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Além do Cotidiano
tópicos sobre narrativa, roteiros e mundos virtuais
INTRODUÇÃO
A escrita de uma história não deve ser feita somente por instinto. O
verdadeiro escritor cria o seu método, e planeja com detalhes sua obra
antes de começar a efetivamente escrevê-la. É lógico que há exceções,
mas é cada vez mais raro uma obra de qualidade ser feita de forma
amadora e sem planejamento.
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da construção narrativa já dizia: toda história deverá ter início, meio e ⏍�m.
Vamos então desenvolver as idéias de Aristóteles e de outros estudiosos
da escrita.
À partir da premissa de que toda história tem início, meio e ⏍�m, podemos
transformar essas etapas em atos: Ato I (início), Ato II (meio) e Ato III
(큾�m). Alguns autores, como Shakespeare, utilizam outras estruturas como
a de cinco atos, mas acredito que toda história possa ser, de uma forma
ou de outra, sintetizada em apenas três atos, nem que seja para facilitar o
aprendizado e ser nosso ponto de partida.
ATO I (30%)
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Mundo Ordinário e/ou Gancho (Hook)
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O Incidente - Distúrbio (Inciting Incident) e/ou Gancho (Hook)
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Estabelecer situação e con��ito
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Primeiro Ponto de Transição (Plot Point)
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ATO II (55%)
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Desenvolver e complicar a situação
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Ponto Central (Midpoint - opcional)
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Desenvolver e complicar a situação
preparando para o Clímax
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Segundo Ponto de Transição (Plot Point)
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ATO III (15%)
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Eventos iminentes que levam ao Clímax
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O Ato I
É o Ato introdutório, que não deve durar mais do que 30% da história (às
vezes bem menos), senão corre o risco da audiência perder o interesse na
obra devido à falta de um con��ito central bem de⏍�nido.
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O Ato II
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Ato III
O Ato III deve ser curto, no máximo 15% da obra, e no ⏍�m praticamente
todos os con��itos mostrados na história devem alcançar um desfecho,
mesmo que seja um desfecho misterioso ou aberto, mas que deve ser
pelo menos sugerido. Nunca deixe a audiência na dúvida sobre
exatamente como ou porque algo aconteceu (a não ser que seja sua
intenção).
Quando uma história não se encerra totalmente com o Ato III, como no
caso de algumas histórias em quadrinhos e séries continuadas, o escritor
tem a opção de deixar um Gancho no ⏍�nal para atiçar a curiosidade da
audiência e fazer com que ela assista a sequência. Esse Gancho ⏍�nal é
chamado tecnicamente de Clihanger. Um dos exemplos mais
conhecidos de Cli旂�hanger no cinema é o ⏍�nal do primeiro De Volta para o
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CONCLUSÃO
O que foi detalhado acima é apenas o esqueleto, a base de uma obra. Seu
recheio deve vir com a habilidade do escritor e de seu estudo sobre
personagens, cenários, diálogos, ⏍�nais, etc. De forma alguma essa
estrutura deve ser seguida de forma rígida, mas sim deve ser vista como
um ponto de partida para a sua criatividade. Tente identi⏍�car nas obras
(⏍�lmes, livros e histórias em quadrinhos) os Atos e os Pontos de Transição.
Muitas vezes você vai ⏍�car na dúvida, mas isso é normal pois nem sempre
o escritor de⏍�ne estas etapas conscientemente. Lembre-se: não há uma
maneira exata de fazer uma história, mas quanto mais você estudar e ler,
mais fontes de "inspiração" terá.
Bons Estudos!
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