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MEDIDA DE SEGURANÇA: É uma sentença judicial que as define não somente como
criminosas, mas também como doentes. Perigosas e loucas, essas pessoas são consideradas
inimputáveis ou semi-imputáveis.
Diferença do preso comum: O preso comum é vinculado apenas ao tempo cronológico de sua
pena e é possível ter posse do próprio comportamento.
Falhas do sistema: A maioria dos internos que estão lá já poderiam ser liberados; uma das
condições para a liberação é a liberdade condicional que só é permitida caso a família assuma
responsabilidade pelo individuo, internos abandonados por suas famílias não possuem
alternativas para serem liberados;
Diálogo entre a Psicologia e o Direito envolve uma questão especialmente delicada e difícil:
poder conciliar a verdade da pessoa e sua singularidade irredutível com regras gerais e normas
exteriores. Essa articulação entre o individual e o coletivo envolve discussões complicadas. A
articulação entre o Direito e a Psicologia envolve uma postura equilibrada, sem supervalorizar
ou negligenciar a relação existente entre transtorno psiquiátrico e comportamento violento.
Acreditamos que as potencialidades da medida de segurança estão no trabalho de escuta, de
convocação do outro e do advento dessa alteridade.
De uma maneira geral e ampla, “paciente psiquiátrico” é aquela pessoa que está se
tratando com um psiquiatra. Os quadros clínicos dessas pessoas variam muito, desde
leves estados ansiosos até grandes alienações mentais em que as pessoas estão
completamente fora da realidade. Nesse último caso, as pessoas podem ter
comportamentos muito inadequados, perigosos e mesmo violentos, tanto em relação
a si mesmo quanto em relação a outras pessoas, sem se darem plena conta de seus
comportamentos e da consequência deles. Há alguns anos, como não existiam
tratamentos eficazes, pacientes psiquiátricos eram segregados do convívio social,
internados e deixados evoluir livremente em hospícios, nos quais alguns chegavam a
estados de profundas alterações. Esses tempos acabaram e a internação psiquiátrica
vem enfrentando fortes críticas do movimento antimanicomial, embora os leitos
hospitalares venham sendo substituídos por ofertas alternativas ainda muito
deficitárias. Acabaram também os antigos hospícios, manicômios e hospitais
psiquiátricos, hoje no máximo substituídos por alas especiais em hospitais gerais.
Alguns pacientes podem mesmo ser tratados nas alas comuns de um hospital geral,
em meio aos pacientes de outras especialidades.
Para esta última situação, a internação pode ser indispensável, já que para os
pacientes gravemente deprimidos os psicofármacos exigem um lapso de tempo para
que seu efeito se manifeste e a eletroconvulsoterapia, quando indicada, exige o
regime hospitalar. Mas não devemos confundir a internação com o antigo
confinamento asilar. A internação deixou de ser um fim, passando a ser um meio para
o tratamento mais adequado de alguns aspectos das doenças mentais.