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Após a queda do Império Romano do Ocidente o continente europeu iniciou
uma «viagem» que durou cinco séculos. A História designou por Alta Idade
Média o período que teve o seu início no século V d.C. e que terminou cerca
do ano mil, um ano temido pela premonição do fim dos tempos.
Este início de uma nova idade do Homem sobre a Terra, que a História
classificou de Média, revelar-se-ia de grandes conquistas sociais e humanas.
No processo criativo do Homem, não foi uma época de definição de estilos ou
de produtividade artística, uma vez que a instabilidade política e social nesse
tempo de enorme desorientação, após o desaparecimento das referências
culturais do mundo romano dificultaram o exercício de contemplação e de
criatividade, num mundo em que o importante era sobreviver.
As invasões «Bárbaras» do século V
Os Reinos da Europa no século V
As cidades «adormeceram» com o desaparecimento progressivo da vida
urbana. O deslocamento da população para os campos era uma opção ditada
naturalmente pela força das circunstâncias. As cidades, como antigos centros
de Poder, eram agora alvos preferenciais das incursões bélicas que conduziam
à destruição e à degradação social.
Foi para junto destes homens que constituíam uma nova nobreza, que
hordas errantes de homens, mulheres e crianças se deslocaram; conseguiram
o direito a habitar a terra, cumprindo, como contrapartida, a obrigação de a
cultivarem para o senhor, constituindo, em caso de guerra, o seu exército
protector.
Começou, assim, uma relação de direitos e obrigações a que a História
chamou feudalismo.
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura
era semelhante às construções dos antigos romanos. Existem características
comuns que definem o estilo românico, mas existem muitas especificidades
regionais.
- As igrejas serão maiores: para tal surgem pequenas evoluções nos métodos
construtivos e nos materiais;
- Uso da pedra;
-Abóbadas em substituição ao telhando de madeira das basílicas;
- Pilares maciços que sustentavam as paredes espessas;
- Aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
- Torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada;
- Arcos de 180o;
- Horizontalidade;
- Solidez – a «Fortaleza de Deus»;
- Uso de contrafortes;
- A pintura e a escultura decoram os edifícios, são carregados de
esquematização e simbolismo;
- Plantas em forma de Cruz Latina, com várias naves;
- As naves laterais prolongam-se e passam por detrás da abside, formando
o deambulatório;
- Do deambulatório saíam as capelas radiantes ou absidiolos;
-Estilo essencialmente clerical;
A Escultura Românica