O estudo sobre Renascimento Cultural

Ellen Victoria L Mendonça

Resumo: O presente ensaio acadêmico tem como objetivo estudar o inicio da

Era Moderna com o surgimento do Renascimento que aconteceu entre meados do ano
de 1300 a 1600 e trouxe várias mudanças importantes nas estruturas sociais, na cultura,
nas artes, na economia, na ciência, na política e na religião. Ele marca a transição do
Feudalismo para o Capitalismo com origem na Itália. O ensaio através do tema O
estudo sobre o Renascimento Cultural buscou apresentar os primórdios das histórias
literárias até o século XVIII.

Palavras-chave: Clássica, Renascimento, Humanismo, Era Moderna,

Capitalismo, Cristianismo, Iluminismo.
 Introdução: A Idade Moderna foi um dos períodos da História humana
e estendeu-se do século XIV até o XVI. Ela apresentou semelhanças e diferenças
em relação à Idade Média.
Nesse período, novas práticas econômicas estabeleceram-se por meio
do mercantilismo, e a criação da indústria, no século XVIII, resultou no surgimento
do capitalismo. Esse período também presenciou o início da colonização, das
reformas religiosas, descobertas de novas ciências e viu estabelecimento do poder
absoluto dos reis por meio da monarquia absolutista.
O ensaio buscou mostrar como o Renascimento foi um movimento de
transição que conservou características da Idade Média ao mesmo tempo em que
procurou estabelecer novos paradigmas e romper com a tradição medieval. A partir
daí surge o Humanismo, que era conhecido por compreender o homem como a
medida do universo e buscar inspiração nos valores clássicos. É caracterizado pela
ressurgência de textos clássicos e da valorização da autonomia e capacidade
humana de distinguir o valor de verdade e falsidade resgatando a cultura greco-
romana, enaltecendo as atitudes do homem. A história e a literatura caminham
sempre muito juntas, por isso, as modificações ocorridas na sociedade foram
transmitidas na Literatura através desse movimento.
 Referencial teórico: O  Renascimento foi um período que buscou muito do
conhecimento do mundo antigo, especialmente da Antiguidade Clássica
(Grécia e Roma antigas), e se dividiu em três tipos, onde o Renascimento Carolíngio
motivado pelo governante Carlos Magno foi marcado pela criação de várias escolas,
que eram dirigidas por pessoas que dominavam o conhecimento produzido pela
cultura greco-romana. A monarquia franca necessitava de bons administradores e
de padres capazes de transmitir os dogmas da Igreja Católica. Por isso havia uma
atenção especial as escolas e uma educação de qualidade.

O Renascimento na época das cruzadas, que foram expedições que tinha o

objetivo de libertar a terra Santa, Jerusalém do domínio muçulmano. Com a reabertura
do Mediterrâneo, surge rotas comerciais, feiras medievais e o reestabelecimento do
comércio. Os cruzados traziam produtos de luxo, como tapetes persas, porcelanas
chinesas, tecidos finos ou especiarias, que atraíam a população europeia, pois não
conheciam esses requintes. As Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo
de literatura voltado para as guerras e grandes feitos heroicos.

E por fim o Renascimento Italiano, o pioneirismo dessa cidade se dá por conta da

sua importância no desenvolvimento artístico e cultural, que já eram grandes naquela época.
Além disso, a razão pela qual a Itália se destacou nesse contexto é por conta da sua grande
atividade comercial, especialmente graças às rotas do Mediterrâneo. A cidade que foi o pilar
do Renascimento, se chama Florença, em 1400 a família Medici, conhecida como Mecenas,
foi considerada como uma grande investidora dos artistas e instituições culturais.

No século XV, também surge o Humanismo que recria um novo modo de se

enxergar o homem, uma nova reinterpretação dos antigos valores cultivados pelos gregos e
romanos, promovendo o antropocentrismo em detrimento do teocentrismo. Ou seja, o
homem passa a ser valorizado. Retornam as ideias de Platão, que seria transcender a sua
condição humana a um plano superior, através da arte, no caso, na perspectiva da razão.
Então esse momento é um período de transição, onde vemos as características medievais
(cristãos) ao lado das clássicas (renascentistas).
Falando de produção literária, na idade média existia o trovadorismo, uma poesia
cantada, com o surgimento do Humanismo começa a ser escrita e apenas a nobreza teria
acesso, pois seriam os únicos a saber ler. Temos a poesia palaciana, e as crônicas de
Fernão Lopes, que falavam sobre o cotidiano, do dia a dia da nobreza. Importante ressaltar
que para entendermos o Humanismo, precisamos falar de Gil Vicente, um dramaturgo
português, onde o teor de suas peças era sempre uma crítica a sociedade, agora com ser
humano mais racional, ele poderia pensar mais sobre suas ações, porém não descartava a
religião, porque um texto com temática religiosa era mais aceito pela sociedade. Os tipos de
textos de Gil são os Autos e as Farsas.

O Classicismo surge no século XVI, uma escola literária também chamada de

Renascimento cultural na literatura. Uma das características mais marcante desse
movimento seria a retomada da utilização de deuses gregos ou romanos nas artes. A partir
daí surge a tentativa de recuperar a beleza dos corpos, do amor, estimular o olhar positivo
do mundo, aproveitar os prazeres da vida, pois durante a Idade Média existia bastante
sofrimento. O nacionalismo era muito presente nas obras clássicas. A objetividade, pois os
artistas pregavam pela simplicidade, concisão e clareza das obras.

E no século XVIII, ficou conhecido como o século das luzes, pois surge o Iluminismo,
eles defendiam o pensamento racional e experimentação. Foi o estopim para as disputas entre
a ciência e o clero. Surge a matemática e a física com as publicações de Isaac Newton sobre
as leis do universo e a aplicação de teorias matemáticas em todas as esferas. O grande símbolo
desse movimento foi a Enciclopédia, eles queriam fazer um livro que tentasse conter todos os
conhecimentos do mundo, escrita por filósofos, cientistas e estudiosos da época. Criticavam o
controle da Igreja sobre a sociedade em que viviam e também o poder absolutista, pois
consideravam que todos os homens eram iguais. E incentivavam a propagação do
conhecimento do humano.
 Conclusão: Em vista dos argumentos apresentados, podemos entender que
o Renascimento Cultural foi um movimento que trouxe diversas mudanças na
Europa, com o comércio marítimo onde as culturas se misturavam e isso levou ao
crescimento das cidades e investimentos no ramo artístico e tecnológico. Com isso,
o Humanismo cria força na Idade Média, mudando toda a forma de pensar, e a
hegemonia da Igreja Católica é quebrada, pois o homem passa a ser mais racional,
e a ter uma visão mais antropocêntrica. Outro aspecto importante foi a Ciência
começar a conquistar o seu espaço com a expansão territorial, invenção da bússola
e entre outras. Por esse desligamento, a cultura greco-romana é resgatada, e os
temas, valores e personagens da mitologia voltam a ser valorizados. Além da forma
de pensar, a literatura também muda de forma, anteriormente o Trovadorismo era
bastante utilizado, com a poesia cantada, e a partir do Humanismo, a poesia
palaciana e as prosas começaram a ser produzidas, agora sendo feitas dentro do
Palácio, só para a nobreza. Diferentemente do teatro, que ficou dividido entre autos
e farsas, onde era bem mais popular e seu objetivo era criticar e moralizar a
sociedade.
Com diversas mudanças acontecendo no mundo, o Classicismo toma força, e
os valores da Antiguidade Clássicas são resgatados também, a busca pela
perfeição, pelo prazer eram características desse movimento, pois a Idade Média foi
um período de bastante sofrimento para a sociedade, e daí os autores queriam
transmitir esse sentimento de amor, de nacionalismo e pela busca da
universalidade.
E por fim o Iluminismo, muito importante para a contemporaneidade, pois foi
um momento onde os cientistas e matemáticos começaram a estudar mais sobre o
mundo e deixaram o teocentrismo de lado. Os ideais Iluministas foram ideias para a
consolidação do capitalismo e faziam fortes críticas aos acontecimentos no mundo.
Referências:

SILVA, Marcelo Cândido da. História Medieval. 1. ed., 2ª reimpressão. Coleção

História na universidade. São Paulo: Contexto, 2010.

MELLO, José Roberto. O Império de Carlos Magno. São Paulo: Ática, 1990.

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https://www.stoodi.com.br/blog/historia/renascimento-italiano/

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Disponível em: https://institutoling.org.br/explore/um-mergulho-no-renascimento-e-
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https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/literatura/
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https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/iluminismo