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TDAH afeta cerca de 8 a 11% das crianças em idade escolar (1). Entretanto, muitos
especialistas acreditam que o TDAH é superdiagnosticado, em grande parte porque os
critérios são aplicados de forma imprecisa. De acordo com o Diagnostic and Statistical
Manual of Mental Disorders, 5ª edição (DSM-5), há 3 tipos:
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Desatenção predominante
Hiperatividade/impulsividade predominante
Combinado
No geral, o TDAH é cerca de duas vezes mais comum em meninos, embora os índices
variam de acordo com o tipo. O tipo predominantemente hiperativo/impulsivo ocorre 2
a 9 vezes mais entre os meninos, embora o tipo predominantemente desatento ocorra
com igual frequência em ambos os sexos. TDAH não tem uma única causa específica
conhecida.
O TDAH não tem uma causa única específica. Potenciais causas do TDAH incluem
fatores genéticos, bioquímicos, sensório-motores, fisiológicos e comportamentais.
Alguns fatores de risco incluem baixo peso < 1.500 g no nascimento, traumatismo
craniano, deficiência de ferro, apneia obstrutiva do sono, exposição ao chumbo e
também exposição fetal a álcool, tabaco e cocaína. Pouco mais de 5% das crianças
portadoras da TDAH apresentam evidências de lesão neurológica. Evidências apontam
para diferenças nos sistemas dopaminérgicos e noradrenérgicos com diminuição ou
estimulação da atividade do tronco cerebral superior e tratos médio-frontais cerebrais.
Referência geral
1. Froehlich TE, Lanphear BP, Epstein JN, et al: Prevalence, recognition, and treatment of
attention-deficit/hyperactivity disorder in a national sample of US children. Arch Pediatr
Adolesc Med 161(9):857–864, 2007. doi: 10.1001/archpedi.161.9.857.
TDAH em adultos
Dificuldade de concentração
Dificuldade de concluir tarefas (comprometimento da função executiva)
Oscilações de humor
Impaciência
Dificuldade de manter relacionamentos
TDAH pode ser mais difícil de diagnosticar durante a vida adulta. Os sintomas podem
ser semelhantes aos de transtornos do humor, transtornos de ansiedade, e transtornos
por uso abusivo de substâncias. Como autorrelatos dos sintomas na infância podem não
ser confiáveis, os médicos talvez precisem rever os registros escolares ou entrevistar os
familiares para confirmar a existência de manifestações antes dos 12 anos.
Adultos com TDAH podem se beneficiar dos mesmos tipos de fármacos estimulantes
usados pelas crianças com TDAH. Eles também podem se beneficiar do
aconselhamento para melhorar o manejo do tempo e outras habilidades de
enfrentamento.
Sinais e sintomas
O início ocorre geralmente antes dos 4 anos e invariavelmente antes dos 12. O pico para
o diagnóstico fica entre 8 e 10 anos, entretanto os que apresentam déficit de atenção
predominante só são diagnosticados após a adolescência.
Desatenção
Impulsividade
Hiperatividade
Em geral, cerca de 20 a 60% das crianças com TDAH têm déficits de aprendizagem,
mas alguma disfunção escolar ocorre na maioria das crianças com TDAH decorrente de
falta de atenção (o que resulta em perda de detalhes) e impulsividade (o que resulta em
respostas sem pensar na pergunta).
Embora não haja exame físico ou laboratorial específico associado ao TDAH, os sinais
e sintomas podem incluir
Diagnóstico
Sintomas de desatenção:
O médico precisa observar se a criança está distraída por fatores externos (i.e.,
ocorrências no ambiente) ou por fatores internos (i.e., pensamentos, ansiedades,
preocupações). Entretanto, no período da infância tardia, os sinais do TDAH tornam-se
mais qualitativamente distintos; crianças com o tipo hiperativo/impulsivo ou o tipo
combinado frequentemente exibem continuamente movimentos motores persistentes
dos membros inferiores (p. ex., movimentos desorientados e contorção das mãos), falar
compulsivamente e aparente falta de atenção com o ambiente. Crianças com o tipo
predominantemente desatento podem não ter sinais físicos.
A avaliação médica tem por foco a identificação de condições que possam contribuir
potencialmente e sejam tratáveis, ou identificar sinais e sintomas que possam piorar. A
avaliação deve incluir pesquisar a história de exposição pré-natal (p. ex., fármacos,
álcool, tabaco), complicações ou infecções perinatais, infecções do SNC, traumatismo
cranioencefálico, doença cardíaca, respiração durante o sono, falta de apetite e/ou
alimentação seletiva e história familiar de TDAH.
Prognóstico
Tratamento
Terapia comportamental
Terapia medicamentosa com estimulantes como metilfenidato ou dextroanfetamina
(em preparações de curta e longa ação)
Drogas estimulantes
A dose inicial do metilfenidato é de 0,3 mg/kg uma vez/dia VO, (forma de liberação
rápida), sendo aumentada toda semana para aproximadamente 3 vezes/dia ou a cada 4 h.
A dose pode ser aumentada se ela foi inadequada, mas é bem tolerada. A maioria das
crianças atingem um equilíbrio ótimo entre os efeitos benéficos e adversos nas doses
entre 0,3 e 0,6 mg/kg. O isômero dextro do metilfenidato é a porção ativa e está
disponível para prescrição na metade da dose.
Uma vez alcançada a dose ideal, uma dose equivalente do mesmo fármaco é substituído
por uma forma de longa ação para evitar a necessidade de administrar o fármaco na
escola. As preparações de longa ação incluem comprimidos de liberação lenta, cápsulas
bifásicas contendo o equivalente de 2 doses e pílulas de liberação osmótica, adesivos
transdérmicos que permitem uma cobertura de até 12 h. Preparações líquidas de ação
curta e prolongada estão agora disponíveis. Preparações dextro puras (p. ex.,
dextrometilfenidato) são muitas vezes utilizadas para minimizar efeitos adversos como
ansiedade; as doses normalmente são metade daquelas das preparações mistas.
Preparações pró-fármacos também são às vezes usadas devido à sua liberação mais
harmoniosa, maior duração de ação, menor quantidade de efeitos adversos e menor
potencial de uso abusivo. O aprendizado melhora com doses baixas, mas o
comportamento requer doses mais altas.
Os esquemas das doses dos fármacos estimulantes podem ser ajustados para cobrir dias
e horários especiais (p. ex., horário de escola e das tarefas escolares). Drogas recreativas
podem se experimentadas nos fins de semana, feriados ou durante férias escolares de
verão. Por outro lado, para garantir a confiabilidade das observações são recomendados
períodos de administração de placebo (5 a 10 dias), para determinar se a medicação é
ainda necessária.
Controle do comportamento
Pontos-chave