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UNIFAGOC

Centro Universitário Governador


Ozanam Coelho

Curso: MEDICINA

Genética e Câncer

Msc. Camila Soares Furtado Couto


Câncer

• Acomete mais de 1/3 da população;

• Responsável por mais de 20% das mortes.

• Neoplasia: Proliferação celular descontrolada

 Neoplasma ou tumor maligno: crescimento descontrolado, e capaz


de invadir tecidos vizinhos.
Bases Genéticas do Câncer

• Processo complexo que envolve múltiplas etapas, que depende do


acúmulo de mutações em dezenas e até centenas de genes.

• Podem ser ativados e inativados por:

Genéticos Epigenéticos
Mutações Metilação
gênicas do DNA

Amplificações Acetilação de
gênicas histonas

Superexpressão
gênica
microRNAs

Perda e quebra
cromossômica
Genética do Câncer
Genética do Câncer
Genética do Câncer

Oncogene
• Proto-oncogene é um gene normal, responsável pela proliferação
celular.
• Torna-se um oncogene, devido a uma mutação .
• As proteínas resultantes podem ser denominadas "oncoproteínas“, e
elas induzem o crescimento e proliferação celular desordenada.
Genética do Câncer

Oncogene

• Atuam na carcinogênese pelo ganho de função.

 Dominante: Apenas um alelo pode contribuir para o fenótipo maligno


Genética do Câncer

Oncogene

• Vias de sinalização celular: proliferação, diferenciação e sobrevivência


celular.

• Codificam proteínas, como fatores de crescimento, transdução de


sinal e fatores de transcrição.

• Proteínas Tirosina quinase


Genética do Câncer

Oncogene

• Ativados por uma série de alterações genéticas – Mutações pontuais


(genes da família RAS)

RAS inativo, ligado ao


GDP.
Ativa-se quando há
estímulo do receptor
(ex. tirosina quinase)

Mutação: ativação
constante, e
proliferação
descontrolada.
Genética do Câncer

Oncogene

• Rearranjos cromossômicos
• Translocações entre cromossomo 9 e 22 – Cromossomo Philadelfia
• Cromossomo Phi: Leucemia mieloide crônica

Proteína quimérica (bcr-abl) com atividade


tirosina quinase aumentada.
Genética do Câncer

Oncogene

Gene HER2:
• Superexpressão gênica.

• é um proto-oncogene responsável por codificar receptores de fatores


de crescimento.
• Se transformado em oncogene, produz um número maior de
receptores muito sensíveis, mas pouco específicos, ou seja,
responderão a qualquer estímulo iniciando a proliferação celular.
• Esse gene está muito relacionado ao câncer de mama em ambos os
sexos.
Genética do Câncer

Gene Supressor de Tumor

• Genes que retardam a divisão celular, reparam erros do DNA, ou


induzem à apoptose celular, inibindo a formação de tumores.
Genética do Câncer

Gene Supressor de Tumor


• Codificam proteínas que:
Controlam o ciclo celular
Reparam danos do DNA
Induzem apoptose

 Atuam na carcinogênese pela perda da sua função!

• Distúrbio recessivo: ambos alelos com mutação


Genética do Câncer

Gene Supressor de Tumor

• Podem ser inativados por mutações pontuais, deleções, metilação e


inserção de DNA viral.
Genética do Câncer

Gene Supressor de Tumor – PRB1

• Proteína do Retinoblastoma

• 1971: Primeiro GST identificado em tumor maligno intra-ocular, mais


comum na infância, conhecido como retinoblastoma.

• Mecanismo capaz de explicar a carcinogênese envolvendo os GST


depende de duas mutações: HEREDITÁRIO E ESPORÁDICO.
Genética do Câncer

Gene Supressor de Tumor – PRB1

Hereditário Mutação Esporádico


Necessários 2
germinativa
eventos
em um dos
somáticos
alelos
Necessária
uma segunda Muito mais
mutação raro
(somática)

Predomínio
Idade tardia
em crianças
Genética do Câncer

Gene Supressor de Tumor – P53

• Presente no cromossomo 17, este gene está mutado em cerca de 2/3


dos casos de câncer.

• Responsável pela interrupção do ciclo celular na fase G1 quando há


qualquer alteração na sequência de DNA, a fim de que o dano seja
reparado.
• Se o reparo não for feito, o gene induzirá a ativação a apoptose.

• A disfunção desse gene faz com que o ciclo celular prossiga mesmo
que haja uma mutação no DNA.
Genética do Câncer

Gene Supressor de Tumor – P53

• Alterações no p53 é a Síndrome de Li-Fraumeni, condição em que


ocorre predisposição a desenvolver câncer em vários locais, como
mama, ossos, cólon, pâncreas, entre outros.
Câncer Hereditário

• 5 a 10% dos casos.

• Alteração germinativa – Presente em todas as células


Portador possui maior predisposição em desenvolver diferentes tipos de câncer.

• Padrão de herança Mendeliana


• Transmissão vertical
• Em geral, autossômica dominante
Câncer Hereditário

• Detecção importante!!! – Anamnese

• Histórico familiar: Idade precoce, multifocalidade, membros afetados,


múltiplas gerações.

• Conhecimento de genes: estratégias de rastreamento, avaliação de


risco e aconselhamento genético.
Câncer Hereditário

• BRCA1, BRCA2, APC: Muito Penetrantes

Mama, ovário e
próstata

• APC

Colorretal e tireóide

• MLH1, MSH2

Endométrio,
estômago, ovário
Câncer Hereditário

• Estudos mostram que 9% das mulheres desenvolverão câncer de


mama.

• Risco aumentado em até 3x se um parente de primeiro grau é


afetado, e em 10x se mais de um parente de primeiro grau é afetado.

• BRCA1 (cromossomo 17), BRCA2 (cromossomo 13).

• Muitos alelos mutantes;

• Risco de câncer no ovário.


Câncer Esporádico

• 90 a 95% dos casos

• Desenvolvimento e acúmulo
de diversas mutações
SOMÁTICAS, somente no
tecido do tumor.

• Mutações passangers

• Mutações resistentes à
quimioterapia

• Mutações aumentam na
presença de carcinógenos!
Câncer Esporádico
Tratamento

• Identificação e interpretação das alterações genéticas tem


possibilitado a produção de drogas mais específicas, direcionadas ao
tratamento de cada câncer.

Droga Gene Observações


Trastuzumab ERBB2 Super expressão
do HER2
Imatinib BCR-ABL Cromossomo
Philadelfia (t(9;22))
Gene e Ambiente

• Alimentos, radiação natural e artificial, agentes químicos e vírus.

• Ex.: câncer gástrico é quase 3x maior em japoneses que vivem no


japão, do que os que vivem na Califórnia.
Gene e Ambiente

• Radiação
5 anos leucemia;
40 anos outros tumores

• Carcinógenos químicos
Tabaco
Aflotoxina B1 (modifica p53,
causando de G para T, no códon
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