Você está na página 1de 13

Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

EXTENSÃO DE NIASSA
MATRIZ CITOPLASMÁTICA E SEUS CONSTITUINTES
Citoplasma (composição e propriedades)

Nas células eucariontes, o citoplasma preenche todo interior da célula delimitada pela
membrana plasmática, enquanto nas células procariontes, ele fica no espaço entre a
membrana plasmática e o núcleo da célula.

Na verdade o citoplasma, palavra que vem do grego Kytos (vaso) e Plassos (molde) é
apenas o espaço onde está contido um material de aspecto gelatinoso formado
basicamente de água, cerca de 80% de sua totalidade, e outros componentes, tais
como: proteínas, diversos iões, sais minerais, açúcares, aminoácidos e alguns
nutrientes, e não o material em si.

A este material damos o nome de citosol, mas também pode ser chamado de
hialoplasma, citossol ou ainda matriz citoplasmática ou citoplasma fundamental, todos
estes termos referem-se ao mesmo material.

O citoplasma de cada célula varia de acordo com cada espécie, como também com o
tecido do qual a célula faz parte, podendo ser dividido, de acordo com a densidade do
citosol: em ectoplasma, mais denso e localizado na região mais externa da célula; ou
endoplasma, menos denso, mais fluido, e que fica na região mais interna da célula.
Também sabe-se que o citoplasma da célula procarionte é bem mais complexo se

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 1


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

comparado as células eucariontes, onde encontramos um sistema de membranas,


citoesqueleto e diversas organelas.

Principais organelas citoplasmáticas e suas funções


As organelas podem ser entendidas como minúsculos órgãos contidos no citoplasma
das células que desempenham atividades distintas e específicas, as quais são vitais
para manutenção da vida nas células, pois desempenham funções de respiração,
nutrição, secreção, dentre outras.
De forma resumida e por ordem alfabética, as principais organelas e suas funções
são:
Complexo de Golgi – também pode ser chamado de Aparelho de Golgi ou
apenas Golgi, processa lipídeos e proteínas, além de separar moléculas para
serem secretadas;
Lisossomos – possuem tamanhos variados e estrutura esférica, sendo
responsáveis pela digestão intracelular;
Mitocôndrias – com formato variando do oval ao esférico, são consideradas
as usinas da célula, pois sua principal função é fornecer energia através do
processamento de glicose e oxigênio;
Peroxissomos – Comumente são esféricos e tem por função oxidar ácidos
graxos para sintetizar o colesterol e para uso na respiração da célula;
Retículo Endoplasmático Liso – caracterizado por ser formado por uma rede
de membranas conectadas em forma de tubos, tem como principais funções
sintetizar lipídeos e hormônios, armazenagem de cálcio e desintoxicação da
célula;
Retículo Endoplasmático Rugoso (ou Granular) – possui forma semelhante
ao do Retículo Endoplasmático Liso, mas com Polirribossomos aderidos na
membrana externa. Tem como principal função a síntese proteica.

Além dessas organelas, ainda podemos encontrar outras como as Inclusões Lipídicas,
envolvidas no metabolismo dos lipídeos; os Glicogênios, que armazenam glicose nos
animais; o Citoesqueleto, responsável por movimentos coordenados ou por dar forma
às células; os Centríolos, que ajudam na divisão da célula e os Cloroplastos,
presentes nos vegetais e responsáveis pela fotossíntese, dentre outras.

Endomembranas
Retículo Endoplasmático (RE)

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 2


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

O citoplasma das células eucariontes contém inúmeras bolsas e tubos cujas paredes
têm uma organização semelhante a da membrana plasmática.

Essas estruturas membranosas formam uma complexa rede de canais interligados,


conhecida pelo nome de retículo endoplasmático. Pode-se distinguir dois tipos de
retículo: rugoso (ou granular) e liso (ou agranular).

Retículo endoplasmático rugoso (RER) e liso (REL)


O retículo endoplasmático rugoso (RER), também chamado de ergastoplasma, é
formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso devido à
presença de grânulos – os ribossomos – aderidos à sua superfície externa (voltada
para o citosol).
Já o retículo endoplasmático liso (REL) é formado por estruturas membranosas
tubulares, sem ribossomos aderidos, e, portanto, de superfície lisa.

Os dois tipos de retículo estão interligados e a transição entre eles é gradual. Se


observarmos o retículo endoplasmático partindo do retículo rugoso em direção ao liso,
vemos as bolsas se tornarem menores e a quantidade de ribossomos aderidos
diminuir progressivamente, até deixar de existir.

Funções do retículo endoplasmático


O retículo endoplasmático atua como uma rede de distribuição de substâncias no
interior da célula. No líquido existente dentro de suas bolsas e tubos, diversos tipos de
substâncias se deslocam sem se misturar com o citosol.
Produção de lipídios

Uma importante função de retículo endoplasmático liso é a produção de lipídios.


A lecitina e o colesterol, por exemplo, os principais componentes lipídicos de todas

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 3


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

as membranas celulares são produzidos no REL. Outros tipos de lipídios produzidos


no retículo liso são os hormônios esteroides, entre os quais estão a testosterona e
os estrógeno, hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas de animais
vertebrados.
Desintoxicação
O retículo endoplasmático liso também participa dos processos de desintoxicação do
organismo. Nas células do fígado, o REL, absorve substâncias tóxicas, modificando-as
ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. É a atuação do
retículo das células hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e
outras substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.
Armazenamento de substâncias
Dentro das bolsas do retículo liso também pode haver armazenamento de
substâncias. Os vacúolos das células vegetais, por exemplo, são bolsas membranosas
derivadas do retículo que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali
armazenadas.
Produção de proteínas
O retículo endoplasmático rugoso, graças à presença dos ribossomos, é responsável
por boa parte da produção de proteínas da célula. As proteínas fabricadas nos
ribossomos do RER penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de
Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais do retículo endoplasmático liso.

APARELHO DE GOLGI
A denominação complexo ou aparelho de Golgi é uma homenagem ao citologista
italiano Camilo Golgi, que, em 1898, descobriu essa estrutura citoplasmática.
Ao verificar que certas regiões com citoplasma celular se coravam por sais de ósmio
de prata, Golgi imaginou que ali deveria existir algum tipo de estrutura, posteriormente
confirmada pela microscopia eletrônica.

O aparelho de Golgi está presente em praticamente todas as células eucariontes, e


consiste de bolsas membranosas achatadas, empilhadas como pratos. Cada uma
dessas pilhas recebe o nome de dictiossomo. Nas células animais, os dictiossomos
geralmente se encontram reunidos em um único local, próximo ao núcleo. Nas células
vegetais, geralmente há vários dictiossomos espalhados pelo citoplasma.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 4


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

Funções do aparelho de Golgi


O aparelho de Golgi atua como centro de armazenamento, transformação,
empacotamento e remessa de substâncias na célula. Muitas das substâncias que
passam pelo aparelho de Golgi serão eliminadas da célula, indo atuar em diferentes
partes do organismo. É o que ocorre, por exemplo, com as enzimas
digestivas produzidas e eliminadas pelas células de diversos órgãos (estômago,
intestino, pâncreas etc.). Outras substâncias, tais como o muco que lubrifica as
superfícies internas do nosso corpo, também são processadas e eliminadas pelo
aparelho de Golgi. Assim, o principal papel dessa estrutura citoplasmática é a
eliminação de substâncias que atuam fora da célula, processo genericamente
denominado secreção celular.
Secreção de enzimas digestivas
As enzimas digestivas do pâncreas, por exemplo, são produzidas no RER e levadas
até as bolsas do aparelho de Golgi, onde são empacotadas em pequenas bolsas, que
se desprendem dos dictiossomos e se acumulam em um dos pólos da célula
pancreática. Quando chega o sinal de que há alimento para ser digerido, as bolsas
cheias de enzimas se deslocam até a membrana plasmática, fundem-se com ela e
eliminam seu conteúdo para o meio exterior.
A produção de enzimas digestivas pelo pâncreas é apenas um entre muitos exemplos
do papel do aparelho de Golgi nos processos de secreção celular. Praticamente todas
as células do corpo sintetizam e secretam uma grande variedade de proteínas que
atuam fora delas.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 5


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

Estruturas vesiculares:
Lisossomas
Lisossomas são bolsas membranosas repletas de enzimas digestivas capazes de
digerir uma variedade de substâncias orgânicas. Uma célula animal pode conter
centenas de lisossomas. Esses organelos possuem mais de 80 tipos de enzimas,
como nucleases (digerem DNA e RNA), proteases (digerem proteínas), polissacarases
(digerem polissacarídeos), lipases (digerem lipídios) etc.

Os lisossomas são produzidos a partir de bolsas liberadas como brotos do complexo


golgiense. Assim que se desprendem, as bolsas com enzimas são denominadas
lisossomas primários, por não terem ainda iniciado sua atividade de digestão
intracelular.

Funções heterofágica e autofágica dos lisossomos

Os lisossomos podem atuar de duas maneiras.


✓ digerindo material capturado do exterior por fagocitose ou por pinocitose,
exercendo função heterofágica;
✓ digerindo partes desgastadas da própria célula, exercendo função autofágica.
A função heterofágica dos lisossomos refere-se a digestão de substancias
provenientes de fora da célula, capturadas por fagocitose ou por pinocitose. Os
lisossomos primários fundem-se aos fagossomas ou pinossomas, originando
lisossomos secundários, também chamados de vacúolos heterofagicos. As
enzimas lisossomicas atuam sobre as substancias capturadas, reduzindo-as a

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 6


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

moléculas de menor tamanho, processo denominado digestão intracelular. As


moléculas resultantes da digestão são capazes de atravessar a membrana do
vacúolo heterofílico e ir para o citosol, onde serão utilizadas como matéria-
prima ou fonte de energia para os processos celulares. Materiais
eventualmente não digeridos permanecem dentro do vacúolo; em certo
momento, ele se aproxima da membrana celular, fundindo-se a ela e
eliminando os resíduos para fora da célula, processo de exocitose chamado de
clasmocitose, ou defecação celular.

A função autofágica dos lisossomos refere-se a digestão de materiais ou partes da


própria célula. No processo de digestão autofágica, a estrutura celular a ser digerida
e envolvida por membranas do reticulo e acaba contida em uma bolsa membranosa
denominada autofagossomo; este une-se a lisossomos primários, originando
lisossomos secundários, nesse caso chamados de vacúolos autofágicos (figura 1).
As células podem realizar a digestão autofágica quando são privadas de alimento ou
para eliminar partes celulares desgastadas e reaproveitar alguns componentes.
Em células nervosas do cérebro, por exemplo, que surgem na fase embrionária de
nossa vida e nunca são substituídas, a autofagia e um processo de extrema
importância: todos os componentes celulares, exceto os genes, são reciclados a cada
mês.

Em células do fígado, há reciclagem completa dos componentes não genéticos a cada


semana. Assim, a autofagia e um mecanismo por meio do qual as células mantem sua
“juventude”.

O esquema na pagina anterior mostra as diferentes maneiras de se formar um


lisossoma secundário. Na parte esquerda do esquema, esta representada a função

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 7


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

autofágica; parte central e a direita, a função heterofagica. Apesar dessas funções


terem sido ilustradas no mesmo esquema, elas podem ocorrer independentemente.

Peroxissomas e glioxissomas

Peroxissomas são organelos membranosas com cerca de 0,2 jm a 1 jm de diâmetro,


presentes no citoplasma de células animais e de muitas células vegetais.
Sua principal função e a utilização de ácidos graxos para a síntese de colesterol e de
outros compostos; os ácidos graxos também são utilizados na respiração celular, para
a obtenção de energia.
Os peroxissomas são particularmente abundantes em células do rim e do fígado;
neste último chegam a constituir ate 2% do volume celular. Os peroxissomas oxidam
substâncias toxicas absorvidas do sangue (como o álcool, por exemplo),
transformando-as em produtos não tóxicos. Peroxissomas participam também na
produção dos ácidos biliares no fígado.

Peroxissomas são bolsas membranosas que contêm alguns tipos de enzimas


digestivas. Sua semelhança com os lisossomos fez com que fossem
confundidos com eles até bem pouco tempo. Entretanto, hoje se sabe que os
peroxissomas diferem dos lisossomos principalmente quanto ao tipo de
enzimas que possuem. Os peroxissomas, além de conterem enzimas que
degradam gorduras e aminoácidos, têm também grandes quantidades da
enzima catalase.

A catalase converte o peróxido de hidrogênio, popularmente conhecida como água


oxigenada (H2O2), e água e gás oxigênio. A água oxigenada se forma normalmente
durante a degradação de gorduras e de aminoácidos, mas, em grande quantidade,
pode causar lesões à célula.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 8


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

2 H2O2 + Enzima Catalase → 2 H2O + O2

Apesar das descobertas recentes envolvendo os peroxissomas, a função dessas


organelos no metabolismo celular ainda é pouco conhecida. Entre outras funções,
acredita-se que participem dos processos de desintoxicação da célula.

Glioxissomas

Em vegetais, as células das folhas e das sementes em germinação possuem


peroxissomas especiais, conhecidos como glioxissomas. Nas células das folhas,
essas estruturas atuam em algumas reações do processo de fotossíntese,
relacionadas à fixação do gás carbônico. Nas sementes, essas organelos são
importantes na transformação de ácidos graxos em substâncias de menor
tamanho, que acabarão sendo convertidas em glicose e utilizadas pelo embrião em
germinação.

Organelos Transdutores de energia:


Mitocôndrias
Mitocôndrias são organelos citoplasmáticos alongadas, com forma de bastonete e
cerca de 2 µm de comprimento por 0,5 µm de diâmetro, presentes em praticamente
todas as células eucarióticas. Seu número na célula varia de dezenas a centenas,
dependendo do tipo celular. E no interior das mitocôndrias que ocorre a respiração
celular, o principal processo de obtenção de energia dos seres vivos.

As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas lipoproteínas. A membrana


externa e lisa e semelhante as demais membranas celulares, ao passo que a
membrana interna, alem de apresentar uma composição química diferenciada, tem
dobras e pregas denominadas cristas mitocondriais, que se projetam para o interior
da organelo. O espaço interno da mitocôndria e preenchido por um liquido viscoso, a
matriz mitocondrial, que contem DNA, RNA, diversas enzimas e ribossomas. Os
ribossomas mitocondriais, porem, são menores que os ribossomas citoplasmáticos,
assemelhando-se mais a ribossomas de células procarióticas.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 9


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

A mitocôndria foi representada com uma parte cortada e retirada para visualizar seus
componentes internos.
Micrografia de uma mitocôndria parcialmente cortada, entre tubos e bolsas
membranosos do citoplasma, vista ao microscópio eletrónico de varredura, colorizada
artificialmente (aumento 7 58.500 #).

Novas mitocôndrias surgem exclusivamente por Auto duplicação de mitocôndrias pré-


existentes. Quando uma célula se divide em duas células-filhas, cada uma delas
recebe aproximadamente metade do número de mitocôndrias da célula-mãe. A
medida que as células-filhas crescem, suas mitocôndrias se Auto duplicam,
restabelecendo o numero original.
A complexidade das mitocôndrias, o fato de elas possuírem DNA, sua capacidade de
Auto duplicação e a semelhança genética e bioquímica com certas bactérias sugerem
que elas sejam descendentes de antigos seres procarióticos que um dia se instalaram
no citoplasma de células eucarióticas primitivas. Essa explicação para a origem
evolutiva das mitocôndrias (e também dos plastos) e conhecida como teoria
endossimbiótica ou endossimbiogênese.

Cloroplastos e outros plastídeos

Plastos são organelos citoplasmáticos presentes apenas em células de plantas e de


algas. Podem ser de três tipos básicos: leucoplastos (incolores), cromoplastos
(amarelos ou vermelhos) e cloroplastos (verdes). Os leucoplastos estão presentes
em certas raízes e caules tuberosos e sua função e armazenar amido. Os
cromoplastos são responsáveis pelas cores de certos frutos, de certas flores, das
folhas que se tornam amareladas ou avermelhadas no outono e de algumas raízes,

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 10


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

como a cenoura. Sua função ainda não e bem conhecida. Os cloroplastos ocorrem
em células das partes iluminadas dos vegetais e são responsáveis pelo processo de
fotossíntese. Sua cor verde deve-se a presença do pigmento clorofila.
Todos os tipos de plasto originam-se de pequenas bolsas incolores, os proplastos,
presentes nas células embrionárias das plantas. Tanto os proplastos quanto certos
tipos de plastos já maduros são capazes de Auto duplicação. Alem disso, um tipo de
plasto pode se transformar em outro.

Os biólogos acreditam que, assim como as mitocôndrias, os plastos também surgiram


por um processo de endossimbiose, em que bactérias fotossintetizantes foram
englobadas por primitivas células eucarióticas, ancestrais das algas e das plantas. As
bactérias teriam estabelecido uma associação mutualística com as células eucarióticas
hospedeiras dando origem aos plastos.

Cloroplastos
Um cloroplasto típico tem forma de lentilha alongada, com cerca de 4 μm de
comprimento por 1 µm a 2 µm de espessura. A maioria dos cloroplastos tem duas
membranas lipoproteínas envolventes e um complexo membranoso interno formado
por pequenas bolsas discoidais achatadas, empilhadas e interligadas, chamadas de
tilacoides. O espaço entre os tilacoides e preenchido por um fluido, o estroma, no qual
há enzimas, DNA e RNA, alem de ribossomas semelhantes aos das células
bacterianas.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 11


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

Em baixo, representação de um cloroplasto visto por transparência e com uma parte


removida, para mostrar sua estrutura interna. Mais acima, a esquerda, detalhe dos
tilacoides.

Ribossomas
Ribossomas, são pequenas estruturas em forma de grânulos que estão presentes
nas células procariontes e eucariontes. Eles são fundamentais para o crescimento, a
regeneração celular e o controle metabólico.
A função dos ribossomas é auxiliar na produção e na síntese das proteínas nas
células. Além dele, participam desse processo as moléculas de DNA e RNA.

Os ribossomas reúnem diversos aminoácidos durante a síntese proteica através de


uma ligação química chamada de ligação peptídica.

Estrutura e composição dos Ribossomas

Representação dos ribossomas no núcleo célula.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 12


Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

A estrutura dos ribossomas assemelha-se a um grânulo, por isso possui uma forma
arredondada. É formado por moléculas de RNA ribossómico dobrado, associado às
proteínas. Assim, são formados por proteínas (mais de 80 tipos) e ácido ribonucleico
(RNA).

Eles estão presentes em grande parte no citoplasma (ribossomas livres). No entanto,


podem ser encontrados nas mitocôndrias, nos cloroplastos e no retículo
endoplasmático. Quando associados à superfície dos retículos endoplasmáticos, eles
formam os retículos endoplasmáticos rugosos (ou granulares).

Citoesqueleto

Uma diferença marcante entre células procarióticas e eucarióticas e que as


eucarióticas são dotadas de citoesqueleto, uma complexa estrutura intracelular
constituída por finíssimos tubos e filamentos proteicos.
O citoesqueleto desempenha diversas funções:
✓ Define a forma da célula e organiza sua estrutura interna;
✓ Permite a adesão da célula a células vizinhas e a superfícies extracelulares;
✓ Possibilita o deslocamento de materiais pelo interior da célula.

Alem disso, o citoesqueleto e responsável por diversos tipos de movimento que uma
célula eucariótica e capaz de realizar, como o movimento ameboide, a contração
muscular, a movimentação dos cromossomos durante as divisões celulares e os
movimentos de cílios e flagelos.

Os finíssimos tubos proteicos do citoesqueleto, chamados de microtúbulos, medem


cerca de 28 µm de diâmetro externo por 14 µm de diâmetro interno e podem atingir ate
alguns micrómetros de comprimento. Suas paredes são constituídas por moléculas da
proteína tubulina (veja figura 13). Outros componentes do citoesqueleto são finíssimos
fios da proteína queratina, a mesma substancia que forma nossas unhas e cabelos, e
fios das proteínas actina e miosina, principais constituintes das células musculares

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 13

Você também pode gostar