CÂNCER
o Se o reparo for inadequado, induz apoptose
O câncer é uma doença caracterizada pela
proliferação anormal e descontrolada de células
tumorais, que podem invadir e dominar regiões do
corpo em que normalmente não existiriam.As
mutações são alterações na sequência nucleotídica
do DNA. Elas podem ser espontâneas, como erros
durante a replicação, ou mesmo induzidas por
agentes carcinogênicos físicos, químicos ou bio-
lógicos.
As mutações podem ser:
 de ganho de função: aumentam a atividade de um
gene ou o tornam ativo em circunstâncias
inapropriadas, como o que ocorre na formação de
oncogenes. Geralmente são mutações em alelos
dominantes;
 de perda de função: reduzem a atividade de um
gene ou o tornam inativo, como o que ocorre em
genes supressores tumorais. Geralmente ocorrem
em alelos recessivos, necessitando de dois
eventos para se manifestar. Em seres humanos,
a maioria dos tipos de câncer é causada pelo
acúmulo de múltiplas mutações ao longo da vida.
Logo, a probabilidade de uma célula tornar-se
cancerosa aumenta com a idade.
 O linfoma do tipo não Hodgkin é um tumor maligno
que se origina de células dos gânglios linfáticos
(ou linfonodos). Existem mais de 20 tipos
diferentes de linfoma não Hodgkin. No Brasil,
segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são
detectados pouco mais de 10 mil novos casos
desse tipo de linfoma por ano, sendo o tipo mais
incidente na infância.
Genes supressores tumorais:
São genes que bloqueiam o ciclo celular, ativam
apoptose e promovem reparo de DNA. Geralmente
são inativados durante a carcinogênese (processo de
formação do câncer). Um dos genes supressores
tumorais mais importantes é o TP53, pois cerca de
50% dos tumores humanos apresentam mutações
nesse gene. Ele codifica a proteína p53, que, após
uma lesão no DNA, pode desempenhar diversas
funções:
o Interrompe o ciclo celular e induz reparo no
DNA.
o Induz autofagia (digestão das próprias
estruturas celulares) caso a célula precise de
energia.
(morte celular programada).
o Induz a senescência (parada irreversível do
ciclo celular).
Oncogenes:
Genes responsáveis pela alteração do ciclo celular e
pelo desenvolvimento de tumores. Um oncogene tem
origem em um proto-oncogene (genes que atuam na
proliferação celular normal e que estimulam
processos que inibem a morte celular) por meio de
mutações pontuais, alterações cromossômicas,
inserção de DNA viral, agentes carcinogênicos ou
mutações espontâneas (durante a replicação do
DNA).
As células CAR-T (sigla em inglês para "receptor de
antígeno quimérico de células T') são linfócitos 7
(celulas de defesa) recolhidos de um paciente em
laboratório, em um procedimento chamado
leucoforese, e depois "reprogramados" para se
tornarem mais agressivos contra as células canceris
genas, por exemplo, antes de serem reintroduzidos
na circulação do paciente.
Fatores ambientais associados a múltiplos
elementos de constituição genética podem levar ao
desenvolvimento de câncer do tipo esporádico (que
não apresenta relação direta com a herança
genética) em cerca de 70% a 80% dos casos ou de
câncer relacionado a um histórico familiar sig-
nificativo, mas sem padrão hereditário definido, em
cerca de 20% a 30% dos casos.
Desses, cerca de 5% a 10% decorrem da existência
de alterações genéticas. A prevenção do câncer está
associada tanto a evitar contato com substâncias ou
fatores de risco comprovadamente cancerígenos
quanto a possibilitar, por meio de aconselhamento
genético, que indivíduos que apresentam oncogenes
ativados tracem estratégias preventivas (evitar o
desenvolvimento do câncer) e terapêuticas
(tratamentos precoces). Uma das formas de
tratamento do câncer é tentar silenciar os
oncogenes. No entanto, a padronização do
tratamento é bem difícil, pois os genes alterados
variam de acordo com o tumor, e muitas vezes até
no mesmo órgão. O tabagismo, o sobrepeso e a
obesidade também estão relacionados a casos de
câncer, e esses casos vêm crescendo no Brasil. Um
dos métodos de avaliar o peso de um indivíduo é
através do cálculo do Índice de Massa Corpórea
(IMC).