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ROTEIRO E

STORYTELLING
Gabriel Herdy
Planejamentos Premissa Tema Ideia Controle Contra Ideia Plot
Iniciais

Apresentação Formatação Protagonista


Níveis de
Ambiente Gênero
de Conceitos Conflito

Tipos de Personagens e
Estrutura Composição
Resumo Arquétipos
Modelos de Plot

Linguagem Mecanismos de
Produção Cinematográfica
Modelos
Leis
Pitching
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO AO AUDIOVISUAL E A ESCRITA
MERCADO DE TRABALHO
TV Institucionais

Videoclipes Publicitários
Audiovisual

Jornalísticos Games

Cinema

Cinema Documentário

Séries Animação
Diferença do Formato
CINEMA AUDIOVISUAL
Profissional Pós-Moderno

Criatividade

Referência

Técnica
Diferencial no Mercado
• A escrita como forma de arte.
• A criatividade e seu treino.
• A emoção e a inspiração. Arte

Criatividade

Inspiração

Emoção
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ORIGEM DO STORYTELLING
Surgimento da Escrita
• As pinturas rupestres
• A história como elemento essencialmente humano
• A primeira escrita (cuneiforme) dos sumérios
• Seu mito de criação
• Enheduanna of Akkad, a primeira autora e poeta com textos
atribuídos a ela.
• Evolução dos contos até o teatro.
• “Genji Monogatari” (1008) de Murasaki Shikibu, o primeiro
romance (prosa extendida)
• “The Blazing World” (1666) de Margaret Cavendish, a primeira
ficção científica.
• Aproximação com o fantástico
• Jogos de sombras – Surge na China, por volta de 5.000 a.C. É
a projeção, sobre paredes ou telas delinho, de figuras
humanas, animais ou objetos recortados e manipulados.
Surgimento do Cinema
• Fenacistoscópio, Praxinoscópio, Fuzil fotográfico,
Cronofotografia.
• Cinetoscópio – Thomas Alva Edson (1890).
• Inventa o filme perfurado e tem o primeiro estúdio de cinema
“Black Maria”.
• Esses filmes não são projetados em uma tela, mas no interior
de uma máquina, o cinetoscópio.
• Cinematógrafo - Irmãos Lumière (1895)
• Cinema Mudo: A apresentação pública do cinematógrafo
marca oficialmente o início da história do cinema. O som
vem três décadas depois, no final dos anos 20.
Black Maria
Surgimento do Roteiro
• O preço de películas.
• O roteiro é um guia técnico para as filmagens.
• Não há pensamentos, emoções, subjetividade.
• Exceções.
• Os cuidados que um profissional de roteiro deve ter.
• David W. Griffith (1875-1948)
Como trabalhar com Storytelling?
• Story é o “o que”, e Telling é a dramatização dele, ou
seja, a forma como a criatividade toma forma no mundo
real.
• “O ser humano começou a contar histórias a partir de
indícios” (Carlo Ginzburg, historiador) Uma pegada que é
vista no chão é o indício de algo que esteve ali.
• “Mais importante do que os indícios em si, são a sua
função” (Brian McDonald, historiador) Ele garante que
desde os primórdios até hoje, as informações que
aumentam as chances de sobrevivência garantem boas
histórias.
BOA HISTÓRIA = BOA MENSAGEM
MÓDULO 2
ESTRUTURAS BÁSICAS
ELEMENTOS DA HISTÓRIA
PREMISSA / IDEIA INICIAL
• A premissa é a faísca inicial da história, geralmente no
formato de uma pergunta de:
O que aconteceria se...?
O que aconteceria se um pai tivesse seu filho raptado?
Ex.: Nemo
• A premissa é a faísca inicial, mas não exerce controle
sobre o desenvolvimento. Se a história estiver
evoluindo, deixe-a de lado e siga a inspiração.

Monte um caderno de premissas


TEMA E JUSTIFICATIVA
• Histórias são metáforas para a vida. Você quer que o
mundo saia do cinema revendo a vida com o que viu
ali dentro.
• O público não se interessa pela discussão de ideias,
mas sim pela dramatização delas.
• Não use diálogos para filosofar. A mensagem tem que ser
passada pela história no completo (clímax).

“O crime não compensa” ou “O amor é mais forte”


IDEIA CONTROLE (GOVERNANTE)
“Quanto mais belamente você molda seu trabalho ao redor de uma ideia
clara, mais significados o público descobrirá em seu filme [...] em oposição,
quanto mais ideias você tenta colocar, mais elas implodirão sobre si
mesmas” (Robert Mckee, 118)

Carga Inicial + Carga Final + Por quê?


Do amor ao ódio, porque nem sempre a vida é bela.
Do fracasso ao sucesso, porque sonhos acontecem.

O valor (positivo ou negativo) e a causa expressam o


significado central da história e indicam o que o público deve
sentir.
IDEIA E CONTRA IDEIA
• Se sua história fala de amor (ideia), ela deve
obrigatoriamente falar de seu oposto, o ódio (contra
ideia).
• É essa dinâmica que cria uma PROGRESSÃO:
Quando se move a narração entre cargas positivas e
negativas.

Amor / Paixão / Ódio / Indiferença


PLOT (ENREDO)
Protagonista + Desejo + Problema
Maria deseja ficar com João, mas ele vai mudar do país.

• O enredo (plot) é uma rede de acontecimentos que


se conecta para formar a história.
O que aconteceria se...?
O que aconteceria se seu namorado tivesse que mudar de país

Protagonista + Desejo + Problema


Maria deseja ficar com João, mas ele vai mudar de país.

Carga Inicial + Carga Final + Por quê?


Do medo a felicidade, porque o amor prevalece.

Ideia e Contra Ideia


União | Separação
PROTAGONISTA
• É a pessoa que possui o DESEJO que move a
história.
• Existem protagonistas:
• Únicos: Uma única pessoa possui um desejo.
• Múltiplos: Várias pessoas possuem desejos diferentes.
• Plurais: Várias pessoas que possuem o mesmo desejo.
• Desejos Conscientes e Inconscientes.
• O desejo inconsciente é contraditório.
• Protagonista deve causar empatia e conexão, mas
não necessita ser bom.
PROTAGONISTAS
NÍVEIS DE CONFLITO

Homem vs. Si mesmo


Homem vs. Homem
Homem vs. Natureza
AMBIENTE DA HISTÓRIA
• PERÍODO: passado, presente e futuro.
• DURAÇÃO: tempo narrativo (1 semana, ano, década).
• LOCALIZAÇÃO: lugar espacial.
• NÍVEL DE CONFLITO.
FORMATAÇÃO BÁSICA
SOFTWARES
• CELTX
• FINAL DRAFT
• TRELBY
• WORD
• “Como Formatar Seu Roteiro” – Hugo Moss
CABEÇALHO
• Cabeçalho
• INT. OU EXT.
• LOCAL
• QUANDO (dia, noite, tarde, manhã)

INT. CASA DA ROBERTA – DIA


EXT. PARQUE - RODA GIGANTE - CADEIRA 16 - NOITE

• Muda-se o cabeçalho todas as vezes que mudar o


LOCAL ou o TEMPO.
AÇÃO
• Descrição de tudo que é VISTO na tela. Deve ser
escrita no tempo PRESENTE.
• Elementos que devem estar em maiúsculas:
• Quando um personagem aparece pela primeira.
• Sons.
• Objetos importantes.
• Ação de entrar ou sair.

A sala é escura sendo apenas iluminada pela janela. JÚLIA


ENTRA e acende a luz. SOM DE CURTO CIRCUITO e a luz
apaga.
DIÁLOGOS
• Escrito da forma que o personagem fala.
MARIA
Ai miga, hoje não tô com paciência pra isso.
JÚLIA (O.S)
Ah, mas você prometeu que ia!
• O nome do personagem pode vir acompanhado de
instruções:
• V.O ( Voice Over): Narração gravada em estúdio.

• O.S (Off Screen): Fora da Tela. O ator está no set, mas não pode ser
visto.

• CONT. ou CONT’D.: Quando a fala de um personagem é interrompida


por uma ação.
TRANSIÇÕES E DIREÇÃO
• Evitar intervir nas funções demais da equipe.
• Utilizar em casos essenciais para a narrativa.
• POV (Point of View): Ponto de Vista Subjetivo.
• INSERT: Um plano inserido no meio da cena.
• VOLTA À CENA: Todas as vezes que algo interrompe ela.
• SÉRIE DE PLANOS ou SEQUÊNCIA DE CENAS
• INTERCUT: Para cenas telefônicas.
FIM DA AULA 1

1. Monte uma lista de premissas.


2. Defina a ideia governante de uma delas.
3. Selecione uma Protagonista.
4. Descreva o Ambiente

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