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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE(ISCISA)

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA

DISCIPLINA DE METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

SEGUNDA AVALIAÇÃO

Tema: A compreensão e o tratamento de problemas de saúde mental em Moçambique

Discente: Valter Isac Benedito Manguele

Docente:Prof. Dr. Celson Bahule

Maputo aos 04 de Novembro de 2023


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DE SAÚDE(ISCISA)

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA

DISCIPLINA DE METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

SEGUNDA AVALIAÇÃO

Tema: A compreensão e o tratamento de problemas de saúde mental em Moçambique

Discente: Valter Isac Benedito Manguele

Docente:Prof. Dr. Celson Bahule

Maputo aos 04 de Novembro de 2023


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INDÍCE

Introdução........................................................................................................................................4

Direitos Humanos........................................................................................................................5

Saúde Pública e Direitos Humanos..................................................................................................6

Uso da via Administrativa...............................................................................................................7

Problematização.............................................................................................................................10

Justificativa....................................................................................................................................10

Objectivo Geral..............................................................................................................................15

Objectivos específicos................................................................................................................16

Conclusão......................................................................................................................................16

Referências Bibliográficas:............................................................................................................18

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Introdução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU)
especializada em assuntos relativos à saúde. É uma organização intergovernamental sem poderes
executivos que, no entanto, estabeleceu sólida reputação internacional como agência de
cooperação técnica trabalhando com seus Países Membros num espírito de coesão e de consenso.
Saúde Para Todos é sua política e sua estratégia principal é a de Cuidados Primários de Saúde. A
Divisão de Saúde Mental da OMS tem como meta a redução dos problemas relacionados aos
transtornos mentais e neurológicos bem como a facilitação da incorporação de habilidades,
conhecimento e compreensão relativos a saúde mental aos cuidados gerais de saúde e ao
desenvolvimento social. A pedra angular do Programa de Saúde Mental está apoiada na defesa
de um desenvolvimento mental saudável e na promoção da saúde mental. Nos últimos anos a
Divisão de Saúde Mental observa e monitoriza grande aumento das atividades ligadas à
legislação relativa à saúde mental em nível internacional2 . Não se trata aqui apenas de
psiquiatria forense - da qual também se ocupa a Divisão de Saúde Mental - mas dos diferentes
documentos legais que dizem respeito às pessoas diagnosticadas como doentes mentais: direitos
humanos, direitos e responsabilidades civis, o código penal e os doentes mentais, limitações e
restrições legais, normas de tratamento, entre outros. Em vários países podem-se notar quatro
áreas principais de interesse:

a) direitos dos doentes mentais;

- direito à assistência

– respeito aos seus direitos humanos

b) qualidade da assistência à saúde mental;

*Baseado, parcialmente, na conferência proferida na II Conferência Nacional de Saúde Mental,


Brasília, 1992. Separatas/Reprints: José M. Bertolote - WHO 1211 Genebra - 27 - Suiça
Recebido em 23.5.1994. Aprovado em 21.11.1994.

c) uso adequado da via administrativa e do controle orçamentário; e

d) participação dos usuários na organização e na administração dos serviços de saúde.

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Direitos Humanos
A Resolução 46/119 de 17 de dezembro de 1991 aprovada pela Assembléia Geral da ONU9 *
sobre a proteção das pessoas com doenças mentais e a melhoria da assistência à saúde mental é
um marco no campo dos direitos das pessoas com doenças mentais (Wachenfeld11 , 1992).

Com efeito, esta é a única Resolução da Assembléia Geral da ONU a abordar a assistência a um
único grupo de doenças. Resoluções anteriores já haviam abordado questões dos direitos
humanos em geral, de grupos especiais (crianças, incapacitados ou deficientes mentais), mas
nunca havia abordado a questão dos direitos humanos e a assistência a um grupo específico de
transtornos.

Esta Resolução teve suas origens nos anos 70, quando a Comissão dos Direitos Humanos da
ONU passou a examinar a questão do abuso da psiquiatria para fins de controle de dissidentes
políticos. O escopo do trabalho ampliou-se de uma preocupação inicial com os critérios
diagnósticos em uso em certos países para incluir o exame de maneiras de proteger os doentes
mentais de fato e, finalmente, maneiras de melhorar a assistência à saúde mental, em geral.
Vários documentos de trabalho se sucederam (Relatórios Daes, Palley e Steele) culminando com
o texto da Resolução finalmente aprovada em dezembro de 1991.

A Resolução 46/119 contém 25 Princípios (vide Anexo), vários dos quais subdivididos. Embora
todos sejam igualmente importantes, vale a pena mencionar alguns deles que adquirem particular
importância no que concerne a questão dos direitos humanos.

O Princípio l .4 claramente estabelece que:

Não haverá discriminação sob alegação de transtorno mental. Discriminação significa qualquer
distinção, exclusão ou preferência que tenha o efeito de anular ou dificultar o desfrute igualitário
de direitos.

Existe cuidadosa versão em língua portuguesa produzida em 1992 pelo Programa de Saúde
Mental da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de São Paulo, intitulada "A
Proteção de Pessoas com Enfermidade Mental e a Melhoria da Assistência à Saúde Mental".

O mesmo Princípio segue especificando o direito de exercer todos os direitos civis, políticos,
econômicos, sociais e culturais reconhecidos nos principais textos legais internacionais como a
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Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Convenção Internacional de Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais, a Convenção Internacional de Direitos Civis e Políticos, a
Declaração de Direitos da Pessoa Incapacitada e do Corpo de Princípios para a proteção de
Todas as Pessoas sob Qualquer Forma de Detenção ou Aprisionamento.

Os termos desse Princípio podem ter conseqüências notáveis quando explicitamente incluídos no
texto da Constituição ou do Código Civil, como é o caso da Espanha, de Moçambique e, mais
recentemente, da Província do Quebec, no Canadá.

Outro ponto importante diz respeito à distinção a ser feita entre internação involuntária e
tratamento involuntário. Em primeiro lugar, nenhum tratamento (involuntário) poderá ser
imposto a paciente de internação voluntária; em segundo lugar, um tratamento involuntário só
poderá ser imposto a paciente quando atenda ao maior interesse de suas necessidades de saúde.
Ainda, a internação só poderá se efetuar mediante determinação, por profissional de saúde
mental qualificado e autorizado por lei para este fim, que a pessoa tem uma enfermidade mental,
com uma séria possibilidade de dano imediato ou iminente à própria pessoa ou a outros, ou em
caso de risco de séria deterioração de sua condição. Finalmente, o acesso a um estabelecimento
de saúde mental será processado da mesma maneira que o acesso a qualquer outro
estabelecimento de saúde, o que significa que qualquer paciente voluntário deve ser livre para
sair do hospital quando o desejar, sem restrições.

Em geral, na prática psiquiátrica habitual a importância da internação prevalece sobre a do


tratamento. Os termos desses Princípios claramente invertem a ordem habitual desta prática,
colocando o interesse do tratamento adiante do valor social da detenção (internação). Tal se
verifica na Itália8 , por exemplo, onde a internação só pode ser justificada como uma
necessidade para efetuar um determinado tratamento, e não como justificada por si só.

Saúde Pública e Direitos Humanos


Um problema crucial em relação à questão dos direitos humanos dos portadores de diagnós- ticos
de doença mental é o antagonismo entre o enfoque da Saúde Pública e o dos Direitos Humanos.
Enquanto o primeiro se preocupa prioritariamente com a maioria da população, opera em nível

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coletivo e privilegia a eqüidade, o segundo se preocupa fundamentalmente com a exceção, opera
em nível individual e insiste em igualdade.

Estes dois enfoques distintos vêm-se influenciando mutuamente. No que diz respeito
especificamente à saúde mental, várias soluções provisórias de compromisso têm sido
encontradas em diferentes lugares, com a predominância ora de um, ora de outro enfoque,
segundo os valores técnico-científicos e político-ideológicos prevalentes em cada lugar. Está
longe, no entanto, a solução desta contradição operacional. A complicar esta questão está o fato
de que com freqüência se englobam os chamados direitos civis com os direitos sociais, outra
solução provisória de compromisso político claramente refletida na mencionada Resolução da
ONU4,5 , e que já está a receber críticas.

Qualidade da Atenção à Saúde Mental Outra tendência observada diz respeito à qualidade dos
cuidados de saúde mental oferecidos1 . A mencionada resolução com efeito aborda alguns
padrões de cuidados (Princípios 8-10, 13 e 14). As normas relativas aos critérios de formação de
profissionais, existentes em vários países, é um outro exemplo desta tendência. Nos últimos dois
anos a Divisão de Saúde Mental da OMS vem desenvolvendo urna série de instrumentos para a
garantia da qualidade da assistência à saúde mental, cobrindo desde a política de saúde mental e
do programa de saúde mental até os diversos tipos de serviços gerais e especializados. Esses
instrumetnos foram testados em 14 países e já se encontram traduzidos em vários idiomas,
inclusive o Português13 .

Uso da via Administrativa


A formulação de normas para garantir a qualidade da atenção prestada é um importante
elemento para a elevação dos padrões de qualidade dos serviços. A normalização pode ter um
papel importante na superação de eventuais impasses ideológicos, como o que opõe defensores e
opositores tanto do hospital psiquiátrico como de modelos de saúde mental comunitária. O que
finalmente é de maior importância para os usuários dos serviços é a qualidade dos serviços
prestados, o respeito de seus direitos e a melhoria da qualidade de suas vidas, e não apenas o
local onde os cuidados são prestados. Importantes modificações de orientações assistenciais
podem ser obtidas, por exemplo, através do financiamento de modalidades de serviços que se
quer desenvolver em detrimento de outros que se pretenda desestimular. A utilização adequada
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de normas, com uma estratégia de avaliação que inclua a auto-avaliação e a participação dos
usuários, pode representar uma enorme vantagem tanto do ponto de vista de tempo como de
fortalecimento da posição e do respeito aos direitos dos usuários.

Participação dos Usuários na Organização e na Administração dos Serviços de Saúde

Como parte de um processo mais global de democratização7 , observa-se uma crescente


participação de usuários de serviços de saúde mental (pacientes, ex-pacientes e seus familiares)
no planejamento e na implementação de serviços. Na maior parte estigmatizadas, rejeitadas e
marginalizadas, as pessoas acometidas de doenças mentais começam a participar dos processo
decisórios que a elas se referem e a adquirir maior poder de controle sobre os mesmos. Nos
últimos anos observa-se um crescente reconhecimento da capacidade que as pessoas têm para
desempenhar um papel mais ativo em relação a decisões sobre práticas de cuidados de saúde que
as afetam direta ou indiretamente. Com efeito, a Declaração de Alma-Ata14 afirma em seu
Artigo 4:

As pessoas têm o direito e o dever de participar individual e coletivamente do planejamento e da


implementação da assistência à sua saúde.

Da mesma forma, a participação individual nos processos comunitários e nacionais é também um


importante direito e responsabilidade. A participação comunitária é particularmente estimulada
pela Declaração de Alma-Ata:

A participação comunitária representativa deveria ser a regra em todos os organismos oficiais


que lidam com a saúde. Deve-se ter o cuidado de incluir representantes tanto dos grupos
vulneráveis como dos grupos que demonstrarem iniciativa e um interesse particular em melhorar
a saúde das comunidades." Uma participação equilibrada e responsável pode ser obtida através
da inclusão dos seguintes setores:

- usuários e ex-usuários; - familiares; - grupos comunitários (p.ex.: grupos religiosos, de


mulheres, de jovens, de minorias étnicas, e outros); governo local; organizações científicas; -
organizações de profissionais da saúde; - sindicatos; - grupos de auto-ajuda; - grupos e agências
comunitárias de apoio às pessoas acometidas de doenças mentais. Desta forma, a participação

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individual e comunitária deveria ser encorajada por meio de disseminação de informação
apropriada e da remoção de barreiras institucionais desnecessárias que impedem a plena
participação de indivíduos, famílias e comunidades.

A compreensão e o tratamento de problemas de saúde mental em Moçambique

A compreensão e o tratamento de problemas de saúde mental em Moçambique têm evoluído ao


longo das últimas décadas, refletindo a crescente conscientização sobre a importância da saúde
mental no bem-estar global da população do país. No presente trabalho abordarei os
desenvolvimentos e desafios relacionados à saúde mental em Moçambique.

Moçambique, uma nação situada na região sudeste da África, é caracterizada por uma história
complexa de conflitos armados e desafios socioeconômicos. Esses fatores podem ter impactos
significativos na saúde mental da população.

A compreensão dos problemas de saúde mental em Moçambique envolve o reconhecimento dos


desafios enfrentados pelos moçambicanos, que podem incluir o impacto de eventos traumáticos
passados, a falta de acesso a serviços de saúde mental, o estigma associado a transtornos mentais
e a falta de conscientização.

Nos últimos anos, houve um aumento na conscientização e no reconhecimento dos problemas de


saúde mental em Moçambique. Isso tem sido impulsionado por esforços governamentais,
organizações não governamentais e profissionais de saúde mental que estão trabalhando para
promover a compreensão e a importância da saúde mental.

O tratamento de problemas de saúde mental em Moçambique envolve a oferta de serviços de


atendimento psicológico e psiquiátrico em hospitais, clínicas e centros de saúde. Além disso,
abordagens comunitárias estão sendo implementadas, treinando agentes de saúde locais para
identificar e encaminhar indivíduos que necessitam de apoio em saúde mental.

No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados, incluindo a falta de recursos financeiros
e humanos, bem como a necessidade de combater o estigma enraizado em relação à saúde
mental. No entanto, o progresso está sendo feito, e a compreensão e o tratamento de problemas

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de saúde mental em Moçambique estão evoluindo para melhor atender às necessidades da
população.

Esta introdução destaca a importância da saúde mental em Moçambique e a necessidade contínua


de esforços para promover a conscientização, fornecer tratamento acessível e superar os desafios
que enfrentam a população em relação à saúde mental. É um passo crucial na construção de uma
sociedade mais saudável e resiliente.

Problematização
 Quais são as causas da compreensão e tratamento de problemas de saúde mental em
Moçambique?

 Qual é a relevância da compreensão e tratamento de problemas de saúde mental em


Moçambique?

 Que recursos pode se usar para a compreensão e tratamento de problemas de saúde


mental em Moçambique?

 Quais são os recursos usados para investigar os problemas de saúde mental?

Justificativa
Os problemas de saúde mental são complexos e multifatoriais, e suas causas podem variar de
pessoa para pessoa. Geralmente, eles resultam da interação de vários fatores. Alguns dos
principais fatores que podem contribuir para problemas de saúde mental incluem:

Genética: Herança genética desempenha um papel em muitos distúrbios de saúde mental. Se


alguém tem parentes com histórico de problemas de saúde mental, pode haver um risco
aumentado.

Fatores biológicos: Desiquilíbrios químicos no cérebro, anormalidades estruturais ou funcionais


no cérebro e problemas de neurotransmissores podem contribuir para distúrbios mentais.

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Trauma e estresse: Experiências traumáticas, como abuso, violência, perda de entes queridos ou
eventos estressantes, podem desencadear distúrbios de ansiedade, depressão e transtorno de
estresse pós-traumático.

Ambiente: Fatores ambientais, como condições de vida, acesso a serviços de saúde mental,
apoio social e experiências de vida, desempenham um papel importante.

Desenvolvimento durante a infância: Adversidades na infância, como negligência, abuso,


separação dos pais e experiências traumáticas, podem afetar o desenvolvimento da saúde mental.

Fatores psicossociais: Pressões sociais, discriminação, isolamento social e bullying podem


contribuir para problemas de saúde mental.

Uso de substâncias: O abuso de álcool, drogas e outras substâncias pode agravar ou desencadear
distúrbios mentais.

Fatores psicológicos: Traços de personalidade, histórico de problemas psicológicos e padrões de


pensamento negativos podem desempenhar um papel.

Diagnóstico: Psicólogos e profissionais de saúde mental usam critérios diagnósticos, como o


DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), para identificar e classificar
problemas de saúde mental.

Avaliação: Uma avaliação abrangente inclui entrevistas, questionários e observações para


entender os sintomas, o histórico e as causas subjacentes de um distúrbio.

Etiologia: Compreender as causas dos distúrbios, que podem ser multifatoriais, incluindo fatores
genéticos, ambientais, biológicos e psicossociais.

A compreensão de tratamento de problemas de saúde psicológica são essenciais porque


desempenham várias funções tais como:

Bem-estar individual: O tratamento ajuda a melhorar a qualidade de vida das pessoas que
sofrem de distúrbios de saúde mental, reduzindo o sofrimento emocional e psicológico.

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Funcionamento social: O tratamento adequado permite que as pessoas com problemas de saúde
mental se integrem melhor na sociedade, mantenham relacionamentos saudáveis e desempenhem
papéis significativos em suas comunidades.

Produtividade: A saúde mental afeta o desempenho no trabalho e na educação. O tratamento


ajuda as pessoas a alcançar seu potencial e contribuir de maneira mais eficaz para a sociedade.

Redução do estigma: A compreensão e o tratamento de problemas de saúde mental ajudam a


combater o estigma associado a essas condições, promovendo a empatia e a aceitação.

Prevenção de agravamento: O tratamento precoce pode evitar o agravamento dos problemas de


saúde mental, reduzindo a probabilidade de complicações a longo prazo.

Saúde física: Problemas de saúde mental não tratados podem ter um impacto negativo na saúde
física. O tratamento ajuda a prevenir problemas de saúde relacionados ao estresse crônico.

Custo econômico: A falta de tratamento de problemas de saúde mental pode resultar em custos
significativos para os sistemas de saúde e a economia, devido a internações hospitalares,
ausências no trabalho e outros fatores.

Promoção da resiliência: O tratamento ensina habilidades de enfrentamento e resiliência,


capacitando as pessoas a lidar melhor com desafios e estresses futuros.

Os recursos usados para o tratamento de problemas de saúde mental são:

Terapia: Terapias psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia de


aceitação e compromisso (ACT) e psicoterapia psicodinâmica, são usadas para ajudar os
indivíduos a lidar com seus problemas de saúde mental.

Medicação: Em alguns casos, a medicação, prescrita por psiquiatras, pode ser uma parte
importante do tratamento, especialmente para distúrbios como a depressão e a esquizofrenia.

Abordagem multidisciplinar: Muitas vezes, a abordagem mais eficaz envolve uma equipe de
profissionais de saúde mental, incluindo psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e
enfermeiros.

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Intervenções de autoajuda: Muitas pessoas também se beneficiam de estratégias de
autocuidado, como meditação, exercício e técnicas de redução do estresse.

Prevenção: A prevenção de problemas de saúde mental envolve a educação sobre saúde mental,
redução do estigma e a promoção de fatores de proteção. História de conflito: Moçambique
enfrentou décadas de conflitos armados, que deixaram um legado de trauma e sofrimento
psicológico na população. Essas experiências traumáticas contribuem para a necessidade de
compreender e tratar os problemas de saúde mental.

Estigma e falta de conscientização: O estigma em relação à saúde mental é um problema


significativo em Moçambique, muitas vezes alimentado por crenças culturais. A falta de
conscientização pode resultar em atrasos na busca de tratamento.

Recursos limitados: Moçambique enfrenta desafios significativos em termos de recursos


financeiros e de profissionais de saúde mental treinados. A falta de instalações adequadas e
recursos pode limitar o acesso a tratamento eficaz.

Abordagens comunitárias: A promoção de abordagens comunitárias para a saúde mental,


treinando agentes de saúde locais para identificar e encaminhar pessoas com problemas de saúde
mental, é uma resposta às limitações de recursos.

Crescente conscientização: Nos últimos anos, houve um aumento na conscientização sobre a


importância da saúde mental em Moçambique, impulsionado por esforços governamentais e de
organizações não governamentais.

Abordagens culturais: A compreensão e o tratamento de problemas de saúde mental em


Moçambique frequentemente envolvem a integração de crenças e práticas culturais, incluindo a
colaboração com curandeiros tradicionais.

Trajetória de desenvolvimento: Moçambique está em uma trajetória de desenvolvimento, o que


pode oferecer oportunidades para melhorar a capacidade de prestação de serviços de saúde
mental.

Educação e conscientização: A falta de educação e conscientização sobre saúde mental é uma


causa fundamental da compreensão limitada dos problemas de saúde mental no país. A educação
é crucial para combater o estigma e promover a busca de tratamento.
13
Essas causas refletem os desafios específicos enfrentados por Moçambique na compreensão e
tratamento de problemas de saúde mental. Abordar esses desafios requer um esforço conjunto de
governos, organizações de saúde e a sociedade para melhorar o acesso ao tratamento e promover
a conscientização sobre a importância da saúde mental.

É importante notar que o tratamento e a compreensão dos problemas de saúde mental são
altamente individualizados, pois cada pessoa é única. Porém, o tratamento é adaptado às
necessidades específicas de cada indivíduo.

Para investigar e compreender os problemas de saúde mental, os profissionais e pesquisadores


contam com diversos recursos e métodos. Alguns dos recursos e abordagens mais comuns
incluem:

Entrevistas clínicas: Entrevistas estruturadas ou semiestruturadas são usadas para coletar


informações detalhadas sobre os sintomas, histórico e experiências da pessoa, permitindo um
diagnóstico preciso.

Questionários e escalas: Várias escalas e questionários padronizados foram desenvolvidos para


medir sintomas de transtornos mentais, como o Inventário de Depressão de Beck (BDI) ou o
Questionário de Ansiedade Generalizada (GAD-7).

Exames neuropsicológicos: Esses testes avaliam funções cognitivas, como memória, atenção e
funções executivas, que podem ser afetadas por distúrbios neuropsiquiátricos.

Neuroimagem: Técnicas de neuroimagem, como ressonância magnética funcional (fMRI) e


tomografia por emissão de pósitrons (PET), permitem a observação da atividade cerebral e a
estrutura do cérebro em busca de anormalidades.

Análises biológicas: Exames de sangue, urina e amostras de tecido podem ser usados para
investigar fatores biológicos relacionados aos problemas de saúde mental, como desequilíbrios
químicos.

Observação clínica: A observação direta do comportamento e dos sintomas do paciente é uma


ferramenta importante para profissionais de saúde mental.

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Diários e autorrelatórios: Pessoas com distúrbios de saúde mental frequentemente mantêm
diários ou fazem autorrelatos de seus sintomas, o que pode fornecer informações valiosas.

Pesquisa em neurociência: Estudos em neurociência cognitiva e neurobiologia procuram


entender as bases biológicas dos distúrbios mentais.

Estudos epidemiológicos: Pesquisas de grande escala são realizadas para avaliar a prevalência,
os fatores de risco e os padrões de distúrbios de saúde mental em populações.

Abordagens qualitativas: Entrevistas em profundidade e análise de conteúdo são usadas para


obter insights qualitativos sobre as experiências e percepções de pessoas com problemas de
saúde mental.

Registros médicos eletrônicos: Os registros de pacientes contêm informações clínicas valiosas


que podem ser usadas em pesquisas e estudos epidemiológicos.

De acordo com as informações colhidas acima e muito salientar que muitas vezes uma
combinação de métodos é usada para obter uma compreensão abrangente dos problemas de
saúde mental. Além disso, a pesquisa nessa área é contínua, com avanços constantes na
compreensão e no tratamento desses distúrbios.

Objectivo Geral
 Promover o bem-estar psicológico e emocional das pessoas;

 Aliviar o sofrimento;

 Prevenir agravamento;

 Prevenção;

 Promover o funcionamento saudável;

 Identificar fatores de risco;

 Evitar que os problemas de saúde mental se agravem.

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Objectivos específicos
 Diagnóstico preciso: Identificar e classificar corretamente os distúrbios de saúde mental,
permitindo o tratamento adequado e personalizado;

 Desenvolvimento de tratamentos eficazes: Desenvolver e aprimorar abordagens


terapêuticas baseadas em evidências para tratar distúrbios específicos;

 Redução de sintomas: Aliviar sintomas perturbadores, como ansiedade, depressão,


alucinações e delírios, para melhorar a qualidade de vida;

 Prevenção de recaídas: Desenvolver estratégias de prevenção de recaídas para ajudar as


pessoas a manter o equilíbrio e o bem-estar a longo prazo;

 Educação e conscientização: Educar indivíduos, famílias e a sociedade em geral sobre


problemas de saúde mental, reduzindo o estigma e aumentando a compreensão;

 Integração de cuidados: Coordenar o tratamento entre diferentes profissionais de saúde,


como psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e médicos de clínica geral, para uma
abordagem holística;

 Desenvolvimento de estratégias de prevenção: Identificar fatores de risco e implementar


estratégias de prevenção para reduzir a incidência de problemas de saúde mental na
população.

16
Conclusão
De acordo com as informações colhidas cheguei a conclusão de que esse trabalho tem com fim
promover a conscientização, e promover uma boa saúde mental.

17
Referências Bibliográficas:

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2. BERTOLOTE, J.M. Mental health legislation in Europe: England, Scotland, Spain, France
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13. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Quality assurance in mental health care. Geneva
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Site de Internet:

www.chatopenai.com

www.msdmanuals.com

www.lisboninstitutegmh.org

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