Você está na página 1de 4

CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO

Elementos que marcaram o início da Idade Moderna

As características do Renascimento marcaram o movimento renascentista na Itália, no


início do século XV. As principais características foram o humanismo, o
antropocentrismo, o individualismo, o universalismo, o racionalismo, o
cientificismo e a valorização da Antiguidade Clássica.  Para compreender cada uma
dessas características, é preciso saber como se desenvolveu o movimento renascentista. 

O Renascimento foi um movimento artístico, cultural e científico que marcou a


transposição da Idade Média para a Idade Moderna no início do século XV. O
movimento renascentista teve início na Itália, mas logo se espalhou por outros países da
Europa como Alemanha, Flandres e norte dos Alpes.

O movimento representou uma grande mudança em diversas áreas do conhecimento,


como: política, cultura, economia, filosofia, ciência, artes, dentre outras.

Por conta disso, para alguns estudiosos, o Renascimento representa uma reforma
cultural, cientifica e literária, uma vez que ele provocou rupturas no padrão cultural e
intelectual vigente na Idade Média.

Por outro lado, alguns autores acreditam que o Renascimento não configurou uma
ruptura radical entre a Idade Média e o período moderno, ele apenas permitiu que
surgissem outros estilos artísticos e correntes filosóficas.

Características do Renascimento

Humanismo

O humanismo foi uma das características do Renascimento de maior destaque. De


maneira geral, ele representa a valorização do ser humano e a sua condição acima de
tudo, logo, a teoria está relacionada com a compaixão, a generosidade, e a preocupação
em valorizar os atributos humanos.
 
Os humanistas se baseavam nas escrituras de autores da Antiguidade, a exemplo
de Platão, para interpretar o Cristianismo. Dedicaram conhecimento as línguas clássicas
(latim e grego) e construíram dialetos que formaram as línguas nacionais.
O humanismo busca o melhor dos seres humanos, sem a necessidade de ter que servir
da religião, como acontecia no teocentrismo da Idade Média. Com isso, a teoria oferece
novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política.

No entanto, o humanismo não significa opor o homem a Deus e nem medir forças entre
eles, apenas valorizar as pessoas entre si, encontrando nelas virtudes e qualidades
negadas pelo pensamento católico medieval.

Individualismo

Das características do Renascimento, o individualismo é a que coloca o homem em


“posição central”, pois a teoria está relacionada com o conhecimento íntimo do ser
humano, que sabe reconhecer a sua própria personalidade, talentos e busca satisfazer as
próprias ambições, com base no princípio de que o direito individual está acima do
direito coletivo. 

Racionalismo

Dentre as características do Renascimento, o racionalismo foi a que mais valorizou a


razão humana, colocando a razão com a base do conhecimento. A teoria revela o saber
como fruto da observação e da experiência das leis que governam o mundo. 

O racionalismo ficou conhecido por desenvolver pensamentos divergentes com relação


à cultura medieval, que tinha como base apenas a autoridade divina. Nele, a explicação
dos fatos se dava com base na ciência.

Antropocentrismo

O antropocentrismo foi uma das características mais marcantes do Renascimento, pois


ela colocava o homem como centro do universo e a mais perfeita obra de criação da
natureza, em detrimento do pensamento medieval, no qual a religião era o centro de
tudo. 

Dessa forma, surge um homem racional, crítico e questionador da sua própria realidade,
logo, responsável pelas seus pensamentos e atitudes no mundo, rompendo os
paradigmas da era medieval. Além disso, muitas das obras renascentistas foram
construídas e inspiradas no antropocentrismo, isto é, na super valorização da capacidade
humana. 
Cientificismo

Entre as características do Renascimento essa é reconhecida por colocar a ciência em


posição de superioridade com as demais formas de compreensão humana (religião,
metafísica, filosofia, etc.).

No entanto, a pretensão dos defensores do cientificismo não é colocar a teoria como


doutrina, que defende a aplicação da ciência em todos os níveis, mas desenvolver uma
percepção de que ela é a melhor opção para desvendar o mundo e descobrir inovações
tecnológicas.

Nesse período, muitas descobertas científicas se destacaram, sobretudo as dos


autores: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Francis Bacon,
Andreas Vesalius, René Descartes, Leonardo da Vinci e Isaac Newton.

Universalismo

O universalismo foi desenvolvido durante o início da educação renascentista, cujo


período foi marcado pela expansão de escolas, faculdades e universidades, bem como
do surgimento de novas disciplinas como língua portuguesa, filosofia, literatura, entre
outras.

Assim, o conhecimento humano foi valorizado em diversas áreas do saber. Uma


curiosidade desse período era a dedicação dos homens em ser “polímatas”, ou seja, ter
diversas qualificações. O artista Leonardo da Vinci, por exemplo, foi poeta, escritor,
mecânico, escultor, pintor, físico, geólogo, botânico, além de desenvolver outras
atividades profissionais.

Antiguidade Clássica

No período renascentista, o estudo da Antiguidade Clássica foi retomado para tentar


romper com as regras e os pensamentos da era medieval. Os estudos realizados pelos
humanistas valorizou a figura humana e os seus pensamentos, além de acrescentar
conhecimento par a artes e a filosofia.

A invenção da imprensa foi um dos motivos que valorizou a Antiguidade clássica, pois
com ela era possível fazer a divulgação das obras de forma rápida e contínua. Nessa
época, a valorização da cultura greco-romana funcionou com um paradigma no plano
intelectual e artístico. Para os estudiosos, as obras desenvolvidas durante a Grécia e a
Roma Antiga demostram grande valor estético e cultural, em comparação às que
pertenceram a Idade Média.
Artistas do Renascimento

Durante o Renascimento, alguns artistas se destacaram na área da pintura, escultura,


literatura e arquitetura. Na literatura, os artistas que mais se sobressaíram foram: 

• Willian Shakespeare, considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos,


destacou-se pelo romance “Romeu e Julieta”
• Dante Alighieri (1265-1321), autor da “Divina Comédia”
• Nicolau Maquiavel, autor de “O Príncipe”
• Miguel de Cervantes, autor de “Dom Quixote de la Mancha”
• Michel de Montaigne, autor de “Ensaios” 
• Luís de Camões, escritor de “Os Lusíadas

Já na pintura, arquitetura e escultura os destaques foram para:

• Michelangelo Buonarroti, com as obras “Pietá” e o “Juízo Final”;

"Pietá", uma das obras renascentistas do artista Michelangelo. (Foto: Flickr)

• Leonardo da Vinci, com as obras “Mona Lisa” e a “Última Ceia”


• Sandro Botticelli
• Rafael Sanzio
• Donatello

Você também pode gostar