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Novos rumos da genética e da biologia molecular

Teste de cariótipo a partir de 1950 – não há em


Sergipe;

Com cariótipo é possível investigar doenças


cromossômicas;

CGH microarray: cariótipo que você consegue


ampliar e ver microalterações;

Ampliando mais, verificar o sequenciamento


genético;
MICROARRY

Essas técnicas permitem examinar os cromossomos


com uma resolução muito maior do que o cariótipo,
em busca de alterações que possam explicar o quadro
clínico do indivíduo testado. Este teste usa DNA,
geralmente extraído de sangue ou de mucosa
bucal/saliva, para investigar ganhos ou perdas de
pedaços cromossômicos. É capaz de identificar
alterações aproximadamente 1000 vezes menores do
que é possível ao microscópio, no teste de cariótipo

Quais as principais indicações do exame?


 Diante de uma clínica que não se enquadre em
síndromes descritas ou não estejam associadas
a regiões específicas do genoma, o CMA é o
método de escolha inicial para direcionar o
diagnóstico.
 Suspeita de síndromes genéticas e/ou de microdeleção cromossômica;
 Sinais clínicos possivelmente associados a condições genéticas, tais como:
Anomalias congênitas;
Autismo;
Atraso de desenvolvimento psicomotor;
Atraso de crescimento;
Déficit intelectual e atraso de desenvolvimento;
Genitália ambígua;
Convulsões.
 Indivíduos com possíveis transtornos genéticos e com resultado de cariótipo normal. A alta resolução dessa
metodologia permite a análise de todo genoma quanto à presença de microalterações.
 Na ocorrência de cariótipo inconclusivo, como presença de material adicional ou de um cromossomo
marcador, o CMA é indicado para elucidar a origem da alteração, permitindo a conclusão do diagnóstico.
 Em relação ao diagnóstico pré-natal, o CMA do feto pode ser solicitado em casos de malformação fetal
detectada ao ultrassom, rearranjo cromossômico nos pais, cariótipo fetal normal ou conforme orientação do
médico assistente. Em casos de perdas gestacionais, cuja provável causa genética não foi possível
determinar no cariótipo do produto de concepção (material de abortamento).

O Sequenciamento de Próxima ou Nova Geração (do inglês, Next-Generation Sequencing),

o NGS é uma técnica de sequenciamento em larga escala,


no qual milhões e até bilhões de fragmentos são
sequenciados simultaneamente
Após a preparação laboratorial, a amostra do paciente é
submetida ao sequenciamento. Os aparelhos NGS
sequenciam a amostra de DNA gerando milhões de
fragmentos curtos (chamados de reads).
Para saber exatamente onde essas sequências estão
localizadas no genoma da amostra analisada, as reads são
comparadas a um genoma de referência construído no
Projeto Genoma Humano. Alterações (variações)
detectadas na amostra do paciente em relação ao genoma
de referência são denominadas de “variantes”.
Dentro desse exame, uma alternativa para baratear é
interpretar o exame com filtros. Assim, pode-se pedir um
painel para determinada doenças (pesquisa entre
determinados genes especificos).
Ex: painel para autismo: pesquisar dentro dos 20 mil genes
somente os relacionados ao autismo.

Com o NGS pode-se sequenciar o genoma inteiro ou


apenas áreas específicas de interesse, incluindo todos os
aproximadamente 20.000 genes codificadores
(sequenciamento do exoma completo, do inglês, whole
exome sequencing ou WES) ou um pequeno número de
genes individuais (sequenciamento de genes alvo, do
inglês, targeted sequencing). Em qualquer uma dessas
opções, o NGS consegue detectar mutações na sequência
do DNA que podem ser pequenas trocas (substituições),
inserções e deleções de nucleotídeos.

Nesses casos, o indicativo é para avaliar os genes quando uma pessoa tem a doença, mas
não há fatores extrínsecos para ela, não tem influência externa ou está dentro das classes
de risco: provavelmente é genético;
Há chance de ser hereditário.

ATUAÇÃO DO MÉDICO GENETICISTA


Atua em diversas áreas, trabalho envolvido com multidisciplinaridade e diversas especialidades. Semiologia também
é importante.
Vantagens:

Terapias alvo dependentes: evitar atingir


células saudáveis do paciente;

Quimioterapias menos agressivas;

Desvantagens:

Terapias muito caras, difícil acesso no SUS;

Exemplo de caso:

Tratamento com cirurgia preventiva: retirada das


mamas e ovários.
Os tratamentos genéticos buscam corrigir erros inovativos no metabolismo, na maioria dos casos não
alteram o DNA do indivíduo, buscam suprir uma necessidade causada por uma alteração genética.

Nosso corpo possui diversas reações


bioquímicas, rotas metabólicas em cascatas
auxiliada por enzimas;

Quando você tem deficiência em alguma


enzima, você tem um acumulo ou deficiência de
determinado produto metabólico;
Pode haver tambem a produção incorreta desses
produtos ou a formação de produtos defeituosos.

Fenilcetonuria ( PKU)
A fenilcetonúria é uma doença relacionada a uma alteração
genética rara, que afeta aproximadamente 1 a cada 10.000
pessoas e envolve o metabolismo de proteínas. Para nascer com
fenilcetonúria, um bebê tem que ter herdado o gene da
fenilcetonúria de ambos os pais. Frequentemente, os pais não
sabem que carregam o gene.
Uma pessoa com fenilcetonúria tem alteração na função de uma
enzima específica para processar o aminoácido fenilalanina. Assim,
qualquer alimento que contenha fenilalanina não pode ser
metabolizado corretamente e ela se acumula no organismo,
causando problemas no cérebro e em outros órgãos.
A fenilcetonúria não tem cura, mas é possível tratá-la desde que o diagnóstico seja feito antes da criança completar
3 semanas de vida, evitando-se graves consequências no desenvolvimento cerebral. A triagem dessa doença, no
Brasil, é realizada através do “Teste do Pezinho”. Ele deve ser coletado após o 3º dia, para que o recém-nascido já
tenha se exposto à fenilalanina do leite materno, até o 7º dia, para que se descubra a doença a tempo de tratá-la.
As crianças com fenilcetonúria são normais ao nascimento, mas não conseguem desenvolver o sistema neurológico
se não forem tratadas adequadamente. A lesão resultante do acúmulo deDiferença fenilalanina acarreta retardo mental
entre aplicação de tratamentos,
grave, convulsões e hiperatividade. importância do diagnostico e intervenção
precoce.
Essa alteração também afeta a fabricação de melanina, o principal pigmento da pele, levando pessoas com
fenilcetonúria a terem pele e cabelos pouco pigmentados. Já as crianças com tratamento correto, não exibem
nenhuma dessas alterações.
O tratamento consiste na realização de dieta especial, com baixo teor de fenilalanina, presente nos alimentos que
contêm proteína, e suplementação de tirosina, um outro aminoácido que tem a sua formação afetada pelo acúmulo
de fenilalanina. A restrição alimentar deve ser mantida por toda a vida,
com maior rigor nas mulheres com fenilcetonúria que estão grávidas ou
pretendem engravidar, para evitar complicações para o feto.

Glicogenose tipo l
A Glicogenose tipo I é uma doença autossómica recessiva caracterizada pela deficiência da enzima glicose-6-
fosfatase, responsável pela reação final do processo de
glicogenólise e gliconeogênese. Portanto, os indivíduos com
esta doença são incapazes de converter a glicose-6-fosfato
em glicose livre para a circulação sangüínea. Isto resulta no
acumulo excessivo de glicogênio no fígado, rins e mucosa
intestinal. As principais alterações da Glicogenose tipo I
aparecem normalmente no primeiro ano de vida e consistem
num abdómen globoso (devido à hepatomegalia) e
hipoglicemia.
O tratamento visa evitar a hipoglicemia (refeições frequentes,
alimentação entérica noturna através de sonda nasogástrica,
e mais tarde adição de amido cru oral).

A urina do bebe tem cheiro adocicado que lembra muito o bordo;


Tratamento muito caro;
Só é diagnosticado pelo teste do pezinho da rede privada.
DOENÇA DA URINA DO XAROPE DE
BORDO

É um erro do metabolismo decorrente da deficiência da


enzima desidrogenase de cetoácidos de cadeia ramificada,
levando ao acúmulo, na corrente sanguínea, dos aminoácidos
leucina, isoleucina e valina. Como consequência desse
acúmulo, há interferência nas funções cerebrais. Além de este
acúmulo ser tóxico ao sistema nervoso central, ele também
produz um odor urinário muito peculiar, que dá nome à
doença.
O tratamento desta doença envolve prevenção da deficiência
de aminoácidos essenciais, através do consumo de proteínas
na forma hidrolisada de aminoácidos livres de leucina,
Não consegue degradar o glicogênio em
isoleucina e valina, visando prevenir que haja um prejuízo no
crescimento e desenvolvimento intelectual. Acumulohá
glicose, de uma substancia no lisossomo,
hepatomegalia (glicose
um tipo denogordura
armazenada fígado); pela ausência de uma
enzima;
Dar Maisena pra quebra da glicose ser mais
Criação da enzima para tratamento;
lenta.
Toma medicação no soro a cada 15 dias;
Tratamento muito caro.
TERAPIA DE REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA PARA DOENÇA DE
GAUCHER

A doença de Gaucher é uma doença genética causada por


uma deficiência na enzima glicocerebrosidase, que digere
certo tipo de gordura, o glicocerebrosídeo. No caso dos
pacientes de Gaucher, como a enzima tem atividade
deficiente, esta gordura (o glicocerebrosídeo) não é
digerida dentro do lisossomo, e se acumula
progressivamente nas células, os macrófagos. Estes
macrófagos aumentam de tamanho, cheios de
glicocerebrosídeo não digerido e passam a ser chamados de
"células de Gaucher". As células de Gaucher se acumulam
principalmente no fígado e no baço que, por isso,
aumentam de tamanho, cheios de células de Gaucher.
Essas células também se encontram na medula óssea (parte
interna), acarretando no enfraquecimento dos ossos, que podem quebrar com mais facilidade em comparação a
ossos normais.
A primeira opção de tratamento para doença de Gaucher tipo I é a terapia de reposição enzimática (TRE). A TRE
repõe, ou melhor, suplementa a falta de glicocerebrosidase: a enzima que degrada a substância gordurosa que se
acumula em pessoas com a doença. O tratamento é
administrado por via intravenosa (infusão feita direto na
veia) e leva geralmente de 1 a 2 horas.

TER PARA POMPE

A Doença de Pompe, também conhecida como Doença de


Depósito do Glicogênio tipo II ou Deficiência de maltase
ácida, caracteriza-se pelo acúmulo de glicogênio
intralisossomal devido à atividade insuficiente da enzima
alfa-glucosidase ácida. Isso acarreta disfunções
principalmente nos tecidos musculares cardíaco,
respiratório e esquelético. É considerada uma doença rara
com padrão de herança autossômico recessivo, cuja
incidência total é estimada em 1:40.000 nascimentos
vivos
Através da Terapia de reposição enzimática (alfaglicosidase
recombinante humana) produzida por técnicas de DNA
recombinante. Esta enzima se dirige aos lisossomos onde
degrada o glicogênio acumulado. Sua ação modifica o curso
natural da doença. A administração se faz através de infusão
venosa a cada 2 semanas em ambiente hospitalar.

DOENÇA DE FABRY

A Doença de Fabry é caracteriza como um erro inato do metabolismo provocado por uma deficiência na produção de
alfa galactosidase, uma enzima que degrada gorduras neutras. Quando existe essa deficiência, ocorrem alterações
no plasma e nos lisossomos de células ligadas a vários órgãos do corpo como a pele, rins, coração, olhos e o cérebro.
O gene que codifica a Doença de Fabry está localizado no cromossomo X. Os mais propensos ao desenvolvimento da
doença são os homens com cromossomo X e Y. A incidência da
doença é de 1 a cada 40.000 nascimentos.

Atualmente, existem 2 abordagens de tratamentos aprovados em


uso em certos países: Terapia com pequenas moléculas chaperonas
e terapia de reposição enzimática (TRE). As chaperonas de molécula
pequena são projetadas para se ligar a locais ativos de certas formas
mutantes da enzima α-Gal A, para estabilizá-las e ajudar a restaurar
a função da enzima natural. A terapia de reposição enzimática é um
tipo de tratamento de infusão que é projetado para substituir as
enzimas endógenas naturais.1 Para o tratamento da doença de
Fabry, a TRE substitui a enzima de alfa-galactosidase A ausente ou
deficiente (α-Gal A) para reduzir o acúmulo de glicolipídeos em células de
órgãos. A TRE geralmente é administrada a cada duas semanas e continua
ao longo do tempo de vida restante do paciente.

ACONDROPLASIA
A acondroplasia é uma displasia óssea (diplasia - crescimento ou
desenvolvimento anormal), e, tal como as outras displasias ósseas, é uma
doença rara óssea. A acondroplasia é a forma de condrodisplasia mais
frequente e é causada por mutações no gene que codifica o recetor dos
fatores de crescimento dos fibroblastos 3 (FGFR3, do inglês Fibroblast Enfraquecimento dos músculos;
Growth Factor Receptor 3), um recetor transmembranar importante para Deficiência de uma enzima que era
o crescimento linear dos óssos, entre as suas outras funções. sintetizada no laboratório;
Reposição enzimática e melhora da paciente.
Estudos para utilização do o princípio ativo-os receptores FGFR3 humanos solúveis funcionais - como artifício para
restabelecer o equilíbrio necessário entre a ativação e a
inibição do crescimento ósseo.

DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

A Distrofia de Duchenne é uma forma de doença muscular,


que surge por incapacidade de o organismo produzir uma

proteína fundamental para o funcionamento do músculo.


Esta

proteína chama-se distrofina e a sua inexistência leva a uma


perda das fibras musculares, com
necrose e substituição por fibrose e tecido
adiposo. As crianças com DMD, geralmente,
nunca atingem a capacidade de correr
ou saltar. A doença progride rapidamente
e a criança começa a cair frequentemente.

Mutações no gene distrofin interrompem


de forma prematura a produção de uma
proteína distrofina normal, gerando uma
proteína distrofina encurtada que não
funciona devidamente. O modo de funcionamento da
Atalurem a nestes doentes permite que o sistema de
produção de proteínas nas células transponha o defeito, permitindo que estas passem a produzir uma proteína
distrofina funcional.

Atrofia espinhal progressiva

Atrofia muscular espinhal (AME) ou amiotrofia espinhal é uma doença herdada geneticamente, que acomete uma
região específica da medula espinhal (o corno anterior), onde existe uma degeneração de suas células, porque a
pessoa portadora não consegue produzir uma proteína específica, chamada SMN (Survival Motor Neuron).

A perda destas células da medula espinhal leva à uma degeneração progressiva que impede que as pessoas com
AME tenham força muscular normal, fraqueza de braços, pernas e tronco, e consequente enfraquecimento da
musculatura respiratória e da deglutição.

Spinraza é um medicamento usado para tratar a atrofia muscular espinhal. É um nucleotídeo antisenso que modifica
o splicing alternativo do gene SMN2 Esse medicamento realiza a retenção do exon 7 no RNAm de SMN2, permite a
leitura e tradução correta dessa molécula, levando a produção da proteína funcional relacionada com a
sobrevivência do neurônio motor, proteína SMN. É administrado diretamente no sistema nervoso central por meio
de uma injeção intratecal.
CRISPR

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