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Atividade 1

Câncer é um grupo de doenças causadas pelo crescimento desordenado de


células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. Seu
desenvolvimento e progressão normalmente estão relacionados a uma série de
alterações na atividade dos reguladores do ciclo celular. O câncer se desenvolve a
partir de mutações genéticas, ou seja, alterações no DNA da célula, que passa a
receber instruções erradas para suas atividades.
As células cancerosas comportam-se de forma diferente das células normais em
nosso corpo. Elas podem multiplicar-se em cultura (fora do corpo, em uma placa de
Petri) sem que sejam adicionados fatores de crescimento ou sinais de proteína que
estimulam o crescimento, diferente das células normais, que necessitam de fatores
de crescimento para crescer em cultura.
As células cancerosas multiplicam-se de maneira descontrolada, ou seja, elas se
dividem mais rapidamente do que as células normais do tecido à sua volta, e o
crescimento celular torna-se contínuo. Isto ocorre porque elas expressam uma
enzima chamada telomerase.
Elas obtêm a capacidade de migrar para outras partes do corpo, um processo
chamado metástase, e de promover o crescimento de novos vasos sanguíneos, um
processo chamado angiogênese (que fornece uma fonte de oxigênio e nutrientes às
células tumorais). As células cancerosas também não se submetem à morte celular
programada (apoptose), sob condições em que as células normais o fariam.
Os oncogenes se originam de um gene previamente normal, chamado de proto-
oncogene, que sofreu uma mutação. Essa mutação leva a uma produção anormal
ou em excesso de um fator de crescimento, resultando em crescimento
descontrolado da célula.
Supressores de tumor são genes que normalmente retardam a divisão celular,
reparam danos do DNA ou indicam quando as células devem morrer (processo de
apoptose ou morte celular programada). Eles previnem a formação de tumores
cancerosos quando estão funcionando corretamente, e tumores podem se formar
quando eles sofrem mutações de modo que não funcionem mais.
Um dos mais importantes supressores de tumor é a proteína p53, que desempenha
um papel central na resposta celular que inclui a parada do ciclo celular permitindo o
reparo do dano no DNA, ou indução da morte celular. A p53 age primeiramente ao
final de G1 (controlando a transição de G 1 para S), onde ela bloqueia a progressão
do ciclo celular em resposta a um DNA danificado e a outras condições
desfavoráveis.
Quando o DNA de uma célula é danificado, uma proteína sensora ativa a p53, que
interrompe o ciclo celular no final de G 1 desencadeando a produção de um inibidor
do ciclo celular. Essa pausa dá tempo para o reparo do DNA, que também depende
da p53, cuja segunda função é ativar enzimas de reparação do DNA. Se o dano for
consertado, a p53 irá liberar a célula, permitindo que ela continue através do ciclo
celular. Se o dano não for passível de conserto, a p53 irá desempenhar seu terceiro
e último papel: desencadear a apoptose (morte celular programada) de modo que o
DNA danificado não seja passado adiante.
Em células cancerosas, a p53 geralmente está ausente, não funcional ou menos
ativa que o normal.

Atividade 2

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