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Professor José António

Perguntas Importantes

1. Pedro era é um jovem de 22 anos que veio à consulta de psiquiatria acompanhado pelo tio. Aparentemente terá negado a
vir na companhia da mãe que se encontrava preocupada com o comportamento atual do seu filho. Segundo o tio, o Pedro
era uma criança saudável, bem disposto, comunicativo e um bom aluno na escola; nunca tinha chumbado. Adorava ir a casa
dos avós e dos tios numa aldeia no Norte do país na qual se realizavam regularmente almoços de família. Quando entrou
para o 12º ano, os pais notaram que ele começou a passar muito tempo fora de casa com os amigos, chegava a casa a altas
horas da madrugada e aos fins-de-semana nunca queria ir à aldeia, preferindo sair com os amigos e dormir o resto do dia.
As suas notas desceram e começou a ter negativas. Começou a fumar com os amigos e por vezes embriagava-se. Acabou
por repetir o ano. Os pais resolveram colocá-lo num colégio particular para evitarem as más companhias. O Pedro assumiu
um comportamento mais adequado, ainda assim nunca mais teve o mesmo rendimento escolar. Para grande alegria dos
pais conseguiu entrar na faculdade, no entanto as dificuldades eram cada vez maiores e o Pedro começou a passar mais
tempo no quarto para poder estudar. Passaram 3 anos e o Pedro continua no 1º ano. Atualmente, não consegue estudar,
passa o dia quase todo no quarto, não quer ver os avós e apenas ainda fala de forma desligada e distante com este tio. Na
consulta o Pedro não expressa qualquer sentimento relativamente à situação. Nega alucinações visuais ou auditivas. Não
existe causalidade orgânica para a sintomatologia.
O psiquiatra diagnosticou uma forma de esquizofrenia.

a) Que tipo de patologia manifesta o Pedro?

R.: Esquizofrenia Hebefrénica.

b) Qual a sintomatologia apresentada que lhe permite chegar a essa conclusão?

R.: Ausência de delírios e alucinações visuais e auditivas, não existe causalidade orgânica para a sintomatologia e isolamento
social. O Pedro não quer ver os avós,

c) Quais os sinais de alarme que levaram a mãe a ficar preocupada?

R.: Mau rendimento escolar, fechar-se no quarto, não expressar os seus sentimentos, antecedentes e más companhias e não
querer ver os avós e o tio.

d) O prognóstico da situação clínica do Pedro será bom ou mau? Justifique.

R.: Mau. A esquizofrenia hebefrénica instala-se em idades mais jovens e associa-se ao pior prognóstico com sintomas negativos a
surgirem precocemente, particularmente a avaliação e embotamento afetivo.

2. -se algumas fendas no teto. O Sr. Anastácio está com:


R.: Delírios (ilusões).

3. Defina, segundo os conceitos aprendidos, o que diferencia Neuroses de Psicoses.

R.: Neuroses: Grupo de doenças que se opõem às psicoses, caraterizam-se por queixas subjetivas, de acentuada carga afetiva,
que coincidem com lucidez ou consciência e sem lesões orgânicas capazes de explicar o sofrimento e a ansiedade que
acompanham as referidas queixas. Psicoses: São doenças psicóticas, do foro psiquiátrico que se caract

INÊS LEÃO 1
4. Quais são os seis tipos mais importantes das perturbações somatoformes segundo o DSM-IV?
Perturbações de somatização;
Perturbações de conversão;
Hipocondria;
Perturbação dismórfica corporal;
Perturbação de dor somatoforme;
Perturbação somatoforme sem outra especificação.

5. Argumente a aplicabilidade do processo de enfermagem do relacionamento interpessoal de Hildegard Peplau.

R.: A enfermagem é um processo interpessoal terapêutico desenvolvido através do processo de enfermagem que assenta no
humanismo, ao longo das diferentes fases da teoria baseada na relação enfermeiro-doente (teoria das relações interpessoais)
que são: orientação, identificação, exploração e resolução. Através do processo de enfermagem pretende-se ajudar a atingir
a maturidade e a facilitar a construção de uma vida criativa, construtiva e produtiva, de forma a promover o crescimento.
Importa realçar que existem fatores físicos (estrutura do serviço) e fatores humanos (desmotivação, falta de tempo,
personalidade do enfermeiro, preconceitos, discriminação, neutralidade emocional) que interferem.

6. Enumere 5 efeitos secundários de origem neurovegetativa e 5 de origem neurológica decorrentes de administração de


neurolépticos.
R.: De origem neurovegetativa Boca seca, sonolência, obstipação e retenção urinária, aumento do peso corporal e
variações na tensão arterial.
De origem neurológica síndrome maligno dos neurolépticos, síndrome de indiferença motora, síndrome parkinsónico e
discinesias e acatisia.

7. A hipotensão ortostática é uma das complicações decorrentes da administração de um tipo de psicofármacos. Diga qual e
refira quais as intervenções de enfermagem dirigidas a este quadro.

R.: Inibidores de monoamina oxidase (IMAO). Perante um quadro de hipotensão ortostática deve-se manter o doente no leito
com elevação dos membros inferiores e fazer uma monitorização contínua da tensão arterial. No ensino ao doente/família é
necessário avisar o doente para mudar de posição lentamente para minimizar a hipotensão ortostática. Avaliar o estado
mental e emocional, bem como avaliar tendências de suicídio e limitar a quantidade de fármaco disponível perto do doente.

8. O síndrome maligno dos neurolépticos é uma complicação muito grave decorrente do uso de anti psicóticos. Quais os sinais
e sintomas que permitem identificar essa situação?
R.: O utente desenvolve rapidamente um quadro de profunda dureza muscular, febre e tremores. No espaço de poucas horas,
o paciente pode ficar completamente imóvel, incapaz de deglutir, de falar ou de se mover voluntariamente.

9. Quais os cuidados de enfermagem antes, durante e após a realização de um tratamento de sincronização cerebral de um
doente em regime de ambulatório?
R.: No que diz respeito aos cuidados com o doente: deve estar em jejum de 6h a 8h, avaliar e registar sinais vitais, desapertar
a roupa, convidar o utente a urinar antes da execução do tratamento, retirar próteses dentárias, administrar terapêutica
hipnótica quando necessário, não deve ser administrada a medicação diária habitual na manhã do procedimento. Técnica a
utilizar:
Antes colocar o utente em decúbito dorsal, sem almofadas com os membros em extensão e ligeira abdução.

Durante um enfermeiro coloca-se à cabeça do utente, aplica os elétrodos e imobiliza o maxilar inferior segurando-o para
cima e para trás. Dois enfermeiros colocam-se em ambos os lados do utente e vão imobilizar suavemente os membros
superiores, colocando uma das mãos sobre a articulação escapulo-umeral e a outra segura o terço inferior do antebraço. O
quarto enfermeiro administrará a eletroconvulsivoterapia.

Após após a ECT, quando surge imediatamente a fase ruidosa, deve colocar-se o doente em posição lateral de segurança,
lado direito de forma a facilitar a drenagem de secreções e evitar a asfixia. Vigiar o utente pois este pode acordar ansioso,
confuso e por vezes agitado. Quando acordar deverá estar alguém para o orientar. O utente só deve comer quando o puder
fazer autonomamente. Um componente essencial aos cuidados de enfermagem antes, durante e após o tratamento por ECT
é o apoio ao utente e família, no que respeita à obtenção de informação e esclarecimento de preocupações sobre o
tratamento.

INÊS LEÃO 2
10. Elabore um caso clinico de um doente que tem uma PMD, com manifestações clinicas positivas, para ser analisado pelos
alunos durante um teste de avaliação clinica da disciplina de Saúde Mental. Não se esqueça de ser o mais claro e específico
para que os alunos não se enganem no diagnostico.

R.: (Positivos: delírios, alucinações, desorganização do pensamento).


A doente G.T agendou uma consulta e apareceu no centro de saúde, juntamente com o seu filho. Esta tem 56 anos de idade
e, segundo relato do filho, tem andado com comportamentos fora do comum. Contou que, na semana passada a sua mãe se
apresentou durante uns dias com uma irritabilidade extrema por situações que facilmente se resolviam. Foi relatado na
consulta que nessa mesma semana, foram poucas as horas de sono que a senhora GT dormiu, dizendo não tinha necessidade
de dormir. Relatou que na semana passada estava muito apática, sem vontade de nada e não foi trabalhar. Ontem disse ao
filho que a estavam a chamar da parede. Foi então que este se apercebeu que precisava de vir com a mãe à consulta.

11. -se compelido a verificar o encerramento da porta da rua


10 vezes e muitas vezes levanta-se da cama para voltar a fazê- Identifique e caracterize este tipo de perturbações.
Estabeleça uma ação de enfermagem apoiada numa atitude que vise a diminuição deste comportamento.

R.: Perturbações obsessivas-compulsivas caraterizam-se por obsessões recorrentes, que são ideias persistentes,
pensamentos, impulsos ou imagens que são experimentadas como intrusivas e inapropriadas e que causam forte ansiedade
ou mal-estar e, por compulsões que são comportamentos repetidos cujo objetivo é cuidar ou reduzir a ansiedade ou mal-
estar. Nesse sentido, a ação da enfermagem passa por manter um ambiente calmo, manter uma comunicação aberta de
forma a estabelecer uma relação de confiança baseada na honestidade, registar quaisquer mudanças de comportamento que
possam interferir com o tratamento do utente e incentivar o mesmo a participar em atividades diversas e não stressantes,
uma vez que permitem ao utente concentrar-se em algo que não a situação geradora de stress e além disso proporciona um
feedback positivo em relação ao seu progresso.

12. Relativamente à oligofrenia indique os diferentes níveis, bem como a atuação da enfermagem.

R.: Retardado mental leve, moderado, severo e profundo. A atuação da enfermagem passa por atuar junto da família de
forma a ajudar a investigar e avaliar diferentes programas, além de auxiliá-la no processo ou ajustamento à decisão de colocar
o filho/familiar num dos programas. Para além disso, a reeducação para a saúde também é uma das áreas mais importantes
para o enfermeiro, de forma a envolver estratégias de melhorar a competência e autoestima e mantendo, ao mesmo tempo,
espectativas realistas para o utente. A atuação familiar pode também auxiliar a família no processo ou adaptação com a
finalidade de melhorar a comunicação em geral e as relações interpessoais entre os membros da família, envolvendo causas,
tratamento e outras áreas pertinentes, tais como treinamento especial e correção de aspetos sensoriais.

13. Uma das complicações frequentes no alcoólico crónico é a síndroma de abstinência. Num acidente de viação com fratura
do fémur O Sr. Manuel Antunes (alcoólico crónico que recusa tratar-se) foi internado no serviço de ortopedia e desenvolveu
um quadro de abstinência alcoólica. (1,5 valores) Explique a instalação desta síndroma.

R.: O quadro de abstinência alcoólica é uma consequência do elevado consumo de álcool. Assim, quando uma pessoa bebe
quantidades grandes de álcool, regularmente, acaba por ganhar tolerância ao mesmo, sendo precisas quantidades maiores
para que se sinta os efeitos. Assim, começa a ver uma desistência e consequente diminuição do consumo, fazendo o seu
corpo sentir a sua falta e entrando num síndrome de abstinência alcoólica. Neste caso, como o senhor Manuel foi internado,
ficou sem acesso a álcool desenvolvendo então o síndrome referido.

14. O Sr. B de 32 anos recorreu ao serviço de urgência acompanhado pela esposa. Esta comunica à equipa médica que o marido
enquanto cozinhava no dia anterior afirmou que todos os eletrodomésticos de sua casa emitiam uma radiação com germes
( ). Referiu também que à cerca de uma semana o encontrou à porta dos vizinhos dizendo que era Jesus Cristo e que era o
dever deles ouvir a sua palavra.

R.: Esquizofrenia paranoide, visto que estão presentes sintomas como delírios, tanto na emissão de radiação com germes
sifilíticos como na exacerbação da manifestação de grandeza quando afirma que é Deus e que o dever dos vizinhos é ouvi-lo.
As intervenções de enfermagem que seriam mais eficazes passa por não reforçar as ideias delirantes, construir relação de
confiança, evitar situações de competitividade e promover um ambiente calmo.

INÊS LEÃO 3
Escolha múltipla

1. Os delírios e as demências são considerados:

a) Transtornos sexuais;
b) Transtornos de somatização psicótica;
c) Transtornos orgânicos neuróticos;
d) Transtornos orgânicos do comportamento;

2. Ritual é um mecanismo de defesa manifestado por um conjunto de ações:

a) Inconscientemente desenvolvido;
b) Tem como objetivo aliviar a ansiedade;
c) Que devem ser proibidos ao doente;
d) Que o doente consegue controlar.

3. Quais das seguintes perturbações não é uma perturbação da ansiedade?

a) Perturbações de pânico;
b) Perturbações obsessivo-compulsivo;
c) Perturbações da personalidade múltipla;
d) Perturbações pós stresse traumático.

4. Considera-se uma atitude incorreta perante um doente potencialmente violento:

a) Demonstrar uma atitude empática.


b) Demonstrar uma atitude de indiferença.
c) Não assumir posição desafiante.
d) Mostrar-se calmo e disponível.

5. Enfermeiro e doente conversam tranquilamente sobre os progressos do doente e os sentimentos quanto à relação
terapêutica. Isto é típico de que fase da relação terapêutica?

a) Avaliação.
b) Orientação.
c) Exploração.
d) Termino.

6. A cleptomania é caracterizada por:

a) Necessidade de exacerbar queixas somáticas.


b) Necessidade de falar em demasia.
c) Necessidade compulsiva de furtar objectos.
d) Tendência irresistível para correr.

7. A Fobia Social pode ocorrer nas:

a) Perturbações Obsessivo-compulsivo
b) Perturbações Pós-stress traumático
c) Perturbações da Ansiedade
d) Perturbações de Pânico

8. Na doença Bipolar a sua gravidade é diretamente proporcional à medida que:

a) Fase depressiva e normal longas.


b) Fase maníaca e normal longas.
c) Fase depressiva, maníaca e normal curtas.
d) Fase depressiva e maníaca longas e fase normal curta.

INÊS LEÃO 4
9. O síndrome depressivo caracteriza-se por:

a) Um estado afetivo de natureza Psicótica.


b) Acentuada perda de capacidade de experimentar o prazer.
c) Estado transitório invadido por angústia existencial e ligado a outros sintomas.
d) Uma doença de carácter irreversível com perturbações sociais e ocupacionais.

10. teto -se algumas fendas no teto. O Sr. Anastácio está com:

a) Alucinações.
b) Ilusões.
c) Delírios.
d) Flashback.

11. Uma intervenção de enfermagem possível para uma doente com Esquizofrenia é:

a) Reforçar as alucinações.
b) Manter a pessoa orientada para a realidade e para o presente.
c) Administrar terapêutica em SOS.
d) Encorajar actividades competitivas.

12. Não se enquadra nas características da depressão:

a) Ser mais comum nas senhoras acima dos 45 anos.


b) Ter elevados custos sociais.
c) Estar associada a alguns transtornos orgânicos crónicos.
d) O doente tornar-se agressivo para terceiros.

Apontamentos

Esquizofrenia Paranóide:
Suspeição;
Hostilidade e agressão;
Afeto desapropriado;
Ausência de associação no discurso;
Delírios de grandeza e perseguição;

Esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada:


Comportamento invulgar e contorções faciais;
Discurso estranho e destorcido;

Expressão de emoções descontextualizada e adequada à situação;


Alucinações auditivas desorganizadas.

Esquizofrenia catatônica:
Actividade motora perturbada;
Oscilação entre extrema rigidez muscular e agitação;
Sintomas momentâneos e de rápida alteração, especialmente se estimulados por barulho ou movimentos;
Ecolalia (repetição involuntária das palavras faladas por outros e frequentemente acompanhada por uma contração
muscular);
Ecopraxia (imitação sem significado dos movimentos efetuados por outras pessoas).

Tipos de neurose:
Síndromes fóbicos;
Síndromes obsessivo-compulsivos;
Síndromes histéricos;
Síndromes hipocondríacas;
Síndrome neuroasténicos (síndrome da fadiga crónica).

INÊS LEÃO 5
Comportamentos Somatoformes

Grupo de perturbações mentais caracterizadas pela presença de sintomas físicos para os quais não existe patologia orgânica
correspondente.

Tipos mais importantes de perturbações Somatoformes:


Perturbações de somatização;
Perturbações de conversão;
Hipocondria;
Perturbação dismórfica corporal;
Perturbação de dor somatoforme;
Perturbação somatoforme sem outra especificação.

Definição de Somatização:

scientemente) o
seu corpo ou sintomas corporais para fins psicológicos ou para obter ganhos pessoais. Pode ocorrer na presença de doença física
demonstrada (intensificando demasiadamente a sua presença sintomática), assim como na ausência de qualquer doenç
Doente Típico: Uma mulher de 25 anos tem antecedentes de sintomas físicos pouco claros. Diz ter consultado muitos médicos, mas que
ninguém foi capaz de a ajudar.

Definição de Conversão:

É o mecanismo que converte a ansiedade em sintoma físico. Na perturbação de conversão, dá-se uma perda ou diminuição do
funcionamento físico, que parece estar relacionada com o sistema neurológico. A paralisia e a cegueira são dois dos exemplos
mais comuns desta perturbação.
Doente Típico: Uma mulher de 30 anos apresenta uma paralisia súbita nas pernas. Refere este problema de forma distante e desapaixonada.

Definição de Hipocondria:

Costuma designar-se por hipocondria um quadro clínico constituído por imensas queixas de natureza somática em que não se
torna evidente qualquer patologia orgânica.
Doente Típico: graves e quase fatais
especialistas. Ao entrar em pormenor, estas doenças não parecem ser nem graves nem fatais, representando antes uma resposta exagerada
a sensações fisiológicas normais.

Definição de Perturbação Dismórfica corporal:

É a preocupação com um defeito imaginado ou exagerado na aparência física.


Doente Típico: Um homem de 28 anos pretende fazer uma rinoplastia devido ao
está convencido que as outras pessoas olham muito para o seu nariz. A exploração física revela tratar-se de um homem de aparência normal,
cujo nariz não chama especialmente a atenção.

Definição de Perturbação de Dor Somatoforme

Neste tipo de perturbação, o doente manifesta um nível de dor que não está de acordo com o seu estado físico (localização da
dor não muda).

Doente Típico: Depois de ter sofrido uma pequena lesão da omoplata 8 meses antes, uma mulher de 34 anos refere dores intensas, embora
não haja sinais de patologia que as expliquem.

Definição de Perturbação somatoforme sem outra especificação:

É incluído na codificação de transtornos com sintomas somatoformes que não satisfazem os critérios para qualquer um dos
Transtornos Somatoformes.

(Perturbação Factícia por Procuração e Síndrome de MÜNCHAUSEN; Simulação).

INÊS LEÃO 6
Definição de Perturbação Factícia por Procuração:

Simulação ou indução de uma doença em outra pessoa, geralmente de pai para filho, com a finalidade de atrair a atenção do
pessoal médico.

Definição de Síndrome de Münchausen:

As pessoas com o síndrome de Münchausen simulam de forma consciente os sintomas de uma perturbação física. Estas inventam
doenças repetidamente e muitas vezes andam de hospital em hospital à procura de tratamento.

Definição de Simulação:

Manifestação voluntária e deliberada de doença ou incapacidade para conseguir benefícios pessoais ou para evadir-se das suas
obrigações.

Comportamentos Ritualistas

São atos de natureza obsessivo-compulsiva, em que a ideia obsessiva conduz à realização de um ato (de anulação), que se
denomina ato obsessivo ou compulsão. Um tal ato constitui um ritual repetitivo, por meio do qual o doente pretende libertar-se,
ainda que transitoriamente, da ansiedade que a obsessão ou a fobia lhe acarretam.

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Manter um ambiente calmo;
Promover confiança, de forma a aumentar a autoestima do doente;
Manter uma comunicação aberta, encorajando o doente a verbalizar todos os pensamentos e sentimentos;
Observar a comunicação não-verbal do doente;
Evitar temas de conversa dolorosos;
Observar sinais de pensamentos suicidas;
Registar mudanças no comportamento;
Proporcionar apoio emocional;
Encorajar à terapia;
Não tecer juízos de valor;
Dar informações objetivas e claras.

O processo de STRESS desenvolve-se em três fases distintas:


Alarme;
Resistência;
Exaustão.

DELIRIUM TREMUS (síndrome psicótica aguda de causa alcoólica)


É a forma mais grave do síndrome de abstinência. Surge após paragem ou redução da ingestão excessiva e prolongada.

Manifestações Delirium Tremus:


Pupilas dilatadas;
Hipertensão;
Desidratação;
Sudorese intensa;
Tremores generalizados;
Confusão mental;
Agitação;
Alucinações visuais.

INÊS LEÃO 7
Cuidados de enfermagem na esquizofrenia e bipolaridade

ESQUIZOFRENIA:
Educação à família e ao doente;
Comunicação afetiva;
Estratégias de adaptação da pessoa e família;
Não reforçar alucinações;
Proporcionar papel da família, amigos e sociedade;
Garantir segurança.

BIPOLARIDADE:
Escuta ativa;
Comunicação eficaz;
Relação de ajuda baseada na honestidade;
Planear atividades, tentando integrar o individuo de forma progressiva e cuidadosa;
Ambiente calmo dando enfase à musicoterapia e aromoterapia;
Apenas isolar o individuo quando crises de mania são acentuadas.

Anorexia vs Bulímia

Anorexia: diminuição ou limitação do instinto natural que impulsiona a alimentação. A pessoa mantém um peso abaixo do
normal mínimo para a idade e altura da pessoa.
Pode ser aguda ou transitória (transtorno orgânico ocasional) como pode ser crônica ou persistente (transtorno psicológico
subjacente).

Cuidados de enfermagem:
Estabelecer conversas e atividades que não envolvam comida;
Incentivar o doente a expor as suas preocupações e medos sem julgamentos;
Explicar ao doente e família as restrições de algumas atividades e as expectativas do programa.

Bulímia nervosa: distúrbio alimentar caracterizado por episódios de voracidade alimentar incontroláveis, seguidos de métodos
compensatórios inadequados que visam evitar o ganho de peso.

Tipo Purgativo- autoindução de vómito ou no uso indevido de laxantes, diuréticos e enemas;


Tipo Sem Purgação- usa outros comportamentos compensatórios inadequados, tais como jejuns ou exercícios físicos excessivos;

Cuidados de enfermagem:
Educar pais e criança sobre alimentação saudável;
Monitorizar pacientes em relação a efeitos secundários dos medicamentos usados na purgação;
Encorajar ao tratamento;
Avaliar indicadores de crescimento e desenvolvimento sexual e física.

Eletroconvulsoterapia (ECT):
Tratamento no qual se induz artificialmente uma convulsão a um doente consciente ou anestesiado, através de uma corrente
elétrica lançam elétrodos aplicados na zona temporal de ambos os lados da cabeça. Pode ser simples (sem anestesia) ou
modificada (com anestesia)

INÊS LEÃO 8
Cuidados de
Enfermagem na Depressão

Sintomatologia :

Afetividade → Tristeza Raiva


Anedonia Solidão
Apatia Desesperança
Indiferença Desânimo
Ansiedade Sentimentos de culpa
"
Irritabilidade Anestesia afetiva
"

Tristeza normal Tristeza


>
patológica
estimulo desencadeante
>
proporcional ao estímulo

duração ajustada
influencia

apenas orendim .

→ sintomas
poucos físicos

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