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 conceito do renascimento
Após a época de "slump" da idade média, deu-se início à idade moderna. Esta nova
época situada entre os séculos XV e XVIII, caracterizou-se por várias descobertas e
mudanças na sociedade, principalmente pelo surgimento do Renascimento.
O Renascimento foi um movimento cultural, científico e artístico existente desde o
início do século XV a partir das províncias italianas, na qual se verificou a
recuperação da cultura da antiguidade clássica. Apesar desse movimento ter surgido
em Florença, rapidamente se fundiu pelas restantes províncias e mais tarde pela
Europa. Este movimento contribuiu para o aparecimento de um novo tipo de
civilização, caracterizada pela apropriação do espaço planetário através da
matematização do real; pela descoberta das armas de fogo; pelo desenvolvimento da
vida material que contribuiu para a melhoria das condições de vida; pelo
desenvolvimento da imprensa e alargamento do espaço cultural. Inovações essas que
permitiram a disseminação da cultura e do conhecimento; caracterizou-se pela
criação de condições para a crítica e para a expansão do Protestantismo
(Calvinismo, Luteranismo, etc); pela importância do novo e da novidade; por fim,
caracterizava-se esta civilização pela valorização do artístico e do culto
indivíduo.

Expansão do Renascimento
Itália, o berço do Renascimento localizou-se nas cidades italianas. A família
Médicis governava Florença e era uma grande protetora das letras e das artes,
assumindo-se como o centro da nova cultura renascentista.
  No inicio do século XVI, Roma surgiu como centro cultural renascentista devido ao
mecenato dos papas Júlio II e Leão X que contrataram artistas para embelezar a
capital italiana.
  A República de Veneza também se apresentou como sendo o centro renascentista,
justificando-se com a pintura colorida e exuberante de variados artistas e das suas
famosas oficinas tipográficas que contribuíram para as impressões de grandes obras
do Renascimento.
Europa: O Norte da Europa, os países baixos entraram em conflito com Itália. No
século XV viram a pintura atingir um elevado grau de aperfeiçoamento técnico: os
flamengos eram reconhecidos pelo segredo da pintura a óleo de grande riqueza
temática; o holandês Erasmo de Roterdão é considerado o melhor representante do
ideal humanista.
( Em França, é devido ao mecenato que há um reconhecer da cultura renascentista,
uma vez que foi construído o Colégio de França para impulsionar os estudos
humanistas.
- Na Alemanha, emergiram pintores em que os retratos continham o pormenor
descritivo e a percepção psicológica.
-  Em Inglaterra, o humanismo celebrou as figuras de John Colet e Thomas More.
-A Península Ibérica, tinha a universidade de Alcalá de Henares, que não ficou
imune ao movimento da recuperação dos clássicos. )

Características/ conceções do Renascimento


Antropocentrismo, racionalismo, valorização da antiguidade clássica, cientificismo,
individualismo. Essas são algumas características do renascimento. Durante toda a
Idade Média, Deus era tido como o centro do universo. A partir do renascimento,
surgiu o antropocentrismo que se opunha ao modelo teocêntrico, defendendo a ideia
do homem como centro do universo.
Nesse período, diversos aspectos do ser humano foram valorizados e o homem passou a
ter uma posição de destaque. Assim, tornou-se o principal responsável pela condução
da história da humanidade. Esse ideia foi reforçada, sobretudo, com as descobertas
científicas da época.
Valores da Antiguidade Clássica: É muito comum observar traços das obras antigas
clássicas nas obras renascentistas. Isso deve-se ao fato de os artistas do
Renascimento defenderem que a arte da Grécia e da Roma Antiga tinham um valor
estético e cultural superior ao das artes da Era Medieval. Essa influência pode ser
observada, sobretudo, na escultura.
Humanismo:Característica que se destacou nas obras renascentistas, o humanismo
desenvolveu o espírito crítico do ser humano. O homem passou a ser colocado no
centro do mundo. Nesse sentido, a visão teocêntrica foi deixada de lado e passou-se
a adotar a visão antropocêntrica.
Racionalismo: O racionalismo foi uma das principais características do renascimento
que serviu como base para o pensamento no qual a razão se sobrepôs à
fé. Valorizando a experiência empírica e defendendo que há uma explicação para tudo
o que existe, o racionalismo desprezava as explicações vindas da Igreja Católica ou
de outras fontes que não fossem científicas.
Individualismo: O individualismo esteve presente no renascimento por influência de
outras características como humanismo, antropocentrismo e cientificismo. Deixando
de ser regido pela Igreja, o homem passou a ser guiado pelas suas emoções, de modo
que se tornou um ser crítico e responsável por suas ações. 
Universalismo: O universalismo pode ser percebido no campo da educação
renascentista legitimada pelos avanços em várias áreas do conhecimento. Essa
característica pode ser observada através da busca pela diversas áreas do saber de
alguns renascentistas. Nesse período houve a expansão de escolas e universidades
com a inserção de disciplinas relacionadas às humanidades na grade curricular dos
cursos.
Cientificismo: O cientificismo abordou diversas questões sobre o conhecimento que
foram fundamentais para a mudança de mentalidade da humanidade. Essa corrente deu
início à busca pelo conhecimento através de diversas áreas científicas como:
Biologia, Matemática, Física, Astronomia, Botânica, Anatomia, Química, dentre
outras.

Importância do Mecenato e da Imprensa:


O mecenas era, geralmente, um comerciante rico e que deseja patrocinar um
determinado artista. Por vezes podemos falar também de instituições que agiam como
mecenas, como, por exemplo, a Igreja Católica que pagou por boa parte das obras de
Michelângelo, incluindo o célebre afresco da Capela Sistina.
Como na época do renascimento não havia grandes estruturas estatais ou outras
formas de financiamento social das produções artísticas (como, por exemplo, cinemas
ou teatros amplamente difundidos que cobrassem ingressos capazes de pagar pelas
produções), cabia aos poucos ricos comerciantes a tarefa de escolher os seus
artistas preferidos, encomendar algumas obras e pagar por ela.
A Monalisa de Da Vinci, por exemplo, foi pintada sob encomenda de um Mecenas, sendo
a representação de sua esposa. 
Sendo assim, os mecenas eram responsáveis pela manutenção da classe artística e
pela difusão das obras de arte. Ocupavam uma função bastante importante, deste
modo, da produção social de arte.
A importância da imprensa para o Renascentismo foi fundamental, visto que ela
aconteceu graças a Johann Gutenberg durante o século XV. Esse evento é conhecido
formalmente como a criação da imprensa e da mídia impressa, o que permitia a
circulação e a leitura acerca da história e das ideias.
Os ideais renascentistas foram transmitidos graças à invenção da Imprensa; pois do
contrário, seria difícil atingir tantas pessoas (leitores) em escala. Por isso a
imprensa foi vital para que as ideias do período fossem transmitidas para as
pessoas.
Importância de Lisboa e Sevilha:
A Península Ibérica, sem esquecer a cultura clássica, foi no entanto, pelo afluxo
de mercadorias ultramarinas, pelos conhecimentos geográficos e pelo conhecimento
técnico dos mares que a Península avançou as descobertas europeias.
Lisboa:  Graças às navegações portuguesas para as ilhas atlânticas, para a África,
para a Índia e Brasil, Lisboa tornou-se na metrópole comercial do Mundo. O porto de
Lisboa começou a ter uma grande concentração de navios e pessoas devido aos novos
contactos com a Europa, África, Ásia e a recente descoberta da América.
   As especiarias, transmitiam, um fascínio para os mercadores e curiosos que
visitavam Lisboa.
   Lisboa, desde o século XV assumiu o lugar da metrópole política, uma vez que o
rei D. Manuel mandou erguer uma nova morada, Paço da Ribeira, transferindo para o
cujo rés-do-chão, os armazéns da Casa da Mina e da Índia. D. Manuel deixou memória
no seu último reinado pela reconstrução urbanística de Lisboa.
   Em 1527 houve um grande dinamismo demográfico, ou seja, Lisboa teve um grande
aumento populacional, devido ao movimento do porto de Lisboa.
Sevilha: Cristóvão Colombo, conduziu Espanha no fim do século XV á descoberta da
América. Apesar de Espanha não ter recebido especiarias, recebeu em grande
quantidade de ouro e prata ( a América passou a ser um projecto colonial para
Espanha).
   A junção entre Espanha e os territórios americanos deu-se pela Carreira das
Índias, ou Antilhas, com partida e chegada a Sevilha, o que fez com que a capital
económica de Espanha.
   O porto de Vera Cruz (México) e o porto de Cartagena (Colômbia) eram os portos
que armazenavam todas as riquezas da América Central e do Sul, para depois serem
transportados para os barcos espanhóis: ouro, prata, açúcar, couros e plantas
tintureiras.
   Tal como Lisboa, Sevilha recebia muitos representantes das grandes firmas
estrangeiras, que aguardavam com ansiedade a chegada dos galeões que traziam ouro e
prata. Estes dois produtos desenvolveram de tal forma Espanha que criou uma nova
vida ao capitalismo comercial europeu.

A Arte Renascentista: PINTURA


Podem-se identificar três fases distintas no desenvolvimento do renascentismo,
movimento intelectual e artístico surgido na Itália. São elas: trecentismo (anos
1300), quatrocentismo (anos 1400) e cinqüecentismo (anos 1500).
Trecentismo: No século 14, o renascentismocimento ainda estava concentrado na
Itália, mais especificamente em Florença. Seus principais expoentes artísticos eram
Giotto, Boccaccio e Petrarca.
As características desse momento foram a valorização do indivíduo e dos detalhes
humanos e a ruptura com o imobilismo e a hierarquia da pintura medieval. Eram
traços diretamente relacionados ao pensamento humanista.
Quatrocentismo : No século 15, o renascentismo estendeu-se pela península itálica e
atingiu seu auge. São desse período Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael e
Michelangelo. Suas características foram: o racionalismo, o resgate da estética
greco-romana e o experimentalismo.
Quinhentismo: Último período do renascimento, em que as obras de arte atingiram seu
mais elevado grau de elaboração. Espalhado por toda a Europa, no século 16, o
movimento vê também sua decadência. O maneirismo, um estilo "anticlássico", e o
barroco, ganham força devido à reação da Igreja.
A pintura renascentista
De um modo geral, os pintores da renascença procuravam reproduzir a realidade, sob
a influência do ideal de beleza grego. O espírito clássico, a ordem e as formas
simétricas são traços marcantes dessa pintura.
Podemos distinguir três grandes escolas com características próprias: a florentina,
de Florença, que se caracterizou pelo racionalismo demonstrado tanto pelo
predomínio da linha sobre a cor, como pelo "sfumato"; a veneziana (de Veneza),
caracterizada pelo sentimento, pela emoção, o predomínio da cor sobre o desenho ou
a linha; e a romana, que tenta equilibrar linha e cor, razão e sentimento.
A pintura renascentista inovou com a descoberta da perspectiva, que permite abordar
o espaço e a luz de maneira realista. Além disso, a nova técnica da pintura a óleo
possibilitou novas associações e graduações da cor. Por fim, o surgimento de novos
suportes, como a tela e o cavalete e a imprensa, permitiram uma circulação mais
fácil das obras e do pensamento.

A Reforma Protestante/REFORMA CATÓLICA/ CONTRA REFORMA:


A Reforma Protestante faz parte de novos movimentos intelectuais vinculados ao
capitalismo nascente, significando o enfraquecimento gradual da Igreja Católica na
Europa ocidental, com exceção da Itália, Espanha e Portugal. Seu sucesso muito se
deve a defesa de ideias que beneficiavam a burguesia, sendo o calvinismo e a ética
do lucro baseado na predestinação do homem a principal causa para o sucesso da
difusão da Reforma. A Contra- Reforma, por sua vez, não destruiu o protestantismo
como pretendia, mas limitou sua expansão. O sucesso da Contra Reforma está na
América Latina, aonde as iniciativas dos jesuítas, nos séculos XVI e XVII fizeram
da parte sul do continente, o maior local de concentração de cristãos católicos do
mundo. Para o ENEM é sempre imperativo entender as diferenças entre as formas
existentes de protestantismo, bem como situar cada uma dessas formas em seus
respectivos contextos. Interessante notar que o movimento reformista levou as
chamadas guerras religiosas da Idade Moderna, favorecendo incialmente o surgimento
e consolidação de diversos regimes absolutistas. Porém, logo a burguesia europeia
se utilizaria do movimento para seus próprios interesses, principalmente o
calvinismo, o que levaria a luta de muitos protestantes contra formas de
absolutismo, como no caso da Inglaterra e sua Revolução Puritana. Lutero pretendia
reformar a Igreja Católica, conseguindo ao contrário, a difusão pela Europa de
novas formas de cristianismo, o que embasou uma nova ética que tão bem se
relacionou ao espírito do capitalismo e da burguesia.

O que é um Humanista?
O humanismo renascentista é o termo moderno para um poderoso fluxo espiritual no
período da Renascença, que foi inspirado primeiramente por Francesco Petrarca
(1304-1374). Tinha um centro proeminente em Florença e se espalhou pela maior parte
da Europa nos séculos XV e XVI.
Em primeiro lugar, foi um movimento de educação literária. Os humanistas defendiam
uma reforma educacional abrangente da qual esperavam um ótimo desenvolvimento das
capacidades humanas por meio da combinação de conhecimento e virtude. A educação
humanista deve capacitar as pessoas para reconhecer seu verdadeiro propósito e
realizar uma humanidade ideal imitando modelos clássicos. Um conteúdo valioso e
verdadeiro e uma forma lingüística perfeita formaram uma unidade para os
humanistas. Portanto, seu foco especial era o cultivo da expressão lingüística. A
língua e a literatura assumiram um papel central no programa de educação humanista.
Uma característica definidora do movimento humanista era a consciência de pertencer
a uma nova época e a necessidade de se diferenciar do passado dos séculos
anteriores. Este passado, que começou a ser chamado de “Idade Média”, foi
desdenhosamente rejeitado pelos principais representantes da nova escola de
pensamento. Em particular, a operação de ensino escolástica medieval tardia, os
humanistas consideravam desaparecidos. Na Idade Média, eles eram os antigos como a
norma definitiva para todas as áreas da vida. Uma de suas principais preocupações
era obter acesso direto a esse padrão em sua forma original e inalterada. Isso
resultou na demanda por um retorno às fontes antigas autênticas, em poucas
palavras, o latim ad fontes.
Exemplo de humanistas: Giovanni Bocaccio, Niccolò Niccoli

Quais as razões pela qual Itália se tornou o berço do Renascimento?


Pode-se afirmar que a Itália foi o berço do Renascimento porque foi nela que o
renascimento comercial surgiu, isto é, as cidades desenvolveram uma classe burguesa
comerciante, e isso revigorou a economia e o desenvolvimento no país, que na época,
era dividido.
É exatamente em função desse cenário econômico e político, além é claro, de
proporcionar estabilidade para o surgimento de talentos que a Itália foi o berço do
Renascimento.

Justifique a importância de Cânones como requisito da beleza da arte renascentista.


Os cânones são requisitados pela beleza da arte renascentista com o prepósito dos
artistas atingirem a perfeição. Quando a arte não seguia determinados cânones os
artistas eram obrigados a recosntruir a mesma. Já que, seguindo os Cânones criava-
se nas obras um equilíbrio e racionalismo.

Inovações Da Arte Renascentista


Procurava-se recriar a realidade e buscar a perfeição na representação das
formas,empregando,para isso,conhecimento de geometría e óptica.
A composição em pirâmide,foi utilizada para transmitir harmonia e equilíbrio e para
direcionar o olhar do observador, enquanto a perspectiva criava a senção de
profundidade e volume,dando à pintura uma realidade tridimensional.
A técnica de luz e sombra, que permitiu o uso das cores,dos tons e meios-tons para
representar cenas,emoções e movimentos.

O que caracteriza o pensamento renascentista?


Antropocentrismo, humanismo, racionalismo. O antropocentrismo opunha-se ao
teocentrismo medieval e atribuía ao ser humano uma posição central no universo. O
humanismo valorizava o homem e suas conquistas. O racionalismo opunha-se ao
dogmatismo medieval e buscava a verdade por meio da razão.

A qual pensador é creditada a teoria heliocêntrica?


Nicolau Copérnico se opôs ao geocentrismo de Ptolomeu, astrônomo grego do século
II, de que a Terra é o centro do Universo. Copérnico defendia o heliocentrismo,
afirmando que o Sol era o centro do Universo e ao seu redor giravam todos os
planetas, inclusive a Terra.

Porque Lutero criticava a Igreja?


Martinho Lutero provocou uma grande mudança na história do catolicismo. As suas
críticas à cúpula da Igreja Católica levaram ao rompimento e à criação das bases da
Reforma Protestante. Desde o século XIV a Igreja católica vinha a perder autoridade
e prestígio.
Práticas não condizentes com sua doutrina como a venda de indulgências, de cargos
eclesiásticos e a inadequação do alto clero que se comportava de maneira mundana e
luxuosa abalaram a crença de muitos fiéis na instituição da Igreja Católica.
Martinho Lutero provocou mudanças profundas ao denunciar esta situação no século
XVI. A valorização do indivíduo com o movimento cultural do Renascimento propôs uma
nova visão sobre a Igreja e a religião criando um clima favorável a mudanças.  Foi
neste ambiente em que emergiu Martinho Lutero.
Martinho Lutero, que era um religioso católico e estudioso de teologia, consolidou
um conjunto de 95 teses críticas em protesto às práticas de então.
As 95 teses de Lutero deram origem a um movimento de ruptura que levou à criação de
uma nova religião cristã, o luteranismo, identificado como um movimento protestante
em relação ao catolicismo. Veja neste post da professora Carla Regina da Silva
todos os detalhes da História da Reforma Protestante.
A insatisfação devia-se às seguintes razões: – A insatisfação de reis e príncipes:
o papa passou a ser visto como um impedimento ao poder real e a saída de dinheiro
(taxas e tributos pagos pelos fiéis à Igreja) dos domínios reais para Roma, a sede
do papado, criou um clima de insatisfação na realeza. 2 – O descontentamento da
burguesia: a Igreja defendia a teoria do preço justo (a venda de um produto não
deveria incluir o lucro) e proibia o empréstimo de dinheiro a juros. 3 – Os abusos
de membros da Igreja: venda de cargos eclesiásticos, comércio de artigos religiosos
(relíquias), de indulgências (venda do perdão dos pecados) e comportamento
inadequado ao clero (vida luxuosa e mundana que se contrastava com a
espiritualidade de cristãos e da própria doutrina defendida pela Igreja).

Experiencialismo

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