Você está na página 1de 151

Módulo 5 – Cultura do Palácio

Maneirismo

Carlos Jorge Canto Vieira


Maneirismo
• Definição
– Período de transição entre o Renascimento pleno e o
Barroco;
– Origem do italiano maniera, que significa elegância;
– Também pode ser algo de pejorativo fundamentado no
conceito de uma arte "amaneirada" e conscientemente
"artificial".
– Situa-se cronologicamente entre 1525 e 1600:
• corresponde ao aparecimento de tendências antagónicas
que traduziram por um lado a necessidade de libertação das
regras rígidas fixadas no Renascimento;
• a afirmação do individualismo de alguns grandes artistas.
Prof. Carlos Vieira 2
Maneirismo
• Inicialmente
– Considerava-se que o Maneirismo derivava directamente
das concepções artísticas de Miguel Ângelo e Rafael

• Actualmente
– Considera-se que toda a fase final da arte de Miguel
Ângelo já é considerada maneirista.

Prof. Carlos Vieira 3


Maneirismo
• Primeiros sinais
– surgem nas composições complexas, fluidas, sinuosas e
movimentadas;
– na assunção de novos desafios técnicos como o uso do
"trompe-l'oeil" na pintura mural;
– do escorço, já imbuídos de uma forte carga emocional
dada através de contrastes cromáticos fortes, expressões
fisionómicas e corporais alteradas;
– uso exacerbado do nu em composições sofisticadas e algo
exageradas;
– um sentido cenográfico muito diferente do rigor
renascentista.
Prof. Carlos Vieira 4
PINTURA

Prof. Carlos Vieira 5


Maneirismo
• Duas fases
– primeira fase do Maneirismo
• pintores de Florença Rosso Fiorentino e Pontormo.

– Segunda fase
• menos emotiva;
• igualmente distante do mundo racional e estático do
Renascimento;
• Os principais pintores italianos desta época foram
Parmigianino e Bronzino.

Prof. Carlos Vieira 6


Maneirismo
• Rosso Florentino (1494-1 540)
– Pinta sobretudo em Florença;
– Suicidou-se.

Prof. Carlos Vieira 7


Maneirismo

ROSSO FIORENTINO
Retrato de um jovem
1517-18
Óleo sobre madeira de Choupo
82 x 60 cm
Staatliche Museen, Berlim

Prof. Carlos Vieira 8


Maneirismo

ROSSO FIORENTINO
O Noivado da Virgem
1523
Óleo sobre madeira
325 x 250 cm
San Lorenzo, Florença

Prof. Carlos Vieira 9


Maneirismo

ROSSO FIORENTINO
Deposição da cruz
1528
Óleo sobre tela
270 x 201 cm
San Lorenzo, Sansepolcro

Prof. Carlos Vieira 10


Maneirismo

ROSSO FIORENTINO
Cristo morto com os anjos
1525-26
Óleo sobre tela
133,5 x 104 cm
Museum of Fine Arts
Boston

Prof. Carlos Vieira 11


Maneirismo

ROSSO FIORENTINO
Descida da cruz
1521
Óleo sobre madeira
375 x 196 cm
Catedral de Volterra

Prof. Carlos Vieira 12


Maneirismo
• Jacomo Pontormo (1494- 1556)
– amigo de Rosso;
– de personalidade igualmente estranha e introvertida,
inacessível até aos mais próximos, foi um extraordinário
desenhador.
– A sua arte é peculiar, movida por uma espécie de agitação,
como no caso de "A Deposição"

Prof. Carlos Vieira 13


Maneirismo

PONTORMO, Jacopo
Alexandre de Medicis
1534-35
Óleo sobre madeira
100 x 81 cm
Philadelphia Museum of Art,
Filadelphia, EUA

Prof. Carlos Vieira 14


Maneirismo

PONTORMO, Jacopo
Deposição
c. 1528
Óleo sobre madeira
313 x 192 cm
Cappella Capponi, Santa Felicità
Florença

Prof. Carlos Vieira 15


Maneirismo

PONTORMO, Jacopo
Leda e o Cisne
1512-13
Óleo sobre madeira
55 x 40 cm
Galleria degli Uffizi
Florença

Prof. Carlos Vieira 16


Maneirismo

PONTORMO, Jacopo
A virgem e o menino com Stª Ana
e outros santos
c. 1529
Óleo sobre madeira
228 x 176 cm
Museu do Louvre, Paris

Prof. Carlos Vieira 17


Maneirismo

PONTORMO, Jacopo
Ceia em Emaus
1525
Óleo sobre tela
230 x 173 cm
Galleria degli Uffizi
Florença

Prof. Carlos Vieira 18


Maneirismo
• Parmigianino (1503-1540)
– Profundamente influenciado
pela obra de Rafael;
– Afastou o seu conceito de
beleza da realidade observável
e natural.

Prof. Carlos Vieira 19


Maneirismo

PARMIGIANINO
Cupido
1523-24
Óleo sobre madeira
135 x 65,3 cm
Kunsthistorisches Museum,
Viena

Prof. Carlos Vieira 20


Maneirismo

PARMIGIANINO
Gian Galeazzo Sanvitale,
Conde de Fontanellato
1524
Óleo sobre madeira
109 x 81 cm
Pinacoteca, Museu Nacional, Nápoles

Prof. Carlos Vieira 21


Maneirismo

PARMIGIANINO
A Virgem do pescoço comprido
1534-40
Óleo sobre madeira
216 x 132 cm
Galleria degli Uffizi
Florença

Prof. Carlos Vieira 22


Maneirismo

PARMIGIANINO
A conversão de S. Paulo
-
Óleo sobre Tela
177,5 x 128,5 cm
Kunsthistorisches Museum
Viena

Prof. Carlos Vieira 23


Maneirismo
• Agnolo Bronzino (1503-1572)
– expoentes máximos deste gosto subtil e sofisticado;
– executou obras com o apoio de patronos aristocráticos
como o Grão-Duque da Toscana e o rei de França.

Prof. Carlos Vieira 24


Maneirismo

BRONZINO, Agnolo
Adoração dos pastores
1539-40
Óleo sobre madeira
65 x 47 cm
Szépmûvészeti Múzeum
Budapeste

Prof. Carlos Vieira 25


Maneirismo

BRONZINO, Agnolo
Alegoria à alegria
1564
Óleo sobre choupo
40 x 30 cm
Galleria degli Uffizi
Florença

Prof. Carlos Vieira 26


Maneirismo

BRONZINO, Agnolo
Deposição
1565
Óleo sobre madeira
350 x 235 cm
Galleria dell'Accademia
Florença

Prof. Carlos Vieira 27


Maneirismo

BRONZINO, Agnolo
Pietà
c. 1530
Óleo sobre tela
105 x 100 cm
Galleria degli Uffizi
Florença

Prof. Carlos Vieira 28


Maneirismo

BRONZINO, Agnolo
Vénus, Cupido e a Inveja
1548-50
Óleo sobre choupo
192 x 142 cm
Szépmûvészeti Múzeum
Budapeste

Prof. Carlos Vieira 29


Maneirismo
• Veneza
– Mais Tardio
– Pintores:
• Tintoretto (1518-94);
• Veronese (1528-88);
• Lotto (c. 1480-1556).

Prof. Carlos Vieira 30


Maneirismo
• Tintoretto
– uma arte de compromisso entre
Ticiano e Miguel Ângelo através de
uma pintura "anticlássica e
elegante".

– A Última Ceia (1592-94)

Prof. Carlos Vieira 31


Maneirismo

TINTORETTO
A ascenção da Virgem
c. 1550
Óleo sobre tela
244 x 137 cm
Gallerie dell'Accademia
Veneza

Prof. Carlos Vieira 32


Maneirismo

TINTORETTO
O nascimento de S. João Baptista
c. 1563
Óleo sobre tela
270 x 204 cm
San Zaccaria
Veneza

Prof. Carlos Vieira 33


Maneirismo

TINTORETTO
Cristo e a adultera Óleo sobre tela, 119 x 168 cm 34
c. 1550 Galleria Nazionale d'Arte Antica, Roma
Maneirismo

TINTORETTO
Cristo na casa de Marta e de Maria
1570-75
Óleo sobre tela
200 x 132 cm
Alte Pinakothek, Munique

Prof. Carlos Vieira 35


TINTORETTO
Anunciação
1583-87
Óleo sobreCarlos
Prof. Vieirax 545 cm
tela, 422 36
TINTORETTO
Última ceia
1592-94 37
Óleo sobre tela, 365 x 568 cm, San Giorgio Maggiore, Veneza
Maneirismo
• Veronese
– revela uma arte de intensa
beleza, dedicada ao luxo.
– Trabalhos ricamente coloridos,
cheios de humanidade.

Prof. Carlos Vieira 38


Maneirismo

VERONESE, Paolo
Alegoria à sabedoria e à força
c. 1580
Óleo sobre tela
214.6 x 167 cm
Frick Collection
Nova Iorque

Prof. Carlos Vieira 39


Maneirismo

VERONESE, Paolo
Anunciação
c. 1560
Óleo sobre tela
110 x 87 cm
Fundación Colección Thyssen-Bornemisza
Madrid

Prof. Carlos Vieira 40


Maneirismo

VERONESE, Paolo
Coroação da Virgem
1555
Óleo sobre tela
200 x 170 cm
San Sebastiano
Veneza

Prof. Carlos Vieira 41


Maneirismo

VERONESE, Paolo
Crucificação
1580-82
42
Óleo sobre tela, 287 x 447 cm, Gallerie dell'Accademia, Veneza
VERONESE, Paolo
Crucificação
c. 1582
Museu do Louvre
102 x 102 cm
Museu do Louvre
Paris

Prof. Carlos Vieira 43


VERONESE, Paolo
Deposição de Cristo
1548-49
Óleo sobre tela
213 x 173 cm
Colecção Privada

Prof. Carlos Vieira 44


Maneirismo
• Lorenzo Lotto

Prof. Carlos Vieira 45


Maneirismo

LOTTO, Lorenzo
Cristo despede-se da sua mãe
1521
Óleo sobre tela
126 x 99 cm
Staatliche Museen
Berlim

Prof. Carlos Vieira 46


Maneirismo

LOTTO, Lorenzo
Deposição
1512
Óleo sobre madeira
298 x 197 cm
Pinacoteca Civica, Lesi

Prof. Carlos Vieira 47


Maneirismo

LOTTO, Lorenzo
A Virgem e o menino e os santos
1521
Óleo sobre tela
300 x 275 cm
San Bernardino in Pignolo
Bergamo

Prof. Carlos Vieira 48


Maneirismo
• Outros pintores
– Correggio (1489-1 534):
• Obra onde se destaca o misticismo.
– Andrea del Sarto (1486-1531):
• grande subtileza cromática.
– Dosso Dossi (c. 1490-1542):
• pintor de Lucrécia Bórgia.
– Beccafumi (1485-1 551)
• trabalha em Siena.

Prof. Carlos Vieira 49


CORREGGIO
Danaë
1530
Óleo sobre tela,
158 x 189 cm
Maneirismo
Galleria Borghese,
Roma

Prof. Carlos Vieira 50


Maneirismo

CORREGGIO
Ecce Homo
-
Óleo sobre tela
National Gallery, Londres

Prof. Carlos Vieira 51


CORREGGIO
Leda e o cisne
1531-32
Óleo sobre tela,
152 x 191 cm
Maneirismo
Staatliche Museen,
Berlim

Prof. Carlos Vieira 52


Maneirismo

ANDREA DEL SARTO


Anunciação
c. 1528
Óleo sobre madeira, 96 x 189 cm
Galleria Palatina (Palazzo Pitti), Florença 53
Maneirismo

ANDREA DEL SARTO


Caridade
1518
Óleo sobre tela (Transferido), 185 x 137 cm
Museu do Louvre
Paris

Prof. Carlos Vieira 54


ANDREA DEL SARTO
A última ceia
1520-25
Fresco, 525 x 871 cm
Convent of San Salvi,
Maneirismo
Florença

Prof. Carlos Vieira 55


Maneirismo

DOSSI, Dosso
A Virgem e o Menino
c. 1525
Óleo sobre tela
Galleria Borghese
Roma

Prof. Carlos Vieira 56


Maneirismo

DOSSI, Dosso
S. Sebastião
-
Óleo sobre madeira
182 x 95 cm
Pinacoteca di Brera, Milão

Prof. Carlos Vieira 57


Maneirismo

BECCAFUMI, Domenico
Moises e o cordeiro dourado
1536-37
Óleo sobre madeira
197 x 139 cm
Duomo, Pisa

Prof. Carlos Vieira 58


Maneirismo

BECCAFUMI, Domenico
Trinidade
1513
Óleo sobre madeira, 152 x 228 cm, Pinacoteca Nacional, Siena 59
Maneirismo
• Giuseppe Arcimboldo (?1527-
1593?)
– Pintor Italiano;
– Trabalha sobretudo em Praga;
– Utiliza imagens da natureza para
compor as suas pinturas.

Prof. Carlos Vieira 60


Maneirismo

ARCIMBOLDO, Giuseppe
Terra
1566
Óleo sobre madeira
70 x 49 cm
Colecção privada

Prof. Carlos Vieira 61


Maneirismo

ARCIMBOLDO, Giuseppe
Cabeça reversível com cesto de fruta, c. 1590
Óleo sobre Madeira, 56 x 42 cm
62
French & Company, Nova Iorque
Maneirismo

ARCIMBOLDO, Giuseppe
Quatro estações na cabeça
c. 1590
Óleo sobre choupo
60 x 45 cm
Colecção Privada

Prof. Carlos Vieira 63


Maneirismo

ARCIMBOLDO, Giuseppe
Vertumnus
(Imperador Rudolf II)
c. 1590
Óleo sobre madeira
68 x 56 cm
Skoklosters Slott, Bålsta
Estocolmo

Prof. Carlos Vieira 64


ARQUITECTURA

Prof. Carlos Vieira 65


Maneirismo
• Arquitectura
– também se traduziu por uma atitude de ruptura em
relação aos cânones clássicos.
– terceira década do século XVI:
• novo contexto histórico
• sobre as estruturas clássicas dos edifícios, foram inseridas
irregularidades, destruindo o equilíbrio (acabando com as
coordenadas axiais que organizavam o edifício segundo um eixo
simétrico);
• Utiliza-se consolas para dividir o espaço entre as janelas,
abandonando o princípio das três ordens.

Prof. Carlos Vieira 66


Maneirismo
• Decoração
– torna-se mais caprichosa e exagerada - ao cobrir as
colunas de pedra almofadada, como no Palácio Pitti, em
Florença;
– ao usar silharia rude, como no Palácio Tê, em Mântua;
– ao preferir espaços longitudinais e salas estreitas,
proporcionando uma ideia de maior profundidade;
– ao criar efeitos de surpresa e de fuga espacial, como os
conseguidos através de relações como calma/tensão e de
uma série de efeitos teatrais

Prof. Carlos Vieira 67


Palácio Tê, Mântua
Prof. Carlos Vieira 68
Maneirismo
• As tipologias de edifícios:
– Palácios;
– Vilas;
– Bibliotecas;
– igrejas.

Prof. Carlos Vieira 69


Maneirismo
• Igrejas
– Solidez pesada das paredes;
– Nave única de abóbada de berço, usada por razões
acústicas;
– Capelas entre os contrafortes;
– Transepto pouco saliente;
– Capela-mor reduzida à abside e uma cúpula no cruzeiro.

imposições da Contra-Reforma, as igrejas passaram a ser um


local privilegiado da pregação e, por isso, o púlpito e o
altar deviam ser bem visíveis.
Prof. Carlos Vieira 70
Maneirismo
• Arquitectos
– Miquel Ângelo;
– Vasari;
– Júlio Romano (c. 1499-1546), discípulo de Rafael;
– Baldassarre Peruzzi (1481-1536), também arquitecto e
pintor;
– Vignola (1507-1573), autor do modelo da Igreja de Il Gesú,
que se manterá por todo o Barroco;
– Palladio
• defendeu o retorno à ordem clássica.

Prof. Carlos Vieira 71


Maneirismo
• Palladio
– personificou a serenidade grega, a ordem renascentista e a
criatividade maneirista;

– Exemplos
• Igreja de São Giorqio Maqqiore, em Veneza;
• Villa Rotonda.

– O termo "palladiano" tornou-se sinónimo de arquitectura


clássica, especialmente na arte palaciana
do século XVIII.
Prof. Carlos Vieira 72
Maneirismo

Júlio Romano
Palácio del Tê
1525 e 1534
Mântua

Prof. Carlos Vieira 73


Júlio Romano
Palácio del Tê
1525 e 1534
Mântua Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 74


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 75


Maneirismo

Miguel Ângelo
Biblioteca Laurenciana
1525-42
Florença

Prof. Carlos Vieira 76


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 77


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 78


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 79


Maneirismo

Vignola
Igreja de Il Gesú
1568
Roma

Prof. Carlos Vieira 80


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 81


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 82


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 83


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 84


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 85


Maneirismo

Andrea Palladio
Villa Barbaro
1560
Treviso, Itália

Prof. Carlos Vieira 86


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 87


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 88


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 89


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 90


Andrea Palladio
San Giorqio Maqqiore
1566
Veneza, Itália

Prof. Carlos Vieira 91


Maneirismo

Andrea Palladio
San Giorqio Maqqiore
1566
Veneza, Itália

Prof. Carlos Vieira 92


Prof. Carlos Vieira 93
ESCULTURA

Prof. Carlos Vieira 94


Maneirismo
• Escultura maneirista
– nunca conseguiu igualar a qualidade da pintura
e da arquitectura.
– A obra de Miguel Ângelo foi fonte de inspiração, mas
poderá ter sido factor de inibição.
– As obras mais significativas foram realizadas fora de Itália:
• espanhol Alonso Berruquete

Prof. Carlos Vieira 95


Maneirismo
• Em Itália
– a partir de meados do século XVI
• pela perda do rigor da representação clássica;
• o realismo racional foi substituído por um grande
virtuosismo técnico e formal;
• Privilegiou-se a subjectividade, os sentimentos, a
sensualidade e o efeito puramente plástico e
decorativo

Prof. Carlos Vieira 96


Maneirismo
• Estatuária
– modalidade mais comum;
– cumpriu funções monumentais, representativas e decorativas
– teve um cunho mais profano que religioso:
• sob a influência reformista assistiu-se a um período de austeridade
quase iconoclasta nas igrejas.
– São exemplo deste tipo de escultura:
• a estatuária individual;
• grupos escultóricos;
• Estátuas equestres:
• várias fontes esculpidas, cujo género se começou a divulgar neste
período.

Prof. Carlos Vieira 97


Maneirismo
• Estatuária de pequena dimensão
– Muito utilizada neste período;
– De sentido mais decorativo;
– Destinava-se a coleccionadores e outra clientela privada

Prof. Carlos Vieira 98


Maneirismo
• Estatuária individual
– Tendências pela figura contorcionada sobre si mesma,
artificialmente serpentinada, numa linha sinuosa e
helicoidal que evolui em ascensão.
– Preciosismos técnicos (escorços difíceis, contrapostos e
posições em desequilibrio), reproduziram-se movimentos
fluidos e angulosos;
– Intensificação de expressões faciais e corporais,
acentuando o jogo dos volumes e os contrastes luz-
sombra.

Prof. Carlos Vieira 99


Maneirismo
• Temas
– grupos escultóricos de temática mitológica, alegórica ou
comemorativa;
– Eram colocados em lugares públicos com carácter
monumental;
– Abandonou-se completamente a regra da estatuária do
Renascimento clássico que defendia a unifacialidade da
obra (único ângulo de visão) e a utilização de um só bloco
de material.
– Substituíram esta concepção pela perspectiva
estereométrica e multivisual que permite a contemplação
omnilateral da obra.
Prof. Carlos Vieira 100
Maneirismo
• Bartolomeo Ammannati (1511-1592)

Prof. Carlos Vieira 101


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 102


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 103


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 104


Maneirismo
• O Carro de Neptuno na fonte do
mesmo nome, situada na Praça de Senhoria,
em Florença Aqui o autor explorou os efeitos
estéticos resultantes do forte contraste cro-
mático dos materiais usados: o mármore
branco e o bronze

Prof. Carlos Vieira 105


Maneirismo
• Giovanni di Bologna (1529-1608)
• exerce influência sobre os escultores europeus.

Prof. Carlos Vieira 106


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 107


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 108


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 109


Maneirismo
• A Fonte de Neptuno (1563-66), em Bolonha, com 3,35 m de
altura, que introduz a água corrente como ele-
mento decorativo;

Prof. Carlos Vieira 110


Maneirismo
• ApoIo, bronze com 88 em de altura, onde o gosto pelas
formas sinuosas e contorcionadas sobre si próprias estão bem
evidenciadas;

Prof. Carlos Vieira 111


Maneirismo
• O Rapto das Sabinas (1582), composição sinuosa que envolve
três personagens num movimento helicoidal ascen-
dente de grande expressividade e dramatismo

Prof. Carlos Vieira 112


Prof. Carlos Vieira 113
Prof. Carlos Vieira 114
Prof. Carlos Vieira 115
Prof. Carlos Vieira 116
Prof. Carlos Vieira 117
Prof. Carlos Vieira 118
Prof. Carlos Vieira 119
Prof. Carlos Vieira 120
Prof. Carlos Vieira 121
Prof. Carlos Vieira 122
Prof. Carlos Vieira 123
Prof. Carlos Vieira 124
Prof. Carlos Vieira 125
Prof. Carlos Vieira 126
Prof. Carlos Vieira 127
Prof. Carlos Vieira 128
Prof. Carlos Vieira 129
Prof. Carlos Vieira 130
Prof. Carlos Vieira 131
Prof. Carlos Vieira 132
Prof. Carlos Vieira 133
Prof. Carlos Vieira 134
Prof. Carlos Vieira 135
Prof. Carlos Vieira 136
Prof. Carlos Vieira 137
Prof. Carlos Vieira 138
Prof. Carlos Vieira 139
Prof. Carlos Vieira 140
Prof. Carlos Vieira 141
Prof. Carlos Vieira 142
Prof. Carlos Vieira 143
Prof. Carlos Vieira 144
Maneirismo
• Benvenuto Cellini (I501-I571)
– nasceu em Florença;
– Foi escultor e ourives;
– Trabalhou na corte dos Médicis
em Florença e a de Francisco I
em França

Perseu (1545-54) e o
Saleiro (1539-43)

Prof. Carlos Vieira 145


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 146


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 147


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 148


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 149


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 150


Maneirismo

Prof. Carlos Vieira 151

Você também pode gostar