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Muitos roteiristas tem uma visão mecânica sobre histórias e escrevem de forma
mecânica tmb, pegando algum filme q assistiu recentemente e mudando o
gênero ou algum elemento, resultando num filme genérico e sem originalidade.
O storyteller joga com a audiência, ele tem que fazer o ouvinte não apenas
saber o que aconteceu, mas sim ter a experiência de viver aquela vida da
história que está sendo contada, levando a pessoa a entender que forças,
escolhas e emoções levaram o personagem a fazer o q ele fez.
O storyteller faz uma espécie de quebra-cabeça e o ouvinte tem q adivinhar!
Mudança vem do desejo. História eh sobre o que a pessoa quer, o q ela faz pra
conseguir isso e que custos ela tem q pagar durante o caminho.
Cada elemento da história deve ser definido em relação aos demais elementos.
Não é uma linha reta, é como um rio que faz curvas passando por mais lugares
até chegar no seu destino. O personagem tem um desejo, mas não eh intenso.
Cobre muito território, tem encontro com personagens de diferentes níveis da
sociedade. Ex: Odisseia, Dom Quixote.
Alguns pontos centrais vão gerando novos ramos. Cada ramo geralmente
apresenta uma sociedade completa em detalhe ou um estágio detalhado e
específico da mesma sociedade.
Ex: Social Fantasies como: Gulliver’s Travels, It’s a Wonderful life. Histórias de
múltiplos heróis como Nashville, American Graffiti e Traffic.
Premissa
Definir os 7 passos chave vão dar uma história sólida e de fundamento estável.
Personagem
Sua visão de como as pessoas deveriam agir no mundo. O tema deve ser
expressado pela estrutura da história para surpreender e mexer com a
audiência.
Universo da história
Símbolos
Plot
A partir dos personagens, a história toma forma. Os eventos devem ser
conectados abaixo da superfície e construídos para um surpreendente mas
lógico final.
A premissa é a base de toda a história, se ela não for boa, nada vai ser. Mas
ao mesmo tempo a história é muito maior do que só a premissa, você vai ter
que escrever muita cena ainda!
Você tem que escrever algo que é importante pra vc! Caso contrário vc vai
escrever algo genérico!
Escreva uma lista de desejos: Tudo que você gostaria de falar sobre, gêneros
de filme que você gosta, viradas, diálogos, personagens que você já pensou!
Escreva uma lista de premissas (uma frase cada) de ideias de histórias que
você tem.
Analise as duas listas e encontre coisas que se repetem. Isso é sua visão.
Escolhendo algo dali você vai ser mais pessoal e original.
Olhe para suas premissas e pense sobre elas. Como seriam as histórias? Para
onde iria? Não julgue as ideias! Pense “E se…”, tente explorar ao máximo as
ideias, aumentar as situações ou personagens, aumentar os conflitos.
Don Corleone não era só uma cara da máfia, ele tinha muito poder. Em Big,
quando ele ficou grande, ele não foi para um escritório, ele foi para uma loja de
brinquedos. Em Tootsie não era só o homem vestido de mulher, ele mostrou o
comportamento dos homens e o que as mulheres sofrem.
Step 3: Identifique os desafios e problemas da história
Em Star Wars como fazer uma história que se passa no futuro ser reconhecida
nos dias de hoje? Em Forrest Gump, como fazer ele ser engraçado e ter um
sentimento genuíno? Em Jaws, como tornar a briga justa.
É a lógica interna da história, é o que faz ela ser original e ser maior do que a
soma das partes.
E tem que ter apenas um caminho de causa e efeito. Não pode ter dois. Deve
ter um caminho percorrido que vai ligar todo o resto.
WxA=C
A melhor ação (luta) é a que mais força o personagem a lidar com suas
fraquezas levando à mudança. Você precisa identificar a ação básica e
encontrar os opostos dela, para encontrar as fraquezas do personagem e quem
ele vai se tornar.
Step 9: Descubra qual a escolha moral que ele vai ter que fazer
Essa story line é única o bastante para interessar muitas pessoas além de
mim?
Você começa escrevendo para você, algo q vc se importa, mas não pode
escrever só pra vc!
Os 7 passos são orgânicos, eles são a base da ação humana, são como nós
resolvemos problemas
E isso previne de o herói ser perfeito ou de ser uma vítima. Em nenhum dos
casos isso é bom.
2. Desire (Desejo)
É o que o herói quer nessa história. É algo externo a ele. É para onde ele vai,
tomando ações para alcançar o objetivo.
3. Opponent (Oponente)
Achar que o oponente parece do mal, é errado. É preciso ver o oponente
estruturalmente, em termos de função na história.
O oponente não quer apenas evitar que o herói atinja seu objetivo. Ele vai
competir com o herói pelo mesmo objetivo! Só assim se encontra o mais
profundo level de conflito.
4. Plan (Plano)
Ação não é possível sem um plano. E o plano é ligado ao desejo e ao
oponente. O plano deve ser focado em derrotar o oponente e alcanças o
objetivo.
5. Battle (Batalha)
O herói e o oponente vão se confrontar durante o meio da história, e o conflito
vai aumentando até que chega na batalha, que é o conflito final que determina
quem atinge seu objetivo.
6. Self-revelation (Autorrevelação)
A batalha gera no herói a maior revelação sobre quem ele realmente é. A
qualidade da história como um todo está ligada na qualidade dessa revelação.
O herói tira a máscara que ele vivia atrás e se vê honestamente pela primeira
vez. Mas essa tirada de máscara não pode ser passiva ou fácil. É a ação mais
ativa, mais difícil mais corajosa do herói em toda a história. E isso deve ser
mostrado com ações e não palavras.
O herói percebe que estava errado, que machucava outras pessoas e que
precisa mudar, então prova que mudou fazendo sua ação moral. É aqui que ele
cresce como ser humano. É o que ele aprende e que permite ele ter uma vida
melhor no futuro.
Plan (Plano): Como vai alcançar o objetivo. São várias etapas. E o plano tem q
se adaptar conforme vai dando errado.
O autor faz uma análise de todos esses passos no filme o poderoso chefão.
The Anatomy of Story – Chapter 4 – Character
(Personagem) – Resumo
Posted on 22/01/2019
Hero (Herói).
Opponent (Oponente).
Ally (Aliado): Permite a audiência ouvir valores e sentimentos do herói.
Ocasionalmente, o aliado pode ter seu próprio objetivo.
Subplot Character: Serve para constratar mostrando como o herói lida com o
mesmo problema em uma maneira diferente. Ele realça traços e dilemas do
herói.
Você pode colocar outros amantes para as duas pessoas, assim é possível
comparar versões diferentes do que seria uma mulher ou homem de desejo.
Sempre tem um conflito entre os dois, isso permite uma oposição constante
durante toda a história.
O risco de ter vários heróis é que pode não ter uma direção narrativa, não ter
história.
Algumas técnicas:
Fraqueza inerente: Ser opressivo, não ser sentimental, pode forçar os outros a
viverem para seu prazer e benefício.
Wise Old Man, Wise Old Woman, Mentor or Teacher (Velho sábio, Mentor
ou Professor)
Força: Pode passar conhecimento e sabedoria para que outros tenham uma
vida melhor.
Warrior (Guerreiro)
Força: Faz o que é certo.
Fraqueza inerente: Vive sob o lema matar ou morrer. Pode acreditar que o que
é fraco precisa ser destruído e se tornar alguém que faz o que é errado.
Força: Torna visível aquilo que ninguém vê. Controla forças naturais.
Trickster (Trapaceiro)
Força: Usa sua confiança, trapaças e é bom com palavras, assim consegue o
que quer.
Lover (Apaixonado)
Rebel (Rebelde)
Crie oponentes e aliados que forcem o herói a lidar com o problema moral
central. Cada oponente é uma variação no tema que faz o herói lidar com o
problema de uma maneira diferente.
Faça o herói misterioso, a audiência tem que saber q ele esconde algo.
Sempre mostre para a audiência o motivo das ações do herói. O herói não
precisa saber, mas a audiência sim. Muitas vezes o herói está inicialmente
errado sobre sua razão para fazer algo, e só descobre o real motivo no
momento da autorrevelação.
O que é o Personagem
1. Child to Adult (Criança para Adulto): Uma pessoa jovem muda suas crenças e
toma uma nova ação moral.
2. Adult to Leader (Adulto para Líder): Começa preocupado apenas consigo
mesmo e percebe que precisa ajudar os outros também.
3. Cynic to Participant (Cínico para Participante): Parecido com o Adult tio Leader,
mas aqui o herói tinha se afastado da sociedade e agora volta para ela como um
líder.
4. Leader to Tyrant (Líder para Tirano): Começa ajudando alguns e depois os
força a seguir seu caminho.
5. Leader to Visionary (Líder para Visionário): Começa ajudando alguns, termina
mostrando para toda uma sociedade como ela deveria mudar e viver no futuro.
6. Metamorphosis (Metamorfose): Comum em horror e fantasia. Começa como
homem e se transforma em algo. Ou um animal que se transforma em humano.
Começa-se pelo final pois é uma jornada, precisamos saber para onde vamos.
Sabendo isso tudo vai levar até lá, sem coisas desnecessárias.
O desejo precisa ser específico, quanto mais específico melhor. “Ele quer se
tornar independente” não é específico, “Ele quer entrar na faculdade de
medicina” é específico.
Isso não significa que ele não pode ser um animal ou um fenômeno. Significa
que ele tem que ser completo e ter valores como o herói.
Ele tem fraquezas que fazer ele agir errado perante os outros.
Tem uma necessidade, baseada nas suas fraquezas.
Precisa querer alguma coisa, preferencialmente o mesmo que o herói.
Deve ter grande poder, status ou habilidade para pressionar o herói, preparar a
batalha final e levar o herói ao sucesso (ou falha).
Tanto o herói quanto o oponente acreditam que estão no caminho certo, e eles
tem razões para isso.
O argumento moral do oponente tem q ser forte, mas de certa forma errado.
E isso evita que o herói seja totalmente bom e que o oponente seja totalmente
mal. Nunca pense neles como extremos opostos.
Building Conflict
Coloque pressão constante no herói.
Apenas um oponente mata a chance de se aprofundar na história. Você precisa
de uma rede de oponentes.
Four-Corner Opposition
Cada oponente deve usar uma forma diferente de atacar a fraqueza do herói
Tente colocar cada personagem em conflito, não só com o herói, mas com cada um
Você não deve criar personagens que soam como você ou suas ideias! A ideia
deve ser mostrada na estrutura da história e em como o herói age em cada
situação.
Traveling (Viajando)
Metáfora de uma viagem ou jornada. Subir o rio para resgatar alguém também
é uma viagem para uma confusão moral e perigosa.
Quando você encontra seu verdadeiro amor você deve se comprometer com
aquela pessoa com todo seu coração.
Quando você recebe grande talento e poder, você deve se tornar um líder e
sacrificar-se pelo bem dos outros.
Usar apenas a visão do herói e do oponente é pouco. Só com uma rede moral
de oposições pode dar a audiência o senso de complexidade moral que existe
na vida real. Pode usar o four-corner opposition
Há três técnicas para isso. Essas técnicas garantem que o tema não seja
imposto e sim expressado através dos personagens.
Faça cada personagem (os principais) uma variação do tema. Eles lidam com o
mesmo problema moral, mas de maneira diferente. Compare os personagens
com o herói.
Ex: The Matrix, Crcodile Dundee, Dances with Wolves, Star Wars, Forest
Gump, The Terminator, Last od the Mohicans, The Wizard of Oz.
Tragedy (Tragédia)
Pathos (Sofrimento)
O cara luta, luta e luta, mas não tem autorrevelação. A audiência fica com um
senso de injustiça.
Em Star Wars tem a Força, tem o “Que a força esteja com você”.
Se você conseguir fazer um sistema moral para a sua história pode ser atrativo!
Isso tmb pode acontecer quando o herói discute com o oponente, geralmente
na batalha final. Ex: The Hustler, It’s a Wonderful Life.
O oponente tmb pode em alguma cena justificar suas ações. Isso é mais
interessante do que só um oponente do mal que faz o mal e pronto. Ex: The
Verdict, A Few Good Men, Shadow of Doubt.
O oponente tem que estar certo em algumas coisas, mas precisa ter uma falha
fatal em sua lógica.
Não é pq vc pode ir para qualquer lugar que você deve ir. Ao quebrar a arena,
sua história se dissipa.
Veja quatro formas de criar arenas sem destruir a variedade de lugares e ações
que você precisa.
Comece com o mundo maior e os muros, depois vai entrando nos mundos
menores conforme a história avança.
Mande o herói para uma jornada através da mesma arena, que se desenvolve ao longo do
caminho.
Você pode criar um senso de arena única se a área percorrida for a mesma.
Sempre um oceano, sempre o deserto. A jornada tem q ser uma linha
reconhecível que vai se desenvolvendo.
Mande o herói para uma jornada circular na mesma área
Igual o anterior, mas o personagem no fim volta para o local inicial, e você pode
mostrar como o personagem mudou contrastando com o local que continua o
mesmo.
Comece em uma arena, mostre os talentos do herói. Leve ele para a segunda
arena, sem a parte da viagem, e mostre os talentos dele no novo lugar, os
talentos vão parecer estranhos nesse novo lugar, mas funcionam igualmente.
Você deve saber possíveis significados de lugares. Mas evite clichês visuais, é
muito fácil colocar a revelação do herói no topo da montanha, use se for
fundamental para a história, e sempre de uma maneira original.
Ocean (Oceano)
Jungle (Selva)
Island (Ilha)
Mountain (Montanha)
Plain (Planície)
River (Rio)
Weather (Clima)
Um dos segredos é o veículo que o herói viaja. Traz unidade para a jornada
não ficar fragmentada. Quanto maior o veículo, mais fácil.
The City (A Cidade)
Uma cidade é muito grande, então geralmente se diminui para uma instituição
onde tudo acontece. Uma escola seria uma metáfora da cidade.
Story World Technique: Combining Natural Settings with the City (Técnica: Combinando
Natureza e Cidade)
Cidade como Montanha: Torres altas como topo da montanha, onde vivem os
mais ricos.
Cidade como Oceano: O personagem pode flutuar. Ou com a câmera você
pode flutuar. A câmera sai pela janela e vai para outro lugar e para outro.
Cidade como Selva: As pessoas se portam como animais, só muda a forma
que matam.
Cidade como Floresta: Um lugar mais tranquilo em meio a todos os prédios.
Miniatures (Miniaturas)
Big to Small, Small to Big (Grande para Pequeno, Pequeno para Grande)
É bom pois leva seu personagem para o outro mundo deixando claro para a
audiência que o personagem está indo do realístico para o fantástico.
Technology/Tools (Tecnologia/Ferramentas)
Temos que ver na mudança do herói para ver o que o universo da história vai
mudar junto. Geralmente as histórias vão da escravidão (heró preso em alguma
fraqueza) para a liberdade e o universo da história deve mostrar isso. No início
o universo da história é meio desbalanceado (expressando a fraqueza do
herói), mas ao final tudo deve ficar em equilíbrio.
How the Story World and the Hero Develop Together (Como Desenvolver
Juntos Herói e Universo)
A não ser que o herói se sacrifique para salvar o mundo. Aí o herói morre, mas
o mundo representa a liberdade.
Seasons (Estações)
Mostrar a mudança de estação serve para mostrar o crescimento ou queda do
herói.
Mostrar as quatro estações sai de uma história linear para um história circular.
Sempre procure a filosofia por trás do feriado, na história você pode atacar ou
apoiar essa filosofia.
Se vc usa 12 horas, você cria um efeito de funil, tem urgência e vai ter um fim
marcado.
Você diz para a audiência de início que a tarefa precisa ser completada até
determinado momento. Geralmente esse time endpoint é em um lugar em que
todos os atores e forças devem convergir para lá.
Fraqueza e necessidade
Desejo
Oponente
Derrota aparente ou liberdade temporária: Geralmente o lugar mais estreito
possível.
Visita à morte
Batalha: Deve ser um lugar confinado, apertado e com paredes para simbolizar
compressão.
Liberdade ou escravidão
Símbolos são jóias costuradas no tecido da história que tem grande impacto
emocional.
É uma palavra ou objeto que significa outra coisa, e que se repete durante a
história.
Você deve usá-lo e repetir o uso, mas cada vez que usar de novo deve mudar
algo pelo menos um pouquinho.
Baseado no Designing Principle, theme line e story world, crie uma linha que
descreve e conecta todos os símbolos.
Moisés: Palavra de Deus se tornou física através das pragas e da tábua
dos 10 mandamentos.
Quatro Casamentos e Um Funeral: O casamento versus o Funeral.
Harry Potter: Um reinado mágico em forma de escola.
Faça isso para todos os personagens, mas comece pelo herói e pelo oponente.
É mais difícil, mas você pode colocar dois símbolos que se opõem em um
herói. Isso o deixa mais profundo.
Geralmente o ser mecânico tem super força, mas também não tem sentimento
ou compaixão, mas no fim ele se prova mais humano que qualquer outro
personagem.
Other Symbolism (Outros Simbolismos)
Você pode traduzir a essência do personagem em seu nome. Mas cuide para
não ser tão óbvio e ficar exagerado.
Escolha um símbolo que você quer que o personagem se torne quando ele
mudar (ter a autorrealização).
Godfather: No início ele diz “Algum dia, e talvez esse dia nunca chegue,
eu vou te pedir um favor em retorno”, ele não fala a palavra demônio aqui,
mas é o significado. E no final do filme perguntam a ele “Você renuncia
Satan?”, ele renuncia ao mesmo tempo que está matando várias pessoas.
Uma forma de fazer isso é mostrar que o destino traçou isso por forças maiores
que os humanos podem compreender. Em Moonstruck os dois personagens
estão ligados pela lua e pelo destino.
Tem Deus e humanos. Deus representa um aspecto humano que pode ser
atingido por excelência.
O Western era sempre uma visão de futuro. Consquistar uma terra, matar ou
dominar raças barbarias, espalhar o cristianismo e a civilização, transformar
natureza em dinheiro e criar a nação americana.
Símbolos:
Star Wars tem o sabre de luz, Forrest Gump tem a pena e a caixa de
chocolates.
Ullysses usa muito bem as técnicas. Você admira a história por isso. Mas é
uma história difícil de amar. Então o meio-termo ou o ponto onde parar é com
você!
Edgar Allan disse “Em um bom plot, nenhuma parte pode mudar de lugar sem
estragar o todo”.
O herói vai numa jornada onde encontra múltiplos oponentes, derrota todos
eles e volta pra casa.
Cada vez que ele derrota um oponente, pode ter uma pequena mudança.
Um perigo é que como o herói derrota um oponente, depois vai para outro lugar
e derrota outra, soa episódico. É difícil trazer de volta os personagens que o
herói encontrou no início da jornada.
Tom Jones (1963), em uma jornada cômica, usa uma estratégia para resolver
isso. Primeiro ele esconde quem é o protagonista no início, e manda todos os
personagens para o mesmo lugar, o que cria um efeito de funil fazendo o
protagonista encontrar eles novamente.
Geralmente um só lugar (nem que esse lugar seja uma escola ou uma cidade).
Herói tem familiaridade com os oponentes, mas algo sobre ele está escondido
do herói e da audiência. E os oponentes são habilidosos para conseguir o que
querem.
Assim tem várias revelações durante o plot. Por isso esse tipo de história é
popular. As pessoas gostam de surpresas nas histórias.
Dickens combinava o Reveals Plot com o Journey Plot, mas isso é muito difícil
de fazer. Em uma jornada você conhece várias pessoas, mas pouco delas. Em
uma Reveals Plot você conhece poucas pessoas, mas sabe muito delas.
Antiplot (Antiplot)
Outros Exemplos: Ulysses, Last Year at Marieband, Waiting for Godot, The
Cherry Orchard, The Catcher in the Rye, Tristam Shandy.
Utilizado em séries: Cada história (ou episódio) tem de 3 a 5 plots. Cada plot é
guiado por um personagem dentro de um grupo (geralmente pessoas de uma
organização como um distrito policial ou um hospital).
Ghost (Fantasma)
Ghost pode ser também o oponente interno, um grande medo que prende ele
de fazer algo.
Às vezes o evento que gera o ghost está nas primeiras cenas, mas é mais
comum ter um outro personagem explicando o ghost do herói em algum
momento no primeiro ato.
Herói deve ter fraqueza psicológica e pode ter fraqueza moral (algo que afeta
outras pessoas)
Necessidade: Aquilo que o herói precisa atingir para ter uma vida melhor.
Running Start: Feito para prender o leitor no início. O Herói tem um fantasma
forte, está preso num mundo de escravidão, e tem muitas fraquezas sérias.
Slow Start: É quando não tem os passos de estrutura na história e o herói não
tem propósito.
Um evento de fora que faz o herói ter um objetivo e tomar uma ação.
O evento tem q conectar necessidade e desejo. O evento tem que jogar o herói
da frigideira para o fogo.
O melhor evento incitante é aquele que faz o herói achar que superou a crise
pelo que ele passava, mas na verdade o está jogando no maior problema da
sua vida.
Ex: O herói entra numa estrada e pensa que conseguiu se livrar do seu
problema, mas ela acaba de entrar numa armadilha que ele nunca vai escapar.
5. Desire (Desejo)
Comece o desejo num nível baixo e vá aumento ele. Veja os níveis do mais
baixo para o mais alto:
1. Sobrevivência
2. Vigança
3. Vencer uma batalha
4. Alcançar algo
5. Explorar o mundo
6. Pegar um criminoso
7. Encontrar a verdade
8. Conquistar um amor
9. Trazer justiça e liberdade
10. Salvar o país
11. Salvar o mundo
O aliado ele não é só alguém que vai ouvir o herói (por mais que isso seja
importante), ele também é uma das maneiras de definir seu herói.
Considere dar ao aliado uma linha de desejo própria. Ex: Espantalho no Mágico
de Oz quer um cérebro.
Nunca faça o aliado mais interessante que o herói. Se isso acontecer, ele
deveria ser o herói.
Subplots são usados para comparar como o herói e outro personagem agem
em uma mesma situação.
Em Moonstruck, tem dois subplots e todos eles lidam com o mesmo problema
do plot principal: Fidelidade no casamento.
Sempre se pergunte:
Quem quer parar o herói e por quê?
O que o oponente quer Ele deve querer o mesmo que o herói.
Quais são os valores do oponente e como eles se diferem dos valores do
herói? Uma história sem conflito de valores não se constrói.
Em farsas, como Tootsie, tem mais oponentes e eles atacam o herói de forma
progressiva (cada vez mais e mais) durante a história.
Assim com um iceberg, 90% do oponente deve estar escondido. E essa parte
escondida é a parte mais perigosa.
Deixe o herói lutando contra o oponente mais óbvio no início da história, e com
a intensificação do conflito, o herói descobre o um oponente mais forte que
estava escondido ou descobre a parte do oponente que estava escondida.
O falso aliado começa a criar um sentimento pelo herói e ele passa por um
dilema: Trabalha para o oponente mas quer que o herói vença.
A revevlação deve ser importante o suficiente para fazer o herói mudar o seu
curso de ação.
Em boas histórias, o plano inicia quase sempre falha. O herói precisa ir mais
fundo para achar uma estratégia melhor.
O oponente tem que ter uma estratégia para alcançar seu objetivo e executar
uma série de ataques contra o herói.
Para ter revelações, você deve esconder como o oponente vai atacar o herói.
Vai desde o plano (Passo 10) até a aparente derrota (Passo 14).
Você quer um plot desenvolvido, não repetição. Cada ação tem que ser
fundamentalmente diferente. Ex: Em uma história de amor que os personagens
vão ao cinema, depois ao parque, depois ao jantar. São ações diferentes mas
são o mesmo beat!
Quando o herói começa a tomar ações imorais, o aliado confronta ele! O aliado
se torna a consciência do herói. O herói tenta defender suas ações e não
aceita a crítica.
O herói acredita que perdeu e que o oponente venceu. É o ponto mais baixo do
herói. É um momento devastante para o herói.
15. Second Revelation and Decision: Obsessive Drive, Changed Desire and
Motive (Segunda Revelação e Decisão: Linha de Ação Obsessiva, Mudança
de Desejo e Motivo)
Depois da derrota aparente, o herói tem sua maior revelação, uma nova
informação mostra que a vitória ainda é possível, e essa informação faz ele
querer atingir seu objetivo obsessivamente.
Aqui é onde a audiência, não o herói, aprende algo, geralmente é aqui que
descobrimos a identidade do fake-ally opponent.
O herói tem uma realização da sua própria mortalidade. Isso o estimula a lutar
e geralmente é o gatilho para a batalha final.
A ênfase não deve estar em quem é mais forte e sim quais ideias ou valores
vencem.
Você pode dar uma autorrevelação para o oponente assim como para o herói.
Muitos escritores não fazem isso pois é arriscado soar como um sermão.
Para fazer uma thematic revelation você precisa encontrar um gesto ou ação
em particular que tenha um impacto simbólico na audiência.
Tudo volta ao normal, mas o herói está agora num nível maior ou menor do que
quando começou.
Não use o storyteller como um frame. “Vou contar uma história…” e no final “E
foi isso que aconteceu”.
Ex: Sunset Boulevard; American Beauty; Forrest Gump; Body and Soul; The
Usual Suspects; How Green Was My Valley; Cinema Paradiso; The Shawshank
Redemption; Heart of Darkness; It’s a Wonderful Life; The Great Gatsby;
Goodfellas; Citzen Kane; Gilgamesh;
Genres (Gêneros)
Gênero é uma forma de história. Cada gênero tem plot beats pré-definidos que
você precisa usar, pois se não usar a audiência fica desapontada.
Mas a audiência gosta de ver a mesma estrutura mas com uma nova pele que
faça aqui ser vivo e diferente.
Crosscut é uma técnica onde vc indo e voltando entre duas ou mais linhas de
ação. Por exemplo em M tem um crosscut que mostra em uma cena policiais e
na outra bandidos, mas todos estão procurando pela mesma criança. Isso
mostra como os dois grupos agem de acordo com a situação. Nesse caso foi
pra mostrar que mesmo dois grupos opostos tem muitas similaridades.
Multistrand Plot Scene Weave (Entrelace de Cenas em um
Plot de Várias Vertentes)
Em séries, é feito crosscut entre 3 a 5 histórias, cada uma com seu herói.
Contar tantas histórias em 45 minutos faz com os plotlines não tenham tanta
profundidade. Você não consegue fazer os 22 passos, mas pelo menos os 7
principais vc tem que fazer em cada história.
Para manter uma linha narrativa é interessante colocar o herói de um plot como
oponente do outro plot.
O autor faz uma análise do episódio The Dance We Do” da série ER, que tem 5
plotlines. E todos eles são variações do mesmo tema (como lidar com verdades
e mentiras). E todos tem os sete passos.
Os 5 plots afunilam para revelações em cada plot. Mais pro final do episódio
temos várias revelações deixando tudo mais intenso e interessante.
Interessante que para a parte do treinamento do Luke não ficar chata, fizeram
crosscut com as cenas do Han Solo, Princesa Léia, Chewbacca escapando dos
homens do Darth Vaders.
Onde essa cena está no desenvolvimento do herói e como ela ajuda isso?
Que problemas precisam ser resolvidos nessa cena e o que precisa ser
cumprido?
Qual a estratégia para resolver os problemas?
O desejo de qual personagem (Não precisa ser o herói) vai guiar a cena? E o
que ele quer?
Como esse desejo se resolve?
Quem se opõe a esse desejo?
O personagem vai usar um plano direto (dizendo o que quer) ou indireto
(fingindo que quer outra coisa) para atingir seu desejo? Um plano direto trás
conflito pra cena, um indireto é mais engenhoso mas traz menos conflito agora,
porém pode fazer gerar mais conflito no futuro.
Como o conflito da cena chega ao seu final?
Qual é o twist ou revelação que vai acontecer?
Personagens que falam com subtexto geralmente estão com medo, com dor,
ou envergonhados de dizerem o que realmente querem. Se você quer conflito
máximo não use subtexto.
Uma cena com subtexto é baseada em desejo e plano. Para conseguir faça:
Dialogue (Diálogo)
Diálogo é umas das ferramentas de escrita mais entendidas de forma errada!
Diálogo não é uma conversa real, é linguagem altamente seletiva que soa
como se fosse real. Bom diálogo é sempre mais inteligente, sagaz, mais
metafórico e melhor argumentado do que na vida real. Até mesmo o
personagem mais besta ou sem educação deve falar no máximo que ele seria
capaz.
Uma técnica avançada é começar com diálogo sobre a ação e terminar com
diálogo sobre as pessoas. Começa falando sobre o que eles querem e caminha
para “Você é <alguma coisa>”. Isso geralmente é bom nas cenas chave da
história.
Fala sobre ações certas ou erradas, e sobre valores ou sobre o que faz a vida
ser valiosa.
Isso compara não apenas duas ações, mas sim dois modos de viver.
Track 3: Key Words, Phrases, Taglines, and Sounds – Repetition, Variation,
and Leitmotif (Palavras e Frases Chava – Repetição e Variação)
Uma tagline é uma frase que você repete várias vezes e cada vez tem um
significado um pouco diferente, até que vira a assinatura da história. Como
“May the Force be with you” ou “Eu vou fazer uma proposta que ele não pode
recusar”
Scenes (Cenas)
The Opening Scene (Cenas de Abertura)
A primeira frase de uma história deve mostrar sobre o que é a história, precisa
ter poder dramático e algum tipo de punch.
Em It’s a Wonderful Life tem uma cena em que eles discutem sobre como
pessoas vivem abaixo de lideranças, mas falam sobre isso através do ato de
fechar ou não o banco e relacionam isso com a morte do pai do herói. E isso
não soa político ou filosófico.
Em Shadow of a Doubt, tem uma cena na mesa onde o assassino justifica pq
mata todo mundo. E ele fala explicando uma lógica que parece que faz sentido.
Monologue (Monólogo)
Mostra a verdade e emoção através do conflito que a pessoa tem com ela
mesma.
O monólogue deve ter os 7 passos e terminar com uma palavra ou frase chave.
A cena final deve ser uma miniatura de toda a história, realçando o tema e
mostrando que o que aconteceu com os personagens não é só ali, é como é no
mundo todo.
A ideia é que a pessoa depois de assistir queira assistir de novo e quando ela
ver de novo vai ver coisas que não viu da primeira vez, e talvez possa ver
várias vezes e sempre vai interpretar algo diferente.
A forma mais fácil de fazer isso é apresente o Novo Equilíbrio, e depois dar
uma revelação. Como é em “O Sexto Sentido”.
Mas isso faz a pessoa assistir apenas mais uma vez sua história.
Técnicas:
E para finalizar o livro, John Truby diz que vai terminar com uma revelação:
Você é a história que nunca acaba!
Você precisa enfrentar os seus 7 passos e fazer isso cada vez que escreve
uma nova história. E ele sugere que você leia novamente o livro, pois você já
não é mais a mesma pessoa do que quando leu pela primeira vez.