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Apresentação conduzida por Amanda Passos, Roberta Reinell e Igor

Sousa como parte dos requisitos para aprovação na disciplina


Psicologia do Desenvolvimento III
?

“TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é um


problema crônico que afeta as funções cerebrais. Tem início cedo na
infância, podendo acompanhar a pessoa durante toda a vida. Pode
se apresentar de múltiplas formas, em diferentes graus de
intensidade (...)” (IPDA)
1902 – Defeitos na conduta moral acompanhado de inquietação, desatenção e
dificuldades diante de regras e limites

1917-1918 – Surto de encefalite na América do Norte

1930 – Lesão Cerebral Mínima

1962 – Dificuldade de correlação entre lesão cerebral e a Disfunção Cerebral Mínima

1968 – Transtorno de Reação Hipercinética – Níveis excessivos de atividade

1987 – Distúrbio de Déficit de Atenção e Hiperatividade

1994 – A versão revisada do DSM-IV-RTM


Marcadores fenotípicos familiares

Marcadores genéticos

Transmissão poligenética

Alterações nos substratos neurais que regulam as funções executivas

Dificuldade em inibir comportamentos e de controlar as interferências


https://dda-deficitdeatencao.com.br/
- Varia entre 3% a 6%, sendo mais comum em
meninos;

- É preciso verificar se as características


apresentadas trazem ou não prejuízos à criança

- Característica básica sendo desatenção e/ou


hiperatividade, impulsividade, se comparada à outras
crianças em pelo menos um dos contextos (domiciliar e
escolar);

- Dificuldades em atenção concentrada, esforçar-se


de forma persistente e manter-se vigilante.
De acordo com o DSM-5, o TDAH pode
aparecer de três formas:

 De apresentação predominantemente
desatenta;

 De apresentação predominantemente
hiperativa/impulsiva;

 De apresentação combinada - em que


estão presentes os dois sintomas, desatenção e
hiperatividade
- Doença camuflada, pois os
sintomas são mascarados;

- Diagnóstico difícil;

- Avaliação por auto-relato;


Instabilidade profissional que persiste ao longo da vida;
 Rendimentos abaixo de suas reais capacidades no trabalho e na profissão;
Falta de capacidade para manter a atenção por um período longo; falta de
organização (carente de disciplina);
Insuficiente capacidade para cumprir o que se comprometem;
 Incapacidade para estabelecer cumprir uma rotina;
 Esquecimentos, perdas e descuidos importantes;
Depressão e baixa auto-estima;
Dificuldades para pensar e se expressar com clareza;
 Tendência a atuar impulsivamente e interromper os outros;
Dificuldades de escutar e esperar sua vez de falar;
Freqüentes acidentes automobilísticos devido à distração;
Freqüente consumo de álcool e abuso de substância
1. Critérios de Desatenção: a) frequentemente não presta atenção em detalhes b) tem
dificuldade para manter atenção em tarefas; c) parece não escutar quando lhe
dirigem a palavra; d) frequentemente não segue instruções e não termina seus
deveres; e) dificuldade para organizar tarefas e atividades; f) evitam se envolver em
tarefas que exijam um esforço mental constante; g) perdem coisas necessárias para
suas tarefas e atividades; h) distrai-se fácil com tarefas; e, i) mostra esquecimento nas
atividades diárias.
2. Critérios de Hiperatividade: a) frequentemente agita as mãos e os pés e fica se
remexendo na cadeira; b) abandona sua cadeira em situações em que se espera
que permaneça sentado; c) são inquietos: d) com frequência tem dificuldade de se
envolver silenciosamente em atividades e) está frequentemente "a mil", ou como se
estivesse "a todo vapor"; e, f) frequentemente fala em demasia.
3. Critérios de Impulsividade: a) frequentemente dá respostas precipitadas antes que
tenham sido reformuladas completamente as perguntas; b) com frequência tem
dificuldade de aguardar sua vez; e, c) frequentemente interrompe ou se intromete em
assuntos alheios.
Como o processo de envelhecimento atrapalha no diagnóstico, as
comorbidades do transtorno são, muitas vezes, até identificadas, mas a
sintomatologia específica do TDAH não é nem hipotetizada.

Em relação aos idosos, o impacto da doença pode ser ainda mais
intenso, pois se soma a uma maior incidência de outras patologias e a
perdas nas dimensões sociais, afetivas, econômicas, entre outras.
Nas primeiras décadas do século XX, no Brasil e em outros
países, a psicometria e o diagnóstico médico eram ferramentas
criadas para deslocar as desigualdades sociais, econômicas,
políticas, subjetivas e culturais para o âmbito individual,
especialmente, pela patologização dos acontecimentos que
começaram a ser denominados, à época, de problemas de
aprendizagem.
A medicina se apropria do espaço escolar e o professor passa a
ter um olhar mais vigilante sobre as crianças buscando
classificações para suas diferenças individuais.
Atualmente, um dos medicamentos psicoativos mais utilizados na
infância é o cloridato de metilfenidato, indicado para tratar sintomas
de pessoas diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção
com hiperatividade - TDAH ou narcolepsia.
A falta de consenso acerca do diagnóstico e os efeitos colaterais,
considerados nocivos, do medicamento, o qual é frequentemente
utilizado, geram especulações sobre a validade e o custo dessa
expansão do transtorno. Associado ao consumo crescente de
metilfenidato, o TDAH é considerado um dos principais
diagnósticos envolvidos nos chamados processos de
farmacologização e medicalização da vida.
São prometidos como efeitos do uso desse psicofármaco: melhoria
da atenção, o que supostamente auxiliaria na execução das atividades
escolares.

A tão prometida eficácia no controle desses sintomas não


necessariamente acarreta melhoras no aprendizado escolar, que
costuma ser uma das questões envolvidas na queixa que leva à busca
de tratamento para a criança.
Um dos achados da pesquisa relatada pelas autoras é que o
estado da criança sob o efeito do medicamento pode
aparentemente ser de maior quietude, mas estar ligado a certa
apatia e mesmo à fixação da atenção em qualquer outra coisa que
não a situação de aprendizagem que lhe é apresentada.
Mais frequentes: dor de cabeça, redução do apetite e consequente perda de peso,
insônia, dores abdominais e redução do crescimento.

Menos frequentes: dependência, aumento da irritabilidade em pacientes com


TDAH, depressão e melancolia, piora dos sintomas de hiperatividade, náusea,
taquicardia, risco de doenças cardiovasculares e hipertensão, aumento da
ansiedade, potencial de abuso, prejuízo à região frontal do cérebro e, finalmente,
dependência psicológica. Alguns desses efeitos são relatados, logo ao ser iniciado o
uso do fármaco, enquanto outros são percebidos nos casos de uso crônico do
medicamento.
- A escola desempenha papel de
grande relevância;

- O TDAH muita das vezes é observado por


professores;

- Há o baixo desempenho escolar;

- Os métodos tradicionais da escola são


motivo de sofrimento para as crianças
diagnosticadas com TDAH;

- Solução ideal é mudança de didática e


adequação ao ritmo do aluno.
?
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