1) O documento discute o movimento de distanciamento dos historiadores dos conceitos científicos da história e a banalização de seu objeto e método.
2) Isso pode minar a confiança pública na ciência histórica e questionar sua relevância.
3) O documento defende que os historiadores devem estabelecer critérios para impedir a banalização e assegurar a cientificidade da história.
1) O documento discute o movimento de distanciamento dos historiadores dos conceitos científicos da história e a banalização de seu objeto e método.
2) Isso pode minar a confiança pública na ciência histórica e questionar sua relevância.
3) O documento defende que os historiadores devem estabelecer critérios para impedir a banalização e assegurar a cientificidade da história.
1) O documento discute o movimento de distanciamento dos historiadores dos conceitos científicos da história e a banalização de seu objeto e método.
2) Isso pode minar a confiança pública na ciência histórica e questionar sua relevância.
3) O documento defende que os historiadores devem estabelecer critérios para impedir a banalização e assegurar a cientificidade da história.
A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI: O MOVIMENTO DE DISTÂNCIAMENTO DA
CIÊNCIA E DE BANALIZAÇÃO DO OBJETO E MÉTODO
Thiago Gonzaga Telles
Acadêmico do Curso de História Bacharelado da Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande – RS. gtelles@furg.com.br
Resumo
Sem a perspectiva histórica, a ciência pode ser retratada de forma idealizada,
ignorando seus erros, contradições e fracassos, o que pode criar uma imagem falsa da ciência como uma entidade infalível e desprovida de falhas humanas, o que pode minar a confiança pública na ciência e dificultar a aceitação de novas descobertas e teorias. Tem se tornado cada vez mais frequente o afastamento dos historiadores da cientificidade em suas produções, o que pode ser entendido como um novo movimento, o qual, do ponto de vista de um historiador é um movimento perigoso pois cria uma interrogação, até que ponto a História segue tendo relevância no campo científico. Um dos grandes problemas do século XXI é a aceitação e falta de critérios da academia ao analisar as produções acadêmicas, estamos abandonando o método e nos aproximando cada vez mais de uma História voltada para Literatura. Nós enquanto historiadores precisamos nos movimentar na direção contrária a esse comodismo que tem sido cada vez mais presente em nosso campo científico, precisamos rever alguns conceitos e buscar o estabelecimento de critérios que impeçam a banalização da ciência histórica, seu objeto e seus métodos. Para isso precisamos inicialmente refazer uma pergunta muito comum, o que é História? Precisamos rever nossos métodos e passar a rediscuti-los, estabelecendo parâmetros que impeçam essa banalização. Uma frase que deve servir de parâmetro para esse movimento é a de que “se tudo é História então nada é História”, visto que, a falta de comprometimento com a ciência histórica e até mesmo a busca por produzir com intenções contrarias a de enriquecer o campo do conhecimento acaba criando um ambiente generalizante, sem balizas, sem direção, em um momento em que toda a informação é deturpada pela sociedade numa tentativa de se criar uma verdade absoluta. Talvez tenhamos nos dedicado em buscar explicações para os eventos do passado, acomodados com os paradigmas já apresentados, que nos esquecemos de olhar para o futuro da História enquanto ciência.
Without the historical perspective, science can be portrayed in an idealized way,
ignoring its mistakes, contradictions, and failures, which can create a false image of science as an infallible entity devoid of human flaws, which can undermine public confidence in science and make it difficult to accept new discoveries and theories. It has become increasingly frequent for historians to distance themselves from scientificity in their productions, which can be understood as a new movement, which, from a historian's point of view, is a dangerous movement because it raises a question, to what extent the History continues to have relevance in the scientific field. One of the great problems of the 21st century is the acceptance and lack of criteria from the academy when analyzing academic productions, we are abandoning the method and getting closer and closer to a History focused on Literature. We, as historians, need to move in the opposite direction to this self-indulgence that has been increasingly present in our scientific field, we need to review some concepts and seek to establish criteria that prevent the trivialization of historical science, its object, and its methods. For this, we first need to rephrase a very common question, what is history? We need to review our methods and begin to discuss them again, establishing parameters that prevent this trivialization. A sentence that should serve as a parameter for this movement is that “if everything is History then nothing is History”, since the lack of commitment to historical science and even the search for producing with intentions contrary to enriching the field of knowledge ends up creating a generalizing environment, without goals, without direction, at a time when all information is distorted by society in an attempt to create an absolute truth. Perhaps we have devoted ourselves to seeking explanations for past events, accommodated with the paradigms already presented, that we have forgotten to look to the future of History as a science. Keywords: History; Science; Banalization; Method; Academy.
Introdução
Este artigo tem como objeto de estudo a cientificidade da História no século
XXI, com foco no movimento de distanciamento de historiadores dos conceitos fundamentais que fazem da História uma ciência, bem como seu objeto e seus métodos, além disso, será abordado o comodismo que cada vez mais se instala no campo científico da História, o qual, tem aberto lacunas que aos poucos são preenchidas por aqueles que contestam sua relevância no campo científico. Será analisado cada um dos paradigmas e a emergência de uma nova escola que atenda as necessidades deste século.