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Graduação em Psicologia
Psicopatologia
Psicopatologia
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SUMÁRIO
Centro Universitário UniBrasília de Goiás – Graduação em Psicologia......................4
1 – INTRODUÇÃO.........................................................................................................6
6 – CONCLUSÃO;.......................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................12
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1 – INTRODUÇÃO
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quem são essas pessoas que não se encaixam, é comum durante a história
documentada perceber que algumas pessoas eram colocadas lá com o
presuposto de uma loucura quando na verdade eram muitas vezes deixadas lá
apenas para silenciar algum crime ou até mesmo mulheres que gostariam de
sair de um casamento indesejado eram tidas como loucas e direcionadas para
hospitais manicomiais, como a ausência de profissonais qualificados era
grande e a demanta de pacientes maior ainda muitos entravam ali sem mesmo
ter um transtormo mental identificado.
Foucault se dedicou a analisar o surgimento um modelo de psiquiatria
que se constrói e se articula em torno do sujeito com doença mental e não
seria possível analisar o discurso psiquiátrico relacionado aos anormais sem
retomar o conceito de biopolítica da população e sem questionar as
dificuldades incluindo a oposição normal/patológico.
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médias estatísticas, constantes e tipos; de outro, é um conceito valorativo, que
se refere àquilo que é considerado desejável em um determinado momento e
em uma determinada sociedade, dizendo como uma função, processo ou
conduta “deveria ser” (NORDENFELD, 2000, p. 64).
A internação é uma criação institucional própria ao século XVII. [...] Como medida
econômica e precaução social ela tem valor de invenção. (FOUCAULT, 2008A, P. 78).
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Em torno de 1780, o hospital passou a ser uma espécie de instrumento
terapêutico, propiciando o surgimento de uma nova proposta de trabalho: a
prática da visita e da observação sistemática e comparada, com o objetivo de
cura. Nesse processo, a necessidade de reorganização hospitalar ganhou
legitimidade uma vez que o direito à cidadania, reivindicado no contexto da
Revolução Francesa, exigia que se regularizasse a situação dos
enclausurados. Surge, então, um novo olhar sobre o hospital considerado
como máquina de curar e que, se produz efeitos patológicos. As práticas de
reorganização hospitalar por meio da disciplina – técnica de exercício de poder
– passaram a ser confiada ao médico, o que consequentemente contribuiu para
a transformação do saber e do exercício da medicina.
Desta forma, o médico tornou-se o responsável pela organização
hospitalar que, por sua vez, tornou-se um laboratório de pesquisas, espaço de
exames, tratamento, ensino-aprendizagem da medicina e saber sobre as
doenças. A instituição que era filantrópica passou a ter um novo caráter: o de
hospital médico. Em decorrência destas transformações nascem os primeiros
hospitais psiquiátricos cujo princípio para o tratamento dos doentes mentais
passou a ser a hospitalização integral, ou seja, o isolamento. A exclusão ocorre
através da internação, que é o que caracteriza a institucionalização.
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Dessa forma, o novo modelo de assistência às pessoas com transtorno
mental ganha maior densidade com a aprovação da Lei n. 10.216, de 6 de abril
de 2001, também conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, que redireciona
a atenção à saúde mental para uma rede de base comunitária e dispõe sobre
os direitos das pessoas com transtornos mentais. Ela garante ser de
responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a
assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos
mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será
prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as
instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de
transtornos mentais.
O processo de desinstitucionalização caracteriza-se por implicar novos
contextos de vida para as pessoas com transtorno mental, bem como para
seus familiares e pretende mobilizar como atores os sujeitos sociais envolvidos,
modificar as relações de poder entre os usuários e as instituições e produzir
diversas ações de saúde mental substitutivas à internação no hospital
psiquiátrico.
Os CAPS, atualmente regulamentados pela Portaria n. 336/GM, de 19
de fevereiro de 2002, constituem o principal equipamento do processo de
reforma psiquiátrica no País. São destinados a acolher as pessoas com
transtornos mentais severos e persistentes, de forma a inseri-las na vida
comunitária e familiar, buscando, assim, a sua autonomia. Funcionam como
porta de entrada aos serviços para ações relacionadas à saúde mental, sendo
um articulador com outras redes que oferecem serviços a este público, como o
Programa de Saúde da Família, Núcleos de Apoio à Saúde da Família,
ambulatórios, Residências Terapêuticas, abertura de leitos em saúde
mental/atenção psicossocial em hospitais gerais, entre outros.
A pesar das conquista da Luta Antimanicomial, ainda é muito falha a
atuação do Estado por meio dos serviços ofertados, frente aos novos papéis
direcionados aos familiares, que se sentem, geralmente, impotentes no lidar
com a situação a que são inseridos, bem como estão, muitas vezes, envoltos
por outras fragilidades resultantes do surgimento do transtorno mental e pelas
vulnerabilidades de seu contexto de vida e conjuntura social, por exemplo.
A Reforma Psiquiátrica marcou o percurso histórico da construção e
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reconhecimento da cidadania da pessoa com transtorno mental, moldando um
dos avanços fundamentais para a mudança no modelo assistencial rumo à
liberdade e comunidade, os CAPS. Embora ainda estejam em processo de
implantação e consolidação, tais serviços passam por várias dificuldades.
6 – CONCLUSÃO;
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
de Saúde Coletiva.
Barbosa, V. F. B., Martinhago, F., Hoepfner, Â. M. da S., Daré, P. K., & Caponi,
2022,
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