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Sintoma - é algo que nós sentimos mas não é quantificável, como alguma dor
(Febre é um sintoma pois apesar de sabermos medir a temperatura, não há uma
quantificação viável para associar esta com uma doença), enquanto sinal é um
alteração que conseguimos quantificar, como por exemplo, baixas concentrações
de ferro no sangue em pessoas com anemia
Uma doença pode ser resposta a fatores externos ou internos, ou até mesmo uma
combinação de ambos. Fatores externos são por exemplo fatores ambientais
(malnutrição, perigos industriais, clima, poluição, etc) ou agentes infeciosos
específicos (bactérias, vírus ou parasitas). Fatores internos são normalmente
associados a defeitos herdados pelo organismo (como anormalidades genéticas).
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Causas de doenças
Etiologia e patogénese
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Morbidade e mortalidade
Ambos indicam o estado de saúde de uma população.
Morbidade de uma doença refere-se à percentagem numa população que
apresenta a doença, sendo que pode referir uma forma específica da doença, ou o
nível a que a doença afeta o paciente.
Mortalidade refere-se à quantidade de pessoas que morreram com uma
determinada doença.
Epidemiologia
Estudo dos diversos fatores que podem influenciar o impacto que uma doença tem.
Por exemplo, uma doença pode ter diferentes impactos consoante a região
geográfica, a altura do ano, a idade das pessoas, características socioeconómicas
ou genéticas, etc
Evolução clínica
Fase pré clínica - fase em que ainda não há sintomas, ou só há alguns.
Corresponde por exemplo ao período de incubação de um vírus
Fase clínica - fase quando a pessoa já demonstra mais sintomas e sinais, sendo
que depois poderá ser reabilitada na totalidade, ficando curada, ou haver uma
reabilitação parcial, sendo que a doença se torna crónica. Caso não haja
reabilitação, a pessoa acaba por morrer.
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T2 - Genetic Diseases
Genes são seções do DNA, dentro de um genoma, que codificam para proteínas.
Estes contêm as instruções necessárias para as nossas características individuais,
como a cor dos olhos e cabelo.
Muitas doenças pediátricas têm uma origem genética, mas também há muitas que
não são. Contudo, muitas doenças genéticas não se manifestam na infância.
Mutação
● Podem causar doenças, serem neutras, ou benignas
● O fenótipo resultante pode depender do “expossoma” (Tudo aquilo a que
somos expostos
● Mutações que afetam as células germinais são transmitidas aos
descendentes e podem resultar em doenças hereditárias
● Mutações nas células somáticas não são transmitidas à descendência, mas
são importantes no que toca a cancro e malformações congénitas
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Polimorfismo
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Anemia falciforme
● Resulta de uma mutação missense, na qual o codão que codificar para uma
glutamina passa a codificar uma valina nas cadeias Beta da hemoglobina,
convertendo HbA em HbS
● Esta HbS por sua vez vai causar alterações estruturais nos glóbulos
vermelhos, dando-lhes uma forma de foice → menor capacidade de
oxigenação e estes tendem-se a acumular em determinadas regiões,
levando a bloqueios e oclusões microvasculares do fluxo sanguíneo, e por
sua vez causar necrose de determinados tecidos
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Doenças Mendelianas
● Autossómica recessiva
● Autossómica dominante
● Recessiva ligada ao X
● Dominante ligada ao X
● Ligada ao Y
Uma mutação num único gene pode ter efeitos fenotípicos variáveis
(pleiotrópicas), por exemplo síndrome de Marfan que afeta o esqueleto, os olhos e
o sistemas cardiovascular. Contudo, mutações em diversos loci genéticos podem
produzir o mesmo fenótipo (Heterogeneidade genética), por exemplo, diversas
mutações causam retinitis pigmentosa, uma pigmentação retinal anormal e
problemas de visão.
As manifestações fenotípicas resultantes de mutações de apenas um gene são
influenciadas por outros loci → genes modificadores que afetam a severidade da
doença.
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Síndrome de Marfan
A síndrome de Marfan é uma doença genética que afeta o tecido conjuntivo, que é
o tecido que dá suporte e estrutura ao corpo. É causada por uma mutação no gene
FBN1, que é responsável pela produção de uma proteína chamada fibrilina-1,
sendo um componente importante dos microfibrils presentes na matriz extracelular
→ desempenha um papel importante na estrutura e elasticidade dos tecidos do
corpo
A perda desses microfibrils resulta numa ativação anormal e excessiva do fator de
crescimento transformante (TGF-beta). Para prevenir problemas cardiovasculares,
são administradas drogas que diminuem a pressão arterial e inibem a sinalização
por TGF-beta.
A síndrome de Marfan pode afetar várias partes do corpo, incluindo os ossos, os
olhos, o coração e os vasos sanguíneos. As pessoas com síndrome de Marfan
podem apresentar sintomas como:
- Altura anormalmente alta
- Dedos longos e finos
- Problemas de visão, como miopia e descolamento da lente ocular
- Problemas cardíacos, como aumento da aorta e válvula mitral insuficiente
- Problemas respiratórios, como colapso pulmonar espontâneo
A síndrome de Marfan é herdada de forma autossómica dominante, o que significa
que uma pessoa afetada tem 50% de chance de transmitir a mutação do gene para
seus filhos. No entanto, muitos casos de síndrome de Marfan ocorrem em pessoas
sem histórico familiar da doença, como resultado de uma mutação genética
espontânea.
Fibrose cística
A fibrose cística (FC) é uma doença genética rara e progressiva que afeta
principalmente o sistema respiratório, o sistema digestivo e o pâncreas. É causada
por uma mutação no gene CFTR, que é responsável pela produção de uma
proteína transmembranar que regula o transporte de iões de cloro, levando à sua
acumulação excessiva deste ião fora das células.
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Fenilcetonúria
A fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética rara que afeta o metabolismo dos
aminoácidos. É causada por uma mutação no gene que produz uma enzima
chamada fenilalanina hidroxilase, que é responsável por converter o
aminoácido fenilalanina em outro aminoácido chamado tirosina. É
autossómica recessiva. Na PKU, a mutação genética impede que o corpo
produza quantidade suficiente de fenilalanina hidroxilase, o que leva à acumulação
de fenilalanina no sangue e no cérebro. Isso pode causar danos cerebrais
irreversíveis, afetar o desenvolvimento cognitivo e físico da criança, convulsões e
diminuição da pigmentação da pele.O tratamento envolve uma dieta restrita em
fenilalanina e suplementos alimentares de tirosina para garantir que a pessoa
receba nutrientes suficientes para o crescimento e desenvolvimento adequados → é
feito o teste do pezinho para detetar doenças metabólica como esta
Tay-Sachs
A doença de Tay-Sachs é uma doença genética rara e fatal que afeta principalmente
as crianças. É causada por uma mutação no gene HEXA que codifica a produção
de uma enzima chamada hexosaminidase A, que é necessária para decompor
certos lipídios no cérebro e nos nervos. Nas crianças com a doença de
Tay-Sachs, a falta de hexosaminidase A causa a acumulação de lipídios no
cérebro, resultando em danos progressivos ao sistema nervoso e uma série de
sintomas neurológicos. Os sintomas podem incluir atraso no desenvolvimento,
perda de habilidades motoras, convulsões, cegueira e eventualmente a morte na
primeira infância. A doença de Tay-Sachs é herdada de forma autossômica
recessiva, o que significa que uma criança deve herdar uma cópia do gene mutado
de cada pai para desenvolver a doença. As pessoas que herdam apenas uma cópia
do gene mutado são portadoras e geralmente não apresentam sintomas.
Síndrome do X frágil
É causada por mutações de triplet repeat → o gene normal FMR1 contém
repetições CGG no 5´UTR, que se forem maiores que 230, o gene torna-se
anormalmente metilado, resultado numa supressão da transcrição do gene
FMR1. A proteína codificada pelo gene FMR1 é chamada de proteína de ligação ao
RNA mensageiro frágil X (FMRP) e é necessária para o desenvolvimento cerebral
normal. A FMRP regula a expressão de outros genes, ajudando a regular a
produção de proteínas em todo o cérebro. A FMRP é particularmente importante
para a formação e funcionamento de sinapses, que são as conexões entre os
neurônios no cérebro que permitem a comunicação entre eles. Na síndrome do X
frágil, a mutação no gene FMR1 leva a uma produção insuficiente de FMRP, o que
pode causar problemas no desenvolvimento cerebral, incluindo deficiência
intelectual e atraso no desenvolvimento da linguagem.
Este tipo de doenças são dinâmicas (por exemplo, o grau de amplificação
aumenta durante a gametogênese), o que influencia o padrão de
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hereditariedade. Ou seja, pode ir aumentando o número de repetições de
geração a geração, pelo que podem passar gerações sem haver a doença
(pré-mutações) até que alguém nasce com repetições suficientes para causar a
doença → Devido a isto é considerando um padrão atípico de hereditariedade
Doenças citogenéticas
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cópias do genoma completo. Na poliploidia, as células podem ser triploides
(três cópias de cada cromossoma), tetraploides (quatro cópias de cada
cromossoma), pentaploides (cinco cópias de cada cromossoma), ou ainda
mais poliploides. A poliploidia é comum em muitas espécies de plantas, mas
é rara em animais.
● A aneuploidia refere-se a um número anormal de cromossomas em células
ou organismos. Isso ocorre quando há uma perda ou ganho de um ou mais
cromossomas em relação ao número normal para a espécie. Por exemplo, a
síndrome de Down é causada por uma aneuploidia, na qual há uma cópia
extra do cromossomo 21. Outros exemplos incluem a síndrome de Turner
(apenas um cromossomo X em mulheres) e a síndrome de Klinefelter (dois
cromossomos X e um Y em homens). As aneuploidias são mais comuns em
seres humanos do que a poliploidia e podem resultar em problemas de
desenvolvimento e saúde.
Não disjunção
● Os cromossomas não
conseguem separar-se durante a
meiose, resultando em
aneuploidias. Pode ocorrer
durante a meiose I ou meiose II
● A fertilização pode resultar em
dois tipos de zigotos dependendo
do gâmeta fecundado:
○ Trissomia (2n + 1)
○ Monossomia (2n - 1)
● As monossomias envolvendo
autossomas são sempre
incompatíveis com a vida
● Trissomias de alguns autossomas e cromossomas sexuais, bem como
monossomias dos cromossomas sexuais são compatíveis com a vida
● As 3 trissomias autossômicas viáveis são a trissomia 21 (Down), 18
(Edwards) e 13 (Patau), sendo que podem ocorrer por translocações (exceto
a trissomia 18), ou por mosaicismo
Down Syndrome
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Linfoma Burkitt
Doença de Charcot-Marie-Tooth
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● Esta duplicação leva a que os nódulos de mielina sejam perdidos, sendo
substituídos por nódulos de tamanho menor, e há regiões não mielinizadas,
pelo que os neurofilamentos estão mais empacotados e menos fosforilados.
● Isto leva a uma perda progressiva dos axónios sensoriais e motores, contudo
não costuma ser life-threatening.
Inversões cromossómicas
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Causas de mutações:
• Espontâneas;
• Replicação de DNA;
• Mutagénios Físicos como radiação ou calor excessivo ou químicos (moléculas que
afetam o emparelhamento dos pares de base ou a estrutura em hélice do DNA).
Hipercolesterolemia familiar:
A hipercolesterolemia familiar é uma doença autossómica dominante que afeta o
metabolismo do colesterol no organismo, levando a altos níveis de colesterol LDL
(lipoproteína de baixa densidade) no sangue desde a infância. A condição ocorre
devido a mutações em genes que codificam proteínas envolvidas no
metabolismo do colesterol, como o gene LDLR, o gene APOB e o gene PCSK9.
O colesterol LDL é frequentemente referido como o "mau colesterol" porque está
associado a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, como doença
arterial coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e doença arterial periférica.
Na hipercolesterolemia familiar, altos níveis de LDL podem levar a depósitos
de gordura nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
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T3 - Cell death and Apoptosis
Existem inúmeras causas para lesão e até morte celular, como hipóxia, agentes
físicos, químicos ou infeciosos, reações imunológicas, danos genéticos,
desregulações nutricionais, senescência celular, traumas mecânicos, alterações no
metabolismo, etc.
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Todos os organelos e restantes constituintes das células podem ser alvo de stress e
ficar danificados, sendo que muitos desses danos, se permanecerem, levarão à
morte celular. Um exemplo disto são os danos na mitocôndria. Quando as
mitocôndrias são afetadas, há redução de ATP, o que por sua vez leva a
aumentos de entrada de cálcio para as células → ATP powers the calcium
pumps on the cell membrane and ER membrane, which actively transport calcium
ions out of the cytoplasm and into the extracellular space and ER → when ATP
levels decrease, these calcium pumps become less efficient, and calcium ions
accumulate in the cytoplasm → calcium activates signalling pathways,
modulates enzyme activity, and triggers apoptosis
Certas proteínas nos lisossomas só costumam estar ativas em pH baixo, contudo
podem ser ativadas por exemplo pelo aumento do cálcio na célula, levando a danos
por toda a célula.
A morte celular é um processo natural que pode ocorrer em células em resposta a diversos
estímulos, e pode ser dividida em dois tipos principais: morte celular programada (também
conhecida como apoptose) e morte celular passiva (também conhecida como necrose). A
morte celular programada é um processo ativo e regulado pela célula, que leva a uma morte
formação de corpos apoptóticos que são posteriormente eliminados por células fagocitárias. Já
a morte celular passiva é um processo não regulado, que ocorre em resposta a lesões ou
agressões externas que causam danos irreversíveis às células, levando a uma morte
pode causar inflamação e lesões adicionais no tecido. Em resumo, a principal diferença entre a
morte celular programada (apoptose) e a morte celular passiva (necrose) é que a apoptose é um
processo ativo, regulado e sem inflamação, enquanto a necrose é um processo não regulado,
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Existem determinadas guidelines de forma a definir e interpretar morte celular, tendo
em consideração aspetos morfológicos, bioquímicos e funcionais destes
eventos. No corpo humano cerca de 100.000 células são produzidas a cada
segundo por mitose, e um número semelhante de células morre por apoptose, de
forma a manter a homeostase. Exemplos disso são:
● Sistema imunitário, no qual mais de 95% das células T e B morrem durante a
maturação (seleção negativa).
● Durante o desenvolvimento, para remover excesso de células durante
embriogénese.
● Regeneração tecidular, para manter a quantidade de tecidos com elevada
proliferação, como células da pele e intestinos.
● Para eliminar células imunitárias após estas serem ativas em resposta à infeção.
● Para remover células danificadas por vírus ou outros patogénios.
● Para eliminar células perigosas, como células com mutações, que podem
induzir cancro.
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autofagosoma funde-se então com um lisossoma, que é um organelo que contém
enzimas capazes de decompor o conteúdo do autofagosoma.
3. Type III cell death (Necrosis) - caracterizado por arredondamento e inchaço
celular, aumento da granularidade citoplasmática, núcleos intactos, e finalmente,
ruptura da membrana e expulsão do conteúdo celular num ballon-like morphology
Apoptose
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Bax forma poros nas mitocôndrias, contudo Bcl-2 consegue impedir que Bax
se ligue às mitocôndrias. Porém, se houver algum estímulo externo ou interno,
como danos no DNA, Bcl-2 pode ser inibido, pelo que Bax liga-se e faz poros. Estes
poros vão libertar para o exterior inúmeros componentes, como o citocromo c. O
citocromo c é um fator de sinalização que se irá ligar ao Apaf-1 e pro-caspase-9
e formar o apoptosoma. O apoptossoma por sua vez vai clivar diversas proteínas,
como as pro-caspase-3, que se tornam caspase-3 e que são os efetores de
apoptose. Caspase-3 cliva inúmeras proteínas para permitir a formação de
corpos apoptóticos. Existem ainda vias extrínsecas para a apoptose, quando um
fator externo ativa fatores de morte que ativam caspase-8 e por sua vez cliva e
ativa caspase-3, ou clivar Bid e outros fatores celulares. Tudo isto demonstra como
as vias celulares de morte são altamente reguladas, necessitando de diversos
fatores para ocorrer apoptose.
Sinais “Eat me” são por exemplo alguns lípidos como os fosfatidilserina que
recrutam proteínas que promovem fagocitose para conseguir fagocitar os
corpos apoptóticos.
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A via intrínseca da apoptose, também conhecida como via mitocondrial, é uma das
principais vias de sinalização celular que leva à morte programada da célula. É
ativada por estímulos internos, como danos ao DNA ou stresse celular, e envolve a
libertação de proteínas pró-apoptóticas da mitocôndria. O processo começa quando
proteínas pró-apoptóticas, como a proteína Bax, são ativadas por sinais celulares e
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se ligam à membrana externa da mitocôndria. Isso causa uma mudança na
permeabilidade da membrana mitocondrial, permitindo a libertação de proteínas
pró-apoptóticas do espaço intermembranar para o citosol. Entre as proteínas
pró-apoptóticas libertadas estão a citocromo c e a Smac/DIABLO, que ativam
caspases - enzimas responsáveis pela degradação de proteínas celulares e
fragmentação do núcleo. A ativação das caspases leva a uma cascata de eventos
que culmina na apoptose celular, incluindo a quebra do citoesqueleto, a exposição
de marcadores de morte celular na superfície da célula e a fagocitose dos restos
celulares por células vizinhas.
A via extrínseca da apoptose é uma das principais vias de sinalização celular que
leva à morte programada da célula e é ativada por estímulos externos, como
sinalização de citocinas pró-inflamatórias, stresse oxidativo ou radiação. O processo
começa quando um ligando específico se liga a um receptor de morte na superfície
da célula, como o receptor de morte Fas (FasR), que pertence à família de
receptores TNF (fator de necrose tumoral). Essa ligação desencadeia a formação
de um complexo de sinalização chamado DISC (complexo de sinalização do
receptor de morte), que recruta a enzima caspase-8. A ativação da caspase-8
inicia uma cascata de ativação de outras caspases, que levam à fragmentação do
núcleo, quebra do citoesqueleto e exposição de marcadores de morte celular na
superfície da célula, culminando na apoptose. A C-FLIP (proteína inibitória
homóloga caspase-8) é uma proteína reguladora que desempenha um papel
crucial na modulação da apoptose, particularmente na via extrínseca. É
estruturalmente semelhante à caspase-8, uma caspase iniciadora chave na via
apoptótica extrínseca, mas carece de atividade proteolítica. A C-FLIP pode
funcionar tanto como uma proteína anti-apoptótica como pro-apoptótica,
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dependendo do contexto celular e do grau de estimulação. Interage com a
caspase-8 e FADD (Fas-associated protein with death domain) para formar um
complexo que inibe a ativação da caspase-8 e a sinalização apoptótica a jusante.
Esta função anti-apoptótica da c-FLIP pode prevenir a morte desnecessária de
células e manter a homeostase dos tecidos.
Por outro lado, em certas condições, tais como níveis elevados de stress celular ou
ativação prolongada da via extrínseca, o c-FLIP pode ser clivado pela caspase-8,
gerando uma forma truncada que atua como inibidor dominante-negativo da
activação da caspase-8. Esta função pró-apoptótica da c-FLIP pode promover a
eliminação de células danificadas ou indesejadas.
Apesar da apoptose ser um processo fisiológico, se este não for muito regulado
poderá levar a graves problemas, estando nesses casos muitas vezes associados a
doenças. Exemplos de apoptose excessiva são: Neurodegeneração;
Ischemia-reperfusion injury; ataques cardíacos; traumas; infeções virais e
bacterianas; rejeição de transplantes. Exemplos de apoptose insuficiente são:
Tumores; doenças autoimunes; infeções persistentes.
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Notes: redundancy of mechanisms → if we block a certain player it may die through
a different mechanism
where do we block it ?? if we block caspase 3, we already have damaged
mitochondria → zombie cells → its better for them to die than to have zombie cells
since they could compromise other cells
also caspases also have other roles in the cell that are unknown
Necroptosis
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A necrose e a necroptose são duas formas de morte celular que ocorrem em
diferentes condições e apresentam mecanismos moleculares distintos.
A necrose é uma forma de morte celular desordenada e não programada que ocorre
em resposta a condições de estresse extremo, como hipóxia, isquemia, traumatismo
físico ou exposição a agentes tóxicos. A necrose é caracterizada por inflamação,
ruptura da membrana celular, libertação de conteúdo celular e inflamação local. Na
necrose, a célula morre de forma rápida e descontrolada, sem seguir um programa
de morte celular específico.
Já a necroptose é uma forma de morte celular programada e regulada
geneticamente que compartilha características tanto da necrose quanto da
apoptose. A necroptose é ativada quando a via apoptótica está bloqueada e a
célula precisa de um mecanismo alternativo para se eliminar. Ela é regulada por
vários genes, incluindo a proteína de sinalização RIPK1 (receptor-interacting protein
kinase 1), a proteína de sinalização RIPK3 (receptor-interacting protein kinase 3) e a
proteína MLKL (mixed lineage kinase domain-like).
Na necroptose, ocorre uma série de eventos moleculares controlados que levam à
ruptura da membrana celular, libertação de conteúdo celular e inflamação, sem que
haja a liberação de enzimas lisossomais e sem danificar tecidos adjacentes,
diferentemente da necrose. A necroptose é considerada uma forma de morte celular
programada que está envolvida na defesa imunológica, regulação do
desenvolvimento embrionário e homeostase tecidual.
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TNFR podem ativar diversas vias quando ativado por TNF. No A, é ativada a via
canónica do NF-kβ, que é um fator de transcrição que ativa genes relacionados com
a resposta inflamatória e imunológica, bem como a sobrevivência celular. FLIP
consegue ligar-se à caspase-8, que a ativa e induz à apoptose. Quando temos
tanto RIPK1 e FLIP também levará à promoção de apoptose. Sendo que as vias
dependentes da caspase-8 estão associadas à apoptose.
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Programmed cell death, including apoptosis, necrosis, and necroptosis, can all result
in different bystander responses depending on the context in which they occur.
Bystander responses refer to the effects of dying or dead cells on surrounding cells
and tissues, which can lead to a range of outcomes such as inflammation, tissue
damage, or immune responses.
Apoptosis is typically a non-inflammatory process that occurs in response to normal
physiological cues, such as during development or tissue homeostasis. During
apoptosis, dying cells are rapidly phagocytosed by surrounding cells and immune
cells, minimizing their impact on neighboring tissues.
In contrast, necrosis is typically associated with cell damage or injury, and can
lead to the release of intracellular contents into the extracellular space, triggering an
inflammatory response. Necrosis can also lead to the activation of the complement
system and other immune responses, which can amplify the inflammatory response.
Necroptosis is a regulated form of necrosis that shares features with both necrosis
and apoptosis. During necroptosis, dying cells release pro-inflammatory
cytokines and other danger signals that can activate immune cells and trigger
an inflammatory response. Additionally, the formation of necroptotic pores in
the plasma membrane can allow the influx of calcium ions and other
molecules that can further amplify the inflammatory response.
Thus, the different forms of programmed cell death can lead to different bystander
responses, with apoptosis typically resulting in minimal inflammation and necrosis
and necroptosis leading to a more robust inflammatory response. However, the
actual outcomes of programmed cell death in vivo depend on the context and can be
influenced by a range of factors, including the type of cell, the presence of
surrounding cells and tissues, and the underlying disease or injury.
Notes: não é possível distinguir a apoptose da necrose ao microscópio
Tanto na necroptose como na necrose, irá haver resposta imunitária. Na apoptose,
alguns dos corpos apoptóticos podem não ser fagocitados a tempo e rebentarem,
levando à libertação dos seus conteúdos para o exterior, mas este fenómeno é
muito mais reduzido, pelo que a resposta inflamatória será menor/inexistente.
A apoptose por si só não era suficiente para explicar diversas doenças, pelo que
veio-se a descobrir que a necroptose era responsável por muitas destas doenças.
Dessa forma já estão a ser desenvolvidos diversos fármacos que inibem a
necroptose, como inibidores das RIPK1 e RIPK3. Contudo, ao inibirmos uma
das vias de morte celular, as células arranjam outra forma de morrer, uma vez
que existem inúmeras vias de morte celular.
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NRF2 - ARE System
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● A via
da
ubiquitina-proteassoma (UPS) é uma via que ocorre de forma basal, sendo
que todas as proteínas apresentam um tempo de semi-vida e precisam de
ser degradadas após esse tempo, sendo degradadas por esta via
○ A ubiquitinação é um processo em cascata que envolve a ação
coordenada de várias enzimas. A primeira etapa envolve a ativação da
ubiquitina por uma enzima chamada E1 (ubiquitina ativadora). A
ubiquitina ativada é então transferida para uma enzima E2 (ubiquitina
conjugadora), que coopera com uma enzima E3 (ubiquitina ligase)
para ligar a ubiquitina à proteína alvo. A ligação da ubiquitina ocorre
através da formação de uma ligação covalente entre a carboxila da
ubiquitina e um resíduo de lisina na proteína alvo. → degradação de
proteínas poliubiquitinadas pelo proteossoma 26S
○ A ubiquitinação pode ser usada para alterar a função de uma
proteína, sem implicar a sua degradação pelo proteossoma 26S
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Autofagia
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In summary, macroautophagy involves the formation of an autophagosome
around the material to be degraded, CMA is a more selective process that
depends on chaperone proteins and a specific receptor, and microautophagy
is a process in which the lysosome directly invaginates into the cytosol to
degrade cellular components. All of these types of autophagy are important for
maintaining cellular homeostasis and for the cellular response to stress and
other adverse conditions.
Autofagia é um mecanismo de defesa, sendo que não causa por si só morte celular.
Contudo, podem haver eventos de desregulação da autofagia, nos quais este
processo não funciona corretamente e levará à morte celular. Desta forma,
desregulações de autofagia também estão associadas a doenças.
ER Stress
- The ATF6 pathway leads to the translocation of the transcription factor ATF6
from the ER to the Golgi, where it is cleaved to produce a transcriptionally
active fragment that activates genes involved in protein folding and
ER-associated degradation.
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Together, these pathways work to increase the capacity of the ER to fold and
degrade proteins, and to reduce the load of misfolded proteins. If the stress is
too severe, and the UPR is unable to restore ER homeostasis, the UPR can
trigger cell death. UPR dysfunction has been implicated in various diseases,
including cancer, neurodegenerative diseases, and diabetes.
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T4 - Infectious Diseases
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MIcrobiota - é um agregado de microrganismos, incluindo bactérias, archaea,
protistas, fungos e vírus → a microbiota humana reside da pele, orofaringe, pequeno
intestino, cólon e trato vaginal
O líquido amniótico de uma gravidez é por norma estéril, sendo que o primeiro
contacto com microrganismos que o bebé tem é quando este nasce. Se o parto for
normal, os primeiros microrganismos que o bebé entrará em contacto são os da
mãe, contudo se for de cesariana, os primeiros serão os do médico. Após o
nascimento, o bebé vai adquirindo o seu microbioma através da alimentação e do
contacto com o ambiente externo.
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● O microbioma é essencial para a nossa saúde, uma vez que constitui
um mecanismo de defesa protetor do hospedeiro. Cria um ambiente
capaz de prevenir infecções e melhorar as defesas do hospedeiro.
● Brônquios e os alvéolos são essencialmente sterile
● Com exceção do intestino grosso e do reto , o trato gastrointestinal é sterile
● No trato genital da mulher, biota ocupa essencialmente a parte externa,
sendo que a vagina, a parte cervical e estruturas internas são sterile. A biota
responde a alterações hormonais durante a vida
● Nas mulheres, a biota apenas existe na primeira porção da uretra mucosa; o
resto do trato urinário é sterile. Nos homens todo o trato reprodutivo e urinário
é estéril com exceção de uma pequena porção da uretra anterior
● Os antibióticos, apesar de conseguirem eliminar microrganismos
patogénicos, também eliminam microrganismos comensais e
importantes para a nossa saúde, razão pela qual o consumo excessivo de
antibióticos leva a diarreias. Probióticos restabelecem o equilíbrio ao
introduzir microrganismos conhecidos benéficos para o microbioma. O
microbioma também influencia o sistema imunitário, por exemplo, após uma
infeção viral, costuma haver sempre uma infeção bacteriana.
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Existem diferentes classes de patogénios:
- Patogénios primários: causam doenças de todas as vezes que consigam
entrar dentro de indivíduos, quer estes estejam saudáveis ou não → Yersinia
pestis
- Patogénios oportunistas: por norma não causam infeção, a não ser que
haja uma oportunidade, que pode ser baixas defesas imunitárias,
disponibilidade de nutrientes, localização, etc → Staphylococcus aureus
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Ao quebrarmos as barreiras, estamos a abrir uma via de entrada para
microrganismos, como é o caso de lesões, mas também de procedimentos médicos,
como administração de cateteres. Estes metem o exterior em contacto com o
interior, levando muitas vezes à formação de biofilmes patogénicos que facilitam a
infeção.
Um dos principais problemas para uma bactéria que está a infetar um organismo, é
a obtenção de nutrientes, isto pois a maior parte dos nutrientes está armazenada e
indisponível para as bactérias. Por exemplo, o ferro no nosso organismo está
maioritariamente armazenado em proteínas como Hemoglobina e Ferritina, pelo que
as bactérias precisam de arranjar formas de o obter (por norma degradando essas
proteínas).
Desse modo as bactérias precisam de se adaptar à starvation, quer ao inibir os
competidores (outras bactérias ou compostos do organismo que
indisponibilizam os nutrientes), ou ao colonizar novos locais com mais
nutrientes. Esta capacidade de adaptação é adquirida devido a fatores de
virulência. Exemplo: Muitos dos antibióticos atualmente utilizados são produzidos
pelos próprios microrganismos, demonstrando esta competição por nutrientes.
Da perspetiva do microrganismo, a infeção é dependente do número de
microrganismos e da virulência que esses microrganismos apresentam. Enquanto
da perspetiva do hospedeiro, a infeção é dependente da capacidade de defesa
do hospedeiro, quer pela imunidade inata, quer pela adquirida (mediada por
anticorpos ou por células)
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What is the difference between bacteriocins and defensines?
Bacteriocins and defensins are both antimicrobial peptides that are produced by
organisms as a defense mechanism against bacterial infections, but they differ in
several ways.
Bacteriocins are small proteins produced by bacteria that can kill or inhibit the
growth of other bacteria. They are usually specific to closely related bacterial
strains or species and are used by the producing bacteria to outcompete other
microorganisms in their ecological niche. Bacteriocins can be classified into
different types based on their structure and mode of action, but they all share the
characteristic of being lethal or inhibitory to other bacteria.
On the other hand, defensins are small cationic peptides that are found in the cells
of animals, including humans. They are part of the innate immune system and are
produced by a variety of cells, such as neutrophils, macrophages, and
epithelial cells. Defensins are broad-spectrum antimicrobial peptides that can kill or
inhibit the growth of a wide range of microorganisms, including bacteria, fungi, and
viruses. They do not discriminate between different strains or species of
bacteria.
Another key difference between bacteriocins and defensins is their origin.
Bacteriocins are produced by bacteria, while defensins are produced by
animal cells. Additionally, bacteriocins are usually used as a competitive
advantage to gain access to resources, while defensins are part of the immune
response to protect the host from infections.
Vancomicina
37
Para um microrganismo ser patogénico precisa de ter um conjunto dos
seguintes atributos:
● Capazes de passar barreiras celulares
● Capazes de adaptar a starvation de nutrientes
● Capazes de ativar mecanismos de virulência
● Capazes de produzir biofilmes
● Capazes de resistir, escapar e manipular as defesas do hospedeiro
NOTA: Não precisa de ter todos, por exemplo, nem todos os microrganismos
produzem biofilmes e são patogénicos na mesma. Contudo precisam de ter uma
grande maioria destas características.
● Dos fatores de virulência que tem, sendo que por norma quantos mais tiver
maior será a patogenicidade
● Do número de microrganismos que estão a infetar, sendo que por norma é
preciso uma quantidade elevada de microrganismos para conseguir
efetivamente colonizar e causar doença
● Do local de entrada para o corpo, sendo que certas bactérias só conseguem
ser infecciosas quando entram no corpo por determinada via
● LD50 (median lethal dose) ou ID50 (median infectious dose): refere-se ao
número de bactérias ou quantidade de produtos bacterianos, tais como
toxinas, que causar a morte ou doença bacteriana em 50% dos animais num
período definido depois de as bactérias serem administradas por uma via
designada. Quanto menores forem estes valores, mais virulento será o
microrganismo, enquanto quanto maior forem estes valores, menor será
a virulência.
Infectious dose ID
38
A infeção acaba quando o hospedeiro se consegue livrar do patogénio, ou quando o
hospedeiro morre. Os microrganismos conseguem, contudo, também sair do
organismo sem que isto aconteça, sendo disseminados para outros organismos.
Uma vez que o microbioma é influenciado por stresses físicos e mentais, este é um
fator que influencia a suscetibilidade. Adicionalmente, ao haver muitas infeções
ao mesmo tempo, há uma maior competição por nutrientes que pode em
muitos casos levar à morte de células comensais do microbioma pelos
patogénios, o que por sua vez aumenta também a suscetibilidade à infeção.
Algumas bactérias conseguem multiplicar-se tanto intracelularmente como
extracelularmente, contudo muitas são
exclusivamente um ou outro. Por norma
são as extracelulares que conseguem
entrar nas células e multiplicam-se, mas as
intracelulares por norma só conseguem
replicar-se dentro das células. Isto
acontece devido a fatores de virulência que
permitem a entrada das bactérias nas
células.
39
Alguns microrganismos patogénicos têm ainda a capacidade de secretar
fatores de virulência para dentro das células.
A primeira defesa por parte do hospedeiro são as células fagocitárias. Sendo que
muitos microrganismos produzem fatores antifagocíticos de forma a escapar à
fagocitose. Por exemplo, Staphylococcus e Streptococcus produzem Leucocidinas,
que são tóxicas para os leucócitos. A cápsula que alguns microrganismos
apresentam e os biofilmes dificultam a fagocitose. → ability to survive intracellular
phagocytosis
40
Exoenzimas - Dissolvem as barreiras extracelulares e penetram pelas células ou
entre estas.
41
1. Período de incubação - tempo desde o primeiro contacto com o agente
infecioso até ao aparecimento dos primeiros sintomas. Neste estadio o
agente infecioso está a multiplicar-se, mas não causa dano suficiente para
haver sintomas. Pode durar entre várias horas e vários anos (como é o caso
do Herpes)
2. Estadio Prodromal – O patogénio começa a causar alguns danos, pelo que
começa a haver alguns sintomas ligeiros e gerais.
3. Período de invasão – A multiplicação do patogénio aumenta drasticamente,
tornando-se bem estabelecido dentro do organismo, e levando ao
aparecimento de sintomas mais graves e específicos.
4. Período de Convalescença – À medida que o organismo responde à
infeção, este começa a recuperar e os sintomas decrescem.
42
Pode haver 3 diferentes padrões de infeção
43
● Infeções assintomáticas são poucas vezes descobertas, sendo que o caso
mais comum é a Bacteriuria assintomática, na qual um grande número de
bactérias está presente na urina, mas a pessoa não apresenta sintomas.
Estas doenças são muitas vezes só descobertas através de análises à urina
ou sangue, contudo só porque a doença é assintomática não quer dizer que
não seja uma infecção, uma vez que há muitas vezes sinais, mesmo que não
haja sintomas. → mais comum em mulheres idosas, pessoas com
diabetes ou cateteres na bexiga
Os portais de saída são, não só, importantes para livrar o corpo do patogénio, mas
também, são importantes para a disseminação do mesmo. Os mais comuns são:
● Respiratório (mucus, sputum, nasal drainage, saliva)
● Pele a escamar
● Fezes
● Trato urogenital
● Recolha de sangue
44
● Carrier crónico: indivíduo que apresenta o agente infecioso durante muito
tempo
● Direta
○ Contacto (beijos, sexo, etc.)
○ Droplets (Tosses e espirros)
○ Vertical (Mãe para o filho)
○ Vetores biológicos (mosquitos, ratos, etc)
● Indireta (veículos)
○ Fomites (Superfícies contaminadas)
○ Comida, água e produtos biológicos
○ Ar
45
Infeções nosocomiais – Adquiridas ou desenvolvidas durante uma estadia no
hospital. Antigamente estas infeções ocorriam apenas durante a estadia no
hospital, contudo atualmente ocorre muito destas infeções irem parar às
populações. Por exemplo, um homem ir ao hospital, apanhar autocarro sem
desinfetar-se e vai passar essa infeção a todos os outros. Isto é especialmente
preocupante no caso de bactérias resistentes a antibióticos (comuns em
hospitais) a aparecerem em lugares residenciais longe de hospitais.
Zoonoses – Uma infeção indígena de animais, mas que pode ser transmitida a
humanos. Mais do que 150 zoonoses existem no mundo, representando cerca de
70% das infeções emergentes. Contudo a erradicação destas doenças requer
eliminar o reservatório animal, ou seja, extinção das espécies.
Vetores – Um animal vivo que transmite o agente infecioso. A maior parte dos
vetores são artrópodes, mas também há mamíferos, pássaros e outros vertebrados.
46
Cholera
● infeção aguda nos intestinos pela bactéria vibrio cholerae
● disseminada principalmente através de água contaminada e condições
insanitária
● endémico em certas regiões
● principal sintoma é diarreia
● Entre 5-10% dos infectados desenvolvem sintomas severos, incluindo
vómitos e cãibras. Na sua forma severa pode levar a morte por desidratação
● estimados 200.000 casos por ano
Shigella
● Causa disenteria bacilar ou shigelose
● sintomas incluem diarreia, sangue nas fezes, vómitos e cãibras abdominais
Strep throat
● Causada por Streptococcus
● vários milhões de casos ocorrem todos os anos
● Sintomas incluem garganta dorida, febre, dores de cabeça, fadiga e náuseas
Meningitis
● Infeção da medula espinal por Neisseria Meningitidis
● Meningite bacteriana é mais severa do que a viral, podendo causar danos
cerebrais, perda de audição e capacidades cognitivas
● estimados 1.2 milhões de casos por ano, em que 10% são fatais
● sintomas incluem dores de cabeça severas, febre, náusea, vómitos, letargia,
delírios, fotofobia e pescoço rígido
Pneumonia
● Infeção por streptococcus pneumoniae oportunista, mais severa do que
mycoplasma pneumoniae.
47
● S.pneumoniae é responsável por mais do que 100.000 hospitalizações de
pneumonia anualmente, bem como 6 milhões de casos de otites e mais de
60.000 casos de doenças invasivas como meningite.
Tuberculose
● Infeção por mycobacterium tuberculosis
● Cerca de 2 milhões de mortes todos os anos
● Muitas vezes encontradas nos pulmões, onde podem causar dores peitorais,
tosses com sangue, etc.
● Outros sintomas incluem fadiga, perda de peso, perda de apetite, arrepios,
febre e suores noturnos.
48
T5 - How microbes cause disease
In this curve we can see that the damage is really high when the host response is
weak or very strong.
Classes of pathogens
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Class II - Pathogens that cause damage either in hosts with
weak immune responses or in the setting of normal host
responses → Streptococcus penumoniae, Candida albicans
50
Class VI - Pathogens that only cause damage in the setting of strong immune
responses → not sure
Viruses
Viral tropism - specificity of a given virus for a cell type, tissue or species
51
Influenza virus
52
Determinants of viral tropism. Antiviral signaling by cytokines
Tumor necrosis factor (TNF) and interferons (IFNs) can inhibit the replication
cycle of the virus by inducing the expression of proteins with antiviral
properties → MXA (myxovirus resistance protein A), BST2 (bone marrow
stromal cell antigen)
53
Mechanisms by which viruses kill host cells:
- Viral genome replication, mRNA synthesis
- Viral proteins block host protein synthesis (Direct cytopathic effect)
- Apoptosis signaling in virus infection (Direct cytopathic effect)
- Neoplastic transformation
54
Viral genome replication, mRNA synthesis
55
Apoptosis signaling in virus infection
Neoplastic transformation
Neoplastic transformation refers to the process by which a normal cell is transformed
into a cancerous or neoplastic cell. This transformation can occur due to various
genetic and environmental factors, such as viruses, that cause alterations in the
cellular machinery and regulatory mechanisms, leading to uncontrolled growth
and division of the cells.
Burkitt lymphoma (BL) is a type of non-Hodgkin lymphoma that is associated
with infection by the Epstein-Barr virus (EBV), particularly in sub-Saharan Africa
where it is endemic. The development of BL is thought to involve a multistep process
that can be influenced by a number of factors, including genetic predisposition,
immune dysfunction, and environmental factors.
The chromosomal translocation that is characteristic of Burkitt lymphoma (BL)
involves a break in the c-Myc oncogene on chromosome 8 and a break in one
of the immunoglobulin genes on chromosome 14 (usually the IgH gene). This
translocation leads to the deregulation of c-Myc expression, which drives
uncontrolled cell proliferation and contributes to the development of BL.
EBV can promote the development of chromosomal translocations in several ways.
For example:
● Activation of B cells: EBV can activate B cells and promote their proliferation,
which increases the likelihood of chromosomal translocations occurring.
● Inhibition of apoptosis: EBV can inhibit apoptosis (programmed cell death) in
infected B cells, which can increase the likelihood of chromosomal translocations
by allowing the survival of cells with genetic abnormalities.
56
● Interaction with cellular proteins: EBV encodes several proteins that can
interact with cellular proteins involved in DNA repair and cell cycle control, which
can lead to genetic instability and the development of chromosomal abnormalities.
57
While a cytokine storm is typically associated with a harmful or pathological immune
response, there are situations where cytokine storms can be a healthy and
necessary mechanism.
For example, cytokine storms are a normal part of the immune response to some
types of infections, such as certain viral infections. In these cases, the cytokine storm
plays a crucial role in clearing the infection by activating immune cells and recruiting
them to the site of infection. However, this response needs to be tightly regulated to
prevent excessive inflammation and tissue damage.
HBV infection can trigger T-cell mediated inflammation in the liver, which is a
major characteristic of chronic hepatitis B. The immune response to HBV
infection involves the activation of both innate and adaptive immune cells, including
T cells.
In the acute phase of HBV infection, CD8+ T cells are activated and play a critical
role in controlling the virus by eliminating infected hepatocytes. However, in chronic
HBV infection, T-cell responses can become dysregulated and contribute to
liver inflammation and damage. Chronic inflammation can ultimately lead to liver
fibrosis, cirrhosis, and hepatocellular carcinoma.
Bacteria
58
- Fimbriae ou pili são adesinas fimbriais que são proteínas rígidas, longas,
filamentosas e poliméricas localizadas na superfície de células bacterianas,
muitas vezes são glicoproteínas que ligam-se aos recetores à superfície de
células hospedeiras. São mais comuns em bactérias Gram-negativas.
- Adesinas não-fimbriais (afimbriais) são adesinas presentes na membrana
externa de bactérias como monómeros ou oligômeros de uma única
subunidade protéica, que pode estar associada à célula ou ser secretada.
- Nas gram positivas → Adherence protein (protein F) e immune-evasion
protein (M protein)
As cápsulas podem mediar adesão e impedir a opsonização, pelo que não são
marcadas pelo sistema imunitário para serem fagocitadas. Contudo, as
cápsulas são muito imunogénicas, pelo que são facilmente reconhecidas pelo
sistema imunitário.
Streptococcus pneumoniae é um exemplo de uma bactéria da qual as diferentes
estirpes podem ser virulentas ou não dependendo da existência ou não de cápsula.
Estirpes virulentas têm cápsula, enquanto as não virulentas não são
encapsuladas.
59
Endotoxins
● Endotoxins are lipopolysaccharide (LPS), especially the lipid A
component, that are part of the outer membrane of Gram-negative
bacteria. They are heat-stable and cannot be destroyed by heat or chemical
treatments.
● They cause general systemic symptoms of inflammation and fever →
Endotoxins are released when bacteria die or are lysed, and they can cause a
strong immune response in the host. The effects of endotoxins include fever,
inflammation, and activation of the coagulation system. Examples of
diseases caused by endotoxins include sepsis and endotoxic shock.
● The lethal dose 50 (amount required to kill 50% of a group of test
animals) is high
60
● LPS can be harmful - septic shock
○ High levels of LPS play an important role in septic shock,
disseminated intravascular coagulation and acute respiratory distress
syndrome, mainly through the induction of excessive levels of
cytokines such as tumor necrosis factor
Exotoxins
● produced by gram positive bacteria (primarily) and gram negative bacteria
● protein toxins
● Specific damage to cells dependent upon receptor-mediated targeting of
cells and specific mechanisms of action
● Most are heat-liable and can be destroyed by heat or chemical treatments
● LD50 is low
There are several categories of exotoxins based on their mechanism of action and
the type of cell they target. These categories include:
61
3. Membrane-damaging toxins: These toxins disrupt the integrity of cell
membranes, causing cell lysis and damage to surrounding tissues.
4. Proteases: These toxins degrade or modify host proteins, leading to tissue
damage and dysfunction.
5. Neurotoxins: These toxins target nerve cells and disrupt their normal
function, leading to paralysis or other neurological symptoms.
6. Enterotoxins: These toxins target the gastrointestinal tract, causing
symptoms such as diarrhea, nausea, and vomiting.
7. Cytolytic toxins: These toxins cause direct damage to host cells by forming
pores in their membranes and allowing the uncontrolled flow of ions and
molecules across the membrane.
Exotoxins A-B
● A-B toxins are toxins that modify the intracellular signaling or regulatory
pathways. The two component toxins have an active (A) component with
enzymatic activity and a binding (B) component that binds cell surface
receptors and delivers the A protein into the cell cytoplasm.
● Ex: anthrax (Bacillus anthracis) AB exotoxins
62
● In the case of Anthrax:
○ EF (edema factor) causes efflux of water and interstitial edema
○ LF (lethal factor) is a protease that cleaves mitogen-activated protein
kinase kinases (MAPKKs). MAPKKs regulate important cell functions
such as gene expression, differentiation, mitosis, cell survival,
apoptosis
Neurotoxins
Superantigens
63
TSST-1 acts by binding to major histocompatibility complex (MHC) class II
molecules on antigen-presenting cells (APCs) and T-cell receptors (TCRs) on
T-cells outside the normal antigen recognition site. This causes cross-linking
and activation of T-cells in an antigen-independent manner. Activated T-cells
release large amounts of cytokines, such as interleukin-1 (IL-1),
interleukin-2 (IL-2), and tumor necrosis factor-alpha (TNF-alpha), which
can lead to fever, shock, and multi-organ failure.
Notes: S.aureus colonizes well tampons
Exoenzymes
64
● Exfoliative toxins (Epidermolytic ETA, ETB) - Exfoliative toxins are a type
of exotoxin produced by Staphylococcus aureus that belong to the category of
protease toxins. These toxins are enzymes that can cleave desmoglein 1, a
protein that plays a critical role in maintaining the integrity of the skin. By
cleaving this protein, exfoliative toxins cause a separation of the epidermis
from the dermis, resulting in skin peeling and blistering.
Granulomatous inflammation
65
Innate immune inflammation
Pattern recognition receptors (PRR) bind to
pathogen-associated molecular patterns
(PAMPS) and to damage-associated molecular
patterns (DAMPS) released from damaged host
cells, activating the immune system and leading
to inflammation
Humoral Immunity
Humoral immunity, which involves the
production of antibodies by B-cells, can cause
damage in the context of bacterial infection
through a process called antibody-mediated
immunity. Antibody-mediated immunity occurs
when antibodies produced in response to
bacterial infection bind to bacterial antigens,
forming immune complexes that can activate
complement and recruit inflammatory cells.
Poststreptococcal glomerulonephritis can
develop after infection with S. pyogenes. It is caused by antibodies that bind to
streptococcal antigens and form immune complexes, which deposit in renal glomeruli
and produce nephritis.
If the immune response is not controlled, excessive activation of complement and
recruitment of inflammatory cells can lead to tissue damage and inflammation. For
example, in bacterial infections like meningococcal meningitis or pneumococcal
pneumonia, immune complexes can activate complement and cause inflammation in
the brain or lungs, respectively. This can result in tissue damage and impairment of
organ function.
Cancer - H.pylori
They can live in the stomach because they have urease - converts urea into
ammonia increasing the pH.
H. pylori is a type of bacteria that infects the stomach and the upper part of the small
intestine. While most people who are infected with H. pylori do not develop any
symptoms or complications, some people can develop long-term inflammation of the
stomach lining (gastritis), ulcers, and in rare cases, stomach cancer.
66
The exact mechanisms by which H. pylori causes cancer are not fully understood,
but it is believed that the bacteria can cause chronic inflammation of the
stomach lining, which over time can lead to changes in the DNA of the cells in
the stomach lining, promoting the development of cancer.
Specifically, H. pylori infection can lead to the activation of inflammatory cells,
such as neutrophils, macrophages, and lymphocytes, which release reactive
oxygen and nitrogen species and cytokines that can damage DNA and
promote the growth of abnormal cells. In addition, H. pylori can produce
enzymes, such as CagA, that can interfere with cellular signaling pathways
and contribute to the development of cancer.
Questions - Kahoot
67
R: Hepatocytes.
13. Antigenic drift and shift are mechanisms of antigenic variation used
to attract the host immune system.
R: False (not attract)
14. Mechanisms by which viruses kill host cells:
R: Antiviral immune responses, blocking host protein synthesis and apoptosis
signaling virus infection.
15. T-cell mediated inflammation is a direct cytopathic effect of the virus
R: False (not direct)
16. Neoplastic transformation…
R: is a consequence of transformation of infected cells
17. Protein F is a secreted factor of S.pyogenes that damages the host
R: False
18. Lipid A is the hydrophobic anchor of lipopolysaccharides.
R: True
19. Lipid A is an exotoxin because it is not cytoplasmic.
R: False
20. High levels of LPS induce cytokine storms in the host.
R: True
21. Examples of exotoxins of Clostridium tetani, Streptococcus
pyogenes and Streptococcus pneumoniae are:
R: Tetanus toxin, streptolysin and pneumolysin, respectively.
22. Streptokinase and staphylokinase are host enzymes that dissolve
fibrin clots.
R: False → não são do host
23. Poststreptococcal glomerulonephritis is caused by ____ of_______
that bind streptococcal_____.
R: antibodies, humoral immunity, antigens
24. Caseous necrosis contains T-cells.
R: False → However, as the necrosis progresses and the tissue becomes
more liquefied, the T-cells and other inflammatory cells are often unable to
maintain their presence in the area. The resulting caseous material is typically
composed of dead tissue, debris, and a small number of residual inflammatory
cells. Therefore, while T-cells may be present in the early stages of caseous
necrosis, they are not typically present in the later stages of the process.
25. H.pylori is a known factor for
R: duodenal disease, gastric ulcer disease and gastric disease.
68
T6 - Inflammation
69
A inflamação ocorre em resposta a estímulos,
levando a uma sequência de eventos. Existem
leucócitos em circulação que são recrutados para
os tecidos como uma primeira defesa. Também
ocorre saída de plasma e proteínas do sangue
que levam à formação de edemas e inchaço e
vermelhidão que observamos numa inflamação.
A inflamação é induzida por mediadores químicos
que são produzidos por células do hospedeiro em
resposta a estímulos de dano. Adicionalmente os
macrófagos e outras células imunes nos tecidos
reconhecem micróbios e células danificadas,
libertando mediadores que ativam reações
inflamatórias.
70
Notes: neutrophils are the most predominant immune cells in the blood ; they are
the first to go into the site of inflammation
fibrosis → does not replace exactly the same cells → adds fibroblasts; hepatitis →
the liver regenerates really easy , but if the insult is prolonged can cause fibrosis
71
What stimulates inflammation?
● Infecções (bacterianas, virais, fúngicas, parasitárias)
● Necrose de tecidos (de qualquer causa), incluindo isquemia (fluxo sanguíneo
reduzido, como num enfarte do miocárdio) e lesão física e química (p. ex., lesão
térmicas, como queimaduras ou queimaduras por congelação).
● Trauma e agentes físicos e químicos (por exemplo, lesões térmicas, tais como
queimaduras ou queimaduras por congelação; irradiação; toxicidade de certos
produtos químicos ambientais) ferir as células hospedeiras e provocar reacções
inflamatórias.
● Corpos estranhos (lascas, sujidade, suturas, depósitos de cristais)
● Reacções imunitárias (reacções de hipersensibilidade: auto-imunes ou alergias)
72
Durante a inflamação aguda, ocorrem 3 eventos principais:
- O primeiro é a dilatação dos pequenos vasos, que levam ao aumento do fluxo
sanguíneo.
- O segundo é o aumento da permeabilidade da microvasculatura, permitindo
que as proteínas do plasma e leucócitos sejam capazes de sair da circulação,
para os tecidos afetados.
- Finalmente, o terceiro é a emigração de leucócitos da microcirculação,
acumulando-se no local de dano e ativação para eliminarem os agentes
causadores de dano.
É a maior permeabilidade da microvasculatura que permite a saída de plasma e
proteínas do plasma que ao acumularem-se nos tecidos formam edemas.
A pressão osmótica normalmente é bastante equilibrada, sendo que não costuma
haver perdas de fluídos, nem de proteínas. No caso de inflamação, há um
aumento da vasodilatação, levando a saída de fluídos, proteínas e células
(Exsudado).
O pus, é um exsudado purulento, rico em leucócitos (maioritariamente
neutrófilos), restos de células mortas e em alguns casos micróbios.
O sangue viaja a uma velocidade muito grande, pelo que é preciso os leucócitos
conseguirem aproximar-se do endotélio, onde estarão proteínas ativadas durante a
inflamação, que conseguem ligar-se aos leucócitos para que estes parem na
circulação (processo denominado por tethering). Após o tethering, os leucócitos
vão rolando pelo endotélio até que as integrinas consigam ligar com elevada
afinidade e promover a transmigração das células para os tecidos. É para isso
que precisamos de proteínas quimioatratores para recrutar as células para os
locais certos onde os leucócitos precisam de migrar.
73
The attachment of leukocytes to endothelial cells is mediated by complementary
adhesion molecules on the two cell types whose expression is enhanced by
cytokines.
O recrutamento dos leucócitos é possível através da quimiotaxia de leucócitos que
leva a uma locomoção ao longo de um gradiente químico dos leucócitos. Existem
diversas substâncias que podem atuar como quimioatratores, desde produtos
bacterianos (particularmente os N-formilmetionina terminais), citocinas
(especialmente as da família das quimiocinas), componentes do sistema de
complemento, e até mesmo produtos da lipoxigenase de ácidos
araquidónicos, em particular a leukotriene B4 (LTB4).
Não há saída dos leucócitos nas artérias, só nas veias e capilares.
A ativação dos leucócitos é feita por recetores nas membranas plasmáticas que
ativam uma cascata de sinalização que ativa leucócitos e induz diversos fenómenos,
ou ativam outros mediadores.
74
● ROS → microbial killing and tissue injury
● Óxidos nítricos → vasodilatação e mata micróbios
● Enzimas lisossomais → microbial killing and tissue injury
75
Arachidonic acid metabolites
Arachidonic acid is a fatty acid that plays a crucial role in acute inflammation.
During acute inflammation, arachidonic acid is released from cell membranes
and converted by enzymes such as cyclooxygenase and lipoxygenase into
various bioactive molecules, including prostaglandins, thromboxanes, and
leukotrienes.
Mechanical, chemical, and physical stimuli or other mediators (C5a) trigger the
release of AA by activating phospholipases
These bioactive molecules act as signaling molecules and play a role in regulating
inflammation by causing vasodilation (widening of blood vessels), increasing
vascular permeability, and promoting the migration of immune cells to the site
of injury or infection.
Specifically, prostaglandins and thromboxanes promote the formation of blood clots
and contribute to pain and fever, while leukotrienes contribute to bronchoconstriction
and airway inflammation.
Therefore, arachidonic acid and its metabolites play a critical role in the initiation and
regulation of acute inflammation. Drugs that inhibit the enzymes involved in the
metabolism of arachidonic acid, such as nonsteroidal anti-inflammatory drugs
(NSAIDs), are commonly used to treat inflammatory conditions.
76
Os leucócitos apesar de contribuírem para a função defensiva da inflamação
podem contribuir para danos. Um exemplo disto é a destruição de micróbios e
resíduos celulares, que muitas vezes libertam ROS, NO, e enzimas que podem
danificar as outras células. As Neutrophil Extracellular Traps (NETs) podem
aparecer no caso de infeções excessivas, contudo levam à exposição de
auto-antigénios. Os mecanismos de eliminação de micróbios e células mortas
por si só conseguem danificar tecidos normais. Devido a tudo isto, temos
mediadores anti-inflamatórios que terminam as reações inflamatórias quando estas
já não são precisas.
Os mediadores de inflamação são
produzidos rapidamente, mas
somente enquanto há estímulos,
pelo que, ao terem semi-vidas muito
curtas, são rapidamente degradados
após serem libertados. Dessa forma,
quando deixa de haver estímulo eles
são rapidamente degradados. Os
neutrófilos também apresentam
tempos de semi-vida muito curtos, e
morrem por apoptose dentro de
horas ou um dia ou dois após
saírem do sangue, pelo que deixa
de haver neutrófilos nos tecidos
quando a infeção para.
77
Acute Respiratory Distress Syndrome – É uma resposta muito rápida que leva a
produção de IL-8 que estimula uma grande produção acumulação de neutrófilos nos
capilares pulmonares. Quando se vai ver os alvéolos, estes estão completamente
danificados por causa da resposta dos neutrófilos. Isto pode ocorrer devido a
diversas doenças, como a infeção com SARS-CoV.
78
A inflamação crónica é uma resposta de duração prolongada (semanas ou meses)
nos quais a inflamação, tecido danificado, e mecanismos de reparo de dano
coexistem em combinações variáveis. Em contraste à inflamação aguda, que é
distinguida por mudanças vasculares, edemas, e infiltrados de neutrófilos, a
inflamação crónica é caracterizada por
- Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos, linfócitos, células
do plasma, eosinófilos e mastócitos
- Dde tecidos, maioritariamente devido a produtos resultantes da inflamação.
- Os reparos destes danos envolvem proliferação de novos vasos
(angiogênese) e fibrose.
- Esta inflamação pode resultar de infecções persistentes, doenças
inflamatórias mediadas pelo sistema imune e exposição prolongada a
agentes tóxicos.
Pode ocorrer formação de granulomas, que são uma tentativa pelas células de
conter um agente que causa danos que são difíceis de eliminar. Estes
granulomas são uma forma de inflamação crónica, sendo que existem macrófagos
ativos, linfócitos T, e regiões de necrose central. Os macrófagos desenvolvem
citoplasma abundante e podem fundir-se para formar células gigantes.
79
Tissue repair
80