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5º Teste de História

Manual pt 2
Características do ideal de cavalaria (1º tópico)
 O ideal de cavalaria insere-se na Idade Média;
 Um cavaleiro para está quase sempre associado à nobreza e à arte de
cavalgar;
 Na Idade Média, a cavalaria era uma instituição que se regia por um
código de conduta e de honra própria.
 Para ascender a cavaleiro eram necessárias algumas virtudes tais como:
. Bom nascimento (era necessário ser nobre);
. Virtudes militares (honra, coragem, lealdade);
. Virtude e amor a Deus (o cavaleiro combate por Cristo).

.Descreve a evolução do jovem cavaleiro (2º tópico)


 Passados os primeiros anos de vida sob os cuidados da sua mãe, o rapaz
era geralmente enviado para o paço de um senhor de um grande estatuto.
Aí servia, primeiro como pajem (cerca de sete anos), iniciando-se na
equitação e no manejo de armas.

 Já adolescente, tornava-se escudeiro. Nesta qualidade servia, durante


outros sete anos, um cavaleiro, a quem tratava do cavalo e das armas,
acompanhando-o nas suas expedições e assistindo-o em tudo o que
respeitasse às lides da cavalaria. Durante este período, o jovem
desenvolvia um treino intenso, de forma a adquirir destreza técnica
necessária à sua futura condição de cavaleiro.

 Boa parte do tempo era ocupado em desportos mais ou menos violentos


que contribuíam para manter o vigor físico. Entre estes desportes tinham
destaque a caça, os torneios e as justas.
 Finalmente, após 14 anos de dura aprendizagem, o jovem escudeiro
proferia os votos da cavalaria. Eram votos sagrados, de grande significado
espiritual. Por isso, eram enquadrados por um ritual solene que incluía
uma noite de vigília na Igreja, a assistência à missa e a comunhão.

 Por fim era investido numa ordem de cavalaria, recebendo as esporas de


cavaleiro e a espada. “emblemada do direito e do dever ao combater”.

.Explicar o renascimento do gosto e da prática das viagens


 Renascimento: É o movimento cultural iniciado em Itália e que se baseou
no estudo da Antiguidade Clássica (civilizações Grega Romana). O homem
passou a estar no centro do conhecimento, da cultura e das artes.

 Nos séculos XIII e XIV, os europeus adquirem uma nova visão do mundo.
Sob o impulso do comércio, as velhas barreiras geográficas, que rinham
fechado a Europa sobre si mesma e isolado as regiões, começam a ceder.

O gosto pelas viagens adormecido desde o fim do Império Romano, desperta


nos Europeus:
 O comércio rompe fronteira;
 Uma fé renovada e intensa motiva peregrinações a terras longínquas;
 As necessidades da diplomacia obrigam à deslocação frequente de
mensageiros e embaixadores.
Tipos de viagens:
 Viagem de negócios;
 Missões político-diplomáticas;
 Romarias e peregrinações.

.Reconhecer, nas romarias e peregrinações uma forma típica da religiosidade


medieval. (4º tópico)
 Na Idade Média, a religião assumia contornos muito concretos
exprimindo-se pela prática dos atos rituais: orações, assistência aos ofícios
religiosos, a confissão, a penitência, os jejuns, romarias e as peregrinações
eram obrigações de todos os que aspiravam a vida eterna.

 As romarias eram organizadas em honra de um santo, numa data fixa do


ano. Chegados ao santuário, os romeiros participavam nas cerimónias
religiosas.

Pela sua constante repetição e pela estreita aliança entre a


componente religiosa e profana, as romarias foram uma das expressões mais
notáveis da cultura popular medieval.

 Componente maior da tradição judaico-cristã, o hábito das grandes


peregrinações reavivou-se a partir do século XI.

 Para as grandes peregrinações partia-se individualmente ou em grupo,


geralmente por um caminho predeterminada.
Entre os muitos locais de peregrinação da Cristandade ocidental, havia três
que ocupavam um lugar cimeiro: Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela.

Manual pt 3
.Distinguir os principais centos culturais da Europa do Renascimento. (1º
tópico)
O berço do Renascimento deu-se em Itália, nas cidades de Florença, Roma e
Veneza. A partir daqui difundiu-se por toda a Europa, chamado de
Renascimento Europeu.

Florença sob o governo da família Médicis, assumiu o avanço da nova cultura


renascentista, acolhendo humanistas, arquitetos, escultores e pintores.
Roma: surgiu como centro cultural renascentista, graças ao mecenato dos
papas Alexandre VI, Júlio II e Leão X, que financiaram artistas cujas obras
engrandeceram (com beleza e monumentalidade) a capital da Cristandade.
República de Veneza: também brilhou devido a célebres pintores como
Tintoretto, Veronese e Ticiano e às suas excelentes oficinas tipográficas.

EUROPA: O renascimento italiano expandiu-se para a Europa. Os estudantes-


bolseiros regressavam de Itália para os seus países trazendo com eles as
novidades literárias, filosóficas e artísticas, dando a conhecê-las nas cortes
régias e principescas, nas universidades e nos círculos aristocráticos e
burgueses. Assim desenvolveu-se o Renascentismo Europeu, uma fusão das
matrizes italianas com as tradições locais.

PAÍSES BAIXOS: destacaram-se pelo aperfeiçoamento técnico da pintura a óleo.


Erasmo de Roterdão era natural dos Países Baixos e era considerado o melhor
representante do ideal humanista, notabilizou-se como filósofo e moralista
servindo-se do seu domínio do latim e do grego para revelar os originais dos
textos bíblicos. Foi conselheiro de soberanos e o seu saber fez-se ouvir nas
universidades de Paris, Cambridge, Basileia e no Colégio de Lovaina.

IMPÉRIO GERMÂNICO: os centros de imprensa e os polos universitários fizeram


florescer os saberes renascentistas (matemática, astronomia, cartografia).
Também pintores como Albrecht Durer e Hans Holbein foram notáveis, pois os
seus retratos combinam o pormenor e a perceção psicológica de tradição
nórdica como a técnica italiana.

INGLATERRA: na Inglaterra de Henrique VIII (8), celebrizaram-se humanistas e


universidades.

FRANÇA: também brilhou durante o Renascimento sob o mecenado de


Francisco I que impulsionou os estudos humanistas fundando, em 1530, o
colégio de França (em Paris) e favoreceu a construção de castelos onde se
aplicou uma decoração classicizante.

PENINSULA IBÉRICA: A universidade de Alcalá de Henares e o Colégio das Artes


e Humanidades constituíram-se em importantes focos do Humanismo.

HUNGRIA E POLÓNIA: destacaram-se como centros de renovação cultural,


distinguindo-se a Universidade de Cracóvia.

Identificar as principais características do Renascimento. (4º tópico)

Humanismo: representa a valorização do ser humano e a sua condição acima de


tudo, logo, a teoria está relacionada com a compaixão, a generosidade, e a
preocupação em valorizar os atributos humanos.
Antropocentrismo: colocava o homem como centro do universo e a mais
perfeita obra de criação da natureza, em detrimento do pensamento medieval,
no qual a religião era o centro de tudo.

Individualismo: coloca o homem em “posição central” pois a teoria está


relacionada com o conhecimento íntimo do ser humano, que sabe reconhecer a
sua própria personalidade, talentos e busca satisfazer as próprias ambições,
com base no princípio de que o direito individual está acima do direito coletivo.

Universalismo: O universalismo foi desenvolvido durante o início da educação


renascentista, cujo período foi marcado pela expansão de escolas, faculdades e
universidades, bem como do surgimento de novas disciplinas como língua
portuguesa, filosofia, literatura, entre outras.
Assim, o conhecimento humano foi valorizado em diversas áreas do saber
Racionalismo: coloca a razão com a base do conhecimento. A teoria revela o
saber como fruto da observação e da experiência das leis que governam o
mundo.

Cintificismo: colocar a ciência em posição de superioridade com as demais


formas de compreensão humana (religião, metafísica, filosofia, etc.).

Valorização da antiguidade clássica: No período renascentista, o estudo da


Antiguidade Clássica foi retomado para tentar romper com as regras e os
pensamentos da era medieval. O estudo realizado pelos humanistas valorizou a
figura humana e os seus pensamentos, além de acrescentar conhecimento par a
artes e a filosofia.

Explicar o cosmopolitismo de Lisboa e Sevilha no século XVI. (5º tópico)

Pelo conhecimento de experiência feito de novas terras, novos mares, novos


povos e novos produtos, os países ibéricos deram um contributo peculiar para a
vivência universalista da cultura do Renascimento.

Na Europa ocidental, Lisboa e Sevilha tornaram-se. No século XVI, nas portas


abertas do velho continente para um mundo novo, como ponto de partida e de
chegada das rotas transoceânicas, que interligavam a Europa, a Ásia, a África e a
América. O cosmopolitismo das cidades ibéricas constituiu um fator de atração
de gentes de toda a Europa, que traziam também consigo as novidades
culturais.

*Cosmopolitismo: ideal de quem considera como sua pátria o mundo inteiro;


Reconhecer o contributo português na abertura europeia ao Mundo. (6º
tópico)

Com a viagem dos descobrimentos Portugal, alargou o conhecimento do


mundo, permitindo que:

- conhecer a esfericidade da Terra;

- assegurou a conexão entre vários povos da Terra num processo de descoberta


pela diferença;

- criou e articulou um espaço comercial devido às rotas intercontinentais.


Trocaram-se produtos, circularam pessoas e fazia-se intercambio cultural;

- ampliou-se conhecimentos cosmográficos (movimentos dos astros e latitudes);

- ampliou-se conhecimentos étnicos, botânicos e zoológicos.

Identificar as inovações técnicas dos séculos XV e XVI. (7º tópico)

- Construção da caravela, cujas velas triangulares permitiam navegar contra o


vento (bolinar);

- Construção de naus e galeões robustos, com velas redondas e triangulares,


apetrechos com artilharia;
- Prática da navegação astronómica: medição da altura dos astros com
quadrante, astrolábio e balestilha; cálculo da declinação solar; cálculo da
latitude;

- Elaboração de Livros de Marinharia, Guias Náuticos e Roteiros com


informações astronómicas, oceanográficas e meteorológicas úteis à navegação;

- Elaboração de cartas geográficas de traçado e projeção rigorosos, com a


inclusão de novas terras, mares, etnias, faunas, floras, troncos de léguas, escalas
e latitudes;

Identificar os progressos realizados na cartografia. (8º tópico)

- mapeamento da costa marítima e dos continentes com exatidão;

- deram-se a conhecer, com razoável exatidão várias regiões do mundo;

- as distâncias tornaram-se mais próximas da realidade;

- em 1489 Henricus Martellus representou pela primeira vez o Cabo da Boa


Esperança num planisfério;

- introdução de troncos de léguas e escaldas de latitudes;

- ilustração de mapas com iluminuras, que forneceram úteis informações sobre


locais, povos, plantas e animais.
Reconhecer a importância da observação e descrição da Natureza. (9º tópico)

Os novos conhecimentos da natureza e do mundo basearam-se na observação


direta da realidade, descrita rigorosamente e pormenorizadamente.
A expansão marítima proporcionou uma atenta observação da natureza, que
pôs em causa muitas das conclusões dos antigos. Com efeito:

- ampliou-se o conhecimento geográfico da superfície terrestre, adquirindo-se


uma mais correta perceção dos continentes e mares e das distâncias;

- conheceram-se redes hidrográficas, climas, o funcionamento dos ventos, das


correntes marítimas e marés e outros fenómenos meteorológicos;

- provou-se que as zonas equatoriais são habitáveis e que a pele negra de alguns
dos seus habitantes não se devia ao calor extremo dos raios solares;

- demonstrou-se a esfericidade da terra e a existência de antípodas;

- alargaram-se os conhecimentos cosmográficos, explicando-se movimentos dos


astros e calculando-se as latitudes;

- cresceu o leque de conhecimentos étnicos, botânicos e zoológicos;

Avaliar a importância da matematização do real. (10º tópico)

*A numeração romana foi substituída pelos algarismos árabes, que são ainda
utilizados atualmente.

O renascimento assistiu ao florescimento da Matemática. Por um lado, instalou-


se:
Mentalidade quantitativa- crescente utilização dos números para expressar
quantidades, distâncias, durações latitudes, funduras pesos, proporções;

Por outro lado….


Progressos na álgebra e na geometria permitiram a construção do método
científico, com a demonstração matemática das hipóteses provocadas pela
observação e descrição da natureza.

Identificar a revolução das conceções cosmológicas. (11º tópico)

A primeira manifestação de ciência moderna ocorreu com as novas explicações


cosmológicas, que combinaram o cálculo matemático com a observação (dos
astros, por ex) e o saber experimental.

Um dos principais fatores desta inovação foi Nicolau Copérnico, que defendeu a
teoria heliocêntrica, em que a Terra girava à volta do Sol. Pelo contrário
Ptolomeu defendia a teoria geocêntrica, em que afirmava que a Terra era
imóvel e ocupava o centro do universo e era sol quem girava à volta da Terra.

Além disso, através da observação dos astros e da utilização da matemática foi


possível a invenção e utilização do quadrante e do astrolábio que foram
instrumentos bastantes importantes que permitiram aos portugueses a
realização de viagens de longa distância.

*Cosmologia é a ciência que estuda a composição, evolução e propriedades do


universo a fim de compreender sua origem e evolução.

Reconhecer a importância do mecenato. (12º tópico)

A prática do mecenato foi bastante importante, pois as famílias ricas de grande


estatuto, normalmente pertencentes à nobreza ou burguesia, apoiavam o
desenvolvimento comercial e cultural das suas cidades, através de
contribuições monetárias e encomenda de monumentos, esculturas, obras de
arte, de forma a tornarem as suas cidades as mais bonitas e a obterem prestígio
e reconhecimento.

Exemplo: família Médicis, de Florença.

As cortes do Renascimento foram estimulantes para os intelectuais e artistas,


que recebiam proteção e encomendas dos soberanos e das elites sociais.
Chamada de mecenato, esta prática testemunha o alto apreço pela criação
intelectual e artística. Simultaneamente, os mecenas procuravam, com as obras
que particionavam, deixar o seu nome imortalizado.

Explicar as regras de comportamento social. (13º tópico)

Conhecidas por civilidade, essas regras instruíam sobre o que se deveria comer,
vestir, como cumprimentar, falar, estar e até preceitos de higiene pessoal. A par
do esclarecimento intelectual, da superioridade moral e da elegância da figura,
damas e cavalheiros procuravam sobressair pela delicadeza das maneiras

Explicar as características antropocêntricas do Humanismo. (15º tópico)


Os humanistas foram intelectuais que defendiam o ser humano por excelência.
Consideravam-no bom, responsável e perfeito. Defendiam o antropocentrismo,
atitude filosófica que realçava a superioridade do se humano enquanto ser
racional, dedicado ao estudo e inclinado para o bem e a virtude. Pico della
Mirandola defendia que o homem era um ser dotado de razão, tornando-o
capaz de construir o seu destino através do livre-arbítrio. Otimistas, os
humanistas tinham consciência de excelência do tempo em que viviam, um
tempo de progressos, como os da navegação e da imprensa, e de
desenvolvimento cultural. A tal se chama de consciência da modernidade.
Miguel Servantes (Espanha), Luís de Camões (Portugal) e Shakespeare
(Inglaterra) foram humanistas que revelaram a consciência da modernidade,
isto porque defendiam o uso da razão e do espírito crítico pelo indivíduo.

Caracterizar a produção cultural renascentista. (tópico 14)


Relacionar o espírito crítico humanista com o exercício da crítica social e a
produção de utopias. (16º tópico)

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