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O poder jurídico, econômico e político se concentravam nas mãos dos senhores feudais, donos de
lotes de terras (feudos). Algumas decisões jurídicas eram, em alguns casos, decididas com a
participação do clero (principalmente papas e bispos).
2 - Sociedade Medieval
A sociedade era quase estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada (dividida em camadas
sociais bem definidas). A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes,
etc.) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja
Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela "proteção espiritual" da sociedade. Ele
era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos
servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos
senhores feudais, tais como: corveia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor
feudal), talha (metade da produção) e banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do
senhor feudal).
3 - Economia Medieval
As relações comerciais entre feudos ou reinos eram pouco comuns, pois as atividades econômicas
ocorriam dentro dos feudos.
A guerra e os saques foram também utilizados por reis e senhores feudais como forma de obtenção
de riquezas e terras. Por isso, principalmente, a Idade Média foi marcada pela ocorrência de muitas
guerras.
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a
Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento. A Igreja também
tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos
trabalhando nelas. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela "proteção espiritual"
da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia e outros livros
religiosos.
A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Esta foi marcada pela
influência da Igreja, que ensinava o latim, valores morais e doutrinas religiosas. Havia também
algumas escolas, que ensinavam táticas de guerras e outros conhecimentos militares. Grande parte
da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade cristã da época. As pinturas
retratavam, quase sempre, passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e
os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião cristã e
passagens bíblicas.
Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi muito influenciada pela religião católica
romana. Na arquitetura, se destacou a construção de castelos, igrejas, pontes, mosteiros, palácios e
catedrais.
A música também foi importante na Idade Média. Havia a música sacra (canto gregoriano e músicas
religiosas cantadas em igrejas) e a profana (tocada e cantada em festas dentro dos castelos ou em
suas imediações). Os instrumentos musicais típicos desse período, usadas nas músicas profanas,
foram: rabeca (parecido com um violino), realejo (instrumento movido a manivela), saltério
(instrumento de cordas parecido com uma harpa), alaúde (instrumento de cordas, de origem árabe,
parecido com um violão) e a charamela (instrumento de sopro parecido com um clarinete).
6 - As Cruzadas Medievais
7 - As Guerras Medievais
A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obtenção poder. Os senhores feudais
envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos
exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o
que havia de mais nobre no período medieval.
As principais guerras medieval foram:
Em meados do século XIV, uma doença devastou a população europeia. Historiadores calculam
que, aproximadamente, um terço dos habitantes morreu desta doença. A Peste Negra era transmitida
através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios
vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos
se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre,
mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do enfermo, principalmente
nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa.
Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais,
ambientais ou espirituais (religiosos).
Após a Peste Negra, a população europeia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram
aumentar os impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. Muitos tiveram que
trabalhar dobrado para compensar o trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em muitas
regiões da Inglaterra e da França, estouraram revoltas camponesas contra o aumento da exploração
dos senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e
outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e trazendo conquistas para
os camponeses. Acredita-se que o termo "Jacquerie" venha da palavra "Jacques", que era um termo
depreciativo usado pela nobreza para o campesinato. Com o tempo, tornou-se um termo genérico
para revoltas camponesas.
Embora a Jacquerie tenha falhado em seus objetivos imediatos, muitas vezes é vista como uma
expressão inicial de ressentimento contra as injustiças feudais e pressagiaria revoltas camponesas
posteriores e mais difundidas, como a Revolta dos Camponeses Ingleses de 1381.
Jacquerie: camponeses atancando um cavaleiro numa revolta camponesa (século XIV).
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