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COMPLEXO DE GOLGI

Organela que armazena, altera e exporta substâncias das células

é responsável por armazenar, transformar e exportar as substâncias produzidas no


Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso (REL e RER), estabelecendo dessa forma, uma
relação de interdependência.

Estrutura do Complexo de Golgi

Localizado entre a membrana plasmática e o retículo endoplasmático, o complexo


golgiense é composto por estruturas chamadas de dictiossomos. São dobras que
consistem em pequenos sacos achatados e enfileirados uns sobre os outros
denominados cisternas.

A trans tem relação direta com o Retículo Endoplasmático Liso (REL). Este último
envia as membranas para a formação das vesículas de secreção, que contém as
substâncias armazenadas.

A cis relaciona-se com o Retículo Endoplasmático Rugoso (RER), que envia as


vesículas de transição que possuem as proteínas.

Funções

As principais funções do complexo de Golgi são o armazenamento, transformação e


exportação das substâncias das células

Esse processo ocorre da seguinte forma: na fase chamada cis, as vesículas recebidas
pelo RER possuem as proteínas produzidas pelos ribossosmos associados que serão
modificadas e dobradas. Outras vão passar pelo processo de glicolização, que
consiste na adição de açúcar.

Já na fase trans, as proteínas são “enroladas” ou “encapadas” em vesículas


membranosas, que formam enzimas, lisossomos primários e peroxissomos.

As três principais funções do aparelho golgiense podem ser resumidas da seguinte


forma:

- Adição de açúcares às proteínas e lipídios que são sintetizados no retículo


endoplasmático, ou seja, a glicolização;

- Envio de substâncias do retículo endoplasmático para outras regiões do corpo que


podem ser a membrana plasmática, os lisossomos

O complexo de Golgi também possui um papel importante na formação do acrossomo, que


é a estrutura localizada na cabeça do espermatozoide a partir da união de diversos
lisossomos que formam uma vesícula composta de enzimas digestivas. Estas são
responsáveis pela perfuração da membrana do óvulo.

Outro processo ocorre com as enzimas digestivas do pâncreas, produzidas no Retículo


Endoplasmático Rugoso (RER). Elas são levadas ao complexo golgiense onde são
empacotadas em pequenas bolsas.
Em seguida se desprendem dos dictiossomos e se acumulam na célula do pâncreas. No
momento da digestão, essas bolsas com enzimas passam para a membrana plasmática
onde se fundem e são liberadas para auxiliar na degradação das partículas
alimentares.

Deficiências no processo de glicolisação podem causar o enovelamento inadequado das


proteínas, deixando o organismo suscetível a infecções, podendo causar ainda
doenças musculares ou multissistêmicas

Secreção celular

O complexo golgiense possui como funções principais modificar as proteínas e


lipídios provenientes do retículo endoplasmático; transportar, selecionar e
endereçar substâncias; reciclagem entre membranas; formar a parede celular da
célula vegetal, o acrossoma do espermatozoide, os lisossomos e as membranas
plasmática e nuclear.

As proteínas produzidas no retículo endoplasmático rugoso, por exemplo, são


transferidas para o complexo golgiense por meio de vesículas que partem do retículo
e que se fundem com a membrana do complexo golgiense na sua face cis. Essas
proteínas sofrem modificações por intermédio de enzimas que fazem a glicosilação,
sulfatação, fosforilação e hidrólise parcial e são então liberadas por meio das
vesículas de secreção pela face trans.

Essas vesículas podem então migrar para a membrana plasmática e fundir-se com ela
(secreção celular) ou então podem sofrer digestão intracelular nos lisossomos,
vesículas que possuem enzimas digestivas. Percebe-se, portanto, a integração entre
as endomembranas.

Como ocorre o processo de secreção celular?

O complexo golgiense é responsável pela secreção de substâncias produzidas por ele


e pelo retículo endoplasmático.

As substâncias produzidas pelo retículo são transportadas, via vesículas, até a sua
face cis do complexo golgiense. Nesse local, as vesículas fundem-se à organela, e a
substância é, então, lançada em seu interior.
A substância proveniente do retículo endoplasmático segue por meio de vesículas, de
cisterna em cisterna, até a face trans do complexo golgiense. Durante esse trajeto,
várias modificações podem ocorrer, como a adição de carboidrato (glicosilação) e as
hidrólises parcias. Isso se deve ao fato de que as cisternas são ricas em enzimas
que atuam nos mais variados processos.
Ao chegar à face trans, são formadas vesículas que brotam do complexo golgiense.
Essas vesículas são endereçadas a um local específico, e algumas delas podem ser
encaminhadas a outras organelas ou, ainda, para a membrana plasmática, onde a
secreção é liberada pra o meio externo (exocitose).

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