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COMPLEXO GOLGIENSE (complexo de Golgi ou aparelho de

Golgi)
É uma organela celular que está relacionada com o processo de secreção de
substâncias. Trata-se de uma estrutura formada por várias vesículas
achatadas, as quais estão dispostas formando uma espécie de pilha de
vesículas. Recebeu esse nome em homenagem ao primeiro pesquisador que
descreveu essa estrutura, no século XIX, Camillo Golgi.

Características do complexo golgiense


É uma organela formada por uma série de vesículas achatadas, denominadas
de cisternas, que possuem porções laterais mais dilatadas. Nessas cisternas,
que estão dispostas na célula como uma pilha, há diferentes enzimas, as quais
variam de acordo com a posição da cisterna no complexo.
O complexo golgiense, é formado por várias cisternas empilhadas.
O complexo golgiense é uma estrutura polarizada, apresentando duas faces: a
face cis e a face trans:
● A face cis, ou face de formação, é uma superfície convexa e o local
responsável por receber as vesículas provenientes do retículo endoplasmático,
sendo o local mais próximo do retículo. Nela, as vesículas provenientes do
retículo endoplasmático fundem sua membrana e liberam seu conteúdo.
● A face trans, ou face de maturação, por sua vez, é a face côncava e é a
responsável por gerar vesículas que partem do complexo, indo para outras
partes da célula. Vale destacar ainda que, entre as duas faces, há as
chamadas cisternas medianas ou mediais.
O número de cisternas presentes em uma pilha e o número de pilhas
encontrados em uma célula variam muito de uma célula para outra. Essa
organela é bastante desenvolvida em células especializadas na secreção de
substâncias, como é o caso das células caliciformes localizadas no intestino.
Função do complexo golgiense
É uma organela relacionada com uma série de funções importantes para a
célula. Podemos citar:
● Processamento de lipídios e proteínas;
● Empacotamento e endereçamento de moléculas sintetizadas na célula;
● Fabricação de macromoléculas, como polissacarídios não celulósicos que
são produzidos nessa organela em células vegetais e incorporados à parede
celular;
● O complexo golgiense é responsável por originar o acrossoma, uma vesícula
encontrada na cabeça dos espermatozoides que contém enzimas necessárias
para a penetração desse gameta no ovócito secundário. O acrossoma é
essencial para a realização da fecundação.

Como as substâncias movem-se através do complexo golgiense?


Anteriormente, o complexo golgiense era visto como uma estrutura estática. De
acordo com essa visão, as vesículas moviam-se do retículo endoplasmático
para o complexo golgiense, onde se fundiam com a face cis e liberavam seu
conteúdo. Os produtos liberados no complexo sofriam modificações e
passavam de uma cisterna para a outra por meio de vesículas. Na face trans,
os produtos eram liberados em vesículas, que saíam em direção à superfície
celular (exocitose) ou outros compartimentos celulares.
De acordo com o modelo atual, conhecido como modelo de maturação de
cisterna, as cisternas também sofrem uma espécie de maturação. As vesículas
movem-se do retículo endoplasmático para o complexo golgiense e fundem-se
nas cisternas cis. A cisterna então se move da direção cis para a trans,
modificando, durante esse processo, o produto encontrado em seu interior.
Formam-se então vesículas, que saem do complexo golgiense carregando os
produtos para outros locais de secreção. No modelo de maturação de cisterna,
considera-se ainda que algumas vesículas podem ser liberadas e voltar para
regiões menos maduras. Essas vesículas são responsáveis pela reciclagem de
enzimas.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
É uma organela citoplasmática presente em células eucariontes. É um
complexo sistema de membranas formado por túbulos e cisternas interligadas.
O retículo endoplasmático pode ser rugoso ou liso, sendo essa classificação
relacionada com a presença ou ausência de ribossomos aderidos à membrana
da organela. Dentre as funções exercidas por essa organela, podemos citar a
síntese e o transporte de macromoléculas.

Retículo endoplasmático
É um sistema de membranas que percorre o citoplasma das células
eucariontes e está em continuidade com o envoltório nuclear. Essa organela
membranosa é constituída por túbulos e cisternas (sacos achatados)
interligados. A membrana do retículo endoplasmático, em alguns locais,
apresenta uma série de ribossomos aderidos, e, em outros, essas estruturas
estão ausentes. Devido a essa característica, é possível distinguir duas
regiões: o retículo endoplasmático rugoso e o liso.

● Retículo endoplasmático rugoso, granular ou granuloso


Caracteriza-se por apresentar ribossomos (na forma de polirribossomos)
aderidos à superfície externa da sua membrana. Normalmente, apresenta-se
como uma cisterna. A membrana do retículo endoplasmático rugoso é contínua
com a membrana externa do envoltório nuclear.
Os ribossomos presentes na membrana do retículo endoplasmático rugoso
sintetizam proteínas que são lançadas no interior da organela, a qual tem o
papel de garantir que elas fiquem separadas das proteínas produzidas no
citoplasma e sejam posteriormente enviadas para outras partes das células ou
ainda para fora delas.
Grande parte dessas proteínas é transportada para o complexo golgiense, no
qual sofrem algumas modificações e são empacotadas em vesículas que são
levadas para locais específicos. Células especializadas na secreção de
proteínas, como as células do pâncreas e plasmócitos, apresentam um retículo
endoplasmático rugoso bem desenvolvido.
Além da segregação de proteínas, o retículo endoplasmático rugoso participa
de processos como produção de fosfolipídios, síntese de proteínas de
membrana, glicosilação (adição de açúcares às proteínas) inicial das
glicoproteínas e montagem de moléculas proteicas formadas por várias cadeias
polipeptídicas.

● Retículo endoplasmático liso ou agranular


Apresenta membrana sem ribossomos aderidos e, geralmente, membrana
disposta em um formato tubular. O retículo endoplasmático liso está em
continuidade com o retículo endoplasmático rugoso.
O retículo endoplasmático liso está relacionado com diferentes processos, a
depender da célula na qual se encontra. Em células produtoras de hormônios
esteroides, como as células das glândulas suprarrenais, o retículo
endoplasmático liso apresenta papel essencial na síntese desses hormônios.
Além de esteroides, o retículo endoplasmático liso relaciona-se com a síntese
de outros tipos de lipídios, como os fosfolipídios, utilizados em todas as
membranas celulares.
O retículo endoplasmático liso é bem desenvolvido também em células do
fígado, uma vez que apresentam importante papel na inativação
(desintoxicação) de substâncias nocivas e tóxicas ao organismo. Algumas
substâncias, como o álcool, promovem a proliferação do retículo
endoplasmático liso nesse órgão, garantindo, desse modo, maior
desintoxicação. Isso explica, por exemplo, por que, com o tempo, as pessoas
que fazem uso dessa substância necessitam de doses cada vez mais altas
para conseguir determinado efeito.
O retículo endoplasmático liso participa também do metabolismo de
carboidratos, sendo fundamental na formação de glicose por meio da hidrólise
do glicogênio. Além disso, outra função atribuída a essa organela é a
capacidade de armazenar íons de cálcio, sendo esse papel importante no
processo de regulação da contração muscular. Vale destacar que, nos
músculos, o retículo endoplasmático recebe a denominação de retículo
sarcoplasmático.
Substâncias produzidas no retículo endoplasmático podem ser modificadas e
enviadas para outros destinos com o auxílio do complexo golgiense.

Funções do retículo endoplasmático

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