o Oriente como uma criação pacífica e igualitária do Ocidente.
c) Eurocentrismo - entende a Europa como centro da civilização, ameaçada pela barbárie e obrigada a expandir os limites da
Humanidade.
d) Humanismo - percebe uma mesma essência em todas as manifestações do gênio humano, disfarçada por elementos
culturais diversos.
e) Materialismo Histórico - privilegia os elementos econômicos sobre os culturais e políticos.

Questão 05
(UERN 2012)

Leia.

As diferentes percepções do tempo

Percepção I

“Quando olhamos as horas no relógio e programamos os nossos compromissos, temos uma vivência bastante
comum do tempo cronológico.”

(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005,
p.12)

Percepção II

“O tempo é muito mais do que as horas marcadas por um relógio, ou os dias de um calendário, ou os anos de um
século, é também tradição, mentalidade e ritmo.”

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(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005,
p.13)

De acordo com as percepções depreende-se que

a) ambas tratam de noções do tempo cronológico.


b) ambas tratam de noções do tempo histórico.
c) a percepção I trata do tempo histórico e a percepção II do tempo cronológico.
d) a percepção I trata do tempo cronológico e a percepção II do tempo histórico.

Questão 06
(UERN 2015) É impossível compreender seu tempo para quem ignora todo o passado. Ser uma pessoa
contemporânea e também ter consciência das heranças, consentidas ou contestadas.

(René Remond. in Bittencourt, C.Ensino da História. Fundamentos e métodos.São Paulo: Cortez. 2004. p. 155.)

A história tem um caráter instrumental para a compreensão das experiências sociais, culturais, tecnológicas, políticas
e econômicas da humanidade ao longo do tempo. Sobre o papel da história na formação da cidadania, assinale a
alternativa correta.

a) O ensino da história não apenas contribui para o desenvolvimento da consciência, mas dá suporte à
construção da própria identidade do indivíduo.
b) No decorrer dos períodos históricos, a fundamentação teórica que incita a obediência às leis foi a principal
contribuição da história na formação cidadã.
c) A história, em uma visão contemporânea, passou a ter como prioridade o estudo do presente, dando ao
passado um caráter arcaico e antiquado, dispensável à pesquisa histórica.
d) A história como ciência básica e fundamentalmente teórica incide de forma relativa e tênue nas atividades
práticas da vida humana, tendo, portanto, neutralidade em relação à política.

Questão 07
(ENEM 2016) A história não corresponde exatamente ao que foi realmente conservado na memória popular, mas
àquilo que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-
lo. Os historiadores, sejam quais forem seus objetivos, estão envolvidos nesse processo, uma vez que eles
contribuem, conscientemente ou não, para a criação, demolição e reestruturação de imagens do passado que
pertencem não só ao mundo da investigação especializada, mas também à esfera pública na qual o homem atua
como ser político.

HOBSBAWN, E.; RANGER, T. A Invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado).

Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade mencionada, é tarefa do profissional envolvido

a) criticar as ideias dominantes.


b) respeitar os interesses sociais.
c) defender os direitos das minorias.
d) explicitar as escolhas realizadas.
e) satisfazer os financiadores de pesquisas.

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Questão 08
(UNICENTRO 2004)

A colaboração de ciências, como a Linguística, a Antropologia e a Arqueologia, para a produção do conhecimento


histórico, relacionam-se com

a) a utilização da informática, porque somente a tecnologia digital possibilita a integração entre áreas
divergentes.
b) os conhecimentos da arquitetura, visto que os seus profissionais monopolizam as informações para a
interpretação de antigos monumentos.
c) a prática da interdisciplinaridade, através da articulação de conhecimentos específicos para a interpretação
dos fatos históricos.
d) a expansão do neoliberalismo, responsável pela superação das barreiras que existiam entre as ciências
humanas.
e) o desaparecimento de grande volume de documentos antigos durante a ocupação europeia na Ásia.

Questão 09
(UNICENTRO 2011)

A diversidade de fontes históricas reveladas e legitimadas pelo movimento da “Nova História” trouxe como
contribuição à moderna produção historiográfica a

a) inclusão da biografia, apresentada em diferentes tipos de textos: verbetes, livros, documentários, filmes,
entrevistas.
b) restrição da validade documental aos documentos escritos com mais de 70 anos de produção ou idade de
registro.
c) aceitação, como fonte arqueológica, apenas dos vestígios arquitetônicos e esculturais.
d) credibilidade de depoimentos orais restrita aos líderes políticos, religiosos e outras autoridades de
reconhecido prestígio social.
e) pesquisa na grande imprensa de circulação diária como dado confiável, dispensando comparações e
confrontos com outros meios de informação.

Questão 10
UNICENTRO 2006) Sobre as diversas concepções de história, considere as afirmativas a seguir.

I. A história, como forma de explicação, nasce unida à sociologia. Em seu início, o campo sociológico abrange
embrionariamente todas as áreas que posteriormente iriam se formar como autônomas.

II. Durante o período da desestruturação do Império Romano, com a difusão da religião judaico-cristã naquele
Império, a história do mundo foi unificada em torno do que se passava no Oriente.

III. No século XVIII, com a desestruturação final do sistema feudal e o avanço da ordem burguesa, surge o iluminismo,
corrente filosófica que procura mostrar a história como o desenvolvimento linear e progressivo da razão humana.

IV. Para Marx e Engels, a história é um processo dinâmico, em que cada realidade social traz dentro de si o princípio
de sua própria contradição, o que gera a transformação constante na história.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

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b) I e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

GABARITOS: C, A, C, C, D, A, D, C, A, C.

Saberes

 Historiografia: O que é historiografia? Definição de historiografia - Escola Kids (uol.com.br)


 Calendários: Calendar - Wikipedia
 Periodização: Divisão da História - História Enem | Educa Mais Brasil
 Definições de História: História, estudo das ações do homem no tempo e espaço - Brasil Escola (uol.com.br)
 Conceitos Básicos de História: Conceitos básicos de história em História | Descomplica

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