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Retardo Mental

• Conceitos

• Níveis

• Diagnóstico

• Causas
Retardo Mental

❖ O retardo mental é uma condição na qual as


pessoas têm inteligência abaixo da média, que
limita a sua capacidade de funcionar
normalmente. 
❖ A condição, que está presente desde o
nascimento ou na infância, tem muitas causas
diferentes. Seus efeitos variam de leve a
profunda.
Retardo Mental

❖ Também pode ser definida como uma


condição onde houve interrupção do
desenvolvimento mental, prejudicando o nível
global de inteligência, as aptidões de
aprendizado, de fala, de habilidades motoras
e sociais.
Retardo mental
❖ Normalmente é definido por três condições:
Restrições significativas em duas ou mais áreas
de habilidades adaptativas. (comunicação,auto-
cuidados,vida doméstica,habilidadessociais,
relacionamento interpessoal, auto-suficiência,
habilidades acadêmicas e para o trabalho, lazer,
saúde, segurança, relação comunitária);
Um QI de 70 ou menos;
Manifestar-se antes dos 18 anos.
Niveis
Existem vários graus de retardo mental que
pode ser auferido através de teste de
quociente de inteligência (QI).  

Retardo Mental Educável (também


considerado leve ou brando) - Termo usado
no sistema escolar para descrever as
crianças com QI entre 50-69.
Niveis

Retardo Mental Moderado (ou treinável) -


Termo usado no sistema escolar para
descrever crianças com QI entre 35-49.
Niveis

Retardo Mental Severo - QI entre 20 e 40

Retardo Mental Profundo - QI inferior a


20
causas

As três principais causas identificadas de


retardo mental são: 

a Síndrome de Down ,
a Síndrome alcoólico-fetal e
a Síndrome do X frágil.
Diagnóstico

❖ O sistema da AAMR (Associação Americana de


Retardo Mental), para o diagnóstico e
classificação de uma pessoa como portadora de
retardo mental, segue três passos e descreve o
sistema de apoio que a pessoa necessita para
superar seus limites nas habilidades adaptativas.
Diagnóstico

❖ O primeiro passo para o diagnóstico é a


aplicação por pessoa capacitada de um ou
mais testes padronizados de inteligência e
testes padronizados de habilidades adaptativas,
individualmente.
Diagnóstico

O segundo passo  é descrever os pontos fortes


e fracos da pessoa em quatro dimensões, que
são: 
 
Habilidades intelectuais e comportamentais
adaptativas
Considerações emocionais/psicológicas
Considerações físicas/ de saúde/ etiológicas
Considerações ambientais
Diagnóstico

O terceiro passo exige uma equipe


multidisciplinar para determinar o apoio
necessário nas quatro dimensões mencionadas.
Causas do Retardo mental
Condições genéticas

Resultam de anormalidades nos genes


herdadas dos pais, devidas a erros de
combinação genética ou de outros distúrbios
dos genes ocorridos durante a gestação.
Centenas de distúrbios genéticos associam-se
ao retardo mental. Alguns exemplos são a
fenilcetonúria, a Síndrome Downde   e a
Síndrome do X frágil.
Causas do Retardo mental
Problemas durante a gestação

O uso de álcool ou outras drogas durante a


gestação pode levar ao retardo mental. Alguns
trabalhos têm relacionado o fumo na gestação
com um risco maior de retardo mental na
criança. Outros problemas incluem a
desnutrição, toxoplasmose, infecção por
citomegalovírus, rubéola e sífilis. Gestantes
infectadas pelo vírus HIV (AIDS) podem passar
o vírus para a criança levando a dano
neurológico futuro.
Causas do Retardo mental

Problemas ao nascimento

Qualquer condição de estresse aumentado


durante o parto pode levar a lesão cerebral
do bebê; contudo, a prematuridade e o baixo
peso ao nascer são fatores de risco
independentes mais freqüentes que qualquer
outra condição.
Causas do Retardo mental

Problemas após o nascimento

Doenças da infância como catapora, sarampo,


coqueluche e a infecção
Haemophilus  tipo B, que podem levar a
pelo 
meningite e encefalite, também podem causar
danos ao cérebro. Acidentes, intoxicações por
chumbo, mercúrio e outros agentes tóxicos
também podem causar danos irreparáveis ao
cérebro e sistema nervoso.
Causas do Retardo mental

Estado socioeconômico

A desnutrição também pode levar ao retardo


mental.
Alguns estudos também sugerem que a pouca
estimulação, que ocorre em áreas muito
desprovidas das experiências culturais e
ambientais normalmente oferecidas às crianças,
pode surgir como causa de retardo mental.
Retardo mental

A expectativa de vida da crianças com retardo


mental pode ser mais curta, e parece que quanto
mais grave o retardo mental, menor a
expectativa de vida.
Tratamento

Retardo mental não tem tratamento. O que se


deve fazer é preparar esta pessoa, segundo
métodos especiais, para viver o mais próximo
possível da realidade de nossa sociedade,
prepará-la para se adaptar ao nosso mundo ao
modo dela.
Transtorno do Déficit de
atenção e Hiperatividade
• Conceitos

• Diagnóstico

• Causas
TDAH

❖ O transtorno do déficit de atenção com


hiperatividade (TDAH) é um problema de
desatenção, hiperatividade, impulsividade ou
uma combinação destes. Para que esses
problemas recebam um diagnóstico de TDAH,
eles devem se apresentar fora de um limite
normal para a idade e o desenvolvimento da
criança.
TDAH

O TDAH é o transtorno comportamental infantil


mais frequentemente diagnosticado. Ele afeta
aproximadamente de 3 a 5% de crianças em
idade escolar. O TDAH é diagnosticado muito
mais frequentemente em meninos do que em
meninas.
TDAH

O TDAH pode ser herdado geneticamente, mas


sua causa não é clara. Independentemente da
causa, ele parece se estabelecer cedo na vida
da criança, enquanto o cérebro está se
desenvolvendo. Estudos de imagem sugerem
que o cérebro de uma criança com TDAH é
diferente do de uma criança normal.
Sintomas
Os sintomas de hiperatividade infantil são:
Inquietude: a criança não para quieta, mesmo
quando é necessário,
Falta de atenção: a criança não presta atenção
suficiente e algo, esquece-se o que tem para
fazer,
É impulsivo: a criança age antes de pensar,
responde antes que se termine a pergunta,
Falta de persistência: não termina tarefas e
evita as que necessitam de algum esforço,
Sintomas
Falta de concentração: é desorganizada e não
segue as instruções dadas pelos adultos,
Aborrece-se facilmente e por isso, tem baixa
auto-estima,
Finge-se de surda para não atender aos
pedidos.
Muitos pais e profissionais da saúde e da
educação têm dificuldades em diagnosticar a
hiperatividade, pois ficam na dúvida, se o que
falta à criança é limites.
Avaliação e Diagnósticos

Devem ser feitas por profissionais


especializados que analisam a intensidade e a
frequência em que os comportamentos
ocorrem e o grau de afetação na vida
cotidiana da criança e da família.
Avaliações
A criança pode ser avaliada por
um pediatra ou até mesmo por um psicólogo
infantil, que é o profissional mais
recomendado e que irá realizar testes diversos
de atenção e também autocontrole.
Geralmente, com a passagem da puberdade,
os sintomas da hiperatividade vão se
reduzindo e cerca de metade das pessoas que
sofrem com o transtorno já apresentam
significativa melhora na fase adulta jovem.
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado em sintomas muito
específicos, que devem estar presentes em
mais de um ambiente.
As crianças devem apresentar pelo menos seis
sintomas de desatenção ou seis sintomas de
hiperatividade/impulsividade antes dos 7 anos.
Os sintomas devem estar presentes pelo menos
há seis meses, ocorridos em dois ou mais
ambientes e não serem provocados por outro
motivo.
Diagnóstico

Os sintomas devem ser graves o suficiente para


resultar em dificuldades significativas em
muitos ambientes, inclusive em casa, na escola
e no relacionamento com os demais.
Em crianças mais velhas, o TDAH encontra-se
em remissão parcial quando elas ainda têm os
sintomas, mas não se enquadram mais
totalmente na definição do transtorno.
Diagnóstico
Se houver suspeita de TDAH, a criança deve
passar por uma avaliação médica. A avaliação
pode consistir em:
Questionários para pais e professores;
Avaliação psicológica da criança E da família,
incluindo testes de QI e psicológicos;
Exames completos mentais, nutricionais, físicos,
psicossociais e de desenvolvimento
Tratamento

O TDAH é uma doença crônica de longa


duração. O tratamento para TDAH é uma
parceria entre médico, pais ou responsáveis e a
criança. Pode se utilizar medicação e terapia
comportamental.
Efeitos
Se não tratado adequadamente, o
TDAH pode provocar:
Abuso de álcool e de drogas
Fracasso escolar
Problemas para manter o emprego
Problemas com a lei
Cerca de metade das crianças com TDAH
seguirão tendo sintomas problemáticos de
desatenção ou impulsividade na idade
adulta. Entretanto, os adultos costumam
ser mais capazes de controlar o
Prevenção

Embora não haja maneira comprovada de


prevenir o TDAH, quanto mais cedo ele for
identificado e tratado, mais problemas
associados ao transtorno poderão ser evitados.
Autismo
• Conceitos
• Causas
• Sintomas

Autismo

❖ O autismo, também chamado de Transtorno do


Espectro Autista, é um Transtorno Global do
Desenvolvimento (TGD) que tem influência
genética e é causado por defeitos em partes do
cérebro, relacionado às habilidades sociais e
de comunicação .
As causas do Autismo

A maior parte da pesquisa atual busca identificar


a contribuição dos fatores genéticos e
ambientais para o autismo. Muito embora alguns
fatores genéticos tenham sido identificados,
sabemos pouco sobre a contribuição dos fatores
ambientais, ainda.
Autismo
O Autismo é marcado por três características
fundamentais:
* Inabilidade para interagir socialmente;
* Dificuldade no domínio da linguagem para
comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
* Padrão de comportamento restritivo e
repetitivo.
Autismo
Caracteriza-se por dificuldades significativas na
comunicação e na interação social, além de
alterações de comportamento, expressas
principalmente na repetição de movimentos,
como balançar o corpo, rodar uma caneta,
apegar-se a objetos.
Todas essas alterações costumam aparecer
antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua
maioria, em crianças do sexo masculino.
Autismo
Para o autista, o relacionamento com outras
pessoas costuma não despertar interesse. O
contato visual com o outro é ausente ou pouco
frequente e a fala, usada com dificuldade.
Algumas frases podem ser constantemente
repetidas e a comunicação acaba se dando,
principalmente, por gestos.
Sinais e Sintomas do Autismo

Segundo a ASA (Autism Society of America),


indivíduos com autismo usualmente exibem
pelo menos metade das características listadas
a seguir:

Dificuldade de relacionamento com outras


pessoas
Riso inapropriado
Pouco ou nenhum contato visual - não olha
nos olhos
Sinais e Sintomas do Autismo

Aparente insensibilidade à dor - não


responde adequadamente a uma situação de dor
Preferência pela solidão; modos arredios -
busca o isolamento e não procura outras
crianças.
Rotação de objetos - brinca de forma
inadequada ou bizarra com os mais variados
objetos
Inapropriada fixação em objetos
Sinais e Sintomas do Autismo

Perceptível hiperatividade ou extrema


inatividade - muitos têm problemas de sono ou
excesso de passividade
Ausência de resposta aos métodos normais
de ensino - muitos precisam de material
adaptado
Insistência em repetição desnecessária de
assuntos, resistência à mudança de rotina.
Sinais e Sintomas do Autismo

Não tem real medo do perigo (consciência de


situações que envolvam perigo)
Procedimento com poses bizarras (colocar-
se de pé numa perna só; impedir a passagem
por uma porta, somente liberando-a após tocar
de uma determinada maneira os alisares)
Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da
linguagem normal)
Sinais e Sintomas do Autismo

Recusa colo ou afagos - bebês preferem ficar


no chão que no colo
Age como se estivesse surdo - não responde
pelo nome
Dificuldade em expressar necessidades -
sem ou limitada linguagem oral e/ou corporal
(gestos)
Acessos de raiva - demonstra extrema aflição
sem razão aparente
Irregular habilidade motora - pode não
querer chutar uma bola, mas pode arrumar
blocos
Desorganização sensorial - hipo ou
hipersensibilidade, por exemplo, auditiva.
Não faz referência social - entra num lugar
desconhecido sem antes olhar para o adulto (pai/
mãe) para fazer referência antes e saber se é
seguro
 
Avaliações dos Sintomas
De acordo com o quadro clínico, eles podem
ser divididos em 3 grupos:

1) ausência completa de qualquer contato


interpessoal, incapacidade de aprender a falar,
incidência de movimentos estereotipados e
repetitivos, deficiência mental;
Avaliações dos Sintomas

2) O portador é voltado para si mesmo, não


estabelece contato visual com as pessoas nem
com o ambiente; consegue falar, mas não usa a
fala como ferramenta de comunicação (chega a
repetir frases inteiras fora do contexto) e tem
comprometimento da compreensão;
Avaliações dos Sintomas
3) domínio da linguagem, inteligência normal
ou até superior, menor dificuldade de
interação social que permite aos portadores
levar vida próxima do normal.

Na adolescência e vida adulta, as


manifestações do autismo dependem de como
as pessoas conseguiram aprender as regras
sociais e desenvolver comportamentos que
favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.
Exames importantes
Todas as crianças devem fazer exames de
desenvolvimento de rotina com o pediatra.
Podem ser necessários mais testes se o
médico ou os pais estiverem preocupados.
Para autismo, isso deve ser feito
principalmente se uma criança não atingir
os seguintes pontos de linguagem:

Balbuciar aos 12 meses


Gesticular (apontar, dar tchau) aos 12 meses.
Exames importantes

Dizer palavras soltas antes aos 16 meses

Dizer frases espontâneas de duas palavras aos


24 meses (não só repetir)

Perder qualquer habilidade social ou de


linguagem em qualquer idade
Tratamento
O tratamento para o autismo normalmente é
um programa intenso e abrangente que envolve
a família da criança e um grupo de profissionais.

Alguns programas podem ser feitos em casa e


incluir profissionais especialistas e terapeutas
treinados.
Alguns programas são colocados em prática
dentro de uma instituição especializada, na sala
de aula ou na escola de educação infantil.
Tratamento

Não é incomum uma família optar por combinar


mais de um método de tratamento.

O programa de tratamento depende das


dificuldades (inabilidades) e dos pontos fortes
(habilidades) da criança.
Tratamento
Cada fase do desenvolvimento apresenta
necessidades peculiares.
Na fase pré-escolar, o desenvolvimento
da coordenação motora e a capacidade
de adaptação ao grupo são fundamentais.

Na fase de alfabetização, dificuldades


podem requerer intervenção de
fonoaudiólogo e psicopedagogo.
Já a entrada na adolescência, pode trazer
novas dificuldades e requerer outras
prioridades de intervenção.
Tratamento

A intervenção comportamental, a terapia


ocupacional e a terapia fonoaudiológica
normalmente estão integradas ao programa.

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