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Universidade Lúrio

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em psicologia Clínica

4º Ano Io semestre

Cadeira: SAÚDE MENTAL

Tema: Leis da saúde mental em Moçambique

Discentes: Docente:

Guedes Bernardo Maciel Dr. Francisco Armando

Karina Raul

Otilia Fibione Martinho

Nampula, Marco de 2023

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Elementos do 8º Grupo

Leis de Saúde Mental em Moçambique

Trabalho de pesquisa Cientifica a ser


apresentado na Disciplina de Saúde
Mental para sua Avaliação, Curso de
psicologia clínica, regime Pôs-Laboral.

Docente: Dr. Francisco Armando

Universidade Lurio

Nampula, Marco de 2023

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INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu a doença mental (DM) como uma
adulteração do pensamento e das emoções, produzida por desadequação ou deterioração do
funcionamento psicossocial, dependendo de factores biológicos, psicológicos e sociais. A
doença mental em África é um assunto estigmatizado, constituindo um desafio oculto de
epidemia silenciosa. O ambiente social em muitos países africanos não é favorável a uma boa
saúde mental, sobretudo devido às inúmeras situações de conflito e pós-conflito; por outro
lado, a pobreza constitui um dos maiores determinantes da doença mental.

Em Moçambique, a SM está pouco estudada e a maioria dos pacientes não tem acesso a
tratamento, devido à escassez de recursos e também ao estigma a que estes pacientes estão
sujeitos. A maioria dos moçambicanos acredita que a doença não é provocada por agentes
físicos, resultando de “curto – circuitos” na relação com as forças do invisível e suas regras. A
doença não é um problema individual do doente, mas de um colectivo, família ou
comunidade.

1.1. Objectivos
1.2. Objectivo geral:

 Descrever as Leis da Saúde mental em Moçambique.

1.3. Objectivo específico:

 Identificar as Leis da saúde em Moçambique.

1.4. Metodologia de pesquisa:

Para o presente trabalho utilizamos a metodologia de pesquisa Descritiva com apoio dos
meios de investigação como Manuais electrónicos (PDF), internet e outras referencias.

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LEIS DE SAÚDE MENTAL EM MOÇAMBIQUE

As perturbações neurológicas e psiquiátricas constituem a maior causa de incapacidade no


mundo. Em África, a doença mental é estigmatizada, constituindo uma epidemia silenciosa.
Em Moçambique, desconhece-se a prevalência das doenças mentais

A SAÚDE MENTAL, O QUE É?

É um bem intrínseco essencial que permite aos indivíduos realizarem-se e adaptarem se às


condições de vida diária, integrando-se “nas diferentes comunidades” onde se integram. A
saúde mental deve ser uma prioridade em todos os sectores e intervenções. CNECV, “parecer
sobre bioética e saúde mental”. Fev 2014

A saúde mental é um dos mais importantes elementos para o sucesso e desenvolvimento de


uma comunidade, esta exige uma actuação transversal, tanto nos diferentes níveis de
governação, como envolvimento de toda a comunidade, isto é, é um “trabalho e
responsabilidade de todos e de cada um de nos”

DIREITO (LEGISLAÇÃO) E POLITICA DE SAÚDE MENTAL E POLITICA DE SAÚDE


EM MOÇAMBIQUE

Segundo Gomes, JC; Loureiro, I. (2013), As politicas (públicas) devem ser um elemento
agregador e estabilizador da sociedade sendo que o “capital mental” constituí um elemento
essencial para a efectiva implementação e para o sucesso de TODAS as políticas sociais que
visam promover o bem-estar, a inovação ou o desenvolvimento de um pais.

Uma política de saúde mental adequada às características da comunidade a que se destina,


constituí cada vez mais um elemento de reconhecida importância.

O OBJETIVO FUNDAMENTAL DA LEGISLAÇÃO DE SAÚDE MENTAL

Proteger, promover e melhorar a vida e o bem-estar social dos cidadãos

Regular e Proteger os indivíduos considerados “mais vulneráveis” por força da sua situação
de saúde ou outra causa.

A existência de legislação específica representa a existência de mecanismos importante para


garantir o cuidado e o tratamento adequados e apropriados, bem como a protecção dos direitos

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humanos de indivíduos com transtornos mentais e a promoção da saúde mental das
populações.

PROTEÇÃO ÉTICO JURÍDICA DA PESSOA COM DOENÇA MENTAL

Ser humano é como uma entidade una que possui animu que lhe permite viver de forma
autónoma, determinando o seu modo de vida pelos objectivos e finalidades que pretende
alcançar (“superioridade cognitiva”).

Neste sentido, a vida humana, surge como tendo um sentido, um valor, uma finalidade, que
devem ser cuidados e protegidos por envolverem entre outros, liberdade, responsabilidade e
afectos. Este sentido decorre das características e qualidades do ser humano, que o distinguem
dos restantes seres vivos, tornando
cada individuo uma entidade única, insubstituível e não replicáveis, e por isso com uma
especial dignidade intrínseca de ser pessoa.

DIREITO À INTEGRIDADE E À SAÚDE FÍSICA E MENTAL

É a função principal do Estado, assegurar o reconhecimento de facto da dignidade de todo ser


humano.

O direito à vida e à integridade moral e física.

O direito à liberdade.

O direito fundamental à protecção da saúde, entendida como o mais


completo estado de bem-estar físico, mental e social.

Acesso a cuidados de saúde adequados, humanizados, de qualidade e em


tempo útil.

Portanto os indivíduos com doença mental, usufruem dos mesmos direitos e estão sujeitos aos
mesmos deveres. O Estado obriga-se a desenvolver a actuação necessária à sua protecção e
integração na comunidade.

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE DA PESSOA COM DOENÇA MENTAL

Autonomia é entendida como a capacidade de decidir fazer ou procurar aquilo que é melhor
para si, usando de liberdade e autodeterminação relativamente à pessoa e ao seu projecto de
vida ou de saúde (Beauchamp e Childress, 1994). “É a capacidade percebida para controlar,
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lidar com as situações e tomar decisões sobre a vida do dia-a-dia de acordo com as próprias
regras e preferências”

Em Saúde Mental, existem inúmeras situações em que a autonomia e


a capacidade do indivíduo se encontram comprometidas “para o profissional, respeitar e
ajudar o paciente a superar os seus sentimentos de dependência, expressando os seus
valores e preferências legítimas, e envolvê-lo na decisão das opções diagnósticas e
terapêuticas”. Perda de autonomia traduz-se no impedimento de gerir por si mesmo os seus
actos, condutas, riscos assumidos.

Competência, traduz-se na capacidade para compreender informação relevante, entender a


situação e suas consequências, comunicar a escolha realizada, manifestar-se
de forma racional.

Doente mental

Autonomia

Liberdade

Capacidade

LEI DE DIREITOS E DEVERES DOS UTENTES DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Resolução nro 73/2007 aprova a carta dos direitos e deveres do doente

Direitos do doente

1. O doente tem o direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana.


2. O doente tem direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosófica e
religiosas.

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3. O doente tem direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no
âmbito dos cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais.
4. O doente tem direito a prestação de cuidados continuados.
5. O doente tem direito a ser informado acerca dos serviços de saúde existentes, suas
competências e níveis de cuidados.
6. O doente tem direito a ser informado sobre a sua situação de saúde.
7. O doente tem o direito de obter uma segunda opinião sobre a sua situação de saúde.
8. O doente tem direito a dar ou recusar o seu consentimento antes de qualquer acto
médico ou participação em investigação ou ensino clínico.
9. O doente tem o direito a confidencialidade de toda a informação clínica e elementos
identificativos que lhe respeitam.
10. O doente tem direito de acesso aos dados registados no seu processo.
11. O doente tem direito a privacidade na prestação de todo e qualquer acto médico.
12. O doente tem direito por si, ou por quem o represente a apresentar sugestões e
reclamações.

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CONCLUSÃO

As perturbações neurológicas e psiquiátricas constituem a maior causa de incapacidade no


mundo. Em África, a doença mental é estigmatizada, constituindo uma epidemia silenciosa.
Em Moçambique, desconhece-se a prevalência das doenças mentais e ainda nenhuma Lei
representa especificamente o doente mental.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

M Oquendo, J Mari, C Duarte e col. Building capacity for global mental health research:
challenges to balancing clinical and research training. The Lancet Psychiatry April 2018.
http:dx.doi.org/10.1016/S2215-0366(18)30097-X 6. P Granjo. Saúde e Doença em Moçambique.
Saúde Soc. São Paulo, v.18, n.4, p.567-581. 2008
Resolucao 73-2007 - Aprova a Carta dos Direitos e Deveres do Doente. (2007)

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