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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

PSICOLOGIA

ALICE PEREIRA DOS SANTOS, ANGELINA SOUZA, JOANA


MENEZES, JÚLIA IGLESIAS, KEILLA CAVALCANTE, LAUDICEA SILVA
E TÁRCILA FERNANDES

Analise de caso clinico

Avaliacão psicologica

SALVADOR
BA - 2023
ALICE PEREIRA DOS SANTOS, ANGELINA SOUZA, JOANA
MENEZES, JÚLIA IGLESIAS, KEILLA CAVALCANTE, LAUDICEA SILVA
E TÁRCILA FERNANDES

Analise de caso clinico

Avaliacão psicologica

TRABALHO APRESENTADO AO
CURSO DE PSICOLOGIA, DO
CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE
AMADO, COMO PRÉ-REQUESITO
PAR APROVAÇÃO NA DISCIPLINA
“AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA”.
ORIENTADOR: MINO REIS.

SALVADOR
BA- 2023
APRESENTAÇÃO DO CASO CLINÍCO:

Sarah, uma jovem de 17 anos, recentemente deu à luz ao seu primeiro filho,
David. Apesar da gestação não ter sido planejada e ter passado por uma série
de pressões no contexto familiar, ela também vinha repetindo para si mesma o
valor desse filho. O processo, inclusive, se mostrou como um verdadeiro
turbilhão de emoções, com a possibilidade de abandono dos estudos (ao menos
por um tempo), e do empobrecimento do vínculo com o pai do bebê. Acontece
que, ao mesmo tempo, ela esperava ansiosamente esse momento. Logo após o
parto, porém, ela se viu em um estado de profunda melancolia. Embora ela
sonhasse desde muito cedo com a maternidade, os dias que se seguiram
trouxeram uma escuridão inesperada. Sarah está lutando contra os sintomas de
depressão pós-parto, uma condição que abalou sua autoestima e capacidade de
cuidar de David, seu filho.
Ela se sente oca e desamparada, incapaz de se conectar com seu próprio
bebê. Sarah enfrenta insônia, perda de apetite, e a sensação esmagadora de
que não é uma boa mãe. Mesmo que a mãe de Sarah tenha passado a dar apoio
emocional e nos cuidados com o bebê, isso não podia acontecer em tempo
integral. Dessa forma, Sarah passou a se sentir cada vez menor e com menos
valor pessoal. Talvez fosse o cansaço, mas ela repetia para si mesma que tudo
o que ela fazia era errado. Ainda que não dissesse isso em voz alta, não
conseguia deixar de pensar em si mesma como um fardo e que melhor seria se
ela nunca tivesse existido. Tinha um desejo cada vez mais forte de apenas
dormir, o que já afetava sua vida diária. Ela nunca fez nada de grave com o bebê,
mas as ideias e sentimentos persistem, escurecendo seus momentos mais
felizes com David. Mais recentemente, foi confrontada por sua mãe e pelo pai de
seu filho, que a acusam de ser uma mãe leviana e irresponsável, uma vez que
vive perdida e apática e que isso é inaceitável pois "tem um filho para cuidar!".
Depois de muita discussão em família, uma tia de Sarah começou a achar
que aquilo não era normal. Dessa forma, explicou para a família que ia levar
Sarah a um médico "para passar vitaminas", mas levou Sarah a um psicólogo.
Num primeiro momento foi realizada uma entrevista e, em seguida, a decisão
por iniciar um processo psicoterápico. A psicoterapeuta estabeleceu o contrato
terapêutico e encaminhou a cliente para uma avaliação psicológica e
psiquiátrica, pois identificou um alto risco para comportamento suicida.
Portanto, para uma compreensão mais abrangente sobre o caso clínico,
exploração de possiblidades de diagnóstico e exercício da percepção sobre
tendências comportamentais correspondentes ao resultado, pode-se
compreender a importância da aplicação de uma avaliação psicológica no caso
vigente.

DESENVOLVIMENTO:
A testagem psicológica desempenha um papel crucial no caso de Sarah,
fornecendo informações objetivas sobre seus sintomas, nível de funcionamento
emocional e riscos associados. O diagnóstico preciso da depressão pós-parto,
através de instrumentos validados, ajuda a orientar o tratamento de forma
específica e eficaz. Nesse caso, os Testes psicológicos podem oferecer uma
compreensão mais aprofundada dos pensamentos, emoções e comportamentos
de Sarah, contribuindo para um diagnóstico mais abrangente, como também
avaliar fatores de risco, como pensamentos suicidas, a testagem psicológica
ajuda na identificação de medidas de segurança necessárias para proteger a
cliente.
Além disso, utilizando testes ao longo do tratamento, é possível monitorar
a evolução do estado psicológico de Sarah, adaptando estratégias terapêuticas
conforme necessário, somando-se na elaboração de estratégias de intervenção
personalizadas, direcionadas aos sintomas específicos que Sarah enfrenta,
contribuindo para um tratamento mais efetivo. Além da testagem psicológica
facilitar uma abordagem multidisciplinar, integrando informações para um plano
de tratamento holístico, como por exemplo encaminhar ela para outros
profissionais como nutricionista, psiquiatra, endocrinologista para rever os
hormônios e vitaminas.

CONCLUSÃO:
Diante do exposto, foi possível perceber que a testagem psicológica é
essencial para compreender a extensão da depressão pós-parto no caso de
Sarah, em que apresenta diversos sintomas depressivos, como falta de apetite,
perda do sentido de vida e de sono como apresentado no caso clinico.
Entretanto, sem uma testagem psicológica precisa o diagnostico e o tratamento
de Sarah pode ser inadequado, mesmo que apresente sintomas, portanto esse
processo permite uma abordagem cuidadosa, considerando não apenas os
sintomas manifestos, mas também os fatores de risco, apoiando Sarah na
reconstrução de sua autoestima e na construção de um relacionamento mais
saudável com seu filho, David.
Outrossim, o presente trabalho foi de grande valia para contribuição do
aprendizado dos alunos, pois o estudo de caso possibilitou a prática da
interpretação de texto em estudos de casos clínicos, essencial para nossa
formação quanto futuros psicólogos, para que se tenha um olhar integral e
diferenciado para os processos terapêuticos, Como também para revelar a
importância de uma avaliação psicológica adequada para cada contexto, para
que assim se possa fazer um atendimento e um encaminhamento adequado
para cada paciente.

REFERÊNCIAS

Bandeira, D. R., Andrade, J. M., & Peixoto, E. M. (2021). O uso de testes


psicológicos: Formação, avaliação e critérios de restrição. Psicologia: Ciência e
Profissão, 41(spe1), e252970, 1-12. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1982-3703003252970] https://doi.org/10.1590/1982-
3703003252970. Acesso em: 10/12/2023.

Bandeira, D. R., Trentini, C. M., Winck, G. E., & Lieberknetch, L. (2006).


Considerações sobre as técnicas projetivas no contexto atual. In A. P. P.
Noronha, A. A. A. Santos, & E F. Sisto (Org.), Facetas do fazer em avaliação
psicológica (pp. 125-139). Vetor Editora. Acesso em 10/12/2023

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