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Tema:
As Origens do Pensamento Grego
Discentes: Docente:
Introdução..................................................................................................................................1
Organização Social.................................................................................................................4
Características da Realeza......................................................................................................4
Conclusão.................................................................................................................................12
Referências...............................................................................................................................13
Introdução
No presente trabalho iremos abordar as origens so pensamento grego, como o pensamento
grego se desenvolveu desde a decifração do linear B que foi oque modificou todo o quadro
em que se colocava o problema das origens do pensamento grego helênico.
Veremos o por quê da reflexão da Grécia mudar introduzindo um sistema mais democrático,
no lugar do rei cuja onipotência se exerce sem controle. No lugar das antigas cosmogonias
associadas a rituais reais e a mitos de soberania, um pensamento novo procura estabelecer a
ordem do mundo.
A viragem do século VIII ao século VII em que a Grécia toma um novo rumo e explora as
vias que lhe são próprias: época de mutação decisiva que lança os fundamentos de regime da
polis e assegura por essa laicização do pensamento político o advento da filosofia.
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I Capítulo: O Quadro Histórico
No começo do II milênio, o mediterrâneo não marca ainda em suas duas margens, uma
separação entre o oriente e ocidente. O mundo egeu e a pinínsula grega se ligam sem
discontinuedade como povoação e como cultura e do outro lado pelo planalto anatólio, pela
série das cicládes e das esporades e por outro rhodes pela cilícia e por chipre e costa norte da
síria, com a mesopotâmia e o irão.
A invasão dos povos mínios manifestou-se de forma paralela na grécia continental e do outro
lado com a chada dos hititas povos "Indos europeus" que foram se instalando na costa da
grécia. No litoral da Troade a continuedade cultural que se manteve quase um milênio da
Tróia I à Tróia V foi repentinamente interrompida.
O povo que edifica a Tróia VI(1900) uma cidade principesca, a mais rica e poderosa que
nunca que fabricava a mesma cerâmica cinzenta, era vizinha dos mínios.
Foi com os homens da Tróia VI que surgiu o cavalo na Troade "rica em cavalos". A fama dos
cavalos não demorou para chegar aos ouvidos dos aqueus que já tinham interreses em aquelas
regiões, imediatamente iniciaram uma expedição de guerra destruindo a Tróia VII que
encontrava-se como obstáculo.
Nesta época, os mínios da Troade, os da grécia conheciam o cavalo deviam ter praticado a
sua domesticação antes da sua chegada a Grécia, onde tinham permanecido.
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O uso do carro revela ainda as analogias entre o mundo micênico ou aqueu a constituir-se o
reino dos hititas, que adota no século XVI essa tática de combate em seu benefício, tomando-
a de seus vizinhos. O carro e o cavalo interessaram a corte assim exigindo uma aprendizagem
difícil, a técnica de carro deve ter reforçado na especialização de actividades guerreira,
agricultura, jogos, passeios, etc.
A expansão micênica que prossegue do século XIV ao XII, leva os aqueus a tomarem o lugar
no mediterrâneo oriental, o lugar dos crenteses que eles substituem mais ou menos por toda
parte. No princípio do século XIV os micênicos se instalaram a força em chipre e constroem
em enkomi uma fortaleza igual às da Argolída.
Povo micénico diz respeito a uma parte da Grécia (parte central) com uma extensão territorial
pequena e em expansão, estava extremamente virado para guerra, comercio internacional e
tinha como principal actividade a domesticação do trabalho.
Na realeza micénica o rei era detentor do poder palaciano, ou seja, ele tinha o domínio do
Poder económico, social, religioso administrativo e militar e esse domínio era feito por
Intermedio de escribas. Era um estado extremamente intervencionista, não abria espaço para
Existência de comercio privado.
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Escribas: ser escriba naquela época era grau privilegiado, era uma profissão que apenas era
transmitida de geração em geração, eles tinham a função de contabilizar nos seus arquivos o
que concerne ao gado agricultura e tudo relacionado ao rei.
A divisão da terra era feita de dois modos: A terra como propriedade pertencente a pessoas
directamente ligadas ao palácio e as terras arrendadas para prestação de serviços e era feita
por uma figura chamada besileus.
Organização Social
• EQUITAS: eram unidades que faziam o contacto entre a corte e diferentes grupos
socias.
Nota: Existiram na realeza alguns grupos socias privilegiados mas sem muita relevância.
Características da Realeza
• Seu aspecto bélico: o ánax apoia-se numa aristocracia guerreira, os homens dos
carros, sujeitos à sua autoridade, mas que formam no corpo social e na vida militar do reino,
um grupo privilegiado com seu estatuto particular, seu gênero de vida próprio.
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Para os monarcas da Grécia, o sistema palaciano representava um notável instrumento de
poder. Permitia estabelecer um controle rigoroso do estado sobre um território extenso.
Atraiu para acumulá-la em suas mãos toda a riqueza do país e concentrava, sob sua direção
única, recursos e forcas militares importantes. Além do sistema de economia palaciana, ao
lado da agricultura os micênios desenvolveram uma indústria artesanal, organizada em
guildas sob modelo oriental.
A invasão Dórica: rompe por longos séculos, os vínculos da Grécia com o Oriente. Abatida
Micenas, o mar deia de ser um caminho de passagem para se tornar uma barreira. Isolado,
voltado para si mesmo o continente grego retorna a uma economia puramente agrícola. O
sistema palaciano desaba completamente. Abolido o reino do ánax, não se encontra mais
traço de um controle organizado pelo rei, de um aparelho administrativo de classe de
escribas. A escrita desaparece como desfeita nas ruínas dos palácios.
Por fim do século IX, na mão dos fenícios, a escrita não é mais especialmente de uma classe
de escribas, mas o elemento de uma cultura comum, que vai permitir divulgar, colocar
igualmente sob olhar de todos, os diversos aspectos da vida social e política.
A queda do poder micênico, a expansão dos dórios no Peloponeso, em Creta e até em Rodes
inauguraram uma nova era na civilização grega. Na esfera económica, houve a passagem da
Idade do Bronze para para a Idade do Ferro. Mas a queda da realeza micênica não resultou
somente em mudanças de aspecto belicoso, já que as armas metalúrgicas eram mais
resistentes do que as de bronze. também sofreu profundas transformações. As ilustrações de
animais e vegetais em objectos de cerâmica, deram lugar a novos desenhos em formas
geométricas.
Outra mudança significativa neste período foi a rejeição da figura do Ánax (o rei) pela nova
forma de organização grega. A ordem política, econômica, social e religiosa não mais estaria
concentrada na figura de um rei, mas sim dividida conforme suas funções sociais. Ou seja,
enquanto que na sociedade micênica a soberania era monopólio de um indivíduo, na Grécia
pós-micênica ela se fragmenta nas mãos de líderes sacerdotais, generais militares e aldeões.
Esta divisão faz nascer um período marcado pela desordem, uma reflexão moral e
especulações políticas que irão definir uma primeira forma de “sabedoria” humana.
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A cidade então se centraliza na Ágora, um espaço publico onde se debatem os problemas de
interesse de toda a população da pólis. Tal quadro urbano acaba por reflectir também no
espaço mental, fazendo-se descobrir um novo horizonte espiritual. O debate de contradições,
a discussão e a argumentação ganham um espaço cada vez maior para o desenvolvimento do
raciocínio do cidadão da pólis. Neste sentido, surgiram os chamados filósofos, que
insatisfeitos com as respostas dadas pelos mitos, procuravam outras respostas para várias
indagações.
O homem grego passou assim a ter consciência da separação entre o passado e o presente,
entre o mundo dos mortos e o dos vivos (através da introdução da cremação dos mortos, o
que passou a simolizar a sua separação com a terra), e entre o humano e o divino. Assim, a
queda do império micênico significou o abandono da mitologia para explicar os fenómenos
da realidade grega. Esta separação e a nova forma de organização social fizeram surgir uma
nova forma de sophia, que significa “sabedoria”, que procurava estudar o mundo dos
homens.
Desde o seu advento no séc VIII e VII constituí um grande acontecimento no pensamento
grego.O sistema da polis trouxe o predomínio da palavra sobre todos os outros instrumentos
do poder, a palavra era usada como um meio de comando e de domínio.
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O alfabeto grego que surge no séc VIII mostra que não é mais um saber especializado
reservado a escribas mas de técnicas reservadas ao público, porém a um regime que usa
formas misteriosas e sobrenaturais, a Esparta usava a forma de hierarquia. no Estado
Espartano a sociedade já não se forma como nos reinos Micênicos, uma pirâmide cujo o rei
tomava as decisões e os privilégiados eram os militares treinados. A unidade da polis era para
que os gregos só os semelhantes podem encontrar se na mutuamente unidos pela philia -
amizade.
Pode -se dizer que o ponto de partida da crise é de ordem económica. Ela revistiu-se na
origem a forma de uma esfervencia relegiosa. Ao mesmo tempo que social, todavia que nas
condições próprias da cidade, levá-nos ao nascimento de uma reflexão moral política, de
carácter laico que o enfrenta de uma forma positiva os problemas da ordem e desordem no
mundo humano.
Uma observação de Aristóteles, breve mais sugestiva, permite-nos melhor aprender como
nessa viagem da história da cidade. O religioso, o jurídico e o social podem achar-se
associados num mesmo esforço de renovação. Aristóteles quer demonstrar o carácter natural
da pólis que é como uma família ampliada, pois que se forma agrupando aldeias que por sua
vez reúnem núcleos familiares.
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VI Capítulo: Organização do Cósmos Humano
Diante do quadro de perturbação religiosa, surge não só o Direito, mas também a reflexão
moral orientada por anseios políticos. A sociedade é tomada pelo desejo da justiça e
realização da boa moral; renunciando de forma recomendada em certos agrupamentos
religiosos o desenvolvimento do comércio, a ostentação religiosa, a brutal insolência dos
ricos, contribuindo assim para fazer uma imagem nova a areté (virtude). Nesses
agrupamentos religiosos a areté desfez-se do seu aspecto guerreiro tradicional; tornou-se
fruto de uma longa e penosa àskesis (renúncia do prazer), de uma disciplina dura e severa, a
meleté (meditação); torna-se épiméléiu (controle sobre si, uma atenção sem descanso para
escapar às tentações do prazer, entre outros). Estabelece-se de uma lado a nova areté e o ideal
da Sophrosyne e de outro a Habrosyne ou hybris do rico.
Essa justa medida deveria quebrar a arrogância dos ricos, fazer cessar a escravidão, sem ceder
à subversão. Esse ensinamento podia ser desconhecido ou até mesmo rejeitado, mas Sólon
era um homem que confiava no tempo, acreditando assim que cedo ou tarde esse
ensinamento chegaria aos ouvidos dos Atenienses e seria executado.Na Sophrosyne vão
aparecer dois elementos opostos: A Thymós (afectividade as emoções, as paixões) e a
prudência do racional. Com a cura da sede pela riqueza a Sophrosyne é capaz de equilibrar o
Thymós.
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pelo "comedimento" que o jovem devia observar em todas as circunstâncias comedimento em
seu andar, em seu olhar, diante das mulheres, em relação às bebida, aos prazeres, aos mais
velhos. Esse comedimento no comportamento exterioriza uma atitude moral, uma forma
psicológica, que se impõe como obrigação: O futuro cidadão deve ser exercido em dominar
suas paixões, emoções e seus instintos.
O presente capítulo aborda as teorias e os mitos que estão em volta das origens do
pensamento grego.
Vemos que no início do século VI nasce a mãe de todas ciências, a filosofia. Ela surge com
homens da Mileto Jônico, Tales, Anaximandro, Anaxímes. Os primeiros filósofos trazem
uma reflexão concernente a natureza, eles se distanciam da mitológia, pois, nesta nova fase
eles querem usar o seu pensamento.
"Os filósofos Jônicos abriram os caminhos que a ciência só teve que seguir" escreve Burnet,
foram os primeiros filósofos que deram os primeiros passos para que hoje pudesse haver
ciência. F.M.Conford dismente essa interpretação, dizendo ele que a primeira filosofia
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aproxima-se mais de uma construção mítica do que de uma teórica científica, na sua visão
para que as coisas acontecessem tinha que haver algum deus. Temos os exemplos dos deuses
atuantes na natureza, o Zeus, Hades, Posidão.
É verdade que a física de antes não tem nada haver com oque chamamos ciência hoje, ainda
assim a física jônica não era fruto de uma reflexão ingênua e espontânea da razão sobre a
natureza.
O autor deixa claro que o pensamento grego tal qual conhecemos hoje foi inspirado
fortemente por outros povos que tiveram contacto com os gregos durante as batalhas por
ocupação de mais territórios assim como de consolidação, como é o caso dos povos orientais,
especialmente a Babilônia. Contudo, a ciência grega desde o início se diferenciou dos outros
povos, sobretudo no que respeita a sua organização geográfica. Para o autor, essa organização
constituiu o início de um pensamento racional e explicação dos fenômenos do universo
despida da tradição mitica.
Anaximandro entende que nenhum elemento singular poderia dominar as demais. No Cosmos
ordenado há simetria e Igualdade entre os diversos poderes. Esses argumentos levaram o
filósofo a negar determinar um único elemento que fosse arché. Daí que ele afirma que a
substância primordial que originou todos os elementos do Cosmos e o Apeiron, uma
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substância infinita e imortal que envolve e governa todas as coisas. Trata-se de uma realidade
a parte distinta de todos os elementos.
Aristoteles é defensor dessa teoria, pois segundo ele, se um dos elementos possuísse essa
infinidade que pertence ao ápeiron, os outros seriam destruídos por ele, pois os elementos
definem-se por sua oposição recíproca.
Dessa forma, entende-se que para Anaximandro, a Monarquia que era o modelo de governo
na literatura mitica, ou seja, o monarca que estabelecia a ordem e a sustentava não passava de
responsável da desordem. O modelo de reinado destrói a ordem pelo facto de permitir que
apenas um se sobreponha aos outros e reduza aos outros cidadãos a máquinas de produção
para a segurança do palácio real. No pensamento de Anaximandro se exclui a possibilidade
de um elemento apenas governar e confere a ordem igualitária a todos os elementos que
compõem Cosmos. Portanto, o capítulo VIII apresenta-no surgimento da democracia
enquanto nova forma de organização político administrativa da polis, onde todos são iguais e
podem discutir em assembleia e nas praças públicas questões relacionadas a vida social. Na
polis não deve existir hierarquia, pois os indivíduos ocupam posições simétricas.
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Conclusão
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Referências
Pierre, Vernant Jean (2008), As Origens do Pensamento Grego, 17ª Ed. Tradução de Ísis
Borges B. da Fonseca. Difel: 2008.
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