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GENE ABL
Tirosina cinase não associada a membrana Gene do retinoblasto (RB) e gene TP53
Mutações de ganho função em genes de ciclina D e Genes cuja transcrição é deflagrada por P53 suprimem a
CDK4 promovem a progressão G1/S transcrição neoplásica por 3 mecanismos:
CDKI sofrem mutações ou estão silenciados em muitas - interrupção do ciclo celular mediada por P53 em
malignidades humanas resposta primordial ao dano no DNA
Glicólise aeróbica- resulta em 2 moléculas de ATP - evasão da crise mitótica: ação da telomerase
Por que é vantajoso para uma célula cancerígena contar ANGIOGÊNESE SUSTENTADA
com a glicólise aparentemente ineficiente, ao invés da Crescimento de novos vasos a partir de capilares
fosforilação oxidativa? previamente existentes
- A glicólise aeróbica proporciona as células tumorais de Por que é importante para o crescimento tumoral?
divisão rápida intermediários metabólicos que são
necessários para a síntese de componentes celulares, - provê nutrientes e oxigênio e remoção de resíduos
ao passo que a fosforilação oxidativa mitocondrial não
- células endoteliais secretam fatores de crescimento
- contribuem para metástase - baixo nível de TIMPs (inibidores de
metaloproteinases de matriz)
Fatores pró-angiogênicos são regulados pelas células
3. alterações na fixação das células tumorais as
tumorais e pelo estroma associado:
proteínas da MEC
- hipóxia aumento VEGF e B-FGF - perda de receptores de adesão na membrana
celular tumoral
- mutações de perda de função em P53 aumento - clivagem das proteínas da membrana basal,
VEGF e diminuição Trombospondina-1 (TSP-1) colágeno IV e laminina, por MMP-2 ou MMP-9,
- mutações de ganho de função em RAS ou MYC gera novos sítios que se ligam aos receptores
aumento VEGF e B-FGF nas células tumorais e estimulam a migração
4. locomoção
Inibidores de VEGF são utilizados para tratar um - participação de proteínas envolvidas com a
número de cânceres avançados e prolongar o curso migração no citoesqueleto de actina
clínico, mas não curativos - produtos de clivagem dos componentes da
INVASÃO E METÁSTASE matriz e alguns fatores de crescimento possuem
atividade quimiotática para as células tumorais
Principais causas de morbidade e mortalidade - sinalização recíproca entre as células tumorais
relacionadas ao câncer e as células do estroma podem promover a
tumorigênese e a progressão tumoral
Processo complexo que envolve uma série de etapas
sequenciais chamadas de DISSEMINAÇÃO VASCULAR E INSTALAÇÃO DAS CÉLULAS
TUMORAIS
cascata de invasão-metástase
Na circulação sanguínea, algumas células tumorais
A cascata metastática é dividida em 2 fases:
formam êmbolos por agregação a leucócitos e
- invasão da matriz extracelular (MEC) plaquetas
- disseminação vascular, instalação das células tumorais Muitos tumores metastizam-se para o órgão que
e colonização apresenta o primeiro leito capilar que encontram após
entrar na circulação
INVASÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR
Pode haver também tropismo órgão-específico
A invasão da MEC é um processo ativo que requer
quatro etapas: Como isso é explicado?
1. Afrouxamento das interações célula tumoral – - expressão de moléculas de adesão nas células
célula tumoral tumorais cujos ligantes são expressos no endotélio de
- as E-caderinas medeiam as junções órgãos específicos
intercelulares
- receptores de quimiocinas presentes nas células
- função perdida em quase todos os cânceres
tumorais
epiteliais
- mutação no gene E-caderina, ativação dos - alguns tecidos não apresentam um ambiente
genes B-catenina permissivo para a fixação do tumor
2. degradação local da membrana basal e do
tecido conjuntivo intersticial IMUNOLOGIA DOS TUMORES
- secreção de enzimas proteolíticas (MMP; Vigilância imune uma função fisiológica do sistema
catepsinas) ou indução pelas células estromais imune é reconhecer e destruir clones de células
(fibroblastos e células inflamatórias) a elaborar transformadas e eliminar tumores depois de formados
proteases
- remodelamento de componentes da MEC e Características da imunidade tumoral:
liberação de fatores de crescimento - tumores estimulam respostas imunes específicas
sequestrado na MEC
- as respostas imunes frequentemente falham em evitar - a-fetoproteína (AFP)- carcinoma
o crescimento de tumores hepatocelular, cânceres gástrico e pancreático
antígenos glicolipídicos e glicoproteicos
1. tumores apresentam mecanismos especializados para
- tumores humanos e experimentais expressam
evadir da resposta imune do hospedeiro
níveis elevados ou formas anormais de
2. as células tumorais tendem a ser fracamente glicoproteínas e glicolipídios de superfície, que
imunogênicas podem ser marcadores de diagnóstico e alvos
para terapia
3. o crescimento rápido e a disseminação do tumor - gangliosídeos, ex: GM2, GD2 e GD3 em
pode superar a capacidade de ação do sistema imune neuroblastoma; Mucinas, ex: MUC-1 em
ANTÍGENOS TUMORAIS carcinoma de mama
antígenos de diferenciação tecido-específicos
A existência de uma imunidade antitumoral específica - os tumores podem expressar moléculas que
indica que tumores devem expressar antígenos são normalmente expressas apenas nas células
reconhecidos como estranhos pelo hospedeiro de origem do tumor e não nas células de outros
Principais classes de antígenos tumorais: tecidos
- CD10 e CD20- linfomas de células B
produtos de genes mutados - CD30- linfomas de célula T específicos e na
- os oncogenes e genes supressores de tumores maioria dos linfomas de Hodgkin
mutados produzem proteínas diferentes das
proteínas celulares normais e, portanto, podem RESPOSTA IMUNE AOS TUMORES
induzir respostas imunes LINFÓCITOS T
- RAS, P53, BCR-ABL
proteínas celulares superexpressas ou expressas O principal mecanismo de imunoproteção contra
de forma aberrante tumores é o killing de células tumorais por CTLs CD8+
- os antígenos tumorais também podem ser O prognóstico dos tumores humanos é mais favorável
proteínas celulares normais que estão quando mais CTLs estão presentes no tumor
expressas de forma anormal nas células
tumorais As respostas de células T CD8+ específicas para
- tirosinase, antígenos do “câncer de testículo”, antígenos tumorais podem requerer apresentação
gene do antígeno do melanoma (MAGE) cruzada dos antígenos tumorais pelas células
antígenos tumorais produzidos por vírus dendríticas
oncogênicos
Células T CD4+ Th1 contribuem intensificando respostas
- as proteínas de vírus oncogênicos funcionam
dos LT CD8+ e na ativação de macrófagos via secreção
como antígenos tumorais e induzem respostas
de TNF e IFN-y
de células T especializadas
-vírus Epstein-Barr (EBV)- linfoma de células B e CÉLULAS NATURAL KILLER
carcinoma nasofaríngeo
As células tumorais se tornam suscetíveis ao killing
- Papiloma vírus humano (HPV)- carcinoma do
pelas células NK quando regulam negativamente a
colo do útero
expressão de MHC de classe 1 ou quando regulam
antígenos oncofetais
positivamente a expressão de ligantes que ativam
- proteínas expressas em níveis elevados nas
receptores de célula NK
células cancerosas e em condições normais de
desenvolvimento de tecidos fetais, mas NÃO Tumores expressam ligantes do receptor ativador
em adultos NKG2D em células NK
- antígeno carcinoembrionário (CEA)-
carcinomas do colo do intestino, pâncreas, As células NK também podem ser ativadas para matar
fígado células tumorais cobertas com anticorpos antitumorais,
por citotoxicidade celular dependendo do anticorpo
MACRÓFAGOS (agentes promotores) e transforma-se em
células malignas ou cancerosas
Os macrófagos são capazes tanto de inibir como de
progressão
promover o crescimento e disseminação dos cânceres,
- multiplicação descontrolada das células
dependendo de seu estado de ativação
alteradas
Macrófagos M1 presentes em tumores podem ser - acúmulo de células cancerosas
ativados para matar células tumorais via IFN-y
CARCINÓGENOS QUÍMICOS
produzindo CTLs ou células Th1 tumor-específica
Os carcinógenos químicos são eletrófilos (possuem
Macrófagos M2 contribuem para a progressão tumoral
átomos deficientes em elétrons) altamente reativos que
através da secreção de fatores de crescimento (VRGF,
podem reagir com sítios nucleofílicos (ricos em elétrons)
TGF-B) que promovem o crescimento tumoral
nas células
EVASÃO TUORAL DAS RESPOSTAS IMUNES
Os seus alvos são o DNA, RNA e proteínas
A capacidade de evasão da imunidade do hospedeiro é
Classificados em:
uma das principais características dos tumores
Agentes de ação direta
A maioria dos mecanismos de evasão podem ser
classificados como inibição ativa de respostas imunes - não requerem conversão metabólica para se tornaram
antitumorais ou perda dos antígenos que dirigem essas carcinogênicos
respostas
- ex: agentes alquilantes causam alterações nas
3 principais mecanismos: cadeias do DNA impedindo sua replicação
Conjunto de sinais e sintomas que acompanham os N significa envolvimento de linfonodo regional: N0, N1,
tumores benignos e malignos em qualquer órgãos ou N2 e N3
sistema, não estando relacionados aos efeitos de M significa metástase: M0, M1 e M2
massa, invasão ou com as metástases
MARCADORES TUMORAIS
Ocorrem em 10-15% dos pacientes com câncer
São moléculas que indicam a presença do câncer ou
Por que é importante identificar as síndromes fornecem informações a respeito da doença
paraneopláscicas?
Podem ser produzidas por células tumorais ou por
- podem indicar a manifestação precoce de uma células normais em resposta ao câncer
neoplasia oculta
Podem ser encontradas no sangue, fluidos corporais ou
- podem causar problemas clinicamente significativos e expressos pelo próprio tumor
podem até ser letais
EXEMPLOS DE CÂNCERES E MARCADORES DE
- podem mimetizar a doença metastática e, assim, PREDISPOSIÇÃO DE ORIGEM HEREDITÁRIA
atrapalhar o tratamento
- câncer de mama e ovário: BRC1 e BRCA2
Síndrome de Cushing
- polipose adenomatosa familiar: APC
- produção excessiva de corticotrofina (ACTH)
- câncer colorretal: FGF e K-RAS
- pacientes com câncer de pulmão e síndrome de
Cushing possuem níveis séricos aumentados de - retinoblastoma: RB
corticotrofina CÂNCER DE MAMA
- 50% dos indivíduos com essa endocrinopatia - BRCA1 e BRCA2, são responsáveis por 25% dos casos
apresentam carcinoma de pulmão de câncer de mama familiar
Hipercalcemia - HER2 é o receptor do EGF e sua expressão está
- mais comum das síndromes paraneopláscicas aumentada em 20% dos cânceres mamários
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
BIÓPSIA
esfregaço citológico
IMUNOHISTOQUÍMICA
CITOMETRIA DE FLUXO
MICROARRANJOS DE DNA