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O cancro é uma doença genética que resulta da perda de controlo do ciclo celular . A divisão de uma célula com mais
frequência do que o normal e/ou a não ocorrência de morte celular programada (apoptose) dá origem a uma
população de células em proliferação descontrolada e forma-se uma massa de células , ou tumor .
Na maior parte das situações, as mutações ocorrem em células somáticas ao longo da vida, embora também possam
ocorrer em células germinativas. Geralmente, é um acumular de mutações que desencadeia o desenvolvimento de
um cancro .
Todos os cancros são genéticos na medida que resultam de alterações do DNA . A maioria dos cancros são
esporádicos e surgem como resultado de mutações somáticas que resultam da interação entre o genoma do
indivíduo e o ambiente( vírus, tabaco, radiações, produtos químicos....)
Genes supressores de tumores- Os produtos destes genes inibem a divisão celular . A perda destes genes ou a
diminuição da sua atividade contribui para o aparecimento de um cancro . Quando estes genes sofrem uma mutação
perdem a sua capacidade inibidora e a divisão celular realiza-se de forma descontrolada originando um cancro.
Os agentes mutagénicos que já referi anteriormente , podem ativar oncogenes ou desativar genes supressores de
tumores e causar cancro .
As infeções por vírus contribuem para o aparecimento de cancro pela integração do material genético do vírus no
DNA das células infetadas . O DNA viral pode ser inserido num local onde destrua a atividade de um gene supressor
de tumores ou converta um proto-oncogene num oncogene .
95% dos cancros são cancros esporádicos . Os cancros hereditários são muito raros(5 a 10%) , e são precisos três
fatores fundamentais para ser considerado um cancro hereditário: ter mais de um caso do mesmo cancro na família
e no mesmo lado da família , o cancro se desenvolver antes dos 50 anos .
Mariana Melo