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Capitulo 4: Cultura medieval e a

crise do século XIV

Resumo do capitulo

Aluna: Vitoria Fernandes Bilro Nº12


História
C.E.V.V
2021
Relação base: Um esquema de pirâmide.
Realeza, os nobres, em cima, na menor parte. Abaixo, em uma área maior o Clero. Por
último a plebe, na base e maior parte de todas da pirâmide.
A Idade Média:
Todo o contexto, de mais de mil anos, sobre a Idade Média, foi chamado de Idade das
Trevas, durante muitos séculos após o seu fim. Chamada assim por simplesmente,
estar “abaixo” de todo o esplendor do período que a antecedeu, o Clássico. A ideia em
muitos anos de visão errada foi de que não haveria tido qualquer tipo de criação
artística. O medievo, entre os períodos Clássico e o Moderno, não foi uma “noite de
mil anos”, apenas com as belas abadias góticas podemos confirmar, nenhuma
civilização seria capaz de passar um período de um pouco mais de um século sem criar
cultura.
“Toda cultura é o espelho de seu tempo” o reflexo da Idade Média era o teor religioso
de todas as obras, desde as menores contribuições literárias, até a arquitetura,
passando pela a influência que todas tinham no modo de pensar do povo de sua
época. Pela linha tênue do pensamento teórico e o religioso deu-se a forma de pensar
sobre a fragilidade das produções culturais.
Alta Idade Média:
Logo após a queda do Império Romano, toda a Europa entrou em instabilidade,
nervosismo, um verdadeiro caos. As pessoas não pensaram em qualquer outra forma
de questionar ‘por quê’ isso estaria acontecendo, se não com a religiosidade, logo os
“núcleos de poder” seguiram com a mudança para o campo, e os mosteiros –
pequenos monastérios fora do âmbito urbano – eram a representação de cultura e
educação, duplamente ligados com a religiosidade. E a partir deste momento elas não
conseguiram mais se desencontrar.
A Igreja Católica monopolizou então, a distribuição de educação, apenas ganhando
créditos como instituição de maior poder, se transformando no que, o vazio deixado
pela falta de poder político deixou.
A situação cultural:
A produção literária ocorreu de forma pequena, e voltada aos temas religiosos, quase
sempre histórias da vida dos santos “da mitologia” católica, essas obras tinham o
nome de hagiografias.
Sobre as artes plásticas, pinturas, esculturas, foram usadas para adornamento de
lugares de teor religioso, as abadias, os monastérios, marcos da produção
arquitetônica da época, arte que mais cresceu e se desenvolveu no período.
O papa Gregório Magno, criador do canto gregoriano, um canto simples marcado por
corais, teve maior destaque neste período.
Os monges copistas, pessoas da nobreza, parte do clero, que copiavam obras já
conhecidas por alguns, para a reprodução e mantimento das mesmas, eles ficavam nos
monastérios, fazendo esse processo com as obras do período clássico, deixadas e
incentivadas pela Igreja. Com o Renascimento Carolíngio, perpetuado pelo imperador
Carlos Magno, novas linhas de ensino nasceram. Tais como, no ramo da filosofia,
amplamente difundida em primeiros séculos de Idade Média, baseada na Teologia –
estudo das questões humanas sobre a visão da religião. A partir dos séculos VIII e IX a
influência dos intelectuais da cultura árabe se alastraram na europeia, levando obras
dos clássico e novas contribuições para toda a filosofia. Alguns escritores influenciados
por essas linhas de segmento surgiram por outros caminhos, como o racionalismo,
corrente que valoriza a razão como meio único de se encarar as coisas, e também
aqueles que, não andando para muito longe do que a igreja lhes mandava, tentavam
se organizar com as influências dogmáticas da religiosidade com o racionalismo;
ambos que saíram das ‘graças’ da Igreja foram marginalizados e considerados pagãos,
algo que era extremamente problemático para qualquer cidadão que queria ser
respeitado, naquela época.
Filosofo mais importante de toda a Alta Idade Média foi Santo Agostinho, nascido na
atual Argélia. Foi bispo de Hipona, teólogo, como a maioria dos pensadores, menores,
da época. Ele tentou elaborar uma linha de pensamento tênue entre os escritos de
Platão e o que a Igreja Católica pregava. Tem suas duas obras mais importantes
intituladas de, Confissões e Cidade de Deus.
“De modo geral, a filosofia agostiniana considerava que o homem já nascia dotado de
uma natureza corrompida e pecaminosa, sendo a fé em Deus a única possibilidade de
salvação para sua alma. Defendia ainda o princípio da predestinação, acreditando que
o homem ficava submetido, desde o seu nascimento, à vontade divina. ” Via-se assim,
por ele, uma amplitude de escolha minúscula, já que o homem estava sempre à
disposição da vontade divina, e Igreja satisfazia às vontades d’Ele. Solução, o que lhes
impusessem, seria difícil recusar sem causar consequências maiores em âmbito social.
Até mais ou menos o século IX, apenas os filhos de nobres estudavam, nas chamadas
escolas episcopais, mas com todas essas linhas de raciocínio desenvolvidas pela
expansão das culturas, os centros de estudos, que mais tarde virariam escolas,
surgiram, por volta do século XI, já dentro da Baixa Idade Média.
Baixa Idade Média:
Com o Renascimento urbano e o monetário, quando moedas voltaram a valer algo
substancial, as trocas estavam decaindo, a cultura, com isso e o advento do
‘atrevimento’, se transformou. A volta para as cidades, os novos centros urbanos,
deram certa coragem ao povo, e liberdade de expressão. Com essa ousadia, uma nova
parte daquele mundo ‘estagnado’ estava nascendo. Mais diferentes expressões,
artísticas e cientificas nasciam, comas mudanças, a Igreja necessitou acompanhar
também, obviamente criando formas de repreender a criatividade.
A situação cultural:
Na literatura nascia, por volta do século X, a figura do cavaleiro, vassalo, homem bom e
nobre de grande coragem e lealdade para com o seu senhorio. Mais tarde, século XII,
nasceu a escola literária do Trovadorismo, com os homens bons, os vassalos
escrevendo sobre suas senhoras. Característica mais comum desta escola, o termo
vassalagem amorosa, se tratava de um homem fora dos padrões sociais, abaixo da
dama endeusada. Ao fim deste período nasceu o movimento literário de transição, o
Humanismo, que remetia as Obras da Antiguidade Clássica, colocando o homem,
novamente ao centro de tudo.
Nas artes plásticas, a escultura e a pintura já estavam passando por pequenas
mudanças. Seu teor religioso não havia mudado tanto, apenas com a pequena inserção
de pessoas que remetessem a paz e pureza de santos, porém suas funções já haviam
sido minimamente resignadas, agora com o intuito decorativo pessoal.
Do canto gregoriano, evoluiu-se para um novo estilo, a denominada canção, nos
séculos X e XI o uso de instrumentos, como a lira, e letras com misturas de símbolos
mundanos e religiosos.
Sobre a arquitetura, temos o estilo românico, com grandes catedrais duras, fortes e
rígidas, do século XI e XII, logo após ele temos o estilo gótico, com abadias mais
dinamizadas, claras, e bem menos rígidas.
A educação formal era um privilégio já que a maioria dos jovens não faziam parte da
nobreza. Esses eram formados pelo cotidiano, aprendendo com os mais velhos. As
escolas monásticas, os monastérios, entraram em declínio do século XII adiante, por
preferência dos alunos por estudar em escolas das capitais e por estas mesmas escolas
não aceitarem qualquer outro tipo de pessoas que não monges. Já nas capitais as
escolas catedralícias, comandadas por membros do clero, estavam em igual declínio
por falta de professores adequados que estivessem dispostos a ensinar. Pois ainda no
século XII, início do percurso do XIII, formaram-se oficialmente as universidades,
sobreviveram, essas às pressões da Igreja e da Nobreza.
Os principais filósofos dessa época foram: Pedro Abelardo, Alberto Magno e Santo
Tomás de Aquino.
As Regras:
Baseada na interpretação literal do evangelho, a espiritualidade franciscana mudou a visão
social do pobre, do trabalho manual, e atraiu numerosos seguidores.

Escrita pelo próprio Francisco, a regra era mais rigorosa que a de São Bento, ao impedir a
propriedade de qualquer bem material. Previa ainda que os franciscanos se dedicassem ao
trabalho manual, podendo mendigar como os pobres para obter alimento; proibia qualquer
reação às hostilidades da população e restringia o uso de uma montaria a casos de extrema
necessidade, porque os frades deveriam andar a pé, tal como os apóstolos.
A crise do século XIV:

Durante o século XIV, após um longo período de crescimento e vitalidade econômica e social, a
Europa ocidental conheceu uma crise sem precedentes na história.

A combinação de um conjunto de fatores adversos às condições necessárias para produção e


comercialização de produtos comprometeu seriamente a economia medieval, a saber: as
intempéries, a peste e uma longa guerra. A incompatibilidade entre essas formas de
organização social pode ser percebida, por exemplo, na convivência de duas formas de
trabalho: a gratuita, típica do feudalismo, e aquela paga em dinheiro, que viria a ser típica do
capitalismo. Por outro lado, a recente flexibilidade nas relações servis também intensificou a
exploração dos servos, pois as rendas feudais começaram a cair vertiginosamente, o que fez
com que os senhores aumentassem os valores cobrados pelo uso da terra.
A peste negra:

Em razão do crescimento demográfico inicia-do no século XI, havia a necessidade constante de


se aumentar a produção agrícola nos reinos da Europa. Até o fim do século XIII, a produção
aumentou por causa de algumas inovações técnicas, como os arroteamentos, e do uso de
novas terras, obtidas pela derrubada de florestas e pela drenagem de pântanos. Nesse período
de 200 anos, o aumento da produção foi acompanhado sempre pelo crescimento da
população, que às vezes aumentava em um ritmo superior ao da produção, ocasionando crises
de escassez de alimentos.
Tal situação foi agravada por problemas climáticos no início do século XIV, como as chuvas
torrenciais, que resultaram em três anos de péssimas colheitas.
Iniciava-se, então, a grande fome, que levou milhares de pessoas à morte por inanição.

A desnutrição provocada pela escassez de alimentos deve ter contribuído para a disseminação
de epidemias que ceifaram outros milhões de vidas. A mais conhecida dessas epidemias foi a
peste negra, que, em três momentos – 1347, 1350 a 1359 e 1373 a 1375 –, matou
aproximadamente um terço da população europeia, na época estimada em 60 milhões de
pessoas. A fome e as epidemias reduziram de forma significativa a oferta de mão de obra, o
que é explicado pela maior exposição a que estiveram submetidas as camadas mais pobres da
população, tanto por causa da subnutrição quanto pelas péssimas condições sanitárias das
áreas pobres das cidades.

Em princípio, aquilo que poderia significar benefícios para os trabalhadores, como aumento da
oferta de emprego ou melhorias nas remunerações, representou maiores sacrifícios, pois tanto
os senhores da terra quanto os monarcas se incumbiram da criação de leis que prenderam os
camponeses à terra, elevaram os impostos e reduziram salários. Entre 1323 e 1328, aconteceu
a mais longa das revoltas, na região de Flandres, em consequência da elevação dos
impostos, determinada por um nobre da região. Os camponeses franceses externaram toda a
revolta que havia muito tempo vinham alimentando contra a nobreza, conduzindo um
movimento de grande significado para a história da Europa, pois, apesar de breve, conseguiu
mudar a postura dos senhores com relação aos servos.
A denominada Guerra dos Cem Anos
Essa guerra, que se estendeu de 1337 a 1453, foi também expressão da grande crise do
feudalismo. Tanto a França quanto a Inglaterra, países nela envolvidos, necessitavam manter
ou conquistar novos territórios para atender aos interesses da nobreza feudal, ou da
burguesia. Além disso, os dois países passavam por processos internos de fortalecimento do
poder político dos reis, o que exigia a definição de suas fronteiras.
Alguns monarcas e senhores da nobreza inglesa eram detentores de feudos no norte da
França, que, naquele momento, tentava unificar seu território, incluindo parte da região de
Flandres - importante centro produtor de tecidos de lã, cuja matéria-prima era comprada da
Inglaterra. Entretanto, o pretexto ou a causa imediata para a deflagração do conflito foi uma
questão sucessória envolvendo o rei da Inglaterra, Eduardo III, e o nobre francês Filipe de
Valois.
Destaca-se, no entanto, a última fase, em que, após cercarem a cidade francesa de Orléans,
quando parecia próxima a vitória inglesa, os ingleses acabaram derrotados pelas tropas
francesas, naquele momento estimuladas pela presença de uma camponesa chamada Joana
d’Arc, que viria a ser aprisionada e morta pelos inimigos. A necessidade de manutenção de
exércitos permanentemente armados e prontos para a guerra exigia certa concentração de
recursos nas mãos dos monarcas, aumentando seus poderes políticos, ao mesmo tempo que
eram reduzidos os poderes dos senhores feudais. Esses recursos acabaram sendo lentamente
canalizados para a Ásia, pois era grande a quantidade de mercadorias importadas das cidades
orientais sem que houvesse, nesse trato mercantil, uma correspondência de exportações
europeias.
Com a expansão do comércio durante e depois das Cruzadas, aumentou a quantidade de
moedas e metais preciosos que circulavam na economia europeia.

Transformando todo um sistema sustentado pela Igreja, em uma teia de aranha frágil, a Idade
Média caiu, mas deixou para nós patrimônio histórico-cultural e um repertório enorme para o
resto da humanidade.

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