Você está na página 1de 13

Organelas Celulares

Teoria Endossimbiótica da origem de mitocôndrias e cloroplastos


A teoria endossimbiótica admite que cloroplastos e mitocôndrias tiveram sua origem a partir de um
procarionte que viveu em simbiose com uma célula eucarionte. Segundo a teoria, mitocôndrias e
cloroplastos eram organismos procariontes que viviam de modo livre. Essas estruturas foram
englobadas por células eucariontes, o que resultou em uma relação simbiótica, em que ambos os
envolvidos eram beneficiados com a associação.

A célula procariótica inicial havia ácido nucleico, com a aproximação de bactérias aeróbias
ocorreram invaginações na membrana plasmática, causando simbiose mutualística. A bactéria
aeróbia dá origem à mitocôndria e formação da carioteca. A entrada da cianobactéria dá origem ao
cloroplasto, diferenciando a eucariótica fotossintetizante da eucariótica não-fotossintetizante.

Membrana Plasmática
As duas principais substâncias orgânicas constituintes das biomembranas são os lipídios e proteínas.

Transporte passivo: substância passa através da membrana plasmática com gasto de energia por
parte da célula.

Transporte ativo: processos de passagem de substâncias através da membrana plasmática que


dependem da energia celular; ex.: íons de Na e de K através da membrana plasmática com gasto de
energia é chamado bomba iônica.

Transporte em bolsas membranosas


Endocitose: pinocitose e fagocitose

A endocitose é um processo de absorção de substâncias e moléculas, do meio extracelular para o


meio intracelular através da membrana plasmática; fagossomos englobam partículas sólidas;
pinossomos englobam partículas líquidas.

Exocitose

Eliminação dos restos das partículas digeridas para fora da célula através das vesículas.

Retículo endoplasmático
R.E rugoso
O conjunto de bolsas membranosas com grânulos aderidos à face voltada para o citosol, presente
nas células eucarióticas. Função do RE rugoso: síntese de proteínas e transporte de proteínas. No
entanto, a síntese proteica é realizada por grânulos, que estão aderidos a ele, denominados de
ribossomos

Síntese proteica, síntese de fosfolipídios, endereçamento de substâncias ao complexo Golgiense.

R.E Liso
O sistema formado por tubos e bolsas membranosos interligados e sem grânulos aderidos, presente
no interior das células eucarióticas, onde proteínas e outras moléculas são modificadas
quimicamente.

Função do RE liso: síntese de lipídios, síntese de fosfolipídios, lecitinas, colesterol e esteroides.


Reações de hidrólise, conjugações, oxidações e metilações. Armazenamento e endereçamento ao
Complexo de Golgi.

Complexo golgiense
O complexo golgiense é constituído por um conjunto de bolsas membranosas achatadas e
empilhadas, cuja função é “empacotar” e “despachar” substâncias produzidas pela célula.

A bolsa repleta de enzimas digestivas que os espermatozoides apresentam na cabeça é chamada


acrossomo e tem origem no complexo golgiense.

Função do complexo golgiense: secreção celular; processa e empacota proteínas; armazenamento e


processamento de secreções celulares

Certas células presentes no revestimento interno de nossa traqueia produzem e eliminam, por
exocitose, substâncias mucosas que lubrificam e protegem a superfície traqueal. O complexo
golgiense é a organela citoplasmática diretamente responsável pelo “empacotamento” e eliminação
do muco. O retículo endoplasmático e o complexo de Golgi apresentam organelas citoplasmáticas
em intensa atividade em uma célula glandular.

Células animais com função secretora apresentam abundância de retículo endoplasmático rugoso e
complexo golgiense, estruturas que se localizam próximas uma à outra e que trabalham em
conjunto. Nesse trabalho em parceria, o retículo endoplasmático rugoso sintetiza proteínas e as
transfere para o complexo golgiense, que as concentra e as libera em vesículas, que terão diferentes
destinos na célula.

Caminho percorrido pelas enzimas componentes do suco pancreático desde seu local de síntese até
sua secreção pela célula acinosa: R.E rugoso > Complexo de Golgi > vesículas

Possuem enzimas que participam da glicosilação, sulfatação, fosforilação parcial das proteínas
sintetizadas no RER. Participam da formação da parede celular. Formação do acrossomo nos
espermatozoides. Armazenamento e secreção.

As vesículas oriundas do retículo endoplasmático entram pela face cis, passam pela cisterna do
Complexo de Golgi e saem pela face trans como vesículas trans Golgi.

Lisossomos e digestão intracelular


O lisossomo é uma bolsa membranosa citoplasmática que contém enzimas capazes de digerir
diversos tipos de substâncias orgânicas.

Função do lisossomo: digestão intracelular; destruição; eliminação; armazena vesículas digestivas

As enzimas contidas nos lisossomos são sintetizadas pela célula a partir do R.E rugoso.
Origem a partir do Complexo de Golgi, mas as enzimas são sintetizadas no RER adicionada de
açúcares (Golgi) com bombeamento de prótons (ativação).

Tipos
Lisossomo primário: é formado a partir do complexo de Golgi, pode tornar-se um vacúolo autofágico
(programado para morrer)

Lisossomo secundário: é a junção de um lisossomo primário com um fagossomo (partícula alimentar


que entrou na célula por fagocitose). A junção tornar-se um vacúolo residual com partículas
digeridas e são expulsas da célula por exocitose.

Ribossomos
O ribossomo é um grânulo constituído por proteínas e RNA, cuja função é sintetizar (produzir)
proteínas.

Um biologista, estudando a estrutura de uma célula bacteriana, iria encontrar, como uma organela
deste tipo celular, o ribossomo.

O colágeno é uma proteína existente sob a pele. A sequência de organelas envolvidas na produção
(ribossomos), transporte (retículo endoplasmático), e secreção (complexo de Golgi) dessa proteína.
Proteínas celulares, como o colágeno, são sintetizadas nos ribossomos, transportadas pelo retículo
endoplasmático e secretadas pelo sistema golgiense.

Ribossomos, quando associados ao retículo, produzem normalmente proteínas destinadas à


exportação. Uma vez produzida, a proteína é armazenada nas cisternas do retículo, depois
transferida ao complexo de Golgi, e em seguida, expulsa da célula através de vesículas de secreção.

Se associam a filamentos de RNAm e tem origem do nucléolo.

Os polissomos são estruturas presentes nas células Procariontes e Eucariontes.

São estruturas citoplasmáticas formadas por duas subunidades proteicas revestidas por uma fita de
RNA ribossômico. Sua função no citoplasma é de produzir proteínas (síntese proteica). Essas
organelas podem ser encontradas em qualquer célula por isso podem ser chamadas de organelas
universais.

Composição química: RNAr + proteínas

Sustentação celular: paredes e citoesqueleto


Parede celular
Dá sustentação à célula vegetal.

Citoesqueleto
Funções: alimentação (fagocitose); sustentação; organização intracelular; forma das células;
transporte intracelular (dentro das células: organelas e vesículas); comunicação; divisão celular (fuso
mitótico); adesão celular; movimento (migração, músculo, cílio e flagelo)
Centríolos, flagelos e cílios
Os centríolos e o fuso mitótico apresentam como aspecto estrutural comum serem formados por
microtúbulos.

Mitocôndrias
As mitocôndrias, organelas celulares relacionadas com a produção de energia (ATP) com utilização
de energia liberada na oxidação de moléculas orgânicas “casas de força”, estão presentes em células
animais e vegetais;

Respiração celular.

Cloroplasto
Captam a energia da luz solar e produzem açúcares.

Certas organelas produzem moléculas e ATP (mitocôndrias) e outras utilizam o ATP produzido
(cloroplastos), pelas primeiras, para a síntese orgânica a partir do dióxido de carbono.

Em uma célula vegetal o material genético concentra-se no interior do núcleo, o qual é delimitado
por uma membrana. Além dessa região, material genético também é encontrado no interior do
cloroplasto e mitocôndria.

Se uma planta for colocada em ambiente de total ausência de luz, a organela cloroplasto e o
processo de fotossíntese serão diretamente afetados, nas células de suas folhas.

Vacúolos
São estruturas celulares de forma esférica ou ovalada que aparecem em diversos tipos de células,
principalmente nos vegetais. São estruturas que correspondem a expansões do retículo
endoplasmático ou do complexo de Golgi. São revestidos por uma membrana e compreendem
vários tamanhos, podendo ocupar grande parte do volume do citoplasma.

Vacúolo digestivo
Originados a partir da fusão de lisossomos com fagossomos ou pinossomos. Em seu interior, as
substâncias englobadas pelas células através da fagocitose ou pinocitose são digeridas a partir das
enzimas lisossômicas.

Vacúolos contráteis
Estão presentes em seres como protozoários de água doce. Por possuírem o citoplasma hipertônico
em relação ao meio externo, a água entra continuamente em suas células por osmose. As células
destes protozoários não estouram graças aos vacúolos contráteis, que dispõem de um mecanismo
que acumula e elimina a água em excesso.
Peroxissomos
Degradam peróxidos tóxicos.

Os peroxissomos também são organelas que utilizam o oxigênio de maneira igualmente importante
à vida celular, não formando, no entanto, ATP.

São encontrados em todas as células eucarióticas, especializados no processamento de reações


oxidativas, utilizando oxigênio. A principal função das reações é a quebra de ácidos graxos (beta
oxidação). Contêm enzimas como catalase e urato oxidase, em concentrações elevadas (presença de
cristais), em sua maioria, urato oxidase.

São envolvidos por uma membrana e sem DNA. Se autorreplicam sem genomas próprios.

Reações oxidativas: RH2 + O2 > R + H2O2

As catalases utilizam o H2O2 gerado por outras enzimas na organela para oxidar uma variedade de
outros substratos, em células do fígado e rim.

Glioxissomas
São peroxissomas encontrados nas plantas, particularmente nos tecidos acumuladores de gordura, e
sementes que estão em processo de germinação. Contêm enzimas que iniciam a quebra e conversão
dos ácidos graxos em açúcares. Durante o estágio inicial do seu desenvolvimento, as plantes utilizam
estes açúcares até que estejam com maturidade suficiente para os produzirem através da
fotossíntese.

Meios
Durante o fenômeno de osmose, ocorre passagem de água preferencialmente da solução menos
concentrada em solutos para a solução hipertônica.

Células mergulhadas em solução hipotônica incham; entretanto, células vegetais não estouram
devido à presença de parede celulósica.

Quando comparamos duas soluções, dizemos que a menos concentrada em solutos é hipotônica, e
que a mais concentrada em solutos é hipertônica.

Uma solução com a mesma concentração em solutos que a outra é isotônica em relação a ela.

Funcionamento das organelas


O complexo de Golgi recebe as enzimas produzidas no retículo rugoso e as “empacota” sob forma de
vesículas membranosas denominadas lisossomos. Os lisossomos são responsáveis pela digestão
intracelular tanto de material exógeno como de estruturas de origem celular. As mitocôndrias
produzem ATP pela respiração celular. Essa substância fornecerá energia necessária para o
funcionamento das organelas.
Núcleo
Organização do núcleo interfásico
O núcleo celular é uma estrutura característica das células eucarióticas; cada célula quase sempre
contém um núcleo.

Quando afirmamos que o metabolismo da célula é controlado pelo núcleo celular, isso significa que
o núcleo produz moléculas que, no citoplasma, promovem a síntese de enzimas catalisadoras de
reações metabólicas.

Envelope nuclear (carioteca)


O núcleo é delimitado pela carioteca, constituído por duas membranas lipoproteicas. A face interna
da membrana, voltada para o interior do núcleo, é reforçada por uma camada de filamentos
proteicos que constitui a lâmina nuclear. Em diversos pontos da carioteca, as membranas externa e
interna fundem-se em torno de um poro, através do qual ocorre troca de substâncias entre o núcleo
e o citoplasma.

Os poros da carioteca atuam como válvulas, abrindo-se para dar passagem a determinados materiais
e fechando-se em seguida. No poro há uma estrutura conhecida como complexo do poro, formada
por dezenas de tipos diferentes de proteínas. O complexo do poro controla ativamente o trânsito de
partículas e de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. O trânsito de moléculas pelos poros se dá
por: transporte passivo (moléculas menores) e transporte ativo (moléculas grandes - proteínas e
RNAs).

Cromatina e nucléolo
O material contido no núcleo celular tem capacidade de se corar intensamente, destacando-se das
outras partes da célula. Por esse motivo passou a ser empregado o termo cromatina (do grego
chromatos, cor). Ela é constituída por um material filamentoso, os cromossomos. São comparáveis a
muitos metros de barbantes finos, longos e emaranhados.

Um nucléolo é constituído pela aglomeração de muitos ribossomos em processo de formação e não


apresenta nenhuma membrana envolvente. A principal substância constituinte dos ribossomos e,
portanto, dos nucléolos é o RNA ribossômico, produzido em certas regiões de determinados
cromossomos.

Tanto a cromatina quanto os nucléolos se encontram mergulhados em uma solução aquosa que
preenche o núcleo, o nucleoplasma ou cariolinfa, na qual circulam íons e diversas substâncias, como
moléculas de ATP, nucleotídeos e enzimas.

O nucléolo corresponde a uma região nuclear rica em RNA ribossômico (RNAr), matéria-prima
utilizada na construção dos ribossomos, orgânulos presentes no R.E rugoso. O nucléolo é a estrutura
celular responsável pela formação dos ribossomos.
Eucromatina (DNA ativo) > produz RNA > produz proteína.

Características gerais dos cromossomos


Praticamente todas as informações para o funcionamento das células eucarióticas e do organismo
estão inscritas nos cromossomos, estruturas filamentosas intranucleares constituídas por uma longa
molécula de DNA associada a proteínas. As informações a que nos referimos, codificadas no DNA
cromossômico, são os genes. O conjunto total de moléculas de DNA característico de uma espécie,
incluindo os trechos sem informação genética, constitui o genoma. O segmento de DNA denominado
gene contém informação para a síntese de uma proteína.

Na espécie humana, as células corporais, denominadas células somáticas, têm 46 cromossomos no


núcleo.

Arquitetura do cromossomo
O cromossomo é constituído por uma longa molécula de DNA que dá duas voltas sobre um grânulo
de proteínas da classe das histonas. Cada grânulo proteico com um segmento de DNA enrolado
constitui uma unidade estrutural – o nucleossomo -, que se repete ao longo do filamento
cromossômico.

Tipos de cromossomos
Metacêntrico: centrômero divide o cromossomo em dois braços aproximadamente de mesmo
tamanho.

Submetacêntrico: centrômero é deslocado da região mediana, definindo dois braços de tamanho um


tanto desigual

Acrocêntrico: centrômero se localiza perto de uma das extremidades, definindo um braço bem
maior que o outro

Telocêntrico: centrômero se localiza na extremidade do cromossomo que tem apenas um braço

As extremidades de um cromossomo apresentam organização peculiar e são denominadas


telômeros. Para produzir as extremidades da molécula de DNA do telômero é necessária uma
enzima especial, a telomerase.

Cromossomos e genes
Cada trecho da molécula de DNA que contém a informação para a produção de uma proteína
constitui um gene. O conjunto total de moléculas de DNA de uma espécie, incluindo tanto os genes
quanto trechos de DNA não codificante, constitui o genoma.

Cromossomos homólogos
Os cromossomos homólogos são aqueles que apresentam genes equivalentes, localizados nas
mesmas posições relativas.

Na espécie humana, há 24 tipos de cromossomos: 22 deles são denominados autossomos (presentes


em células de ambos os sexos) e identificados por números de 1 a 22; os outros dois tipos, chamados
de cromossomos sexuais (variam entre os sexos e diferenciam células masculinas das femininas), são
identificados pelas letras X e Y. O cariótipo humano normal apresenta 22 pares de autossomos e 1
par de cromossomos sexuais.

Cada célula do corpo de uma pessoa, com exceção dos gametas, apresenta um par de cada tipo de
autossomo e um par de cromossomos sexuais. Nas células femininas são dois cromossomos X; nas
masculinas é um X e um Y.

Células diploides e células haploides


O zigoto e as células somáticas que dele descendem têm pares de cromossomos homólogos e por
esse motivo recebem o nome de células diploides (2n). Células que apresentam apenas um lote de
cromossomos, como os gametas humanos são chamadas de células haploides (n).

A presença de pares de cromossomos homólogos caracteriza uma célula diploide. A célula haploide
apresenta apenas um representante de cada tipo cromossômico.

Divisão celular
O período que precede a mitose é denominado de interfase. Nessa fase ocorre a duplicação do DNA,
evento que garante a transmissão das informações existentes na célula original para cada uma das
células-filhas. A duplicação do DNA origina a formação de pares de cromátides-irmãs presas uma à
outra pelo centrômero.

O evento denominado fase S da interfase é definido pela duplicação do DNA cromossômico. O que
caracteriza a fase S da interfase é a duplicação do DNA dos cromossomos.

Mitose
Vegetativa; células somáticas; manutenção da quantidade gênica; não recombinação; curta duração

No processo de divisão celular por mitose, chamamos de célula-mãe aquela que entra em divisão e
de células filhas as que se formam como resultado do processo. Ao final da mitose de uma célula,
têm-se duas células, cada uma portadora de metade do material genético que a célula-mãe recebeu
de sua genitora e a outra metade, recém-sintetizada.

Prófase: Espiralização gradual da cromatina que culmina com a formação dos cromossomos; tem
início com a condensação dos cromossomos; desaparecimento dos nucléolos.

Metáfase: A disposição dos cromossomos numa placa na zona equatorial; placa equatorial, em que
os cromossomos estão alinhados na região mediana da célula.

Anáfase: Separação dos cromossomos homólogos/cromátides-irmãs para polos celulares opostos.

Telófase: Reaparecimento dos nucléolos e divisão citoplasmática; reconstituição das cariotecas, com
formação dos núcleos-filhos. Os nucléolos, que desaparecem no início da mitose, reaparecem na
telófase. Em cada núcleo celular humano, encontram-se 92 cromátides na prófase e 46 cromátides
na telófase.

Meiose
Reprodutiva; células germinativas; diminuição da quantidade gênica; recombinação gênica; longa
duração; Processo que dá origem a 4 células haploides.
Ciclo celular
Interfase é o período entre duas divisões celulares consecutivas. A divisão celular compreende dois
processos: mitose (duplicação do núcleo) e citocinese (divisão do citoplasma).

A divisão por mitose origina núcleos-filhos com o mesmo número e os mesmos tipos de
cromossomos da célula-mãe. Células diploides (2n) originam, por mitose, duas células diploides.
Células haploides (n) originam, por mitose, duas células haploides.

Estrutura molecular do DNA


Formas do DNA
A-DNA: surge quando a umidade relativa é reduzida abaixo de cerca de 75%.

B-DNA: tem a dupla-hélice mais longa e mais fina. Quando há pouca água disponível para interagir
com a dupla-hélice, o DNA assume a conformação A-DNA.

Z-DNA: soluções com altar concentrações de cátions.

Metilação do DNA
A metilação do DNA (uma modificação química que se observa pela ligação de um grupo metil ao
carbono 5 da citosina) suprime a transcrição de determinados genes e também promove a alteração
da estrutura da cromatina para formas mais condensadas.

DNA
Constituinte fundamental do cromossomo: ácido desoxirribonucleico, DNA (formado por mais
filamentos paralelos e muito próximos, que se enrolam helicoidalmente no espaço; dupla-hélice).

Um nucleotídeo é constituído por três componentes quimicamente unidos: uma base nitrogenada, a
pentose desoxirribose e um fosfato, íon negativo derivado de um ácido fosfórico. Bases
nitrogenadas: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T). Os nucleotídeos do DNA estão
unidos entre si por ligações covalentes, que se estabelecem entre o grupo fosfato de um nucleotídeo
e a desoxirribose de outro.

As duas cadeias polinucleotídicas do DNA mantêm-se unidas por ligações de hidrogênio: base
adenina se liga apenas à timina (A <> T), citosina se liga apenas à guanina (C <> G). As duas cadeias
da dupla-hélice do DNA são sempre complementares.

Duas cadeias de uma molécula de DNA são complementares porque onde houver A em uma delas,
haverá T na outra; onde houver C em uma delas; haverá G na outra.

Duplicação semiconservativa do DNA


No momento da duplicação, as duas cadeias de uma molécula de DNA separam-se e cada uma delas
orienta a formação de uma cadeia complementar. Cada molécula resultante da duplicação conserva
uma das cadeias originais da “molécula-mãe” e tem uma cadeia nova, complementar à que serviu de
molde.
Helicases: catalisam a quebra das ligações de hidrogênio entre as duas cadeias, fazendo com que
elas se separem.

Polimerases do DNA: orientam o emparelhamento dos nucleotídeos livres à cadeia-molde, além de


catalisarem a união entre eles (polimerização). Durante a formação de uma fita de DNA,
nucleotídeos são ligados continuamente de modo a formar uma nova molécula. Esses nucleotídeos
são adicionados pela ação da DNA polimerase.

Após as duplas-hélices serem separadas pelas enzimas helicases, elas viram forquilhas duplas, e tem
a tendência a se atrair, para elas não se juntarem de novo as proteínas SSB estabilizam as fitas
separadas. A DNA primase inicia a síntese da proteína, sintetizando um fragmento de RNA
denominado primer. A partir do primer a DNA polimerase começa a adicionar nucleotídeos para
complementar a fita. 5’ - 3’

À medida que as bases nitrogenadas de cada cadeia se desemparelham de duas complementares


por ação das helicases, a polimerase do DNA orienta o encaixe de desoxirribonucleotídios livres às
cadeias originais, respeitando a regra de emparelhamento A <> T e C <> G. Os
desoxirribonucleotídios, uma vez corretamente posicionados, vão se unindo entre si, originando
uma cadeia polinucleotídica complementar à que serve de molde. Ao final do processo de
duplicação, há duas moléculas de DNA idênticas, cada uma delas com uma cadeia da molécula
original e uma cadeia nova recém-sintetizada a partir da união de desoxirribonucleotídios livres
presentes na célula.

Foi decifrado que a estrutura da molécula de DNA é uma dupla-hélice. Na autoduplicação da


molécula de DNA, cada filamento original serve de molde para a síntese de um novo filamento
(duplicação semiconservativa). As bases nitrogenadas dos dois filamentos estão unidas por ligações
denominadas pontes de hidrogênio.

Síntese de RNA
O DNA transmite suas informações codificadas sem sair do núcleo por meio do ácido ribonucleico,
RNA, que agem como intermediárias e assessoras da manifestação das informações contidas no DNA
nuclear.

Apresenta pentose ribose (no lugar da desoxirribose); as unidades constituintes do RNA são
ribonucleotídios.

Bases nitrogenadas: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e uracila (U).

Tem apenas uma cadeia polinucleotídica.

O DNA expressa-se transcrevendo suas informações para moléculas de RNA, que saem do núcleo e
atuam em processos metabólicos citoplasmáticos, basicamente na síntese de proteínas.

A transcrição do RNA tem início com a separação das duas cadeias de certo segmento do DNA,
processo catalisado pela enzima polimerase do RNA. À medida que separa as cadeias do DNA, essa
enzima também orienta o emparelhamento de ribonucleotídios livres em uma das cadeias, que
serve assim de molde para a síntese de RNA; a outra cadeia permanece inativa.

Emparelhamento dos ribonucleotídios: uracila com adenina da cadeia-molde de DNA (U <> A);
adenina com timina do DNA (A <> T); citosina com guanina do DNA (C <> G); guanina com citosina do
DNA (G <> C).
À medida que o emparelhamento ocorre, os ribonucleotídios unem-se pela ação da polimerase,
formando a cadeia de RNA. Ao final do processo, a molécula de RNA sintetizada liberta-se do DNA
que comandou sua síntese, cujas duas cadeias voltam a se emparelhar, reconstituindo a dupla-
hélice.

A sequência de bases nitrogenadas do RNA reflete fielmente a sequência de bases da cadeia de DNA
que serviu de molde.

Síntese de Proteínas
Tipos de RNA e suas funções
A função primordial das moléculas de RNA transcritas a partir do DNA é participar da síntese de
proteínas. As proteínas definem a estrutura e o funcionamento das células, e do organismo como
um todo.

Toda proteína é formada por uma ou mais cadeias polipeptídicas ou polipeptídios. Cada polipeptídio
é uma longa cadeia filamentosa constituída por aminoácidos.

A sequência de aminoácidos de uma cadeia polipeptídica é denominada estrutura primária.

O metabolismo celular é controlado pelo DNA, no qual se encontram as “receitas” para ordenas os
aminoácidos, determinando assim a estrutura primária das proteínas.

RNAs principais do processo de síntese de proteínas: RNA mensageiro, RNA transportador e RNA
ribossômico.

RNA mensageiro (RNAm)


Portador da instrução para a estrutura primária de uma proteína. A sequência de nucleotídeos do
RNAm contém informação para o número e a sequência de aminoácidos da cadeia polipeptídica.

O sistema de codificação genética dos seres vivos é denominado código genético. Nele, uma trinca
de nucleotídeos do RNAm transcrito, e consequentemente do DNA, corresponde a um aminoácido
no polipeptídio. Cada uma das trincas de bases nitrogenadas do RNAm codificadoras da proteína é
denominada códon.

Há três trincas (UAA; UAG; UGA) que não correspondem a nenhum aminoácido e sua função é a
“pontuação” da mensagem genética: indicam o fim da instrução contida no RNAm para a
codificação; sinalizam o fim da mensagem.

RNA transportador (RNAt)


Transportam aminoácidos até seus respectivos códons no RNAm; capturam aminoácidos livros na
célula e ordenam sobre moléculas de RNAm de acordo com sua sequência de códons. Nelas há uma
trinca de bases nitrogenadas capaz de se emparelhas, por ligações de hidrogênio, ao códon
complementar do RNAm; anticódon. A extremidade da molécula do RNAt é capaz de se ligar a um
aminoácido específico, correspondente ao anticódon. Essa ligação é mediada por enzimas, que
reconhecem tanto o RNAt com determinado anticódon quanto o aminoácido correspondente àquele
anticódon.

RNA ribossômico (RNAr)


O processo de acoplamento entre o RNAm e os RNAt ocorrem em uma estrutura celular altamente
especializada, o ribossomo.

Ribossomos são estruturas granulares citoplasmáticas constituídas por diversos tipos de proteína e
por moléculas de um tipo especial de RNA, o RNA ribossômico (RNAr). Cada ribossomo é composto
de duas partículas ou subunidades de diferentes tamanhos.

O RNAm associa-se à subunidade menor do ribossomo. Os RNAt, cada qual unido ao seu respectivo
aminoácido, unem-se à subunidade maior do ribossomo.

Outros tipos de RNA


RNA de interferência (RNAi): degradação do mRNA, inibição da transcrição, modificações da
cromatina, inibem a produção de vírus, ajudando a proteger a integridade do genoma.

MicroRNA: degradação do mRNA, inibição da tradução, modificação da cromatina e a regulação na


quantidade de proteínas produzidas em alguns genes.

RNA longo não codificantes: estão presentes apenas em determinadas fases do desenvolvimento.
Atuam regulando a expressão e organização estrutural de genes.

Ribozimas: possuam a capacidade de atuar como catalisadores, ou seja, de diminuir a energia de


ativação de uma reação de forma específica. Estão em vírus, em procariotas e em eucariontes.
Destacam-se entre elas o processamento ou maturação do RNA e a síntese de proteínas (catalisa a
ligação peptídica, ou união dos aminoácidos).

Síntese da cadeia polipeptídica


Uma cadeia polipeptídica é sintetizada em apenas um ribossomo, que se desloca sobre o RNAm
desde um códon AUG até um códon de parada.

A sequência de bases no DNA determina a sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica.

No processo de tradução gênica participam um ribossomo, um RNAm, vários RNAt, aminoácidos e


diversas enzimas. O ribossomo encaixa-se em uma das extremidades do RNAm e se desloca
percorrendo-o em direção à outra extremidade. À medida que esse deslocamento ocorre, os RNAt
vão encaixando os aminoácidos na sequência definida pela ordem dos códons do RNAm. Dessa
forma, a informação codificada pela sequência de bases do RNAm vai sendo traduzida na sequência
de aminoácidos da proteína, isto é, em sua estrutura primária.

Início da síntese: associação entre um ribossomo, um RNAm e o RNAt que transporta o aminoácido
metionina. O anticódon da metionina é UAC, emparelhando-se ao códon AUG localizado perto da
extremidade inicial da molécula de RNAm. Esse primeiro códon (AUG) de um RNAm é chamado de
códon de início de tradução, uma vez que determina o início da informação para a cadeia
polipeptídica.

Término da síntese: ribossomo chega a um códon de parada, um dos três para os quais não há
aminoácido correspondente. Quando isso ocorre, o sítio A do ribossomo é ocupado por uma
proteína denominada fator de liberação. Todos os participantes do processo se separam, liberando a
cadeia formada. Ao final da síntese de um polipeptídio, o ribossomo encontra na molécula de RNA
mensageiro que está sendo traduzida um dos três códons de parada, para os quais não há RNAt
correspondente.
O conjunto formado por vários ribossomos traduzindo simultaneamente um mesmo RNAm é
denominado polirribossomo ou polissomo.

Síntese nas bactérias


Nas bactérias, transcrição e tradução ocorrem no mesmo local porque as células procariontes não
possuem sistema de endomembranas.

Você também pode gostar