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Unicelularidade e pluricelularidade
Absorção: Dá se antes do processamento e utilização (constituição das estruturas das células, fonte
de energia, participação em reações vitais, permição da formação de novas células e renovação
celular) de nutrientes básicos (água, minerais, vitaminas, proteínas, glícidos, lípidos). É a passagem
de substâncias do meio externo para o meio interno.
Constituição da membrana plasmática: As membrana são complexos lipoproteicos, constituídos
(relativamente ao peso) por 60% a 75% de proteínas e 25% 40% de lípidos, podendo ainda conter
até 10% de glícidos. Esta composição pode variar conforme o tipo de célula.
→ As proteínas presentes na membrana plasmática possuem composição e funções
diversas. Podem ter função estrutural, de transporte de substâncias, de receção de estímulos ou
de enzimas.
→ Os lípidos que constituem a membrana são, maioritariamente, fosfolípidos (presentes
em todas as membranas), colestrol e glicolípidos.
→ Os glícidos membranares situam-se na parte exterior da membrana plasmática. Embora
as suas funções não sejam completamente conhecidas, sabe-se que têm um papel impotante no
reconhecimento de certas substâncias or parte da célula.
Evolução dos modelos da membrana plasmática:
1885 – Nageli e Carmer: existência de membrana celular
1899 – Overton: constituição lipídica
1925 – Gorter e Grendel: teoria da bicamada fosfolipídica
1935 – Davson e Danielli: modelo em que a bicamada fosfolipídica seria revestida interna e
externamente por uma camada de proteínas, que facilmente se ligariam às extremidades polares
hidrofílicas dos fosfolípidos
1954 – Os mesmos propõem a existência de poros proteicos que formariam passagens hidrofílicas
através das quais as substâncias polares poderiam atravessar a membrana. As substãncias não
polares, por sua vez, atravessariam a membrana diretamente através da bicamada fosfolípidica
1972 – Singer e Nicholson: Modelo atual da membrana plasmática – Modelo de mosaico fluido:
→ A membrana é uma estrutura dinâmica, sendo que as moléculas fosfolipídicas podem
mudar de posição na mesma camada (movimento lateral) ou mudar de camada (movimento flip-
flop)
→ A membrana é constituída por: bicamada fosfolipídica, proteínas extrínsecas e
intrínsecas (algumas que atravessam a membrana de um lado ao outro – transmembranares)
colestrol, glicocálix (conjunto de glicoproteínas e glicolípidos responsáveis pelo reconhecimento de
certas substâncias por parte da célula que estão na superfície externa da membrana plasmática).
Digestão intracelular – importância do sistema endomembranar
Sistema endomembranar: membrana do invólucro nuclear, retículo endoplasmático e complexo e
Golgi – funcionam como uma unidade
Retículo endoplasmático: é um conjunto de citernas achatadas, túbulos e vesículas esféricas,
formando um sistema cvontínuo entre a membrana plasmática e o invólucro nuclear
→ Retículo Endoplasmático Rugoso: maior região de síntese de proteínas (algumas das
quais enzimas) que ocorre nos ribossomas e no transporte das mesmas
→ Retículo Endoplasmático Liso: síntese de lípidos (fosfolípidos) e, logo, elaboração de
novas membranas e transporte de algumas substâncias prejudiciais à célula
Compexo de Golgi/dictiossoma: é composto por conjuntos de sáculos ou cisternas achatadas e
empilhadas de forma regular, na periferia das quais existe uma série de vesículas. Tem uma face
convexa (face de formação), virada para o RE e uma face concâva (face de maturação), onde se
formam vesículas, virada para a membrana plasmática. A face de formação do dictiossoma recebe
materiais (proteínas) do RER através de contactos diretos, por intermédio de canalículos, ou
através da fusão de vesículas. As cisternas, que se vão constituindo na face de formação, vão
substituindo as que se situam na face de maturação, que, por sua vez, dão origem a vesículas de
secreção – armazenando as proteínas produzidas no RER e transportando-as para os locais onde
são necessárias dentro de vesículas. As substâncias provenientes do RE sofrem algumas
transformações durante a sua passagem pelo complexo de Golgi – o que vai permitir que algumas
proteínas se tornem funcionais e algumas enzimas se tornem ativas. O complexo de Golgi está
também envolvido em processos de secreção e de síntese de diversas substâncias, tais como
glicoproteínas e polissacarídeos.
Lisossomas: são pequenas vesículas, mais ou menos esféricas, delimitadas por uma membrana e
que contêm vários tipos de enzimas. Formam-se na fase de maturação do dictiossoma e podem
unir-se a uma vesícula endocítica, formando um corpo de maiores dimensões chamado vacúolo
digestivo. É nesta estrutura que ocorre a digestão das substâncias captadas por endocitose, graças
às enzimas hidrolíticas provenientes do lisossoma – heterofagia. Quando é necessário, os
lisossomas também participam na digestão dos próprios organelos celulares, formando vacúolos
autofágicos – autofagia. Quando o processo de autofagia se descontrola e faz autolise.
Fotossíntese
É um processo realizado pelas cianobactérias, pelas algas e plantas. É utilizada a energia luminosa
para produzir compostos orgânicos a partir de dióxido de carbono e água – convertem energia
luminosa em energia química – 6CO2 + 12H2O → C6H12O6 + 6O2 + 6H2O
A maior parte da água e dos iões necessários para as várias atividades da planta é absorvida pelo
sistema radicular.
Normalmente, o meio intracelular das células da raiz é hipertónico relativamente ao extrior, pelo
que a água tende a entrar na planta por osmose, movendo-se desde o solo até aos vasos xilémcos
existentes no interior da raiz.
Os iões minerais, quando presentes no solo em concentrações elevadas, entram nas células da raiz
por difusão simples; no entanto, é usual verificar-se a tal elelevada concentração destes iões no
meio intracelular. Neste caso, os iões entram para as células por transporte ativo.
O transporte ativo de iões através das células da periferia da raiz até ao xilema cria um gradiente
osmótico, que faz com que a água tenda a passar por osmose até ao xilema.
Transporte no xilema
A água e os iões minerais, uma vez chegados ao xilema, constituem a seiva bruta /seiva xilema,
que pode agora ser distribuída pela planta. Uma vez no xilema, as substâncias dissolvidas na água
são transportadas de forma passiva.
Hipóteses para o movimento ascendente de água no xilema:
→ Hipótese da pressão radicular: A ascenção da água do xilema dá-se graças a uma pressão
que se desenvolve ao nível da raiz, graças à ocorrência de forças osmóticas; a contínua acumulação
de iões nas células da raiz tem como consequência a entrada de água para a planta; a
acumulaçãode água nos tecidos provoca uma pressão na raiz que força a água a subir no xilema.
− argumentos a favor:
• exsudação: quando se fazem podas tardias em certas plantas, verifica-se a
saída de água pelas zonas dos cortes efetuados
• gutação: quando a pressão radicular é muito elevada, a água é forçada a
subir até às folhas, onde é libertada sob a forma líquida.
− argumentos contra:
• os valores da pressão radicular nem sempre são suficientes para explicar a
ascensão de água até ao topo das árvores.
• existem mesmo várias espécies que não apresentam pressão radicular
→ Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão: A quantidade de vapor de água que sai das folha
por transpiração causa uma tensão na parte superior da planta que provoca a ascensão da água.
Esta tensão ocorre devido às propriedades da água circulante na planta. Então, devido à
polaridade que apresentam, as moléculas de água tendem a ligar-se umas às outras por pontes de
hidrogénio, que se estabelecem entre os átomos de hidrogénio de uma molécula e os átomos de
oxigénio de moléculas próximas. Graças a estas forças de coesão, as moléculas de água mantêm-se
unidas entre si. As moléculas de água têm ainda a capacidade de aderir a outras substâncias,
nomeadamente aos constituintes das paredes do xilema. Por último, estas forças de tensão-
coesão-adesão fazem com que se estabeleça uma coluna de água no xilema, desde as raízes até às
folhas. O movimento das moléculas de água, que se perdem por transpiração ao níbel das folhas,
faz mover toda esta coluna no sentido ascendente. Consequentemente, quanto mais rápida for a
transpiração foliar, mais rápida se torhna a absorção radicular – este sistema só funciona quando
existe uma conituidade na coluna de água, isto é, quando não há a interferência de bolhas de água
ou arrefecimento intenso da água.
− argumento a favor: a tensão produzida pela transpiração é suficiente para
provocar a ascensão da água até a uma altura de 150 metros, em tubos de diâmetro de
vasos xilémicos.
Hoje em dia aceita-se a hipótese que é uma união da hipótese da pressão radicular e da tensão-
coesão-adesão, embora se considere que o processo dominante é este último.
Transporte no floema:
A seiva floémica/seiva elaborada é constituída por produtos orgânicos (geralmente 10% a 20% de
sacarose, ou outros açucaçres, ácidos aminados e nucleótidos) hormonas e iões inorgânicos – o
que lhe confere uma certa viscosidade.
Hipótese do fluxo de massa:
Os glícidos produzidos nas folhas durante a fotossíntese são convertidos em sacarose antes de
entrarem para o floema, para serem transportados aos locais onde são armazenados ou gastos,
tais como as flores, os frutos, as sementes, os caules ou as raízes.
A passagem da sacarose das células das folhas para as células de companhia do floema ocorre por
transporte ativo. Seguidamente, a sacarose passa destas células para os elementos dos tubos
crivosos, através das ligações citoplasmáticas. O aumento da concentração de sacarose nas células
dos tubos crivosos provoca uma entrada de água, vinda do xilema, nestas células, que ficam
túrgidas. A pressão de turgescência obriga a solução de sacarose a deslocar-se através da placa
crivosa para a célula seguinte do tubo e assim sucessivamente.
O sentido do fluxo é determinado pelas concentrações relativas da sacarose que é produzida e
utilizada, o que gera um gradiente de concentração descrescente, desde o local de produção
(folhas) até ao local de consumo ou armazenamento.
São os peixes que têm este tipo de circulação. É circulação simples, porque apenas o sangue
venoso atravessa o coração.
O sangue venoso, proveniente dos diferentes orgãos, entra na aurícula através de uma pequena
dilatação – o seio venoso. A contração da autícula impele o sangue para a segunda câmara, mais
musculosa – o ventrículo. A contração do ventrículo impulsiona o sangue para fora do coração,
passando por uma dilatação – o cone arterial – até atingir as brânquias. Nas brânquias efetuam-se
trocas gasosas – hematose branquial – sendo o sangue recolhido numa artéria de grande calibre –
a aorta – que se ramifica (artérias – arteríolas – capilares) conduzindo o sangue a todo o corpo.
Nos tecido dos diferentes órgãos, o sangue circula numa rede de capilares, que permitem a
libertação de oxigénio e de nutrientes e a recolha de dióxido de carbono e de outros produtos
metabólicos. A rede de capilares une-se ( capilares – vénulas – veias) e o sangue regressa ao
coração.
O sangue atinge a aorta com baixa pressão, diminuindo a eficácia de oxigenação dos restantes
tecidos.
Sistema circulatório duplo incompleto:
Os anfíbios têm este tipo de circulação. É uma circulação dupla, pois o sangue efetua dois trajetos
diferentes, passando duas vezes pelo coração. A circulação está dividida em circulação
pulmonar/pequena circulação e em circulação sistemática/grande circulação. É incompleta devido
ao facto de poder ocorrer mistura parcial de sangue venoso com sangue arterial, ao nível do
ventrículo.
Os anfíios apresentam o coração dividido em três cavidades: duas aurículas e um ventrículo.
O sangue, proveniente dos diferentes órgãos, dá entrada na aurícula direita, enquanto que na
aurícula esquerda entra sangeu proveniente dos pulmões. A contração das aurículas conduz o
sangue para o ventrículo, que, por sua vez, impulsiona uma parte do sangue para os pulmões e
outra para os restantes órgãos.
Como as duas aurículas encaminham o sangue para um único ventrículo, o sangue venoso e o
arterial poderiam misturar-se, o que íriaempobrecer a oxigenação dos tecidos. No entanto, devido
à estrura anatómica do ventrículo, o sangue venoso, proveniente da aurícula direita, tende a ser
enviado para o circuito pulmonar, equanto que o sangue arterial, proveniente da aurícula
esquerda, é conduzido à aorta para realizar o circuito sistémico.
A pequena circulação corresponde ao trajeto que o sangue efetua desde o ventrículo, através da
artéria pulmonar, até aos pulmões, onde é oxigenado, transformando-se em sangue arterial,
voltando à aurícula esquerda, pelas veias pulmonares.
A grande circulação corresponde ao trajeto do sangue desde o ventrículo até aos diferentes
órgãos. Nos tecidos desses órgãos, o sangue passa de arterial a venoso, regressando ao coração
por veias que terminam no seio venoso, o qual dá entrada na aurícula direita.
A grande vantagem deste duplo circuito é permitir que o sangue circule com uma pressão mais
elevada, logo, há um fluxo mais vigoroso do sangue.
Sistema circulatório duplo e completo:
É um sistema duplo por ter pequena e grande circulação e completo por existirem dois ventrículos
e o sangue venoso e arterial não se misturarem.
O sangue venoso entra a aurícula direita e o arterial na esquerda. A entrada do sangue dá-e na
diástole auricular (auriculas relaxadas). A sua contração (sístole auricular) conduz o sangue aos
respetivos ventrículos. A contração do ventrículo direito impulsiona o sangue para os pulmões
através da artéria pulmonar que se ramifica até aos capilares alveolares, onde se realiza a
hematose pulmonar. Ao mesmo tempo, dá-se a sístole ventricular do ventrículo esquerdo, que faz
o sangue atravessar a aorta ( curvatura para a direita nas aves e esquerda nos mamíferos), que se
ramifica ( artérias – arteríolas – capilares) e leva o sangue aos principais órgãos. Aqui o sangue
torna-se venoso e volta para o coração pelas veias cavas.
O facto de não haver mistura de sangue permite uma elevada eficáia de oxigenação dos tecidos e,
por isso, uma maior capacidade energética. Parte da energia é utilizada por estes animais para a
manutenção de uma temperatura constante (homeotermia) – animais mais evoluidos – mais
adaptados.
Fluídos circulantes
Os fluidos circulantes existem como veículos de transporte e servem para responder às
necessidades das células e para protegerem o organismo.
Isto porque as células, para sobreviverem, precisam constantemente de nutrientes, oxigénio,
hormonas, de removerem os produtos de desassimilação, e proteção; e o nosso corpo precisa de
ter uma temperatura homogénea. Assim, nos vertebrados, existem dois tipos de fluidos
circulantes: o sangue e a linfa.
O sangue é formado por uma parte líquida – o plasma – e por elementos figurados – as hemácias
(ou glóbulos vermelhos), os leucócitos (ou glóbulos brancos) e as plaquetas. É um líquido
vermelho, dada a existência de uma grande quantidade de glóbulos vermelhos.
O plasma transporta os elementos figurados do sangue, nutrientes, dióxido de carbono (resultante
da respiração celular), produtos de excreção, hormonas (que controlam as atividades celulares),
anticorpos e células do sistema imunitário.
As hemácias são células sem núcleo, que transportam oxigénio e algum dióxido de carbono,
também, mas em menor quantidade que o plasma.
Os leucócitos servem apenas para a defesa do organismo, já que ao fazerem fagocitose, destroem
os corpos estranhos e, logo, tentam acabar com as possíveis consequências dos mesmos, como
doenças, infeções, etc., e também ajudam na coagulação do sangue, a fim de parar hemorragias.
As plaquetas são também células sem núcleo, cuja principal função é a coagulação do sangue.
Para existir a circulação do sangue tem de haver um órgão propulsor – o coração – e vasos
condutores: as artérias, as veias e os capilares. Quanto maior for a capilarização, maior é a área de
contacto, logo, maior será a irrigação e a distribuição.
A linfa é constituída por leucócitos e plasma (que transporta o mesmo que o sangue, exceto
hemácias e plaquetas). É um líquido amarelado e, visto que transporta essencialmente leucócitos,
é muito importante na defesa do organismo.
No sistema linfático não existe órgão musculoso que faça movimentar a linfa. A linfa movimenta-
se devido à existência de válvulas, semelhantes às das grandes veias sanguíneas, que asseguram o
seu fluxo numa única direção. O movimentos lento da linfa é devido à pressão osmótica do sangue
e à pressão mecânica e ocasional provocada pelos músculos esqueléticos.
A linfa circula nos capilares linfáticos, vasos linfáticos e gânglios linfáticos. Os vasos linfáticos de
maior calibre reúnem-se no canal torácico e canal linfático ou grande veia linfática.
A linfa divide-se em dois tipos: a intersticial e a circulante. A intersticial é formada pelo plasma e
leucócitos que, ao atravessarem as paredes dos capilares, vão ocupar os espaços entre as células
e, assim, esta vai ter um contacto maior com as células. Quando a linfa intersticial se encontra em
excesso, é recolhida por um conjunto de capilares estreitamente ligados aos capilares sanguíneos
– capilares linfáticos e, torna-se, então, linfa circulante.
Os materiais estranhos ao organismo, como bactérias e partículas virais, transportados pelos vasos
linfáticos até aos gânglios, vão ser, aqui, eliminados pelos leucócitos. Assim se explica que, quando
há uma infeção, há um inchaço nessa zona, visto que os gânglios, nessa altura, sofrem um
aumento.
OBTENÇÃO DE ENERGIA
Todas as células necessitam de energia para a realização das suas atividades. Assim, os compostos
orgânicos (considerados depósitos energéticos) são degradados de forma a libertarem energia,
formando ATP. Uma parte desses compostos orgânicos é utilizada pelas células dos seres
autotróficos que os produzem, sendo outra parte usada pelos heterotróficos (fluxo energético que
tem início no sol e continua através dos seres vivos).
Trabalho
mecânico, biossínteses,
calor, transporte ativo,
movimentos celulares
Metabolismo celular: conjunto de reações que as células realizam que são essenciais à vida.
→ Catabolismo: reações em que os compostos orgânicos são degradados em moléculas
mais simples, ocorrendo libertação de energia.
→ Anabolismo: reações em que ocorre formação de moléculas mais complexas a partir
de moléculas mias simples, ocorrendo consumo de energia.
A energia libertada nos processos catabólicos realiza-se por etapas, pois se fosse libertada de uma
vez, provocaria um elevado aumento de temperatura, o que podera colocar em risco a vida.
Assim, as células obtêm energia através de uma série de reações em cadeia, nas quais as
substâncias orgânicas vão sendo lentamente degradadas, libertando-se a energia em etapas. Esta
energia não pode ser utilizada diretamente nas atividades celulares, sendo, por isso, acumulada
em compostos intermédios como o ATP (transportador universal de energia, a nível celular).
Existem diversas vias catabólicas capazes de transferir a energia contida nos compostos orgânicos
para moléculas de ATP. Nestas vias, intervêm compostos (como o NAD) que transportam os
protões e eletrões do hidrogénio, desde o substrato até a um acetor final:
Respiração: Via catabólica que visa a obtenção de energia em que o acetor final de eletrões é uma
molécula inorgânica.
→ Respiração aeróbia: quando o acetor é o oxigénio (maioria dos animais e plantas).
→ Respiração anaeróbia: quando o acetor final é, por exemplo, o nitrato ou o sulfato
(algumas bactérias).
Fermentação: Processo catabólico que visa a obtenção de energia em que não existe um acetor de
eletrões externo, ou seja, no final do processo degrativo, os eletrões são captados por uma
molécula orgânica que deriva do subtracto inicial (bactérias e outros seres vivos na ausência de
oxigénio – anaeróbios facultativos).
Fermentação
É um processo simples e, em termos evolutivos, primitivo; ocorre no hialoplasma das células e tem
duas etapas:
→ Glicólise
→ Redução do piruvato
Respiração aeróbia:
À medida que as células evoluíram, as suas necessidaes energéticas aumentaram. Nas células eu
carióticas, surgiram organelos especializados (mitocôndrias) capazes de realizar a oxidação
completa do ácido pirívico obtido na glicólise, originando compostos muito simples (água e
dióxido de carbono).
4 etapas da respiração aeróbia:
→ Glicólise
→ Formação de acetil-coenzima A: na presença de oxigénio, o ácido pirúvico entra na
mitocôndria, onde é descarboxilado (perde uma molécula de dióxido de carbono) e oxidado
(perde um hidrogénio que é usado para reduzir o NAD+ , formando NADH + H+).
→ Ciclo de Krebs/Ciclo do ácido cítrico: conjunto de reações metabólicas que conduz à
oxidação completa da glicose, é um processo catalizado por várias enzimas (descarboxilases e
desidrogenases). São precisos dois ciclos para a degradação de cada molécula de glicose.
Cadeia transportadora de eletrões/Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa: a cadeia
transportadora de eletrões encontra-se ordenada na membrana interna das mitocôndrias, de
acordo com a sua afinidade para eletrões. Os eletrões transportados pelo NADH e pelo FADH 2 são
cedidos aos acetores, iniciando um fluxo, ao longo do qual estas moléculas vão sendo
sucessivamente reduzidas e oxidadas. Este fluxo é condicionado pela disposição das moléculas
transportadoras de eletrões. Cada transportador tem mais afinidade para os eletrões do que o
transportador anterior, garantindo-se desta forma um fluxo unidirecional até ao oxigénio. O
oxigénio, depois de receber os eletrões, capta os protões presentes na matriz da mitocôndria,
formando água. À medida que os eletrões passam de transportador em transportador, liberta-se
energia. Essa energia é utilizada para fosforilar o ADP, formando ATP – fosforilação oxidativa.
Balanço nergético de ATP's formados:
Todos os seres vivos necessitam necessitam de oxigénio e compostos de carbono nas suas células,
de removerem o dióxido de carbono e de energia.
Os estomas controlam as trocas gasosas entre a planta e o meio externo, graças à capacidade de
que têm de abrir e fechar.
As células das folhas e os respetivos espaços intercelulares possuem um elevado conteúdo em
água, devido ao contínuo fluxo de água desde a raiz até à folha, o que leva à saída de vapor de
água da folha para o exterior, por transpiração.
O movimento de abertura e fecho dos estomas é condicionado por alterações na turgescência das
células estomáticas/guarda, que têm uma estrutura diferente das células vizinhas, já que possuem
muitos cloroplastos e a parte da parede celular que delimita o ostíolo (pore) é mais espessa que a
parte encostada às células vizinhas. A existência de microfibrilas de celulose provoca o
afastamento das células estomáticas (quando túrgidas), aumentando a abertura dos ostíolos.
Quando uma célula vegetal está túrgida, aumenta de volume e, consequentemente, exerce
pressão sobre a parede – pressão de turgescência. Nas células de guarda, a região mais fina da
parede deforma-se mais facilmente que a região espessa, levando à abertura do estoma. Quando
as células de quarda perdem água, a pressão de turgescência diminui, permitindo às células
aproximarem-se, fechando o estoma. Esta variação na turgescência pode ser provocada pela
concentração de certos iões nas células, concentração de dióxido de carbono, a luz, a
temperatura, o vento ou o conteúdo de água no solo:
→ O mecanismo mais aceite para explicar a variação de turgescência é o transporte
ativo do ião potássio: a elevada concentração de potássio no interior das células estomáticas faz
com que entre água por osmose para as mesmas; as células guardas ficam túrgidas e abre-se o
estoma; vai haver transporte ativo do ião potássio para dentro destas células – equanto isto
ocorrer o estoma permanece aberto; o ião potássio para de entrar nas células guarda e começa a
sair por difusão, tal como a água – o estoma fecha.
→ A diminuição de concentração de dióxido de carbono nos espaços intracelulares das
células das folhas causa a abertura dos estomas. Isto porque durante a fotossíntese consome-se
dióxido de carbono e formam-se solutos no interior das células estomáticas, o que provoca a
entrada de água nas mesmas, logo a abertura dos estomas.
→ Como a luz determima a ocorrência de fotossíntese, também vai determinar a
abertura dos estomas.
Todos os sistemas biológicos são abertos e todos os organismos interagem como o seu meio
ambiente, assim, todos recebem estímulos. Ao receberem estímulos, podem alterar o seu
metabolismo e fisiologia. A evolução para a multicelularidade, e particularmente os elevados
níveis de organização dos animais, exigiu o desenvolvimento de complexos mecanismos de
comunicação entre as células e os órgãos.
Homeostasia:mecanismo que os seres vivos possuem que equilibram as alterações induzidas pelo
meio externo, para que exista uma constância no meio interno. Quando a homeostasia é rompida,
o ser vivo fica doente, só quando este é reposta, pelos mecanismos homeostáticos, é que o ser
vivo volta ao seu estado normal.
No sentido de evitar a perda de homeostasia, a atividade dos órgãos é controlada e regulada,
respondendo ás alterações, quer do meio interno como externo, através de mecanismos de
retroalimentação ou feedback. O sistema de feedback positivo alimenta a resposta, o feedback
negativo reverte o sistema para um determinado ponto – é utilizado por sistemas reguladores que
pretedem manter a estabilidade.
Nos animais os mecanismos de feedback são assegurados pelo sistema nervoso (para respostas
rápidas que envolvem a propagação de alterações eletroquímicas ao longo das membranas
celulares) e pelo sistema hormonal (respostas mais lentas que envolvem a libertação de
mensageiros químicos para os fluídos circulantes, até atingirem os órgãos-alvos – orgãoes
recetores capazes de detetar a presença destes mensageiros químicos).
O sistema hormonal/endócrino não é independente do sistema nervoso, os dois interagem no
sentido de regularem os mecanismos homeostáticos. De facto, grande parte da atividade
endócrina é controlada, direta ou indiretamente, pelo hipotálamo. Esta região do cerébro
estabelece a região entre o sistema nervoso e o hormona, quer do ponto de vista anatómico, quer
do fisiológico. O hipotálamo recebe diversos estímulos, quer de outras partes do cérebro, quer do
hormonas que o atingem pela corrente sanguínea. Em resposta a estes estímulos, os neurónios
hipotalámicos produzem neuro-hormonas que atingem a hipófise. A hipófise é uma glândula
proxima do hipotálamo que tem uma natureza endócrina (lóbulo anterior) e nervosa (lóbulo
posterior). Algumas hormonas produzidas pelo hipotálamo são encaminhadas até ao lóbulo
posterior da hipófise, sendo aí lançadas para a corrente sanguínea, atingindo as células-alvo.
Porém, outras hormonas hipotalámicas atuam sobre o lóbulo anterior da hipófise, estimulando ou
inibindo a produção e libertação de hormonas hipofisárias que vão controlar o funcionamento de
diversos tecidos do organismo, incluindo outras glândulas endócrinas. O sistema nervoso e o
hormonal relacionam-se estruturalmente.- muitas glândulas endócrinas são células nervosas;
encontram-se quimicamente relacionados - as hormonas podem ser usadas como sinais entre o
sistema nervoso e o hormonal; relacionam-se funcionalmente, uma vez que a coordenação do
organismo envolve os dois sistemas e cada um é afetado pelo outro.É pela interação e
coordenação dos sistemas nervoso e hormonal que o indivíduo vai assegurando as respostas
adequadas às diversas solicitações que interna e externamente desafiam os padrões
homeostáticos da vida.
O sistema nervoso regula a temperatura corporal através de mecanismos de retroalimentação
negativa.
A unidade do sistema nervoso é a célula nervosa – o neurónio, apesar de seream as células de glia
a sustentarem-nos.
O conjunto do axónio e da bainha de mielina (que apenas se encontra nos vertebrados e
invertebrados mais complexos) formam a fibra nervosa. As fibras nervosas reunidas em feixes
envolvidos por uma capa de tecido conjuntivo constituem os nervos.
.
Os neurónios são células altamente estimuláveis, capazes de detetar pequenas alterações do
meio. Em resposta a estas variações, verifica-se uma alteração elétrica, que percorre a sua
membrana – impulso nervoso. A passagem do impulso nervoso de um neurónio para outro faz-se
através das sinapses.
As sinapses podem ser químicas e elétricas. Nas sinapses químicas, quando o impulso nervoso
atinge as extremidades do axónio, libertam-se, para a fenda sináptica, substâncias químicas
designadas neurotransmissores.
Hormonas vegetais
Tropismos: movimentos das plantas que envolvem crescimento na direção de um estímulo
ambiental, ou na direcçção oposta a esse estímulo. Podem ser negativos ou positivos conforme o
movimento se realiza em direção ao estímulo ou se afasta dele.
Quanto à natureza do estímulo que os origina, os tropismos podem ser: fototropismo,
gravitropismo, tigmotropismo, termotropismo, quimiotropismo e hidrotropismo.
Nastias: movimentos que não envolvem crescimento direcionado relativamente ao estímulo.
Podem ser fotonastias, tigmonastias, termonastias, quimionastias ou hidronastias.
O principal fator interno de regulação das reações de desenvolvimento e crescimento nas plantas
são hormonas vegetais/fitohormonas (auxinas, giberelinas, citoquininas, ácido abscístico e
etileno).
A regulação íntrinseca efetuada pelas hormonas vegetais está dependente de fatores extrínsecos,
como a luz ou a temperatura.
O controlo de fatores extrínsecos como a luz (manipulação do fotoperíodo) ou a temperatura (uso
de estufas) também é muito utilizado em hortofloricultura, permitindo obter flores, frutos e
legumes fora da época habitual do seu desenvolvimento.
Meristemas: células que têm uma grande capacidade de divisão e diferenciação.
As hormonas vegetais raramente agem sozinhas. É a produção coordenada das diversas hormonas
que permite à planta sobreviver às mudanças das estações do ano, bem como às condições
climatéricas extremas, e continuar o seu desenvolvimento.
Respostas das plantas em relação a estímulos ambientais
Auxinas Estimulam o crescimento celular, o alongamento dos caules e raízes e o
desenvolvimento dos frutos, controlam o gravitropismo. Promovem a dominância
apical. Retardam a abscisão.
Giberelinas Estimulam o alongamento e a divisão celular em caules, raízes, gomos e folhas
jovens. Promovem a germinação se sementes e os processos de floração e
maturação dos frutos.
Citoquininas Estimulam a divisão celular em sementes, raízes, folhas jovens e frutos. Promovem
o desenvolvimento dos gomos laerais. Retardam a abscisão.
Etileno Estimula a maturação dos frutos. Promove a abscisão.
Ácido Estimula a abscisão. Inibe a germinação de sementes e o desenvolvimento de
abscísico gomos. Promove o fecho dos estomas em plantas com stresse hídrico.
Reprodução sexuada nas plantas
Órgãos masculinos: Estames: antera (têm sacos polínicos), filete.
Órgãos femininos: Carpelo: estigma, estilete, ovário (têm os óvulos).
As flores podem ser hermafroditas ou unissexuadas.
Ciclos de vida
Ciclo de vida da espirogia:
Após a fecundação, os filamentos desagregam-se, ficando cada um dos ovos rodeado por uma
parede espess, em estado de vida latente, geralmente durante o inverno, até que as condições
ambientais voltem a ser favoráveis. Então, o núcleo de cada ovo divide-se por meiose, formando
quatro núcleos haploides – três desses degenream.