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A criança precisa ter ao menos seis sintomas de desatenção ou hiperatividade (ou de ambos) por mais de seis
meses e sofrer com as consequências disso. Já o adulto deve apresentar, no mínimo, cinco sinais
Os profissionais que podem ajudar no diagnóstico do distúrbio são o neurologista, neuropediatra ou psiquiatra,
embora até mesmo o pediatra possa contribuir com o diagnóstico e, na sequência, encaminhar o paciente para
um especialista.
Além disso, deve haver um cuidado para entender o que de fato é o TDAH e não confundir com outros
transtornos, como o bipolar, de personalidade e até o autismo ou a dislexia.Assim, professoras e pedagogas,
muitas vezes, são as primeiras a perceber que há algo diferente, orientando os pais ou responsáveis a procurar
ajuda.
Pelo fato de o diagnóstico ser clínico, com base nos sintomas, não é necessário nenhum tipo de exame físico ou
laboratorial.
PERSONALIDADES QUE SOFREM DE TDAH
Apesar das dificuldades, é possível que uma pessoa com TDAH, com acompanhamento especializado e
informações, seja muito bem-sucedida na vida¹. Para ilustrar essa realidade e usá-la como inspiração,
separamos alguns casos emblemáticos de famosos que alcançaram o que alcançaram convivendo com o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Veja:
Bill Gates
Por conta do TDAH, teve problemas na escola quando criança e, mais tarde, acabou abandonando Harvard
antes de se formar. No entanto, fundou a Microsoft, empresa que representa um grande marco para a
humanidade, pois transformou em definitivo a forma como pessoas usam computadores.
Jim Carrey
O ator Jim Carrey revelou em entrevistas que o TDAH dificulta seu sono e que, para ele e sua vida profissional,
representa uma grande dificuldade na manutenção do foco em sets de filmagens e na dedicação em passar
muito tempo dentro de um mesmo personagem. Mas, com uma longa e produtiva carreira, é um dos atores mais
populares e talentosos do seu tempo.
Sabrina Sato
Sabrina Sato sempre fala abertamente sobre as dificuldades que já enfrentou e ainda enfrenta por causa do
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Apesar dessas dificuldades, continua sendo uma das
personalidades mais famosas da televisão brasileira, além de um grande ícone de moda.
Michael Phelps
Aos nove anos de idade, o atleta Michael Phelps foi diagnosticado com TDAH. Como uma possível solução
para o problema, seus pais e professores colocaram o garoto em aulas de natação, como um método para que
ele mantivesse o foco e a concentração. Com uma impressionante carreira nas piscinas, Phelps é o maior
medalhista olímpico de todos os tempos, com 22 medalhas, sendo 18 de ouro.
Jamie Oliver
Diagnosticado com TDAH quando ainda era criança, Jamie Oliver sempre diz que uma alimentação saudável o
ajuda muito com problemas causados pelo transtorno. É o chef mais famoso do mundo, autor de muitos best-
sellers e apresentador de programas globalmente populares, além de um grande defensor de uma alimentação
mais saudável – principalmente quando falamos das dietas de crianças – como uma forma de lidar com
transtornos de atenção.
Referências
Material parte do programa de suporte ao paciente, 2020 © - Direitos reservados – Novartis Biociências S/A.
Proibida da reprodução total ou parcial sem autorização do titular. Material produzido em Outubro de 2020.
O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é caracterizado pela desatenção, inquietude e
hiperatividade, afetando de 5% a 8% da população mundial. A condição pode trazer consequências para a vida
pessoal e profissional do paciente, que sente dificuldade em realizar algumas tarefas do dia a dia. É por isso que
algumas carreiras são mais atraentes e escolhidas por quem tem TDAH, pois aproveitam melhor as
características específicas dessas pessoas. Continue a leitura para saber:
Quais características de trabalho são mais adequadas para pessoas com TDAH?
Quais são profissões interessantes para pessoas com TDAH?
Quais desafios pessoas com TDAH podem encontrar no trabalho?
Quais estratégias podem ajudar pessoas com TDAH no trabalho?
Qual a importância de um diagnóstico e tratamento adequados?
Quais características de trabalho são mais adequadas para pessoas com TDAH?
Ser um adulto com TDAH significa ter alguns traços de comportamento que divergem da maioria das pessoas.
Ao mesmo tempo que pode ser difícil passar muito tempo focado em uma só tarefa devido ao déficit de
atenção, por exemplo, algumas características do transtorno podem ajudar a ter sucesso em algumas carreiras
específicas. A dica é escolher uma carreira que melhor aproveite as características do TDAH no trabalho e
cujos desafios não criem grandes problemas. Alguns pontos fortes podem ser:
Energia lá em cima – um dos sintomas mais comuns do TDAH é a hiperatividade. Existem muitos empregos no
qual essa energia extra que pessoas com o transtorno tem pode ser muito aplicada.
Criatividade – pessoas com TDAH tendem a ser visionárias e criativas, e conseguem ter novas ideias com
facilidade. Por “pensarem fora da caixa”, podem trazer benefícios para seus empregadores ao trazerem
estratégias inovadoras para o negócio.
Soluções inovadoras em situações de crise – um estudo publicado em 2016 sobre diferenças de poder
eletroencefalográfico (EEG) entre crianças com TDAH e crianças sem o transtorno indica que os cérebros das
primeiras produzem mais ondas Theta (que indicam um estado de relaxamento profundo) do que as sem o
transtorno. Essas diferenças no cérebro significam que aqueles com a condição podem pensar em soluções
diferentes dos demais. Em meio a algum problema, podem ser mais controlados que seus colegas.
Cuidados – quem cresce já tendo sido diagnosticado com TDAH e trabalhado os aspectos comportamentais
causados pelo transtorno, como a hiperatividade e falta de atenção, pode se tornar mais atencioso e
compreensivo, que são características valiosas para trabalhos que demandam cuidar de outras pessoas. O
desenvolvimento pessoal em meio às dificuldades da própria condição pode fazer com que a pessoa tenha um
olhar mais empático em relação ao outro.
Assistente social, cuidador ou terapeuta – são trabalhos que exigem empatia e paixão por ajudar outras pessoas
mais vulneráveis. Podem se destacar nessas áreas por serem pessoas mais compreensivas, principalmente ao
atender crianças com TDAH, que se sentem mais acolhidas por um adulto que as entende genuinamente.
Policial ou bombeiro – por serem altamente intuitivos, indivíduos com TDAH podem se sair bem em cargos
que é interessante conseguir pensar em resoluções diferentes para problemas e em que não há uma rotina rígida.
Professor ou pedagogo – já que as escolas são lugares que exigem muita energia, pessoas com TDAH podem se
sair bem em ambientes hiperativos, além de precisarem exercer toda sua empatia para lidarem com crianças e
adolescentes.
Empreendedor – indivíduos com TDAH podem se dar bem na carreira de empreendedores, já que eles tendem a
ser impulsivos e mais propensos a correrem riscos, o que pode ser uma vantagem nessa carreira. Outro ponto
que atrativo é a flexibilidade da rotina, que permite à pessoa definir os próprios horários e regras de trabalho.
Jornalista – a carreira envolve conhecer muitas pessoas, estar constantemente em movimento e ser criativo. Por
estarem sempre em movimento, evita a rotina típica presente em muitos empregos, que pode ser desafiadora
para quem luta contra os sintomas de desatenção e hiperatividade.
Distração – as distrações internas, como os devaneios, e as externas, como os ruídos do ambiente, podem afetar
o raciocínio e a produtividade no trabalho. Uma dica é usar fones de ouvido para reduzir a interferência e fazer
uma lista de tarefas que precisam ser cumpridas, para manter o foco nas metas concretas. Estabelecer um tempo
entre produtividade e pausas também pode ser uma solução para evitar o excesso de interrupções – para acessar
as redes sociais ou tomar café, por exemplo.
Hiperatividade – o TDAH no trabalho pode fazer com que os indivíduos não consigam se manter quietos por
muito tempo. Quem puder, pode escolher carreiras que exijam mais atividade física. Para aqueles que precisam
se manter em um escritório, uma solução é fazer pequenas pausas durante o expediente para se movimentar,
fazer alongamentos ou caminhar no horário de almoço.
Memória fraca – é comum que o TDAH faça com que as pessoas esqueçam prazos e detalhes de projetos,
comprometendo o desempenho. A melhor forma de se lembrar é anotando e criando lembretes para todas as
obrigações do dia.
Tédio – um dos maiores problemas para quem trabalha em cargos sem muita estimulação é o tédio. É possível
dividir longas tarefas em curtas, por meio de checklists, e fazer pausas para evitar ficar muito tempo focado em
uma coisa só.
Gerenciamento do tempo – adultos com TDAH têm mais dificuldade em controlar o tempo que gastam em suas
atividades do que os adultos sem a condição, podendo não perceber quanto tempo uma tarefa leva. Para evitar
esse problema, projetos maiores podem ser divididos em partes menores com datas de vencimento individuais.
Procrastinação – é muito comum entre adultos com TDAH. Outros colegas de trabalho podem ajudar o colega
com o transtorno a administrar melhor o tempo.
Quais estratégias podem ajudar pessoas com TDAH no trabalho?
O TDAH no trabalho pode ser uma questão para muitas pessoas que escolheram carreiras mais rotineiras, que
precisam passar o dia todo em um escritório. No entanto, algumas dicas podem ajudar a tornar a rotina menos
maçante:
Opte por horários mais flexíveis ou em que menos pessoas estão na empresa, para não sofrer tantas
interferências;
Identifique o horário em que você consegue ficar mais focado;
Use um cronômetro para definir o tempo de cada tarefa;
Deixe ao seu alcance objetos que o ajudem a relaxar, como bolas de massagear;
Faça pausas para se exercitar e respirar;
Tenha uma pessoa de confiança e que seja sua “âncora” no ambiente de trabalho;
Organize sua rotina e crie uma lista de tarefas;
Faça anotações para evitar perder prazos e detalhes importantes;
Qual a importância de um diagnóstico e tratamento adequados?
Muitos adultos podem conviver com o TDAH e não sabem, já que não foram devidamente diagnosticados ainda
na infância. O diagnóstico é de extrema importância para que o indivíduo possa receber o tratamento correto e
reduzir significativamente os sintomas que aparecem no dia a dia, melhorando a qualidade de vida.
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Que tipo de equipe de saúde deve tratar o TDAH, equipe multidisciplinar, transdisciplinar ou interdisciplinar?
Estudos indicam que adolescentes e adultos com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
estão mais suscetíveis ao abuso ou dependência de álcool, nicotina e drogas ilícitas (Compulsão alimentar e
vício por açúcar também podem ser considerados). No entanto, o tratamento adequado do transtorno na infância
ajuda a diminuir o risco do uso problemático de substâncias no futuro. Continue a leitura para entender:
Existe uma conexão entre TDAH e vício?
O que explica a conexão entre TDAH e vício?
Quais são os sinais de abuso de substâncias?
Tratamento TDAH e vícios
A medicação para TDAH pode causar vício?
Existe uma conexão entre TDAH e vício?
O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico caracterizado por
sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele surge na infância e frequentemente acompanha a
pessoa por toda a vida, podendo causar prejuízos acadêmicos, profissionais e sociais.
Uma das principais comorbidades relacionadas ao TDAH é o transtorno por uso de substâncias (TUS), que
inclui dependência de álcool e outras drogas. Diversos estudos indicam a existência dessa conexão. Confira
alguns dados encontrados:
Adultos com TDAH são duas a três vezes mais propensos ao abuso de substâncias do que a população geral;
Cerca de 25% dos adultos em tratamento para abuso de álcool e substâncias se enquadram no diagnóstico de
TDAH;
Pessoas com TDAH tendem a iniciar o uso de álcool e drogas e álcool mais precocemente.
Vale ressaltar que nem todas as crianças com TDAH desenvolverão dependência de substâncias no futuro. Mas
é importante que os pais estejam cientes dessa ligação e intensifiquem os esforços de prevenção,
conscientizando os filhos sobre os riscos das drogas desde cedo e garantindo que eles recebam tratamento
adequado para TDAH.
Tentativa de amenizar os sintomas do TDAH – muitas pessoas com TDAH, sobretudo aquelas que não recebem
tratamento, recorrem a substâncias para melhorar a atenção, o foco e a impulsividade, por exemplo. Esse tipo
de “automedicação”, contudo, agrava os sintomas do TDAH.
Lidar com as implicações do TDAH – os sintomas do TDAH podem afetar a vida social, profissional e
acadêmica, causando angústia, baixa autoestima e outros sentimentos negativos a quem sofre com a condição.
Muitos desses problemas são fatores de risco para o abuso de substâncias.
Ligação genética – é possível que os genes associados ao comportamento de risco e à busca por novidades
predisponham um indivíduo tanto ao TDAH como ao abuso de substâncias.
Existem outros fatores que aumentam o risco do desenvolvimento de vício, tais como:
Histórico de abuso de substância na família;
Coexistência de outros problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade;
Influência de pessoas próximas que usam drogas;
Problemas de relacionamento com a família;
Sentimento de desconexão com as pessoas ao redor.
Quais são os sinais de abuso de substâncias?
Quando uma pessoa possui dependência por qualquer tipo de substância, alguns sinais ficam evidentes. Eles
incluem:
Além disso, não há evidências de que tomar medicamentos psicoestimulantes para tratamento do TDAH com
orientação médica torne o indivíduo mais propenso a desenvolver dependência. O risco aumentado é devido ao
próprio transtorno, não à medicação estimulante.
Porém, no caso de pessoas com TDAH que já possuem um vício, o profissional de saúde pode recomendar que
o tratamento seja feito com outros medicamentos, a fim de evitar o uso indevido.
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Como e por quem é feito o diagnóstico do TDAH?
TDAH: como educadores e pais ajudam na identificação e no tratamento?
Referências
https://americanaddictioncenters.org/adhd-and-addiction – acessado em 13/06/2022;
https://www.webmd.com/add-adhd/adhd-and-substance-abuse-is-there-a-link – acessado em 13/06/2022;
https://www.medicalnewstoday.com/articles/adhd-and-substance-abuse#signs-of-addiction – acessado em
13/06/2022
https://tdah.org.br/tdah-e-transtorno-do-uso-de-substancia/ – acessado em 14/06/2022
https://tdah.org.br/13-como-e-o-tratamento-do-tdah/ – acessado em 14/06/2022
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2676785/ – acessado em 14/06/2022
https://store.samhsa.gov/sites/default/files/d7/priv/sma15-4925.pdf – acessado em 14/06/2022
A desatenção, a inquietude e a falta de concentração são alguns dos sintomas, mas o transtorno também pode se
manifestar de outras formas, em maior ou menor intensidade.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico permitem o controle do problema, garantindo uma vida
com mais qualidade.
Veja a seguir como o déficit de atenção pode afetar crianças e adultos e como é feito o tratamento.
Acompanhe!
Segundo os especialistas, o déficit de atenção é causado por uma disfunção que ocorre no córtex pré-frontal,
região do cérebro responsável pela atenção, capacidade de organização e expressão de sentimentos, dentre
outros comportamentos.
Apesar de existirem outros fatores em estudo – como problemas familiares, gravidez conturbada ou consumo de
substâncias nocivas durante a gestação – ainda não foi comprovada a relação direta entre o déficit de atenção e
esses outros possíveis fatores de risco.
Já crianças com TDAH podem apresentar um comportamento mais agitado e com problemas de comportamento
na escola e em casa.
Dificuldade de aprendizagem.
Falta de foco, atenção e concentração, especialmente durante atividades lúdicas.
Dificuldade de relacionamento com colegas de classe.
Inquietação.
Não escuta nem presta atenção quando lhe dirigem a palavra.
Pouca noção de espaço.
Déficit de Atenção Infantil: Sintomas
Meninos, quando afetados pela doença, são mais inquietos e impulsivos. Neles, os sintomas são mais
expressivos.
Já nas meninas, os sintomas que mais se destacam são a desatenção e a baixa concentração.
Sinais em adultos
Como vimos, o déficit de atenção acompanha o indivíduo ao longo de toda a sua vida, com variados sintomas,
intensidades e gerando diferentes prejuízos à qualidade de vida, desde o processo de aprendizado (na infância)
até à execução das atividades de trabalho e interação com colegas (na vida adulta).
Que os exercícios físicos fazem bem ao corpo, todo mundo sabe. Conheça neste artigo como eles também são
benéficos para combater problemas emocionais!
Na infância, o(a) pediatra deve ser o primeiro profissional a ser consultado e, se for o caso, também um(a)
psiquiatra com experiência em acompanhamento infantil.
Quando adulto, o indivíduo deve procurar um(a) neurologista, psicólogo(a) ou psiquiatra para dar início ao
tratamento. Na maioria dos casos, o tratamento inclui terapia, medicamentos e o apoio das pessoas próximas.
1. Psicoterapia
A terapia com psicólogo(a) vai ajudar o paciente a estabelecer melhores relações com si mesmo e com os outros
ao seu redor, além de ajudá-lo a entender suas características e comportamentos.
Alguém com déficit de atenção, que não compreende a origem de seus sintomas e dificuldades, pode facilmente
mergulhar num processo de baixa autoestima, menos-valia e descrença em seu próprio potencial.
Tudo isso, pode facilmente evoluir para problemas emocionais e quadros depressivos.
2. Medicamentos
Por ser uma alteração na bioquímica cerebral, os medicamentos – quando indicados – têm a função de regular o
funcionamento do córtex pré-frontal, equilibrando o fator biológico da doença.
O uso orientado dessas substâncias faz com que o indivíduo melhore o foco e a concentração; fatores
geralmente prejudicados pelo déficit de atenção.
3. Apoio da família
A compreensão da família, amigos e equipe escolar é fundamental para que a criança ou o adulto se sintam
acolhidos nas suas necessidades.
No caso de crianças, também faz parte do tratamento a participação ativa dos professores na compreensão dos
sintomas, oferecendo mais atenção e adequando as tarefas e demais atividades às características do(a) aluno(a).
Promover a assistência à saúde aos seus beneficiários, por meio de uma gestão sustentável, ética, inovadora e
transparente é a missão da GEAP Saúde – Fundação de Assistência ao Servidor Público!
Conhece alguém que precise saber dessas informações? Compartilhe este artigo! Vamos criar uma corrente de
cuidado com a saúde mental.
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5 líderes famosos com TDAH que você (provavelmente) não sabia
5 líderes famosos com TDAH que você (provavelmente) não sabia
Por:
G4 Educação
Publicado em:
27/4/2022
Você sabia que o TDAH vem se tornando uma epidemia na sociedade atual? Mais importante que diagnosticar
cada caso é criar um ambiente no qual o cérebro possa funcionar da melhor forma possível. Veja algumas
grandes personalidades com TDAH e um pouco da história de cada uma delas.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, o TDAH não afeta apenas as crianças em idade escolar.
Observa-se que, além de muitas continuarem a conviver com essa situação na vida adulta, está se tornando cada
vez mais comum o seu desenvolvimento após a infância.
A vida moderna e as altas demandas de tempo e atenção que surgiram nas últimas décadas estão interferindo na
mente humana que, gradualmente, perde a sua capacidade de lidar com todo o volume de informação que
precisa ser processado.
O TDAH pode surgir de maneira progressiva e afetar tanto a criança quanto o adulto, enquanto eles se esforçam
para gerenciar tudo ao seu redor, diante de uma série de tarefas que precisam ser realizadas.
Suas causas podem estar relacionadas à genética ou a fatores ambientais e biológicos, originando alterações no
funcionamento dos neurotransmissores, prejudicando o controle de comportamentos, atenção, memória e a
capacidade de organização e planejamento.
Na escola, as crianças com TDAH apresentam dificuldades de concentração com baixos rendimentos. Já em
adultos, observam-se profissionais cada vez mais apressados e desfocados, enquanto tentam manter tudo sob
controle.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, a OMS, aproximadamente 4% da população adulta
mundial têm esse transtorno e só no Brasil ele atinge cerca de 2 milhões de pessoas. Já na infância, o TDAH
afeta 6% das crianças e 6,9% dos jovens brasileiros.
Nos EUA, país com grande número de pesquisas na área, nota-se também um avanço no número de crianças e
jovens com TDAH no período de 1997 a 2018. Segundo levantamento realizado pelo Statista, o número quase
dobrou em pouco mais de 20 anos:
(Na imagem: Porcentagem de crianças nos EUA com TDAH de 1997 a 2018)
(Crédito: Statista)
Em 2018, foram mais de 6 milhões de crianças e jovens na faixa etária de 2 a 17 anos diagnosticas com TDAH
e, nesse contexto, os meninos são mais propensos a ter esse distúrbio comparado às meninas.
No entanto, é importante salientar que pessoas com TDAH podem ser muito criativas e inteligentes. Segundo
publicação da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, existem pesquisadores que argumentam que a falha
do córtex frontal, que causa a dispersão do pensamento, deixa a mente mais aberta, proporcionando melhores
condições para insights.
Esse mesmo artigo relata um teste chamado de Four Sight Thinking Profile, que reflete como a resolução de
problemas é feita por um indivíduo. Nele, os portadores de TDAH possuem, em sua maioria, um estilo
idealizador, gerando múltiplas ideias, ao contrário de seus pares sem TDAH. Estes preferiram utilizar técnicas e
ideias já conhecidas.
Acredita-se, ainda, que apesar dos testes não serem conclusivos, a falta de foco e desorganização mental gerado
pelo TDAH leva o indivíduo ao improviso, buscando outras soluções, pensando fora da caixa e inventando
coisas o tempo todo.
Tanto é verdade que existem exemplos ao redor de todo o mundo de famosos com TDAH, que foram capazes
de gerar projetos inovadores e dominar o que é liderança para se tornarem muito bem-sucedidos nas suas áreas
de atuação. Vejamos alguns deles.
Você provavelmente conhece essas pessoas, mas talvez nunca tenha imaginado que eles pudessem sofrer de tal
transtorno. Estão neste rol: Tom Cruise, Fiuk, Sabrina Sato, Sylvester Stallone, Magic Johnson e até mesmo
príncipe Charles, dentre outros.
Alguns casos podem surpreender e mostrar que, de fato, portadores de TDAH podem se desenvolver como
ótimos líderes e desempenhar muito bem o seu papel na sociedade.
Bill Gates
Devido ao TDAH, Bill Gates teve problemas na escola quando criança, dizia-se desorganizado e não se
preocupava em se esforçar. Em uma entrevista ao National Museum of American History, afirmou que gostava
mesmo era de usar a criatividade e imaginação:
“Nós sempre criávamos nomes engraçados para algumas empresas e tentávamos imaginar como seria o mundo
dos negócios. Em particular, procurávamos por empresas de computadores e o que estava acontecendo com
elas.”
Mais tarde, acabou abandonando Harvard (antes mesmo de se formar em matemática). Aos 26 anos de idade
fez o seu primeiro milhão e nem havia, ainda, desenvolvido seu produto mais popular.
Sua trajetória de sucesso é surpreendente, pois além de fundar a Microsoft, empresa que representa um grande
marco para a humanidade, transformou em definitivo a forma como nos relacionamos com a tecnologia.
Richard Branson
No entanto, como portador de TDAH, Richard Branson não passou por momentos fáceis no início da sua vida
acadêmica. Na escola, esforçava-se ao máximo, mas seus resultados não correspondiam. Até que seu espírito
empreendedor tomou conta e ele parou os estudos aos 16 anos.
Primeiro, criou uma revista chamada Student, que na primeira edição gratuita, faturou $8.000,00 somente em
anúncios. Isso em 1966.
Em 1969, morando em Londres e rodeado pela música, Richard Branson deu início à Virgin Records, que após
lançar o hit de Mike Oldfield, Tubular Bells, foi palco para as gravações dos Rolling Stones, levando a empresa
a ocupar ao Top 6 das gravadoras mundiais.
Ele continuou expandindo seus negócios. Em 1980, foi a vez da Voyager Companhia de Viagens, em 1984 a
Virgin Atlantic Airlines e uma série de lojas. Em 1993, uma estação de rádio e, alguns anos depois, em 1996, a
segunda gravadora, V2.
O grupo Virgin alcançou 35 países, com quase 70.000 funcionários. Richard Branson ainda prosseguiu com a
expansão com uma companhia de trem, de celular e turismo espacial.
Segundo o próprio empresário, em uma entrevista no canal de Graham Bensinger, o seu transtorno com certeza
contribuiu para a sua trajetória de sucesso, porque
“Você se concentra nas coisas em que é bom e, muitas vezes, se destaca nas que mais se encaixa... por isso,
aprendi a delegar muito cedo e me cercar de ótimas pessoas porque eu não era bom em tudo. A Virgin não teria
sido bem sucedida se eu não tivesse esse déficit.”
David Neeleman
(Na imagem: David Neeleman, fundador da JetBlue Airways e da Azul Linhas Aéreas, dentre outras)
(Crédito: Contributed Photo)
Nascido em São Paulo no ano de 1959 e filho de americanos e holandeses, David Neeleman é hoje um dos
maiores empresários do ramo da aviação. No entanto, sua infância e adolescência não foram assim tão
brilhantes.
Ele não gostava de ler e era um aluno mediano. Frequentou a Universidade de Utah e desistiu após 3 anos. Em
uma entrevista à Veja Online, afirmou que o transtorno é algo com que aprendeu a conviver.
“Faz com que eu seja criativo. Acho que até gosto. A TDAH não é propriamente ruim. Ela faz com que você
tenha bastante dificuldade de se concentrar em algo que não lhe interesse. Alguém pode estar falando com você
sobre um assunto e você estar pensando em outro... O lado positivo da TDAH é que, uma vez que encontramos
algo que nos interessa, temos a habilidade de hiperconcentração – quando isso acontece, tudo em volta se torna
insignificante.”
O empresário, além de fundador das companhias aéreas JetBlue Airways, Morris Air, da canadense WestJet e
da brasileira Azul Linhas Aéreas, criou também o ticket digital e tem ainda participações na companhia
portuguesa Tap e na francesa Aigle Azur.
Não é por menos que o empresário faz parte do seleto grupo de brasileiros com patrimônio acima de 1 bilhão de
dólares.
Walt Disney
“Por natureza, sou um experimentador. Até hoje não acredito em sequência. Não consigo seguir ciclos
populares. Eu tenho que mudar para coisas novas. Assim, com o sucesso do Mickey, eu estava determinado a
diversificar.”
Rejeitado em de seus primeiros empregos devido à “falta de criatividade”, ele criou o maior estúdio de
animação de Hollywood e, hoje, os parques temáticos da Disney se estendem pela Califórnia, Flórida, França,
Japão e Hong Kong.
Seus desenhos se tornaram conhecidos nos quatro cantos do mundo e ele foi capaz de construir um império que,
definitivamente, conquistou e continua conquistando adultos e crianças até os dias de hoje.
Wall Disney se transformou em uma lenda e criou um legado em torno do imaginário infantil. Além disso, ele
foi a pessoa que mais ganhou o prêmio Oscar em todos os tempos.
Tallis Gomes
Com tanto know-how, Tallis deciciu dar um novo passo na sua carreira e em parceria com Alfredo Soares e
Bruno Nardon, desenvolveu o conceito de o que é a gestão 4.0, fundando a G4 Educação, uma startup de
formação educacional voltada para os negócios.
Devido a essa trajetória, no ramo de gestão empresarial, ele também se tornou palestrante em instituições
renomadas pelo mundo, como Harvard, Columbia University e Duke University, sendo considerado pela Forbes
como um 30 Under 30.
O que muitos não sabem é que ele também foi diagnosticado com TDAH. Por isso, relata ser hiperativo e com
muita dificuldade de manter o foco em alguma coisa por muito tempo. O empreendedor afirmou, inclusive, em
uma entrevista com a psicóloga Mariângela Guerra que:
“(...) não é muito fácil. Como eu passei muito tempo com TDAH, criei o hábito de fazer coisas picadas. Isso é
muito ruim quando preciso concluir alguns projetos maiores que necessariamente você não dá para fazer um
sprint. Quem tem TDAH como eu, se a pessoa vai bem, ela aprende a fazer as coisas muito rapidamente e
aprende a ser muito eficiente. Mas têm coisas que não tem como, que são projetos maiores. Precisa ter etapas e
a gente tem muita dificuldade em cumprir isso. É um trabalho quase que interno, de eu me policiar, ser meu
próprio chefe, de conseguir e falar, “você precisa cumprir essa etapa”. É um desafio muito grande, eu brigo
comigo mesmo o tempo inteiro.”
Em muitos casos, medicamento é necessário e o controle do meio ambiente e do emocional, assim como o
cuidado com a saúde física, são essenciais.
Por isso, é importante promover emoções positivas, livre de atmosferas ameaçadoras e que causem medo.
Dormir bem, ter uma boa dieta e exercitar-se também são ótimas dicas para que o cérebro possa dar o seu
melhor.
Desenvolver técnicas de organização e proteger os lobos frontais dando a eles o tempo necessário para digerir o
que está sendo dito, também vão ajudar para que o cérebro não entre em pânico.
Movimentar-se também é uma maneira de lidar com o estresse, assim como pedir ajuda, delegar funções ou
realizar um brainstorming com um colega.
Apesar de em muitos casos os líderes terem que conviver com o TDAH em si mesmos, é importante que eles
também olhem para os seus liderados e promovam em suas organizações o estímulo a um pensamento mais
profundo do que acelerado e invistam em amenities que contribuirão com uma atmosfera mais leve e positiva.
E, em muitos casos, como nos exemplos de líderes mencionados, o TDAH abriu novas possibilidades,
estimulando uma maior produtividade e inteligência no ambiente de trabalho.
É interessante também observar que esses famosos com TDAH não se esconderam através da doença ou se
fizeram de vítimas por causa dela. Pelo contrário, buscaram o seu melhor dentro das suas limitações, com muita
disciplina, para exercer diferentes tipos de liderança e se cercaram de pessoas competentes para alcançar o
sucesso.
Se você tem ou não TDAH, mas quer aprender a liderar, desenvolver e gerenciar equipes de alta performance
com os maiores players do mercado, o G4 Educação oferece a Imersão em Liderança com técnicas e
estratégias que irão moldar a sua empresa para obter resultados extremamente relevantes.
O Transtorno de Deficit de Atenção com Hiperatividade, bastante conhecido apenas pela sigla TDAH, pode ser
definido como um transtorno que se caracteriza por desatenção, impulsividade e inquietação.
A seguir, vamos falar mais a respeito desse transtorno, que afeta cerca de 5% das crianças e está diretamente
relacionado com problemas de comportamento, queda na produtividade escolar e dificuldade de adaptação.
Ainda de acordo com a Associação, apesar de algumas teorias sugerirem que problemas familiares poderiam
causar TDAH, até o momento, acredita-se que o quadro pode ser agravado em um indivíduo, mas não causado
devido a esses problemas.
→ Sintomas
De acordo com a Associação Brasileira do Deficit de Atenção, dois tipos de sintomas aparecem em pessoas
com TDAH:
Desatenção;
Hiperatividade-impulsividade.
Na infância, a desatenção característica do TDAH causa uma série de dificuldades quando o assunto é a
assimilação do conteúdo escolar. A criança apresenta dificuldade de atentar-se a detalhes; seguir instruções;
finalizar atividades, sendo essas cotidianas ou escolares; e envolver-se em atividades que requerem grande
esforço mental.
Ainda, o indivíduo frequentemente: esquece atividades diárias; muda de assunto; distrai-se durante conversas;
alterna as tarefas; e muda de foco com outros estímulos.
Além disso, as crianças com TDAH apresentam grande dificuldade de ficarem quietas, são muito agitadas e
apresentam problemas comportamentais, como dificuldade de cumprir regras. No que diz respeito aos sintomas
de hiperatividade, a criança: agita bastante os pés e as mãos; levanta-se de carteiras, em sala, frequentemente;
movimenta-se à noite excessivamente; corre em situações em que isso não é o indicado ou permitido; e não
consegue envolver-se em atividades silenciosas.
O sintoma de impulsividade pode ser observado também facilmente nas crianças. O paciente com TDAH,
geralmente, responde sem pensar e apresenta dificuldade em esperar sua vez nas atividades.
Nos adultos, os problemas do TDAH também aparecem. Estima-se que cerca de 60% das crianças e
adolescentes que apresentaram esse transtorno na infância continuaram com alguns sintomas na vida adulta.
Indivíduos com esse problema são desatentos com suas atividades normais, como o trabalho, por exemplo, e
apresentam dificuldade de determinar prioridades para o que deve ser feito. Comumente, interrompem seus
trabalhos dando inicio a outros, sem conseguirem finalizar o que já haviam começado, sentindo-se, muitas
vezes, sobrecarregados. A inquietação nesses pacientes tende a ser mais branda do que aquela observada na fase
infantil.
→ Diagnóstico
O diagnóstico correto de TDAH só pode ser realizado por um profissional devidamente habilitado, uma vez que
muitos desses sintomas podem estar associados a outros transtornos. Vale destacar que não há exames
específicos, como ressonância ou eletroencefalograma, para a detecção do transtorno, sendo o diagnóstico
inteiramente clínico.
Para identificar corretamente o TDAH, o profissional (que pode ser, por exemplo, um psiquiatra, neurologista
ou pediatra) irá analisar os sintomas do paciente, sua duração, frequência, intensidade e persistência. O
profissional irá avaliar, ainda, os prejuízos decorrentes desses sintomas para a vida do paciente. Apenas após
essas análises, o diagnóstico pode ser fechado.
→ Tipos
O TDAH pode ser dividido em três tipos básicos tendo como base os sintomas apresentados pelo indivíduo. São
tipos de TDAH:
TDAH combinado.
Quando se observa crianças e adolescentes com TDAH, verifica-se uma maior incidência do tipo combinado.
No sexo feminino, aparece com mais frequência o TDAH com predomínio de sintomas de desatenção, sendo
esse um tipo que se caracteriza por uma maior necessidade de ajuda no que diz respeito às atividades escolares.
O TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade, por fazer com que o indivíduo torne-se
mais agressivo e apresente maior quantidade de transtorno de conduta, acaba causando maior rejeição desse
indivíduo por parte dos colegas. Vale salientar, nesse ponto, que um tratamento adequado é fundamental não só
para a melhoria dos sintomas do indivíduo como também do seu relacionamento com outras pessoas.
→ Tratamento
Indivíduos com TDAH devem realizar terapia.
Indivíduos com TDAH devem realizar terapia.
O tratamento para o TDAH é feito com ajuda de medicamentos e terapia. Dentre os medicamentos utilizados,
destaca-se a ritalina, que terá doses e horários de administração determinados por um médico.
Dentre as terapias, destaca-se a chamada Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), que é uma forma de
psicoterapia muito recomendada para pessoas com o transtorno aqui abordado. Quando o paciente apresenta
transtornos na fala, pode ser recomendada, ainda, ajuda de um fonoaudiólogo.
Vale salientar que o paciente com TDAH em idade escolar merece atenção especial para que possa obter
melhores resultados. Portanto, é fundamental que professores utilizem técnicas adequadas para facilitar o
aprendizado desse indivíduo, lembrando-se sempre de nunca propor atividades muito longas e explicar, passo a
passo, o que se deseja em uma atividade. Nesse caso, é fundamental que escola e pais trabalhem juntos.
É também importante dizer que o não tratamento pode trazer consequências graves para a vida de um indivíduo.
De acordo com a Associação Brasileira do Deficit de Atenção “[...] há inúmeras pesquisas mostrando que o
TDAH está associado ao fracasso acadêmico, abandono escolar, acidentes de trânsito, uso de drogas e álcool,
divórcio, entre outras situações negativas na vida adulta”.
Assim sendo, ao perceber-se os sintomas aqui abordados, é fundamental a procura por ajuda especializada.