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Introdução à Biofísica

Profª Fabíola Cunha


Compartimentos dos Fluidos Corporais

• Em condições normais, o organismo mantém sua composição interna


relativamente constante.
• A água é o componente mais abundante do corpo, representando 40
a 70% do peso corporal.
• Essa variação é dependente da idade do indivíduo, quantidade de
gordura, ingesta e diurese.
• Os fluidos corporais são compartimentalizados por membranas ou
finas camadas de células, permeáveis a água e solutos.
• A composição de cada compartimento estabelece um ambiente
ótimo para as reações bioquímicas.
Compartimentos dos Fluidos Corporais
• A quantidade de líquido total é distribuída em dois grandes espaços:
o extracelular e o intracelular.
• O líquido extracelular compreende o plasma, o líquido intersticial, a
linfa e o chamado transcelular.
• O plasma corresponde a todo o meio intravascular, exceto as células
sanguíneas, sendo limitado pelo endotélio.
• O fluido intersticial ou linfa intersticial é um líquido claro e
transparente que banha as células.
• Localiza-se no espaço linfointersticial entre o meio intracelular e os
demais conteúdos extracelulares.
Compartimentos dos Fluidos Corporais
• As trocas de água e solutos entre os meios intra e extracelular
ocorrem na interface do espaço intersticial e ambiente intracelular.

• O espaço do líquido transcelular corresponde aos dos fluidos do suco


gastrointestinal, urina, líquido cefalorraquidiano, espaço
subaracnoideo, cavidade cerebroespinhal, glândulas de secreção
exócrina, mucosa respiratória e líquidos entre folhetos serosos.
Compartimentos dos Fluidos Corporais

Proporção dos líquidos em um homem com 70 kg de peso corporal; excetuando-se o plasma que
corresponde a aproximadamente 61%.
Membrana Celular

• É cada vez mais notável a importância que a membrana plasmática


tem na manutenção da homeostase celular.

• Além de regular as atividades intracelulares de maneira direta ou


indireta, a membrana desempenha um papel central na comunicação
intercelular (entre células diferentes) e na comunicação com o espaço
intersticial, que é um meio líquido no qual as células se encontram
suspensas.
Membrana Celular
• Para manter uma comunicação tão intensa, a membrana tem que ser
capaz de captar estímulos externos e, ao mesmo tempo, gerar sinais,
sejam eles químicos ou elétricos.
• Assim, existem receptores específicos em sua superfície para cada
tipo de estímulo que possa chegar até a membrana.

• O movimento de uma bactéria em direção ao alimento, a


transformação de um estímulo luminoso em sinal elétrico na retina e
a resposta de uma célula-alvo a hormônios (como a insulina) são
exemplos em que a função desses receptores é primordial.
Membrana Celular
• Deve-se, deste modo, pensar a membrana como uma estrutura
heterogênea e complexa, que compreende diversas proteínas, lipídios
e também alguns açúcares.
Características Gerais

• A espessura da membrana pode variar entre 60 a 100 Å aproximadamente,


dependendo do tipo de célula.

• Em alguns casos, as membranas biológicas chegam a constituir 80% do


total da massa celular desidratada.

• Isso é possível visto que a célula é constituída por um sistema de


membranas que compreende não só a membrana celular, mas também as
membranas de organelas ou aquelas que servem de compartimento para
substâncias, como as enzimas e materiais fagocitados.
Características Gerais
• Temos, portanto, uma grande variedade de membranas envolvendo
as mais diversas estruturas, como, por exemplo: mitocôndrias,
cloroplastos, núcleo, retículo endoplasmático (liso e rugoso), golgi,
lisossomas, peroxissomas e outros.

• De uma maneira geral, a membrana plasmática é constituída por


lipídios e proteínas.

• Por esse motivo ela é dita uma membrana lipoproteica.


Características Gerais
• Apresenta característica anfipática, ou seja, apresenta solubilidade
em água e em solventes orgânicos, porém com maior característica
lipossolúvel.
• As proteínas da membrana são mediadoras de diversas reações como
a de sinalização via hormônios e transporte de substâncias, ao passo
que os lipídios permitem a criação de um meio intracelular ideal
(diferente do meio extracelular) para as reações bioquímicas.
• Nota-se, ainda, que a relação entre lipídios e proteínas existentes em
cada tipo de membrana varia consideravelmente, propiciando
diferentes propriedades às diferentes células.
Características Gerais
• As membranas internas das mitocôndrias, por exemplo, durante a
respiração celular, permitem a criação de um gradiente de prótons que
permite a realização de uma reação denominada de fosforilação oxidativa,
em que se forma adenosina trifosfato (ATP), a molécula energética das
células.
• Esse processo requer uma intensa atividade proteica.

• Em contraste, a bainha de mielina, que reveste os axônios, que, por sua


vez, formam os nervos, tem função de isolar a célula nervosa do meio
externo. Para isso, necessita de uma grande quantidade de lipídios.
• Essa diferença de composição entre os diversos tipos de membranas pode
explicar o porquê de células e organelas possuírem comportamentos
diferentes.
Características Gerais
• Os valores da relação entre lipídios e proteínas não são constantes ao
longo da vida da célula.
• Esses valores também dependem do ciclo celular.

• Quando a célula amadurece, o teor de proteína e de lipídio (esse em


menor extensão) se altera.

• É a propriedade denominada Plasticidade no Tempo, em que as


membranas estão constantemente perdendo e ganhando moléculas.
Constituição da Membrana Plasmática

• A membrana é composta, principalmente, por uma matriz


lipoproteica, bimolecular.

• Os lipídios geralmente estão presentes em maior concentração que


as proteínas, porém têm peso molecular menor.
Lipídios

• Por definição, toda substância insolúvel em água e altamente solúvel


em solventes orgânicos (como o clorofórmio) é considerada um
lipídio.
• Os lipídios são moléculas anfipáticas, ou seja, possuem uma parte
hidrófila, que tem grande afinidade com a água, e outra parte
hidrófoba, que não tem afinidade nenhuma com a água.

• De um modo geral, os lipídios têm forma retangular.


• A extremidade hidrófila é representada por um círculo, que também é
denominado “cabeça polar”.
Lipídios
• A outra extremidade, hidrófoba, é representada por duas linhas
paralelas e onduladas que partem do círculo.
• Os lipídios são divididos em três grupos principais: glicolipídios,
fosfolipídios e colesterol.
Glicolipídios

• Esses lipídios são assim denominados porque contêm moléculas de


carboidratos.
• O exemplo mais simples é o cerebrosídio, porque ele possui somente
um resíduo de “ose” (glicose ou galactose).

• Os gangliosídios (glicolipídio mais complexo) podem ter até sete


resíduos de “oses” e, quando se acumulam no organismo devido a
problemas genéticos, causam uma doença denominada Tay-Sachs
(mais frequente na comunidade judaica).
• A concentração desse tipo de lipídio na membrana é baixa.
Fosfolipídios

• Esses são os lipídios predominantes nas membranas celulares, que se


diferenciam por possuírem, em uma de suas extremidades, um
radical polar, que é o fosfato (PO4-3).
• Na outra extremidade, apresentam duas cadeias de ácidos graxos,
como os demais lipídios.

• Os fosfolipídios derivados do glicerol, que é um álcool de três


carbonos, são denominados fosfoglicerídeos ou também
glicerofosfolipídios.
Fosfolipídios
• Esses são mais numerosos do que os esfingolipídios, que são
derivados da esfingosina (um álcool mais complexo).
Colesterol

• O colesterol é um lipídio neutro, já que não possui nenhum radical


livre, como o grupo fosfato (PO4-3) dos fosfolipídios.
• É composto por um álcool e pode estar ligado a um éster (colesterol
esterificado).

• Ele está presente apenas em membranas de seres eucarióticos,


variando muito sua concentração de célula para célula.
• No homem, possui inúmeras funções, entre elas, formação da bile e
precursor de hormônios esteroides.
Colesterol
• As células mais ricas em colesterol são as hemácias, as células hepáticas e
as células nervosas mielinizadas.
• Esses três grupos de lipídios anteriormente citados estão presentes em
todas as membranas plasmáticas (o colesterol, somente em seres
eucarióticos).

• Suas taxas variam consideravelmente de célula para célula.


• Esses valores vão depender da função da célula em questão.
• Cada tipo de lipídio apresenta uma função diferente, e isso vai se refletir na
sua concentração na membrana de uma determinada célula.
Colesterol
• É necessário enfatizar que não somente entre as células de um
mesmo indivíduo há variação na concentração dos lipídios da
membrana plasmática, mas que células de mesma função, porém de
espécies animais diferentes, podem apresentar diferenças nos teores
de lipídios.
Colesterol
Ácidos Graxos

• Um ácido graxo é um composto que possui uma longa cadeia de


hidrocarbonetos (carbono e hidrogênio) e, em uma de suas
extremidades, apresenta um grupo carboxila (COOH), ou seja, possui
uma porção hidrófila ou também chamada polar.

• Essa porção polar varia, em sua constituição, de acordo com o tipo de


ácido graxo.
Ácidos Graxos
• Os ácidos graxos que são apolares, não possuem ligações livres e são,
portanto, hidrófobos (não têm afinidade com a água).

• Cada molécula de ácido graxo pode ter conformações diferentes, tais


como estado rígido, estado ordenado e estado fluido (desordenado),
conforme a temperatura.
Ácidos Graxos
• A passagem de um estado para o outro depende diretamente da
temperatura.

• Quando a temperatura de fusão é atingida, as cadeias mudam de


conformação.

• Essa temperatura de fusão vai depender do comprimento das cadeias


de ácido graxo e do seu grau de insaturação (duplas ou triplas
ligações).
Ácidos Graxos
• Quanto mais longas as cadeias de ácido graxo, mais fortemente elas
interagem entre si, portanto, a temperatura de fusão também tem
que ser mais elevada. Isso também ocorre em cadeias com um grau
muito baixo de insaturação.

• As cadeias mais saturadas possuem uma temperatura de fusão maior,


porque elas interagem mais fortemente do que as cadeias
insaturadas, que são modificadas com uma maior facilidade.
Ácidos Graxos e a Fluidez da Membrana

• A fluidez da membrana depende diretamente da configuração das


cadeias de ácido graxo que a constituem.
• Há uma relação direta entre a fluidez da membrana e o grau de
insaturação da cadeia hidrocarbonada, ou seja, quanto maior o
número de ligações duplas, mais fluida será a membrana.

• O comprimento das cadeias também influencia.


• Cadeias longas interagem mais fortemente que as curtas, deixando
menos espaços entre elas, reduzindo a fluidez da membrana.
Funções dos Lipídios

• Os lipídios apresentam várias funções na membrana plasmática.

• Glicolipídios: atuam na regulação das interações celulares, tais como


o crescimento e o desenvolvimento celular.
• Sua porção glicídica possui papel antigênico.
• Ainda possuem função como reserva nutritiva para a célula, como
exemplo o TAG (triacilglicerol).
Funções dos Lipídios
• Fosfolipídios: possuem funções variadas como reservatório de
mensageiros, ancoramento de proteínas à membrana, constituinte
fundamental da bainha de mielina (esfingomielina) e, fora da
membrana, como constituintes da bile e do surfactante (dipalmitoil-
lecitina), os quais possuem ação detergente, e os fatores ativadores
de plaquetas (PAF) que são propriamente glicerofosfolipídios.
Funções dos Lipídios
• Colesterol: é um esteroide característico dos tecidos animais, sendo
essencial para os mesmos: possui função estrutural e regula a fluidez
da membrana celular.

• Fora da membrana, ele é usado como precursor de hormônios


esteroides, sais biliares e vitamina D endógena (Vitamina D2). Não
possui, entretanto, valor calórico para nós, apesar de ser
extremamente rica em energia.
Funções dos Lipídios
• Os lipídios são um grupo extremamente heterogêneo de moléculas
que vão desde os ácidos graxos (gordura) até as vitaminas
lipossolúveis, as quais, naturalmente, possuem as mais diversas
funções.

• Possuem, entretanto, um grande elo em comum: são lipossolúveis.


Organização da Bicamada Lipídica

• Os lipídios são dotados de duas extremidades: uma polar (hidrófila) e


outra apolar (hidrófoba).

• Devido a essa característica, a bicamada lipídica consegue separar os


dois meios hidrofílicos, o intra e o extracelular.
Organização da Bicamada Lipídica
• Essa dupla camada tende a ser extensa e se fechar formando o que
chamamos de micelas, para que não haja extremos com cadeias
cadeias hidrofóbicas expostas.

• Isso leva à formação de compartimentos, que são autosselantes, uma


vez que a formação de um orifício é energeticamente desfavorável.

• Isso porque, para manter afastados os lipídios que estão interagindo


fortemente, teria que haver gasto de energia.
Estabilidade da Bicamada Lipídica

• Existem dois tipos de forças que mantêm essas camadas estáveis:


Forças de Van der Waals, entre as cadeias de ácido graxo, e pontes
de hidrogênio, entre os grupamentos polares dos lipídios e moléculas
de água.
Estabilidade da Bicamada Lipídica
• Forças de Van der Waals: mesmo sendo apolar, a molécula é
composta por elétrons que estão em constante movimento. Em um
dado momento, pode haver mais elétrons de um lado da molécula do
que de outro.

• Isso torna a molécula momentaneamente polarizada e,


por indução elétrica, provocar a polarização de uma molécula vizinha,
resultando em uma atração fraca.
Estabilidade da Bicamada Lipídica
• Pontes de Hidrogênio: é um caso de dipolo-dipolo. Quando
uma molécula é polar, ela apresenta uma extremidade mais
eletropositiva e outra mais eletronegativa.

• O lado “positivo” da molécula atrai o lado “negativo” de uma


molécula vizinha, formando forças de atrações.
Proteínas

• As proteínas são as principais mediadoras de grande parte das


reações que ocorrem ao nível da membrana.

• São elas as responsáveis pelos processos de transporte, comunicação


e transdução de energia.

• Assim como os lipídios, existe uma variação enorme de tipos de


proteínas, e elas não estão distribuídas de maneira uniforme em
todas as membranas.
Proteínas
• A maioria das células possui uma porcentagem de aproximadamente
40% de proteínas e 60% de lipídios.
• Mas esses valores não são constantes.

• A bainha de mielina, por exemplo, tem apenas 18% de proteína, ao


passo que a membrana interna da mitocôndria tem 75% de proteína
em sua constituição.
• Geralmente, quanto maior a atividade metabólica de uma célula,
maior o teor de proteína em sua membrana.
Classificação das Proteínas da Membrana

• As proteínas são divididas em dois grupos: móveis/migratórias e


estruturais/fixas.
• O primeiro grupo é subdividido em proteínas móveis extrínsecas e
proteínas móveis intrínsecas.

• Esses dois grupos são responsáveis pelas propriedades contráteis da


membrana.
• São elas que capacitam à membrana a propriedade da flexibilidade,
são solúveis em água e, portanto, pouco aderidas à membrana.
Classificação das Proteínas da Membrana
• As proteínas extrínsecas estão do lado de fora da membrana e, por
isso, são também denominadas periféricas.

• Podem ser dissociadas pela adição de um sal e, devido a essa


propriedade, infere-se que elas estão ligadas à superfície por
interações eletrostáticas e/ou por pontes de hidrogênio.

• As proteínas intrínsecas estão na superfície interna da membrana, e


não são facilmente removíveis como as extrínsecas.
Classificação das Proteínas da Membrana
• As proteínas estruturais ou fixas não têm subdivisões, mas podem ser
encontradas em várias posições na membrana plasmática. Essas
proteínas são insolúveis em água, portanto fortemente aderidas às
regiões hidrófobas dos lipídios, nas cadeias de ácido graxo.
Classificação das Proteínas da Membrana
Glicoproteínas

• As glicoproteínas constituem um tipo especial de proteína fixa. Elas se


destacam por apresentarem restos glicídicos em sua superfície livre
(externa), como mostra a Figura.
Glicoproteínas
• Uma glicoproteína dificilmente conseguirá realizar uma rotação de
um lado para outro da membrana, porque ela apresenta, na sua
extremidade extracelular, resíduos de “oses”, que são fortemente
hidrófilos e não conseguem atravessar o centro hidrófobo da
membrana.
Glicoproteínas
• Essa barreira à rotação das glicoproteínas é favorável à célula, porque
possibilita que a proteína fique na posição ideal para realizar suas funções.

• Essas proteínas constituem o glicocálix da célula, que tem um papel


importante no reconhecimento intercelular.

• A interação de diferentes células para formar um tecido e a detecção de


células estranhas pelo sistema imunológico são exemplos de processos que
dependem do reconhecimento de uma superfície celular por outra.
Glicoproteínas
• Cada tipo de célula possui um glicocálix diferente, sendo isso possível
devido ao enorme número de arranjos dos glicosídeos superficiais.
Movimento de Lipídios e Proteínas
na Membrana Plasmática
• A membrana plasmática não é uma estrutura estática, pelo contrário,
seus constituintes se encontram em constante movimento.

• Algumas partículas movimentam-se mais rapidamente do que outras.


As proteínas conseguem difundir-se à distância de vários micra (ou
micrômetros – 10-6 metros) em aproximadamente um minuto.

• Os lipídios, em geral, conseguem movimentar-se mais rapidamente


ainda, porque são menores em tamanho.
Movimento de Lipídios e Proteínas
na Membrana Plasmática
• A velocidade de um lipídio é de aproximadamente 10 cm/s. Além do fator
velocidade, é imprescindível considerar a direção do movimento.

• Há dois tipos de movimento: a difusão lateral, que consiste no movimento


paralelo ao plano da membrana, e a difusão transversa, ou flip-flop, que
consiste na rotação de uma partícula de uma face da membrana para a
outra.

• A difusão lateral é um processo muito mais rápido do que a difusão


transversa.
Estrutura da Membrana Plasmática

• Muitas pesquisas foram feitas para tentar deduzir a estrutura da


membrana plasmática. Várias teorias foram elaboradas a respeito
desse assunto, mas a mais aceita é a do mosaico fluído.

• Veja a cronologia a seguir.


• 1935 - H. Davson e J. Danielli descobrem que as membranas têm uma
fase hidrocarbonada contínua, constituída pelos componentes
lipídicos.
Estrutura da Membrana Plasmática
• 1947 - J. D. Robertson elabora a hipótese da membrana unitária.

• Ele chegou à conclusão de que os lipídios são polares e formam uma


dupla camada com as cadeias de ácido graxo orientadas para o centro
e suas cabeças polares orientadas para fora.

• Além disso, cada superfície seria revestida por uma camada


monomolecular de proteína.
Estrutura da Membrana Plasmática
• 1972 - S. Jonathan Singer e Garth Nicholson elaboram a teoria do
mosaico fluido, que diz que as membranas são soluções
bidimensionais de lipídios e proteínas globulares orientados.
Estrutura da Membrana Plasmática
• A teoria do mosaico fluido é a que melhor explica a estrutura da
membrana pelos conhecimentos atuais. Esse modelo tem as
seguintes características:
• Os fosfolipídios estão organizados em uma dupla camada, formando uma
matriz fluida. Essa dupla camada serve como solvente para as proteínas e, ao
mesmo tempo, serve como barreira semipermeável.

• Os lipídios dotam a membrana de flexibilidade, resistência elétrica e fluidez.


Estrutura da Membrana Plasmática
• Alguns lipídios interagem com as proteínas da membrana, sendo, muitas
vezes, essenciais para sua função.

• Os lipídios e as proteínas podem movimentar-se livremente, desde que seja


no sentido paralelo ao plano da membrana ou no sentido transverso.
Permeabilidade da Membrana Plasmática

• A membrana plasmática é semipermeável, isto é, permite a passagem


de algumas substâncias e impede a passagem de outras.

• A barreira de permeabilidade é a bicamada lipídica, que, apesar de


ter essa função, é bastante fluida.

• O que determina a permeabilidade de uma substância através da


membrana são o seu tamanho e a sua solubilidade na dupla camada
lipídica.
Permeabilidade da Membrana Plasmática
• Os coeficientes de permeabilidade de moléculas pequenas são dados
pela relação entre sua solubilidade em um solvente apolar e a sua
solubilidade em água (um solvente polar).
Bibliografia
• DE OLIVEIRA, JARBAS RODRIGUES; HARALD WATCHER,PAULO.
BIOFÍSICA:PARA CIÊNCIAS BIOMÉDICAS. Edição do Kindle.

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