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Citologia – Rodolfo F.

Marino – Farmacia 2010/02

Características Gerais da Célula Procariótica e Eucariótica

Todos os seres vivos são fundamentalmente similares por dentro, compartilhando


mesma maquinaria para funções mais básicas. Todas as células são compostas pelo mesmo
tipo de moléculas que participam do mesmo tipo de reações químicas. Em todos seres vivos,
as informações genéticas - genes – estão armazenados nas moléculas de DNA, formadas com
o mesmo bloco químico de construção. Em cada célula as longas cadeiras de polímeros de DNA
são feitas do mesmo conjunto de quatro monômeros, chamados Nucleotídeos, amarrados uns
aos outros em diferentes sequências, para carregar diferentes informações. O nucleotídeo é
composto de uma base nitrogenada (adenina, citocina, timina, guanina), um grupamento
fosfato e uma pentose. E o ácido nucleico é composto de subunidades repetidas –
nucleotídeos.
As instruções no DNA são lidas, ou transcritas, em RNA. Essas moléculas possuem uma
variedade de funções, mas a principal classe serve como mRNA: as mensagens carregadas por
essas moléculas são então traduzidas em proteínas.
O genoma das células é a biblioteca de informação genética no DNA, fornece um
programa genético que instrui a célula sobre seu funcionamento e, as células vegetais e
animais sobre seu crescimento para formar um organismo com diferentes tipos de células.
No meio da célula há o núcleo, e envolta do núcleo há o citoplasma, preenchendo o interior da
célula.
A célula procariótica: As bactérias contém a estrutura mais simples, não contém
organelas, nem mesmo um núcleo para conter o DNA, possuem uma cobertura protetora
resistente, a prede celular, envolvendo a membrana plasmática, que envolve um único
compartimento contendo o citoplasma e o DNA. São divididos em dois domínios: Bactérias e
Archea.
A célula eucariótica: São maiores, mais elaboradas, algumas vivem vidas
independentes (ameba, levedura) ou em grupamentos multicelulares (animais, plantas). Todas
as células eucarióticas possuem núcleo tal como uma variedade de outras organelas, que
realizam funções especializadas.

Compartimentos citoplasmáticos de uma célula eucariótica animal e vegetal:

O núcleo é a organela mais proeminente na célula eucariótica, está envolvido por duas
membranas que formam o envelope nuclear e contem moléculas de DNA, que codificam as
informações genéticas do organismo. O DNA também armazena informação genéticas nos
procariotos. Possui poro nuclear e o nucléolo que produz os ribossomos.
O citosol é um gel aquoso concentrado, formado de moléculas grandes e pequenas. É a
parte do citoplasma que não é dividida por membranas intracelulares. É o local de varias
reações químicas fundamentais para existência das células, é nele que a célula realiza um dos
seus processos de síntese chave, a manufatura de proteínas. Os ribossomos, responsáveis pela
síntese proteica são visíveis como pequena partícula do citosol. É onde está o RER.
O citoesqueleto é responsável pelos movimentos celulares direcionados. O citoplasma
não é somente uma sopa de compostos e organelas sem estrutura, nas células eucarióticas o
citosol é cruzado por filamentos longos e finos de proteína, que são o citoesqueleto. Os
filamentos mais finos são os filamentos de actina, os mais grossos são os microtubulos, e os
intermediários são os filamentos intermediários. São responsáveis pela sustentação.
O RE é o local no qual a maioria dos componentes da membrana celular, assim como
matérias destinados à exportação a partir da célula, são sintetizados.
O RER é a região do RE á qual estão associados os ribossomos, é o local da síntese
proteica, essas proteínas cuja síntese se inicia no RER pode ter diferentes destinos na célula,
esse transporte é feitas por moléculas especializadas.
O REL é o local da síntese de ácidos graxos e fosfolipídeos.
O Complexo de Golgi são pilhas de sacos amassados, que recebe e com frequência
modifica quimicamente as moléculas sintetizadas no RE e então as direcionam para o exterior
da célula, ou pra outros lugares dentro da célula.
Os peroxissomos são pequenas vesículas envolvidas por membranas que fornecem um
meio abrangente nas quais o peróxido de hidrogênio é gerado e degradado. São membranas
simples, a oxidação de ácidos graxos vela a formação de peróxido de hidrogênio.
Os lisossomos são presentes somente em células animais, nas quais ocorre a digestão
intracelular, liberando nutrientes a partir de partículas de alimento e degradando moléculas
indesejáveis para reciclagem ou excreção., por endocitose ou fagocitose.
As mitocôndrias estão presentes essencialmente em todas as células eucarióticas
animais, contém seu próprio DNA e se reproduz se dividindo em duas. Possuem dupla
membrana e são geradoras de energia química para a célula. Elas aproveitam a energia a partir
da oxidação de moléculas de alimento, para produzir ATP. Como tem DNA próprio, possuem
síntese de proteína para ela. Responsável pela respiração celular.
Os vacúolos são presentes somente em células vegetais, possuem membrana simples e
são reservatórios de agua e nutrientes, como excesso de sal a ser descartado pela célula.
Função semelhante ao lisossomo em células animais.
Os cloroplastos presentes em células vegetais é o local da fotossíntese, possui dupla
membrana, possuem DNA e ribossomos então são capazes de sintetizar um conjunto de
proteínas específicas desta organela, as demais são sintetizadas no citosol.
As diferenças entre a célula animal e a vegetal são: A animal possui membrana
plasmática e os lisossomos que são organelas especificas. E a vegetal possui membrana
plasmática e parede celular e possui como organela especifica os vacúolos e cloroplastos.

Estrutura das Membranas Eucarióticas

A membrana plasmática é um filme lipídico muito fino, toda célula utiliza uma
membrana para separar e proteger seus constituintes químicos do ambiente externo. Baseia-
se em uma bicamada de moléculas lipídicas. Apesar de servir como barreira para evitar a perda
ou a mistura de componentes celulares com o meio circundante, nutrientes precisam
atravessar a membrana e resíduos devem ser eliminados, por isso a membrana possui canais
altamente seletivos e bombas – proteínas de membrana que permitem a importação de
substancias específicas enquanto outras são exportadas da célula. Todas as membranas
celulares são compostas por lipídeos e proteínas e dividem uma estrutura geral comum. Os
componentes lipídicos estão arranjados em duas laminas justapostas, formando a bicamada
lipídica. Essa bicamada confere a membrana sua estrutura básica e funciona como uma
barreira permeável á maioria das moléculas solúveis em água. Proteínas medeiam a maioria
das demais funções da membrana e conferem características especificas a diferentes
membranas.
As células são preenchidas e estão imersas em soluções de moléculas solúveis em
água. As membranas lipídicas formam bicamadas na água. Os lipídeos em uma membrana
celular combinam duas propriedades diferentes em uma única molécula: Cada lipídeo possui
uma cabeça hidrofílica (adora água) e uma ou duas caudas hidrofóbicas (odeia água). Os
lipídeos mais abundantes nas membranas celulares são os fosfolipídios, molécula cuja cabeça
hidrofílica se liga ao restante do lipídeo por meio de um grupo fosfato.
Moléculas com propriedades hidrofóbicas e hidrofílicas são denominadas anfipáticas.
Essa propriedade química também é observada em outros lipídeos de membrana – os esteróis
e os glicolipídeos. Moléculas hidrofílicas se dissolvem rapidamente em água e hidrofóbicas são
insolúveis em água.
Moléculas anfipáticas como os fosfolipídios sofrem duas forças opostas: a cabeça
hidrofílica é atraída pela água, e as caudas hidrofóbicas evitam água e se agrupam com outras
moléculas hidrofóbicas. Esse conflito é resolvido com a formação da bicamada lipídica – um
arranjo que satisfaz ambas as partes e é energeticamente favorável. As cabeças hidrofílicas
permanecem expostas à agua nas duas superfícies da bicamada e as caudas hidrofóbicas ficam
protegidas da água e justapostas no interior, as caudas compactam-se para expulsar água.
Qualquer ruptura na bicamada cria uma ponta livre exposta à água. Como isso é
energeticamente desfavorável, as moléculas da bicamada se rearranjam espontaneamente
para eliminar a ponta livre.
A bicamada lipídica é um líquido bidimensional, não é estática, os lipídios estão todo o
tempo se movimentando, e por isso considera-se que a membrana plasmática é fluída. O
ambiente aquoso dentro e fora da célula previne que os lipídios da membrana escapem da
bicamada, mas nada impede que essas moléculas se movam e troquem de lugar umas com as
outras no plano da bicamada. As moléculas de fosfolipídios raramente trocam de posição de
uma monocamada para a outra, esse evento se chama flip-flop. Como resultado da agitação
térmica, as moléculas de lipídeos de uma mesma monocamada, as moléculas de lipídeos
trocam de lugar continuamente com seus vizinhos, essas mudanças acarretam uma rápida
difusão de moléculas no plano da membrana. A molécula de fosfolipídio pode fazer flexão ou
rotação com si mesma.
A fluidez da bicamada lipídica depende da sua composição. A fluidez da membrana
celular – a facilidade com que as moléculas lipídicas se movem no plano da bicamada – é
importante para as funções da membrana, devendo ser mantida dentro de certos limites. O
quão fluida uma bicamada é em uma dada temperatura depende da sua composição de
fosfolipídios e em particular, da natureza das caudas, quanto mais próxima e mais regular por
o empacotamento das caudas, mais viscosa e menos fluída será a bicamada. Se a cauda
hidrofóbica é mais curta, a membrana e mais fluída, se a temperatura aumenta, a fluidez
aumenta, se tem mais moléculas de colesterol, menos fluida é.
Em células animais, a fluidez da membrana é modulada pela inclusão de colesterol.
Como essas são pequenas e rígidas, elas preenchem os espaços vazios entre moléculas
vizinhas de fosfolipídios, originado pela dobra de suas caudas, o colesterol tende a reforçar a
bicamada, tornando mais rígida e menos permeável.
Para todas as células, a fluidez da membrana é importante por muitas razões. Ela
permite a rápida difusão das proteínas de membrana no plano da bicamada e a sua interação
com outras proteínas, fator crucial na sinalização celular. Ela também permite a difusão de
lipídeos e proteínas dos locais da membrana nos quais são inseridos logo após sua síntese para
outras regiões das células. A fluidez também possibilita a fusão de membranas diferente4s e a
mistura de suas moléculas e assegura que moléculas da membrana sejam distribuídas
igualmente entre as células filhas na divisão celular.
As membranas celulares geralmente são assimétricas: a face voltada para o interior da
célula ou organela é diferente da face voltada para o exterior. As duas metades da bicamada
frequentemente possuem composições diferentes de moléculas de fosfolipídios e
glicoproteínas.

Proteínas de Membrana: Apesar de a bicamada promover a estrutura básica de todas as


membranas celulares e servir como uma barreira semipermeável a moléculas nas suas duas
faces, a maior parte das funções da membrana são desempenhadas pelas proteínas de
membrana.
As proteínas de membrana não apenas transportam nutrientes, metabolitos e íons
através da bicamada, também possuem outras funções. Algumas ancoram macromoléculas à
membrana, outras atuam como receptores para sinais químicos no ambiente em que a célula
se encontra e os transportam (os sinais) para o interior da célula e ainda há enzimas que
catalisam reações específicas. Cada tipo de membrana celular contém um conjunto diferente
de proteínas, refletindo as funções especializadas de cada tipo de membrana em particular.
As proteínas de membrana se associam a bicamada de diferentes formas.
Proteínas transmembranas: Proteínas de membrana se estendem através da bicamada lipídica
com parte da sua massa nos dois lados da bicamada.
Associadas a membrana: ficam inteiramente no citosol e se associam à metade interna da
bicamada.
Ligada por meio de lipídios: As Proteínas ficam externas a bicamada de um lado ou de outro,
conectadas as membranas por um ou mais lipídeos.
Ligadas por meio de proteínas: Proteínas ligadas indiretamente a uma das faces da membrana,
mantidas apenas por interações com outras proteínas de membrana.
Proteínas que são diretamente ligadas a membrana – sejam elas transmembranas,
associadas a uma monocamada ou ligada por meio de lipídios – podem ser removidas apelas
com a ruptura da bicamada com detergentes. Essas proteínas são conhecidas como proteínas
integrais de membrana. As demais proteínas de membrana são conhecidas como proteínas
periféricas de membrana, elas podem ser liberadas da membrana por procedimento de
extração mais amenos, que afetam a interação proteína-proteína, mas mantêm a bicamada
intacta.
A membrana plasmática é reforçada pelo córtex celular, formado por uma rede de
proteínas associados à parte intracelular da membrana. É extremamente fina e frágil, são
reforçadas e sustentadas por um arcabouço de proteínas ligadas à membrana por meios de
proteínas transmembrana. Em particular, a forma da célula e as propriedade da membrana
plasmática são determinadas por uma rede de proteínas fibrosas, chamadas de córtex celular,
que se liga a superfície citosólica da membrana. Nas hemácias humanas o principal
componente do seu córtex é a proteína espectrina, ela forma uma rede que provê suporte à
membrana plasmática e mantém o formato celular, portadores de anomalias genéticas na
estrutura das espectrinas são anêmicos, pois possuem menos hemácias que o normal, além de
serem esféricas em vez de achatadas e frágeis.
A superfície celular é revestida por carboidratos. Assim como os lipídeos, as proteínas
de membrana também podem apresentar cadeias de açúcar na sua superfície, na parte não
citosólica. A maior parte dessas proteínas tem pequenas cadeias de açúcares, chamados
oligossacarídeos, ligadas a elas, e essas proteínas são então denominadas glicoproteínas. Todo
o carboidrato nas glicoproteínas, nos proteoglicanos e nos glicolipídeos está localizado em
uma das faces da membrana, a não citosólica, onde forma uma cápsula de açúcar chamada de
camada de carboidratos (glicocálice). Por formar uma camada física sobre a bicamada lipídica,
a camada de carboidratos ajuda a proteger a superfície celular de danos mecânicos e químicos.
Eles também possuem papel no reconhecimento e na adesão celular. Estão envolvidos por
exemplo no reconhecimento do óvulo pelo esperma e também estão envolvidos nas respostas
inflamatórias. Nos estágios iniciais de infecções bacterianas, carboidratos da superfície de
glóbulos brancos, denominados neutrófilos são reconhecidos pela lectina das células
endoteliais dos vasos sanguíneos no local da infecção.

O Transporte de Membrana

As células vivem e crescem em função das trocas de moléculas com seu ambiente. A
membrana plasmática funciona como uma barreira que controla o trânsito de moléculas para
dentro e para fora da célula. As células devem importar nutrientes (açúcares, aa) e eliminar
produtos residuais metabólicos (CO2) e regular as [ ] intracelulares de uma série de íons
inorgânicos. Alguns desses solutos como o CO2 e o O2 podem simplesmente atravessar a
membrana por difusão simples, mas a grande maioria não, sua transferência depende de
proteínas de transporte de membrana.
As células vivam mantêm uma composição iônica interna que é muito diferente da
composição iônica do liquido a sua volta. Íons como NA, K, CA, CL, H, são os mais abundantes
de todos os solutos do ambiente de uma célula. O NA é o Íons positivamente carregado mais
abundante do lado de fora da célula e o K é o mais abundante do lado de dentro. Para que a
célula não seja destruída por forças elétricas, a quantidade de carga positiva dentro dela deve
ser balanceada por uma quantidade de carga negativa quase exatamente igual.
O interior hidrofóbico da bicamada cria uma barreira à passagem da maioria das
moléculas hidrofílicas, incluindo os Íons. As moléculas apolares pequenas se dissolvem
prontamente nas bicamadas e, portanto se difunde rapidamente através dela (O2, CO2, N2).
Moléculas polares não carregadas também se difundem rapidamente através da bicamada se
forem pequenas o suficiente (Água, Etanol), moléculas maiores passam mais devagar
(Glicerol), e moléculas grandes não passam (Glicose). As bicamadas são altamente
impermeáveis a todos os íons e moléculas carregadas.
As membranas celulares permitem que a água e as moléculas apolares pequenas
transpassem por difusão simples. Entretanto, para que as células adquiram nutrientes e
possam liberar resíduos, as membranas também devem permitir a passagem de muitas outras
moléculas, como íons, açúcares, aminoácidos, nucleotídeos, etc. Essa moléculas atravessam as
bicamadas muito lentamente por difusão simples: assim proteínas de transporte de membrana
especializadas são necessárias para transferi-las eficientemente através das membranas
celulares.
As proteínas de transporte de membrana podem ser transportadores e canais. Cada
proteína propicia um corredor privativo através da membrana para uma classe específica de
moléculas, permitindo somente a entrada de membros selecionados de uma classe molecular
especifica, por exemplo, são abertos de Na, mas não de K. Cada tipo de membrana, portanto,
possui seu próprio conjunto característico de proteínas de transporte. Os canais distinguem
principalmente com base no tamanho e na carga elétrica: se um canal está aberto, um íon ou
uma molécula que é suficiente pequena e carrega a carga apropriada pode passar, como por
uma passagem estreita. Um transportador permite somente a passagem daquelas moléculas e
íons que se encaixam em um sitio de ligação na proteína; ele então transfere essas moléculas
através da membrana, uma de cada vez, pela mudança de sua própria conformação, os
transportadores se ligam a seus solutos com grande afinidade.
Os solutos atravessam as membranas por transporte ativo ou passivo. Se um soluto
está presente em uma concentração mais alta fora da célula do que dentro dela, e um canal ou
transportador apropriado estiver presente na membrana plasmática, o soluto se moverá
espontaneamente através da membrana ao longo do seu gradiente de concentração para
dentro da célula por transporte passivo, sem gasto de energia. Contudo, para mover um
soluto contra seu gradiente de concentração, uma proteína de transporte de membrana deve
efetivamente trabalhar: ela tem que conduzir um fluxo morro acima, pelo acoplamento a
algum processo que forneça energia. O movimento direcionado de solutos através da
membrana é, desse modo designado transporte ativo, e é efetuado somente por tipos
especiais de transportadores que podem utilizar alguma fonte de energia para o processo de
transporte. Uma vez de direcionam o transporte de soluto contra sua gradiente de
concentração (menos concentrado para o mais concentrado), esses transportadores são
denominados bomba.
Os transportadores são necessários à movimentação de quase todas as moléculas
orgânicas pequenas através das membranas celulares, com exceção das moléculas solúveis em
gordura e de moléculas não carregadas pequenas que podem passar diretamente através da
bicamada por difusão simples. Cada membrana celular contém um conjunto de diferentes
transportadores apropriados àquela membrana especifica. Exemplo: Na membrana plasmática
entra nucleotídeo, açúcar, aa, Na. Pela membrana do lisossomo entra H. Pela membrada dupla
da mitocôndria entra piruvato e sai ATP.
As proteínas de transporte podem transportar mais de um tipo de nutriente. Um
gradiente de qualquer soluto através de uma membrana, como gradiente de NA gerado pela
bomba de NA e K, pode ser usado para abastecer o transporte ativo da segunda molécula. O
movimento favorável do primeiro soluto ao longo de seu gradiente fornece energia para
direcionar o transporte desfavorável do segundo. Os transportadores que realizam isso são os
transportadores acoplados. Eles podem acoplar o movimento de um íon inorgânico ao de
outro, o movimento de um íon inorgânico ao de uma molécula orgânica ou o movimento de
uma molécula orgânica ao de outra. Se o transportador desloca os dois solutos na mesma
direção através da membrana, ele é denominado SIMPORTE. Se ele os desloca em direções
opostas é denominado ANTIPORTE. Um transportador que desloca somente um tipo de soluto
através da membrana é denominado UNIPORTE.
A célula também possui um gradiente elétrico, para uma molécula não carregada, a
direção do transporte passivo é determinado somente por seu gradiente de concentração.
Para moléculas eletricamente carregadas, uma força adicional entra em ação. A membrana
possui uma voltagem através delas, uma diferença no potencial elétrico de cada lado da
membrana, a qual é denominado potencial de membrana. O lado citoplasmático da membrana
possui um potencial negativo em relação ao lado de fora, isso tende a puxar os solutos
positivamente carregados para dentro da célula e impelir os negativamente carregados para
fora. Ao mesmo tempo um soluto também tenderá a se mover de acordo com seu gradiente
de concentração. A força líquida que impele um soluto através da membrana é, portanto uma
combinação de duas forças, uma que se deve ao gradiente de concentração e a outra que se
deve a voltagem através da membrana. Essa força é denominada gradiente eletroquímico. Se a
voltagem e o gradiente de concentração funcionam na mesma direção, cria-se um gradiente
eletroquímico alto.
O transporte ativo move soluto contra seus gradientes eletroquímicos é essencial para
importar solutos que estão em uma concentração mais baixa do lado de fora do que do lado
de dentro da célula. É necessário ATP ou Luz.
Existem diversos tipos de canais iônicos, as diferenças são os tipos de estímulos. O
canal controlado por voltagem é controlado pelo potencial de membrana, O canal controlado
por ligante é controlado por ligação de alguma molécula e o canal controlado por estresse é
controlado por uma força mecânica aplicado ao canal.
Os neurotransmissores são controlados por ligantes extracelulares. Um sinal químico é
convertido em um sinal elétrico por canais iônicos controlados por transmissor em uma
sinapse. O neurotransmissor liberado se liga e abre os canais iônicos controlados por
transmissor na membrana plasmática da célula pós-sináptica. O fluxo iônico resultante altera o
potencial de membrana da célula pós-sináptica convertendo assim, o sinal químico novamente
em um sinal elétrico.

Especializações da Membrana Plasmática

Especializações da membrana plasmática é o nome que se dá às regiões de membrana


que asseguram o aumento da superfície celular, a junção celular, a vedação do espaço
intercelular e a comunicação entre células.
As microvilosidades são projeções da membrana plasmática frequentemente
digitiformes, ou seja, em forma de dedo de luva. São especializações do tipo estável ou
permanente na superfície das células. Estas projeções são sustentadas pelo citoesqueleto. As
microvilosidades ampliam a superfície da membrana plasmática aumentando sua eficiência
para as trocas com a cavidade ou o meio extracelular.
Os estereocílios são microvilosidades especializadas cuja estrutura, citoesqueleto de
preenchimento e ancoragem são idênticos ao de uma microvilosidade comum, no entanto,
podem ainda revelar algumas características distintas. Seu comprimento e calibre podem
assemelhar-se aos cílios móveis, ou mostrarem ramificações. Por causa das eventuais
semelhanças com os cílios, mas sem realizarem os movimentos ritmados destes, foram então
denominados “falsos cílios” ou estereocílios.
A junção desmossômica é uma junção ancoradoura que serve para adesão célula-
célula, portanto, requer proximidade entre as membranas de duas células vizinhas. região da
membrana plasmática que estabelece junção desmossômica tem sua resistência mecânica
aumentada com um reforço no lado citoplasmático oferecido pelo citoesqueleto ancorado à
sua superfície protoplasmática, servindo, assim, a dois propósitos, como ponto de ancoragem
da célula ao meio externo e como ponto de apoio interno para a arquitetura intracelular. Esta
junção requer a participação de proteínas integrais da família das caderinas, presentes nas
duas membranas associadas. Liga filamentos intermediários.
A junção Aderente é similar a um desmossomo por sua função de ancoragem entre as
membranas e ancoragem do citoesqueleto, no entanto, sua distribuição na membrana difere
do mesmo por dispor-se em cinturão ao redor do corpo da célula, fazendo a união desta com
várias células vizinhas. Nesta junção o citoesqueleto ancorado é composto de microfilamentos
de actina. Liga filamentos de Actina.
A junção comunicante ou GAP é uma junção com forma e tamanho variados, pois pode
ser construída e desfeita pela simples concentração ou dispersão de proteínas Conexinas em
qualquer ponto de aproximação entre as membranas de células vizinhas. Nos invertebrados, a
junção é formada por proteínas similares, denominadas Inexinas. Seu objetivo é a sinalização
celular por meio de íons ou por meio de pequenos peptídeos sinalizadores que atravessam do
citoplasma de uma célula diretamente para o citoplasma da célula vizinha, sem passar pelo
meio extracelular.
A junção ocludente é uma junção do tipo bloqueadora. Uma de suas funções é a
obstrução do espaço extracelular, impedindo o trânsito de substâncias por entre as células em
união. Sua segunda função é impedir a dispersão ou migração dos elementos que integram as
membranas plasmáticas e que não conseguem fluir pela região do cinturão de bloqueio. Isso
permite à célula criar dois microambientes de membrana plasmática com composição distinta
nos polos apical e basal. A junção requer a presença das proteínas
integrais claudinas e ocludinas nesta região das membranas plasmáticas pareadas. Estas
proteínas presentes nas duas membranas se ancoram pelas extremidades projetadas ao meio
extracelular, aproximando intimamente as duas superfícies extracelulares.

O Núcleo

Organização do compartimento nuclear: Componentes estruturais do núcleo; envelope


nuclear(dupla membrana), poros nucleares, transporte; DNA+Proteínas = cromatina
Funções nucleares: Transcrição de RNAs codificadores e não codificadores; montagem
e partículas riboproteicas; sub-compartimentos nucleares relacionados a estas funções.
Estrutura do núcleo: altamente organizado, contém quase todo o DNA da célula
(exceção mitocôndria e cloroplasto), poros para comunicação entre compartimentos.
As proteínas entram no núcleo pelos poros nucleares. O envelope nuclear encerra o
DNA nuclear e define o compartimento nuclear. A membrana nuclear interna contém
proteínas que atuam como sítios de ligação para os cromossomos e fornecem sustentação
para a lâmina nuclear, uma malha tecida de filamentos proteicos que se dispõe sobre a face
interna dessa membrana e que fornece um suporte estrutural para o envelope nuclear.
Em todas as células eucarióticas, o envelope nuclear é perfurado por poros nucleares,
os quais formam canais por onde todas as moléculas entram ou saem do núcleo. O trafego
ocorre pelos poros em ambas as direções: proteínas recém sintetizadas provenientes do
citosol e destinadas ou núcleo entram; moléculas de RNA, sintetizadas no núcleo e
subunidades ribossomais, montadas no núcleo, são exportadas.
Um poro nuclear é uma estrutura grande e elaborada composta cerca de 30 proteínas
diferentes. Cada poro contem canais cheios de água por meio dos quais pequenas moléculas
solúveis em água podem passar livres e não seletivamente entre o núcleo e o citosol. Esse
emaranhado preenche o centro do canal, prevenindo a passagem de grandes moléculas, mas
permitindo pequenas.
Moléculas maiores (RNAs e Proteínas) e complexos macromoleculares devem carregar
um sinal de distribuição apropriado para passar pelo poro nuclear. A sequência-sinal que
direciona uma proteína do citosol para o núcleo, chamada de sinal de localização nuclear,
consiste tipicamente em uma ou duas sequencias curtas contendo varias lisinas ou argininas
carregadas positivamente.
As proteínas citosólicas, chamadas de receptores de transporte nuclear ou importinas,
ligam-se(reconhecem) ao sinal de localização nuclear nas proteínas recém-sintetizadas
destinadas ao núcleo. Esses receptores ajudam a direcionar a nova proteína ao poro nuclear.
Durante o transporte, os receptores de transporte nuclear se prendem sobre sequências
repetidas de aminoácidos dentro do emaranhado de proteínas do poro nuclear, puxando-se de
uma para outra para transportar sua carga de proteína para dentro do núcleo. Na exportação
acontece a mesma coisa, feito pelas exportinas ( O mRNA sai do núcleo para o citosol pela
exportina).

Como o DNA está armazenado na célula?

No interior do núcleo, os cromossomos interfásicos, embora mais longos e finos que os


mitóticos, estão organizados de varias formas. Cada cromossomo interfásico tende a ocupar
uma determinada região do núcleo. O nucléolo é a região onde partes de diferentes
cromossomos portando genes para RNA ribossomal se agrupam, aqui, os RNAs ribossomais
são sintetizados e combinados com proteínas para formar os ribossomos, a maquinaria de
síntese proteica das células. No nucléolo são produzidos rRNA, tRNA e snRNS que aktuam no
mecanismo de splicing do mRNA.
Todas as células eucarióticas, seja em interfase, seja em mitose, compactam seu DNA
em cromossomos. Os nucleossomos são as unidades básicas da estrutura do cromossomo
eucariótico. As proteínas que se ligam ao DNA para formar os cromossomos eucarióticos são
tradicionalmente divididas em duas classes gerais: As histonas e as proteínas não histonas. O
complexo das duas classes de proteínas com o DNA nuclear é denominado cromatina.
As histonas são responsáveis pelo primeiro nível de compactação à cromatina, o
nucleossomo. A cromatina descompactada tem forma de colar de contas.
Os nucleossomos contêm o DNA enrolado ao redor de um cerne de proteínas
contendo oito moléculas de histonas. O nucleossomo inclui 200 pares de nucleotídeos de DNA.
Embora sejam formadas longas fitas de nucleossomos na maioria do DNA cromossomal, a
cromatina nas células vivas raramente adora a forma estendida colar de contas, em vez disso,
os nucleossomos som compactados ainda mais para gerar uma estrutura mais compacta, as
fibras.
Os cromossomos em interfase contêm a cromatina tanto na forma condensada como
na forma mais estendida. A forma mais altamente condensada é a heterocromatina. A maior
parte do DNA que esta condensado em heterocromatina não contém genes e então não
podem ser expressos. O restante da cromatina interfásica é a eucromatina, durante a interfase
(quando a célula não esta se dividindo) está ativa transcricionalmente, e está dispersa.
Tipos de RNA: RNAm codificam proteínas; RNAr formam parte da estrutura do
ribossomo e atuam na síntese proteica; RNAt atuam na síntese proteica como adaptadores
entre o RNAm e os aminoácidos.

Estrutura e função do DNA

Características hereditárias e os genes que as determinam estavam associados aos


cromossomos, os cromossomos contem DNA e proteínas. O DNA contem informação
hereditária das células e que proteínas que compõem os cromossomos atuam principalmente
para compactar e controlar essas enormes moléculas de DNA. O DNA é composto de duas fitas
torcidas em uma hélice.
A molécula de DNA consiste em duas longas cadeias polinucleotidicas. Cada uma
dessas cadeias de DNA ou fitas de DNA é composta de quatro tipos de subunidades de
nucleotídeos, e as duas cadeias são unidas por pontes de hidrogênio entre as bases dos
nucleotideos
Os ácidos nucleicos são compostos de subunidades repetidas chamadas nucleotídeos.
Cada nucleotídeo é composto de três unidades: Base nitrogenada, grupamento fosfato,
pentose. E a base pode ser adenina (A), citocina (C), guanina (G), timina (T). Os nucleotídeos
são unidos em uma cadeia por meio dos açúcares e fosfatos, os quais formam um esqueleto.
Além disso, as duas extremidade da cadeia são facilmente distinguíveis, uma é 3’ e outra 5’.
As duas cadeias polinucleotidicas da dupla-hélice de DNA são unidas por pontes de
hidrogênio entre as bases das diferentes fitas. Todas as bases estão no interior da hélice com
os açúcares de fosfato voltados para o exterior. As bases não pareiam ao acaso, A pareia com T
e C pareia com G. Em cada caso, uma base formada por dois anéis – purina, pareia com uma
base de um ´´único anel – pirimidina. Esses pares purinas-pirimidinas são denominadas pares
de bases, e esta complementariedade de pareamento de bases permite que eles sejam
compactados em um arranjo mais favorável energeticamente no interior da fita dupla. Nesse
arranjo, cada par de bases tem largura similar. O membro de cada par de bases podem
encaixam perfeitamente na dupla-hélice porque as duas hélices são antiparalelas, são
orientadas com polaridades opostas. Uma consequência desses requisitos para o pareamento
das bases é que cada molécula de DNA contenha uma sequencia de nucleotídeos que é
exatamente complementar a sequencia nucleotídica da fita antiparalela. Um A sempre pareia
com um T na fita oposta, e um C sempre pareia com G na fita oposta.
O DNA codifica a informação na ordem ou sequencia de nucleotídeos ao longo de cada
fita. Os organismos diferem um dos outros porque as suas respectivas moléculas de DNA
possuem diferentes sequencias nucleotídica e, consequentemente, diferentes mensagens
biológicas. A série completa de informações no DNA de um organismo é o genoma.
Nas células eucarióticas, enormes moléculas de DNA de fita dupla são empacotadas
em cromossomos, que não apenas se encaixam facilmente no núcleo, mas podem também ser
facilmente divididos entre as duas células-filhas a cada divisão celular. O complexo
empacotamento do DNA é realizado por proteínas especializadas que se ligam e dobram o
DNA, produzindo uma série de cordões e alças que permitem alto nível de organização e que
impedem que o DNA se torne emaranhado. O DNA é compactado de uma forma ordenada e
que pode tornar-se acessível a todas as enzimas e outras proteínas para a sua replicação,
reparo, etc.
As bactérias tipicamente possuem seus genes em uma única molécula de DNA circular.
Esse DNA é também associado a proteínas que condensam o DNA. Mas difere das proteínas
que empacotam o DNA eucariótico.
Estrutura de DNA revelou que a informação genética esta bem protegida. Há grande
numero de H entre as bases, pares de bases não polares, conferindo natureza hidrofóbica.
Assim confere estabilidade das moléculas em ambientes aquosos das células vivas. Esqueleto
açúcar-fosfato é estável e muito resistente a agressões químicas.
Propriedades do DNA explicadas pelo modelo de Watson & Crick: capacidade de
guardar informação genética, estabilidade física e química para que a informação possa ser
guardada durante bastante tempo, capacidade de transferir uma copia fiel dessa informação
para células filhas.
Como as moléculas de DNA se apresentam nas células eucarióticas: Para formar um
cromossomo funcional, uma molécula de DNA deve ser capaz de replicar, e as copias
replicadas devem ser separadas e divididas igualmente entra as células filhas a cada divisão
celular. Na interfase os cromossomos são duplicados e na mitose são passados para as células
filhas. Nos cromossomos interfásicos sequencias de DNA especializadas, encontradas em todas
as células de eucariotos, asseguram que os cromossomos interfásicos repliquem
eficientemente, Um tipo de sequencia nucleotídica atua como origem da replicação. Os
cromossomos eucariotos contem muitas origens de replicação para assegurar que o
cromossomo inteiro possa ser replicado rapidamente. Outra sequencia de DNA forma os
telômetros, que permite que as extremidades dos cromossomos sejam replicadas, também
protegem as extremidades.
Que tipo de mecanismo molecular seria capaz de assegurar que o código genético
fosse copiado com a absoluta exatidão cada vez que um cromossomo se duplica?
A replicação duplica do DNA, passa o material genético à diante. A transcrição
transforma o DNA em RNA e a tradução o DNA em proteína funcional.
Replicação:
Deve ocorrer antes que uma célula possa produzir duas células filhas geneticamente
idênticas. Ocorre na fase S (síntese) do ciclo celular.
Cada fita da dupla-hélice de DNA contém uma sequência de nucleotídeos que é
exatamente complementar a sequencia de nucleotídeos da outra fita da hélice. Cada fita pode,
portanto, servir de molde, para a síntese de uma nova fita complementar. A fita S é separada
da S’ e cada uma atua separadamente, como molde para produção de uma nova fita
complementar, idêntica a fica complementar original. A capacidade de cada fita de uma
molécula de DNA servir como um molde para a produção de uma fita complementar permite
que a célula copie ou replique seus genes antes de passa-los a seus descendentes.
A replicação do DNA produz duplas-hélices completas a partir da molécula original de
DNA, cada hélice nova de DNA possui a sequencia de nucleotídeos idêntica á dupla hélice de
DNA original. Como cada fita de DNA original atua com um molde para uma nova fita, cada
uma das hélices-filhas de DNA é formada por uma fita original já existente e outra
completamente nova, esse modo a replicação é chamado semiconservativo.
O processo de replicação é iniciado por unidades chamada replicons, que é uma
unidade de DNA onde um evento de replicação ocorre, é constituído por uma origem de
replicação e uma região terminadora, ativado apenas uma vez em cada ciclo celular, em
células procarióticas apenas um replicon, e nas eucarióticas cada cromossomo possui vários
replicons, ativados todos de uma vez. O replicon, portanto é o local onde se inicia a replicação,
ou seja, onde se abre a dupla-hélice.
Para ser utilizada como molde, a dupla-hélice deve ser primeiramente aberta, as duas
fitas separadas para expor as bases não pareadas. Então o processo de replicação do DNA
começa com proteinas iniciadoras de se ligam ao DNA e promovem abertura das fitas,
quebrando as pontes de hidrogênio entre as bases. Os locais em que ocorre a abertura inicial
das fitas de DNA é a origem de replicação, e são geralmente caracterizadas por uma sequencia
especifica de nucleotídeos. Um genoma bacteriano possui somente uma origem de replicação.
Durante o processo de replicação, estruturas com forma de Y podem ser vistas nas
moléculas de DNA, denominadas forquilhas de replicação. Nessas forquilhas a maquina de
replicação se desloca sobre o DNA, causando a abertura das duas fitas da dupla-hélice e
usando cada uma das fitas como um molde para produzir uma nova fita-filha. Duas forquilhas
de replicação são formadas a partir de cada origem de replicação, e essas se afastam da
origem nas duas direções, separando o DNA a medida que vão se afastando. Dessa forma, a
replicação do DNA nos cromossomos bacterianos e eucarióticos é dita bidirecional. As
forquilhas se movem em direção opostas a partir de diversas origens de replicação nos
cromossomos eucarióticos.
A direção 5’- 3’ do mecanismo de polimerização do DNA impõe um problema para a
forquilha de replicação, cada fita dupla de DNA possui uma única direção e as duas fitas da
dupla-hélice possuem direções opostas. Como consequência, na forquilha, uma nova fita de
DNA é sintetizada sobre um molde com uma orientação 3’ – 5’, e outra é sintetizada sobre um
molde com orientação oposta 5’ – 3’. Isso sugere que uma fita é sintetizada na direção 3’-5’ e
outra 5’-3’.
A DNA polimerase pode catalisar o crescimento da cadeia de DNA em uma única
direção, a adição de novas subunidades só pode ocorrer na extremidade 3’ da cadeia. Assi uma
fita nova de DNA só pode ser sintetizada na direção 5’-3’. Poderia ser esperado uma enzima
que realizasse a síntese da outra fita de DNA adicionando subunidades na extremidade 51,
porém não existe. O problema é resolvido por uma manobra de costurar para trás. A fita de
DNA cuja extremidade 5’ deve crescer é produzida de modo descontínuo, em pequenos
segmentos sucessivos, na qual a DNA polimerase polimeriza para trás em relação ao
movimento da forquilha, na direção 5’-3’ em cada novo segmento. Esse pequenos segmentos
de DNA – são os fragmentos de Okazaki, unidos mais tarde formando uma fita nova continua.
A fita de DNA sintetizada de modo descontínuo é chamada fita retardada, a outra tira,
sintetizada no modo continuo, fita líder.
A fidelidade da replicação do DNA depende da necessidade de haver uma extremidade
corretamente pareada para a DNA polimerase, antes que ela possa adicionar novos
nucleotídeos. No entanto, como a polimerase somente pode ligar um nucleotídeo a um
nucleotídeo pareado na dupla hélice de DNA, ela não pode iniciar uma fita de DNA
completamente nova. Uma enzima diferente capaz de começar uma nova cadeia
polinucleotidica simplesmente pela junção de dois nucleotídeos sem a necessidade de uma
extremidade pareada é necessária, essa enzima não é capaz de sintetizar DNA, Ela produz
pequenos segmentos de RNA usando a fita de DNA como molde. Esse pequeno segmento de
RNA é pareado a fita molde e fornece a extremidade 3’ pareada como ponto de inicio para a
DNA polimerase. Portanto atua como um iniciador (primer) para a síntese de DNA, e a enzima
que sintetiza o iniciador é a primase. O RNA difere do DNA por conter a base uracila (U) em vez
de timina (A) que pode formar um par de bases com (A).
N fita-líder, apenas um iniciador de RNA é necessário para começar a replicação na
origem de replicação; uma vez que a forquilha de replicação tenha se estabelecido, uma
extremidade 3’ pareada é continuamente apresentada à DNA polimerase à medida que se
desloca pela fita molde. Todavia, na fita retardada, onde a síntese de DNA é descontinua,
novos iniciadores são continuamente necessários. A medida que o movimento da forquilha de
replicação expõe um novo segmento de bases não pareadas, um novo iniciador de RNA é
produzido em intervalos na fita retardada. A DNA polimerase adiciona um
desoxiribonucleotideo á extremidade 3’ desse iniciador para começar uma fita de DNA, e irá
continuar a alongar essa fita até encontrar o próximo iniciador de RNA.
Para produzir uma fita nova continua de DNA, a partir dos vários segmentos de ácidos
nucleicos produzidos na fita retardada, três enzimas são necessárias, que atuam para remover
o iniciador de RNA, substitui-lo por DNA e unir os fragmentos de DNA. Portanto uma nucleasse
degrada o iniciador de RNA, uma DNA polimerase de reparo substitui o RNA por DNA e a
enzima DNA ligase uma a extremidade 5’ de um fragmento novo de DNA à extremidade 3’ do
próximo.
Fatores importantes: A DNA polimerase não inicia diretamente a síntese de uma nova
fita, quem faz isso é a DNA primase (inicia a replicação), a polimerase (adiciona nucleotídeos)
apenas catalisa o crescimento da cadeia. Na fita líder, o primer de RNA é necessário somente
no inicio da forquilha. Na fita retardada este primer é necessário em todos os fragmentos de
Okazaki. A primase sintetiza primers de RNA ou iniciadores que iniciam a replicação. A direção
da síntese é 5’ – 3’. Enzima principal é a DNA polimerase.

Transcrição

A informação contida em um gene tem que ser transcrita e, depois traduzida. As


proteínas (tradução) são o produto final de um gene. Elas desempenham papeis importante,
como por exemplo, a insulina produzida pelas células pancreáticas. Os processos de
transcrição e tradução são controlados, e pode ocorrer em vários níveis: transcrição,
processamento, transporte do mRNA, tradução.
Varias copias idênticas de RNA podem ser feitas a partir de um mesmo gene, e cada
molécula de RNA pode direcionar a síntese de varias copias idênticas de uma molécula
proteica. Na transcrição a informação é mantida na mesma linguagem – nucleotídeos. A
transcrição produz um RNA complementar a uma das fitas de DNA. Então a transcrição faz
uma copia da sequencia nucleotídica do DNA sob a forma de RNA. O RNA se difere do DNA
pelo fato de ter uma ribose em vez de uma desoxirribose na sua composição química e ter as
bases A, G, C e U em vez de T, como ocorre no DNA, e U pode formar pares com A, assim como
T. Enquanto o DNA sempre ocorre nas células sob a forma de dupla-hélice, o RNA se apresenta
como fita simples, portanto pode dobrar sobre ela própria em diferentes formar. As moléculas
de mRNA são sintetizadas no sentido 5’ – 3’. Todo RNA é produzido a partir da transcrição. A
cadeia de RNA produzida pela transcrição – o transcrito – é, entendida nucleotídeo a
nucleotídeo e apresenta sequencia nucleotídica exatamente complementar a fita de DNA
usada como molde.
Diferentemente de uma fita de DNA recém formada, a fita de RNA não permanece
ligada a fita de DNA molde por meios de ponte de hidrogênio, por isso as moléculas de RNA
são de fita simples.
As enzimas que realizam a transcrição são as RNA-polimerase, que catalisam as
ligações que unem os nucleotídeos e formam o esqueleto açúcar-fosfato de uma cadeia de
RNA.
Diversos tipos de RNA são produzidos nas células. A grande maioria dos genes que
existem no DNA de uma célula codifica as sequencias de aminoácidos de proteínas e as
moléculas de RNA copiadas a partir desses genes (e que direcionam a síntese de proteínas) são
os RNAm. Em eucariotos, cada mRNA possui informação transcrita a partir de um único gene e
codifica uma única proteína. Em procariotos, um conjunto de genes adjacentes é
frequentemente transcrito em um único mRNA que, possui informação para a produção de
diferentes proteínas. Outros RNAs produzidos são: rRNA que formam a região central do
ribossomo e catalisam a síntese proteica; microRNA que regulam a expressão genica; tRNA
usados como adaptadores entre o mRNA e os aminoácidos durante a síntese proteica;
pequenos RNAs como os SnRnPs, usando no splicing, e outros processos. Os miRNA e
pequenos RNAs não são codificadores, ou seja, não levam mensagem para a produção de
proteínas.
A expressão genica se refere ao processo pelo qual a informação codificada na
sequencia de DNA é traduzida em um produto que desencadeia um efeito determinado sobre
uma célula ou organismo. Inclui tanto a transcrição como a tradução. Quando o RNA é o
produto final do gene, a expressão genica não requer tradução.
Para dar inicio a transcrição, a RNA polimerase deve ser capaz de reconhecer o inicio
de um gene e ligar-se firmemente ao DNA nesse ponto. A extensão da cadeia continua ate que
a enzima encontre um segundo sinal sobre o DNA, o terminador ou sitio de parada, onde a
polimerase se detém e libera tanto o DNA molde quanto a cadeia de RNA recém-sintetizada.
Em bactérias, uma subunidade da polimerase, determinada fator sigma é a principal
responsável pelo reconhecimento da sequencia promotora sobre o DNA. Após ter fixado
fortemente a polimerase sobre o DNA nesse sitio, e essa ter sintetizado 10 nucleotídeos de
RNA, o fator sigma é liberado, permitindo que a polimerase avance e continue a transcrição
sem sua presença. Após ter sido liberada na região terminadora, a polimerase se reassocia a
um fator sigma livre e parte em busca de um promotor, onde pode dar inicio ao processo de
transcrição. Portanto o fator sigma reconhece a sequencia promotora.
Em procariotos como não há um envoltório nuclear, o mRNA pode imediatamente ser
usado como molde para a síntese de proteínas, muitas polimerases transcrevem o gene
simultaneamente, mas só há um tipo de polimerase. Em eucariotos, possui três RNA
polimerases diferentes, a II é a que transcreve a maioria dos genes, inclusive os que codificam
proteínas. Outra diferença é que enquanto a RNA polimerase procariótica em conjunto ao
fator sigma, é capaz de dar inicio ao processo de transcrição independentemente. As RNA
polimerases eucarióticas necessitam da assistência de muitas proteínas, essencialmente os
fatores gerais de transcrição, que devem associar-se a cada promotor, em conjunto com a
polimerase, antes que a polimerase possa dar inicio a transcrição. Os genes dos eucariotos
encontram-se dispersos pelo genoma, distantes um dos outros. Nos procariotos os genes
estão localizados bem próximos.
A transcrição em eucariotos começa na região promotora TATA-box que tem o sinal de
inicio da transcrição, o reconhecimento do promotor depende das proteínas e RNA que são os
fatores gerais de transcrição. Esses fatores se ligam a RNA polimerase e permitem a
transcrição. A linguagem é mantida na forma de nucleotídeos, produz um RNA complementar
a uma das fitas de DNA, Alguns RNA são codificantes e outros não. O RNAm é traduzido em
proteína, quem executa a transcrição dos RNAm é a polimerase II.
Depois que o DNA é transcrito, forma o RNAm maduro que precisa ser processado. O
DNA bacteriano permanece exposto diretamente no citoplasma, onde se localizam os
ribossomos que fazem a síntese proteína, não precisam ser processados por não contém
Introns.
Nas células eucarióticas, o DNA esta dentro do núcleo, mas a síntese ocorre nos
ribossomos que fica no citoplasma. Desse modo antes que o RNAm possa ser traduzido, ele
devera ser transportado para fora do núcleo por pequenos poros do envelope nuclear. Antes
que o RNAm saia do núcleo, ele deve ser processado, esse processamento ocorre enquanto o
RNA ainda está sendo transcrito.
Duas etapas do processamento que ocorrem apenas em transcritos destinados a se
tornarem moléculas de RNAm são o capeamento e a poliadenilação. O capeamento do RNA
envolve uma modificação na extremidade 5’ do transcrito do RNA, é adicionado uma G. A
poliadenilação provê uma cauda poli-A para a extremidade 3’
O splicing, realizado predominantemente por moléculas de RNA, retira as sequencias
não codificadoras do DNA, os introns. Os introns são retirados do transcrito primário, e depois
ocorre a junção dos exons, e os SnRnPs + proteínas formam os spliceossomos que ajudam a
retirar os introns. Isso ocorre após o capeamento.
Resumo da transcrição: Processo de formação de RNA a partir de um DNA. Alguns
fatores importantes estão envolvidos nesse processo, DNA, fatores de transcrição, RNA
polimerase, ATP. A transcrição começa com uma fita de DNA, ela é dividida em algumas
regiões importantes, a maior delas é a unidade de transcrição, esta região do DNA será usada
para produzir RNA, anterior a unidade de transcrição temos a TATA Box, uma região
promotora também pode estar envolvida. Alguns complexos conhecidos como fatores de
transcrição, são necessário para uma transcrição bem sucedida, um desses fatores se liga ao
DNA usando a TATA voz para se posicionar próximo ao local de iniciação da transcrição, outros
fatores de transcrição se juntam em seguida. Esses complexos prepara o DNA para uma ligação
bem sucedida de uma RNA polimerase. Uma vez que a RNA polimerase é ligado, outros fatores
de transcrição completam o material do complexo, ATP é adicionada para que o sistema
comece. A RNA polimerase então sintetiza um RNA a partir de uma dita de DNA, a maior parte
dos fatores é liberada depois que a transcrição começa. Quando o fim da unidade de
transcrição é alcançada, a RNA polimerase se dissocia e a nova fita de RNA é liberada.

Tradução

Depois do processamento do RNA, a mensagem do mRNA vai ser lida no ribossomo


pelos códons (trincas), grupos de três nucleotídeos. Para a produção de proteínas a célula
precisa decodificar a informação contida no RNA. Somente apenas uma pequena fração do
RNAm sintetizado é útil para a célula, o RNAm maduro. Tanto em procariotos como em
eucariotos, a tradução ocorre nos ribossomos. Em procariotos ocorre logo após a transcrição e
no mesmo compartimento.
A mensagem do RNA é decodificada nos ribossomos mas, os códons de uma molécula
de RNAm não reconhecem diretamente os aminoácidos por eles codificados: o grupo de três
nucleotídeos não se ligam diretamente ao aminoácido. A tradução do RNAm em proteínas
depende de adaptadores, esse adaptadores consistem em um conjunto de pequenas
moléculas de RNA conhecidas como RNAs transportadores (tRNAs), eles contem anticódons
que reconhecem os códons. Grande parte dos ribossomos são formadas por rRNAs que são
formados no nucléolo.
Com o objetivo de ler o código genético que se encontra sob a forma de DNA, as
células produzem vários tRNAs diferentes. O reconhecimento e a ligação do aminoácido
correto é dependente de enzimas aminoacil-tRNA sintetases, que acoplam cada aminoácido ao
seu conjunto adequando de moléculas de tRNA, existe uma enzima diferente para cada
aminoácido. Uma dessas acopla glicina a todos os tRNAs que reconhecem códons de glicina, e
assim por diante. A região acoplada ao mensageiro é o anticódon. A mensagem do RNA é
decodificada nos ribossomos.
Os ribossomos possuem três sítios de ligação aos tRNAs (A, P e E), esses são formados
por rRNA e o sitio catalítico para a formação da ligação peptídica também, portanto moléculas
de RNA que possuem atividade catalítica são ribozimas, os ribossomos são ribozimas.
Os mRNAs partem do núcleo e são traduzidos no ribossomos que ficam no citoplasma,
são os transportadores tRNAs que levam os aminoácidos correspondentes à trinca de códons
no ribossomo. Inicia pelo sitio A, p e depois E. Sempre inicia com uma metionina.
O ribossomo executa a síntese proteica em quatro etapas: 1- um RNAt se liga ao sitio A
através da formação de pares de bases com o códon do mRNA. 2- A ligação do aminoácido
com o tRNA associado ao sitio P é quebrada e ele é ligado ao aminoácido preso ao tRNA
associado ao sitio A (enzima peptidil transferase contida na subunidade grande). 3-
Movimento conformacional da subunidade grande em relação a pequena transfere os
transportadores para os sítios E e P. 4- Outra série de alterações conformacionais move o
mRNA e a subunidade menor do ribossomo move-se três nucleotídeos adiante. Os ciclos se
repetem até que seja encontrado um stop códon (códon de terminação). Os códons de
terminação indicam onde a tradução deve ser terminada. Quando o ribossomo encontra um
desses códons nenhum tRNA o reconhece, proteínas de fatores de liberação se ligam a
qualquer códon de parada que chegue ao sitio A. Essa ligação altera a ligação peptidil
transferase no ribossomo, fazendo com que ela catalise a adição de uma molécula de água ao
invés de um aminoácido.
As proteínas são produzidas em polirribossomos. Geralmente ocorrem múltiplas
iniciações sobre cada moléculas de mRNA que está sendo traduzida. Se o mRNA esta sendo
traduzido eficientemente, um novo ribossomos é montado sobre a extremidade 5’ de uma
molécula de mRNA quase que imediatamente após o ribossomo precedente ter traduzido uma
sequencia nucleotídica longa o suficiente para não mais o atrapalhar, Consequentemente, as
moléculas de mRNA que estão sendo traduzidas são encontradas na forma de polirribossomos.
Essas iniciações múltiplas significam que muito mais moléculas de proteínas podem ser feitas
em um dado período do que seria possível se cada molécula tivesse de ser concluída antes que
a próxima fase fosse iniciada.
Tanto bactérias quanto eucariotos utilizam os polirribossomos, mas bactérias podem
tornar a síntese proteica ainda mais rápida, por o mRNA bacteriano não precisa ser processado
e também se encontra fisicamente acessível aos ribossomos mesmo durante a síntese.
Os inibidores de síntese proteica são utilizados como antibiótico.
Resumo de tradução: Tradução é a síntese de uma proteína a partir de um mRNA, envolve
algumas moléculas importantes, mRNA, subunidade pequena e grande do ribossomo, tRNA e
fator de liberação. Esse processo é dividido em três etapas: Iniciação, Prolongação e
finalização. O mRNA eucariótico possui um final 3’ chamado cauda poli-A e também contem
códons que será codificado em específicos aminoácidos. Uma capsula de metionuna é
encontrada na extremidade 5’. A tradução começa quando a subunidade menor do ribossomo
se junta com a metionina e move para o local de iniciação, o tRNA contem um anticódon que é
complementar ao códon do mRNA o qual irá ligar-se, o primeiro códon é o AUG, preso ao final
do tRNA temos um aminoácido correspondente (metionina), que corresponde ao AUG do
códon, agora a subunidade maior une-se para criar o sitio P e o A. O primeiro tRNA ocupa o
sitio P, o segundo tRNA entra no sitio A e é complementar ao segundo códon. A metionina é
transferida para o aminoácido do sitio A. O primeiro tRNA sai, o ribossomo se move ao longo
do mRNA e o próximo tRNA entra, assim sucessivamente. Esses são os passos básicos da
prolongação. A medida que a prolongação continua, a cadeia polipeptídica é continuamente
transferia para o tRNA do sitio A, o ribossomo se move através do mRNA e novos tRNAs
entram. Quando o códon de finalização é encontrado no sitio A, um fator de liberação entra no
sitio A e a tradução termina. Quando o final é alcançado, o ribossomo se dissocia e uma recém
formada proteína é liberada.

Reticulo Endoplasmático – Transporte de proteínas

O RE serve como ponto de entrada para proteínas destinadas para outras organelas,
ou para o próprio RE. As proteínas destinadas ao aparelho de golgi, endossomos e lisossomos à
superfície celular, entram primeiro no RE proveniente do citosol. Dentro do RE ou na sua
membrana, as proteínas individuais não retornarão ao citosol. Elas serão carregadas de uma
organela para outra por vesículas de transporte e de uma organela para a membrana
plasmática ou para o exterior celular.
Dois tipos de proteínas são transferidas do citosol para o RE: A)As proteínas
hidrossolúveis são translocadas pela membrana do RE e liberadas no Lumem. B) As proteínas
transmembranas prospectivas são apenas parcialmente translocadas pela membrana do RE e
se tornam embebidas nela.
Todas essas proteínas são inicialmente direcionadas ao RE por uma sequencia-dinal de
RE (aminoácidos hidrofóbicos).
A maior parte das proteínas que entram no RE iniciam a sua rota por meio da
membrana do RE antes que a cadeia polipeptídica esteja completamente sintetizada. Isso
exige que os ribossomos que estejam sintetizando as proteínas fiquem presos à membrana do
RE. Esses ribossomos ligados à membrana do RE cobrem a superfície do RE, criando o Reticulo
Endoplasmático Rugoso.
Há duas populações separadas de ribossomos no citosol. A)Ribossomos ligados a
membrana do RE que estão produzindo proteínas que serão translocadas ao RE.
B)Ribossomos livres que não estão presos a qualquer membrana e sintetizam todas as demais
proteínas codificadas pelo DNA nuclear.
Há também dois tipos de proteínas que são transferidas para o RE: A)Aquelas que se
destinam a secreção e solúveis (cél caliciforme). B)Proteínas transmembranas.
Proteínas Solúveis: São liberadas no interior do RE. Possui três componentes principais
de reconhecimento dessas proteínas: Sequencia sinal do RE na cadeia peptídica nascente;
Particula de reconhecimento de sinal (SRP); receptor de SRP. Uma SRP que esta no citosol se
liga a sequencia sinal do RE quando exposta pelo ribossomo e o receptor de SRP embebido na
membrana reconhece a SRP. Após ligar-se ao receptor, a SRP é liberada e a síntese proteica
recomeça, com a cadeia polipeptídica sendo agora dirigida para o lumen do RE por um canal
de translocação da membrana do RE. Portanto a SRP e seu receptor funcionam como sítios de
posicionamento conectando ribossomos que estão sintetizando proteínas que contem uma
sequencia-sinal de RE para os canais de translocação do RE disponíveis.
Proteínas transmembrana: Aquelas que não são liberadas no lumem do RE, elas
permanecem embebidas na membrana. Algumas partes devem permanecem ficas na
membrana e outras devem ser translocadas para o lumem.
Proteínas transmembrana de passagem única: A cadeia polipeptídica tem uma
sequencia de finalização de transferência. Ao passar pelo canal, este descarrega a proteína
para a bicamada lipídica. Uma sequencia-sinal de RE inicia a transferência, adicionalmente a
proteína também possui uma segunda sequencia hidrofóbica, uma sequencia de finalização de
transferência. Quando essa sequencia entra no canal de translocação, o canal descarrega a
proteína para a bicamada lipídica, a sequencia0sinal é clivada fora, deixando a proteína
transmembrana ancorada na membrana e a síntese de proteínas na face citosófica continua
até completar-se. A proteína é integrada a membrana do RE.
Proteína Transmembrana de passagem dupla: A sequencia sinal de RE atua como sinal de
inicio de transferência da cadeia polipeptídica. Quando a sequencia de parada de transferência
entra no canal de translocação, esse descarrega as sequencias na bicamada lipídica. A proteína
transmembrana usa uma sequencia de inicio de transferência interna para integrar-se na
membrada no RE
A maior parte das proteínas é modificada covalentemente no RE. Elas são convertidas
em glicoproteínas, esse processo de glicosilação ocorre por enzimas encontradas no RE e
ausente no citosol. A glicosilação é importante pois algumas proteínas necessitam desse passo
no RE para serem enoveladas e esse enovelalamento é necessário para que a proteína se torne
ativa. Forma Chaperonas.
O reticulo endoplasmático liso são regiões que não possuem ribossomos aderidos à
membrana. Há maior quantidade de RE liso em células especializadas no metabolismo de
Lipídeos.

Complexo de Golgi – Transporte Vesicular

Vimos que proteínas que passam pelo RE irão ser secretadas ou formam proteínas de
membrana. Continuam sua migração até o exterior da célula, ou direcionada a organelas ou
mesmo a membrana plasmática. O primeiro destino, após o RE é o Aparelho de Golgi.
Está localizado perto do núcleo celular, consiste em coleção de sacos achatados
definidos por membranas (cisternas), empilhados. Cada pilha possui duas faces, uma face de
entrada, ou cis, e uma face de saída, ou trans.
No golgi, as proteínas e lipídeos sofrem modificações químicas, como adição de
cadeias de carboidratos e formação de pontes dissulfidicas que estabilizam a estrutura
proteica. É a mais proeminente nas células especializadas para a secreção de glicoproteínas
(cel caliciforme).
A cisterna mais externa de cada face está conectada a uma rede de vesículas e tubos
membranosos interconectados. As proteínas solúveis e membrana entram na rede cis de golgi
pelas vesículas de transporte derivadas do RE. As proteínas viajam pelas cisternas em
sequencias por meio de vesículas de transporte que brotam em uma cisterna e se fusionam
com a próxima. As proteínas saem da rede trans de golgi em vesículas de transporte
destinadas para a superfície celular ou para outro compartimento.
O transporte do RE para o Golgi e do Golgi para outros compartimentos é conduzido
pelo continuo brotamento e pela fusão de vesículas de transporte. A medida que as proteínas
e lipídeos são transportados para fora por essas rotas, sofrem modificações químicas que
estabilizam a estrutura proteica.
As vesículas que brotam da membrana possuem uma capa proteica chamando-se
então de vesículas revestidas. Depois de brotar de sua organela de origem a vesícula perde o
revestimento permitindo que a membrana da vesícula interaja com a membrana na qual ela
irá fusionar-se. As células produzem vários tipos de vesículas revestidas com diferentes capas
proteicas. As capas servem para dar forma a membrana e ajuda a captar moléculas para o
transporte ser realizado.
Vesículas revestidas de proteína clatrina: Brotam do Golgi na via secretória e da
membrana plasmática na via endocitica. Na membrana plasmática cada vesícula se inicia como
uma diminuta fossa revestida de clatrina. As moléculas de clatrina se montam em uma rede
na superfície citosólica da membrana, começando a dar o formato da membrana. Uma
pequena proteína chamada dinamina associa-se ao redor de cada fossa como um anel ao
redor do pescoço do broto e juntamente com outras proteínas, causando a constrição do anel
e liberando a vesícula.
A própria clatrina não toma parte na captura de moléculas especificas para o
transporte. Essa é função das adaptinas, uma segunda classe de proteínas revestidas as quais
seguram a capa de clatrina à membrana da vesícula e ajudam a selecionar as moléculas a
serem carregadas no transporte. As moléculas para transporte na célula carregam sinais de
transporte específicos, que são reconhecidos por receptores de carga localizados na
membrana do compartimento. As adaptinas ajudam a capturar moléculas carga especificas
pelo aprisionamento dos receptores de carga que se ligam a elas.
Após o desprendimento de uma vesícula de transporte da membrana, ela deve
encontrar o seu caminho para o destino correto. Uma vez que a vesícula de transporte tenha
atingido seu algo, ela tem de reconhecer e se ancorar na organela. Somente então a
membrana da vesícula pode fundir-se a membrana alvo e descarregar sua carga. Isso ocorre
por um sistema extremamente especifico assegurando que as vesículas se fusionem apenas
na membrana correta. As proteínas RAB na superfície da vesícula são reconhecidas pelas
proteínas de aprisionamento na superfície citosólica da membrana alvo.
Um reconhecimento adicional é fornecido pela proteína SNAREs. Uma vez que a
proteína de aprisionamento tenha capturado a vesícula, as SNAREs sobre a vesícula interagem
com as SNAREs complementares sobre a membrana alvo, ancorando a vesícula no local.

Vias Secretoras e Endociticas

O transporte Vesicular pode ser por via secretora e via endocitica. Uma via secretória
principal para fora inicia com a síntese de proteínas sobre a membrana do RE e sua entrada no
RE e conduz pelo Golgi ate a superfície celular e no Golgi, uma rota lateral conduz o transporte
através dos endossomos até os lisossomos. A via endocitica transporta para o interior da
célula a partir da membrana plasmática. O material a ser ingerido é progressivamente
encerrado por uma pequena porção da membrana plasmática, que primeiro brota para dentro
e então se destaca para formar uma vesícula endocitica intracelular. O material ingerido é
entregue aos lisossomos onde é digerido. Existem dois tipos de Endocitose: A)Pinocitose,
envolve a ingestão de liquido e moléculas por pequenas vesículas. B)Fagocitose: envolve a
ingestão de partículas grandes tais como microrganismos e fragmentos celulares, por meios de
vesículas chamadas fagossomos.
A fagocitose é importante na maioria dos animais para outros propósitos diferente da
nutrição. Células fagocitárias, incluindo os macrófagos defendem-nos contra infecções pela
ingestão de microrganismos invasores. Para serem capturados por um macrófago, as partículas
devem primeiro ligar-se a superfície da célula fagocitária e ativar um receptor de superfície.
Algum desses receptores reconhecem anticorpos. A ligação de uma bactéria coberta por
anticorpos a esses receptores induz a célula fagocitária a estender projeções da membrana
plasmática, chamadas de pseudopodes, que engolfam a bactéria e se fusionam nas pontas
para formar um fagossomo. O fagossomo então se fusiona com um lisossomo e o
microrganismo é digerido.
A pinocitose é a capacidade da célula ingerir pedaços da própria membrana
juntamente com pequenas quantidades de liquido extracelular. A pinocitose é principalmente
conduzida por fossas e vesículas cobertas por clatrina. Após se destacarem da membrana
plasmática, vesículas cobertas de clatrina perdem a capa e se fusionam com um endossomo. O
liquido extracelular fica preso na fossa revestida à medida que essa se invagina para formar
uma vesícula coberta; desse modo, as substancias dissolvidas no liquido extracelular são
internalizadas e entregue aos endossomos.
Quando as macromoléculas se ligam a receptores complementares na superfície
celular e entram na célula como complexos de receptor-macromolécula em vesículas
revestidas de clatrina, o processo se chama endocitose mediada por receptor. Um exemplo é a
captura do colesterol, o LDL se liga aos receptores da superfície celular e o complexo
receptor_LDL são ingeridos por endocitose mediada por receptor e entregue a endossomos,
dentro do endossomo o LDL dissocia do receptor e os receptores são devolvidos em vesículas
de transporte para a membrana plasmática e o LDL é entregue aos lisossomos.
Uma vez que o material extracelular é capturado por pinocitose é rapidamente
transferido aos endossomos, quais possuem ambiente acido para que os receptores se
desliguem da carga ligada.
Os lisossomos são sacos membranosos de enzimas que conduzem a digestão
intracelular. Possui também uma membrana que contem transportadores que permitem que
os produtos finais da digestão de macromoléculas sejam transportadas ao citosol onde eles
podem ser excretados ou utilizados pela célula.
As células possuem outra via para suprir materiais ao lisossomo, essa via chamada de
autofagia é usada para a degradação de partes obsoletas da própria células.

Citoesqueleto
É uma intrincada rede de filamentos protéicos que se estende através do citoplasma.
Suas funções são: Capacidade de adotar diversas formas; organização dos vários componentes
em seu interior; interação mecânica com o ambiente; realizar movimentos coordenados.
É uma estrutura altamente dinâmica que esta continuamente se reorganizando,
conforme as células alteram suas formas, dividem-se e respondem ao ambiente. O
citoesqueleto não funciona apenas como ossos de uma célula, mas também como seus
músculos, sendo diretamente responsável por movimentos em larga escala , como o
deslizamento de células sobre uma superfície, a contração das célula. Sem o citoesqueleto, as
feridas nunca cicatrizariam, os músculos seriam inúteis e os espermatozoides jamais
encontrariam os óvulos.
O citoesqueleto é construído a partir de uma base composta por três tipos de
filamentos protéicos: filamentos intermediários, microtubulos e filamentos de actina.
Os filamentos intermediários apresentam uma grande resistência à tensão, e sua
função principal é permitir que as células resistam ao estresse mecânico ocasionado quando
essas são distendidas. São encontrados no citoplasma da maioria das células animais. Eles
formam caracteristicamente uma rede através do citoplasma, envolvendo o núcleo e se
estendendo rumo a periferia da célula. Encontrados principalmente nos axônios, células
musculares e epiteliais. Sua função principal é capacitar as células a suportar tensão mecânica
gerada por estiramento.
São semelhantes a cordas com varias fitas longas trançadas entre si para fornecer
resistência a tensão, as fitas desse cabo, ou seja, as subunidades dos filamentos são proteínas
fibrilares alongadas. Se uma camada de células epiteliais é distendida por forças externas a
rede de filamentos intermediários e junção desmossomais que se estende através da camada
se tenciona e limita a extensão do estiramento. Se apenas as junções estivessem presentes, as
mesmas forças provocariam uma grande deformação nas células, podendo romper as
membranas plasmáticas.
Podem ser agrupados em quatro categorias:
1-Filamentos de queratina em células epiteliais
2-Filamentos de vimentina e relacionados a vimentina em células do tecido conectivo, células
musculares e células de sustentação do sistema nervoso.
3-Neurofilamentos em neurônios
4- Lâminas nucleares que fortalecem a membrana nuclear de todas as células animais.
1-2-3-Encontrados no citoplasma e 4-Encontrado no núcleo celular.
A mais diversificada classe de filamentos intermediários é das queratinas. Cada tipo de
epitélio no corpo (língua, córnea, etc), possui sua própria mistura de proteínas queratina.
Queratinas especializadas tambpem ocorrem nos pelos, penas e unhas. Em cada caso os
filamentos de queratina são formados por uma mistura de diferentes subunidades de
queratina. Se estendem no interior das células epiteliais de um lado a outro, conectando-se
indiretamente aos filamentos das células epiteliais adjacentes por junções célula-célula
denominada desmossomo.
Se os filamentos intermediários citoplasmatios formam estruturas semelhantes a
cordas, os filamentos intermediários que revestem e fortalecem a superfície interior da
membrana nuclear interna estão organizados sob a forma de uma rede bidimencional,
formando a lamina nuclear, formada a partir de uma classe de proteínas de filamentos
intermediários denominados laminas. Suportam e dão resistência ao envelope nuclear.
Os microtubulos são tubos longos e ocos e rígidos formados a partir de subunidades –
moléculas de tubulina que podem rapidamente sofrer dissorção em um determinado local e
reassorção em outro. Crescem a partir do centrossomo (estrutura no centro da célula). Ao se
estenderem rumo a periferia celular, criam um sistema de vias dentro da célula ao longo dos
quais vesículas, organelas e outros componentes serão transportados. Essas vias e outros
sistemas de microtubulos citoplasmáticos correspondem à porção do citoesqueleto
predominantemente responsável pelo ancoramento de organelas delimitadas por membrana
dentro da célula e pela condução do transporte celular. Durante a mitose, formam o fuso
mitótico fornecendo a maquinaria de segregação dos cromossomos para as células filhas.
Formam também estruturas permanentes como cílios e flagelos.
A instabilidade dinâmica do microtubulos é o rápido encurtamento por meio de perda
de subunidades em sua extremidade livre, pode encurtar parcialmente e de forma repentina
retomar o crescimento ou desaparecer completamente sendo substituído por um novo. Isso é
controlado pela capacidade intrínseca que as moléculas de tubulina possuem de hidrolisar
GTP.
Se uma célula em mitose é exposta ao fármaco conchicina, que se liga a tubulina livre e
evita que essa se polimerize para a formação de microtubulos, o fuso mitótico desaparece e a
célula fica bloqueada no meio da mitose, incapaz de separar seus cromossomos em dois
grupos. Já o fármaco taxol apresenta atuação oposta, ele se liga aos microtubulos e evita que
eles percam subunidades, eles podem então crescer, mas não sofrer encurtamento. Essas
drogas são efetivas contra o câncer por podem causar inativação ou destruição do fuso
mitótico matando as células em divisão.
Os microtubulos ajudam a posicionar organelas em determinadas regiões e auxiliam na
polaridade da célula quando uma extremidade é estrutural ou funcionalmente diferente da
outra. Ex: neurônio.
Se uma célula viva é observada no microscópio, seu citoplasma se apresenta em
constante movimento. Tanto microtubulos quando filamentos de actina estão envolvidos em
movimentos saltatórios, gerados por proteínas motoras, que utilizam energia derivada de
ciclos repetidos de hidrólise de ATP para viajar ao longo dos filamentos de actina e dos
microtubulos em uma única direção. Essas proteínas também se ligam a outros componentes
celulares e transportam sua carga através dos filamentos. Essas proteínas motoras podem ser:
Cinesinas e a Dineinas. As Cinesinas geralmente se movem rumo a extremidade mais de um
microtubulos e as Dineinas em direção a extremidade menos. Interagem com os microtubulos,
por exemplo, no reticulo endoplasmático as membranas são puxadas pela cinesina e dineina
em sentidos opostos criando o sucesso funcional da célula.
O movimento de um cílio ou flagelo é produzido pela flexão de sua região central
conforme os microtubulos deslizam um sobre os outros. A proteína dineina gera movimento
de flexão na região central dos microtubulos. Defeitos hereditários de dineina provocam a
síndrome de Kartagener, ou seja, homens com essa doença não são férteis em virtude da
ausência de motilidade dos espermatozoides, e também apresentam aumento de infecções
brônquicas pois os cílios do trato respiratório se encontram inativos.
Os filamentos de actina permitem que as células eucarióticas adotem uma grande
variedade de formas e desemprenhem muitas funções. Essas são: Microvilosidades; feixes
contráteis; Profusões e filópodes; anel contrátil.
Podem crescer pela adição de monômeros de actina nas extremidades. Cada
monômero libre de actina carrega um nucleotídeo trifosfato ligado e, após a incorporação o
ATP é hidrolisado em ATP. A dinâmica de polimerização é importante para, por exemplo, a
locomoção celular.
Forças geradas no córtex rico em actina impulsionam uma célula, a polimerização da
actina impulsiona a membrana plasmática para frente e forma novas regiões de córtex de
actina, novos pontos de ancoramento são formados entre os filamentos de actina e a
superfície sobre a qual a célula esta se arrastando. Uma contração na parte de posterior
impele o corpo da célula para frente, conforme a célula avança novos pontos de ancoramento
são estabelecidos na região anterior, esse ciclo é repetido para que a célula possa avançar
passo a passo.
Diversas células também desenvolvem protrusões finas e rígidas, os filopódios, que são
estruturas moveis e exploratórias que se formam e retraem com grande velocidade.
A contração muscular é o movimento de células animais. Agrupamentos de moléculas
de miosina-II (Muscular) são formados pela interação de suas caudas supertorcidas, formando
um filamento de miosina no qual as cabeças se projetam para as laterais do complexo. O
filamento de miosina possui dois conjuntos de cabeças que estão posicionadas em sentidos
opostos, a partir do centro da flecha. Um conjunto de cabeças se liga a filamentos de actina
sob uma dada orientação, movendo-os nessa direção, o outro conjunto de cabeças se liga a
outros filamentos de actina, em orientação oposta, movendo-os rumo a essa direção oposta. O
efeito resultante consiste no deslizamento dos conjuntos de filamentos de actina opostamente
orientados, um sobre o outro, sendo capaz de gerar uma força de contração.
As longas fibras do musculo esquelético é composto de miofibrilas, os elementos
contrateis da célula muscular. Uma miofibrila consiste de sarcomeros. Os filamentos de
miosina se posicionam na região central do sarcomero ao passo que os filamentos de actina,
estendem-se para o interior a partir de cada uma das extremidades. A contração de uma célula
muscular é provocada pelo encurtamento simultâneo de todos os sarcomeros, o que, por sua
vez, é causado pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os filamentos de miosina. O
movimento de deslizamento é gerado pelas cabeças da miosina que se projetam lateralmente
a partir do filamento de miosina e interagem com os filamentos adjacentes de actina.

Comunicação Celular (Sinalização Celular)


Em uma comunicação característica entre células, a célula sinalizadora produz um tipo
particular de molécula-sinal que é detectada pela célula-alvo, essas possuem proteínas
receptoras que reconhecem e respondem especificamente à molécula=sinal. A transdução de
sinal começa quando a proteína receptora na célula-alvo recebe um sinal extracelular e o
converte nos sinais intracelulares que alteram o comportamento celular.
Tipos de comunicação:
1-Sinalização Hormonal: Para sinalizar uma célula que está distante (encéfalo->ovário), a célula
produz uma molécula-sinal (hormônio) que é liberada na corrente sanguínea, até chegar no
seu destino final. Os hormônios lipofílicos (Testosterona, estradiol) são produzidos na célula e
logo saem, pois possuem facilidade de atravessar a membrana plasmática, atravessa a
membrana, reage com o núcleo não necessitando de receptor. Os hormônios proteicos,
grandes, também são produzidos na célula, mas não saem com facilidade então são
secretados. Quando chegam a outra célula pelo corrente sanguínea, não conseguem
atravessar a membrana, então ficam na parte de fora interagindo com uma substancia na
superfície da célula alvo, necessitando de um receptor na superfície da célula alvo. Tem que
haver um sistema que transduza o sinal da superfície para dentro da célula, para assim ordenar
algo no citoplasma ou no núcleo
2-Sinalização Parácrina: Em vez de entrar na corrente sanguínea, as moléculas-sinal se
difundem localmente pelo liquido extracelular, permanecendo nas vizinhanças da célula que as
secretou. Assim, elas atuam como mediadores locais sobre as células próximas. Muitas das
moléculas-sinal que regulam uma inflamação nos locais de infecção ou controlam a
proliferação celular na cicatrização funcionam desta maneira. É enviado uma mensagem para a
célula não se mover, para o sinal chegar ao receptor certo.
3-Sinalização Autócrina: A célula produz a molécula-sinal e este age na própria célula.
4- Sinalização de membrana (célula-célula): Mais intima e de curto alcance. Não requer a
liberação de uma molécula secretada, as células fazem contato direto por meio de moléculas-
sinal localizada na membrana plasmáticas das células sinalizadoras e proteínas receptoras
inseridas na membrana plasmática da célula-alvo. Os eicosanoides atuam unindo-se a
receptores de membrana regulando processos como a inflamação, agregação plaquetária, etc.
5-Sinalização Neuronal: Assim como as células endócrinas, as células nervosas podem enviar
mensagens a grandes distancias. No caso na sinalização neuronal, a mensagem não é
amplamente distribuída, mas é liberada rápida e especificamente para as células-alvo
individuais. Quando ativado por sinais proveniente do ambiente ou de outra células nervosas,
o neurônio envia impulsos elétricos que correm ao longo do seu axônio. Ao chegar no terminal
axonal, esses sinais são convertidos em uma forma química: cada impulso elétrico estimula a
liberação pelo terminal nervoso, de um impulso de uma molécula-sinal extracelular chamada
neurotransmissor.
Receptores celulares:
1-Receptores acoplados a proteína G: . A união de um hormônio ao receptor de superfície
induz uma mudança conformacional que permite a interação com uma proteína G, cuja
subunidade alfa se libera, difunde e estimula a síntese de AMPc pela Adenil ciclase.
O hormônio é o primeiro mensageiro. A união de um hormônio ao receptor de
membrana plasmática induz uma mudança conformacional que permite a interação com uma
proteína G, cuja subunidade alfa se libera, difunde e estimula a síntese de AMPc pela
adenilciclase. A subunidade alfa ativa a adenilciclase, que produz muito AMPc a partir do ATP.
O hormônio liberado passa pelo sangue se liga ao receptor com proteína G acoplada, a
subunidade alfa se libera e liga com adenilciclase que produz muito AMPc (segundo
mensageiro) e o sinal já foi transduzido para dentro da célula. O AMPc se difunde na célula e
ativa a proteína quinase A que inativa a enzima que sintetiza glicogênio e ativa a síntese de
glicogênio para produzir ATP. O AMPc e a proteína quinase pode regular a expressão genica,
portanto pode atuar no citoplasma ou no nucleo.
2-Proteinas receptoras com atividade de tirosino-quinase: São ligantes da maioria dos fatores
de crescimento de tipo polipeptídico como EGF, NGF, PDGF, Insulina. A união de um ligantes
(fator de crescimento por ex) induz a dimerização do receptor, o que resulta na auto-
fosforilação. A autofosforilação do receptor permite a união de proteínas intracelulares que
reconhecem as tirosinas fosforiladas mediante seus domínios PTB ou SH2 por ex, o que
constitui a primeira etapa na sinalização intracelular promovida por fatores de crescimento.
Vias de transdução intracelular de sinais:
1-AMPc: indução da quebra de glicogênio pelo hormônio epinefria é um exemplo. A ativação
por fosforilação da proteína quinase A promove a degradação do glicogênio e a inibição de sua
síntese.
2-A via da PI 3 Quinase/Akt: A enzima fosfotidil inositol 3-quinase produz fosfatidil inositol 3
fosfato molécula critica para a regulação do crescimento e da sobrevivência das células. A
molécula de IP3 difunde e se liga a receptores que são canais de Ca+ ativado por ligantes. Esses
canais, presentes na membrana do reticulo endoplasmático liso, armazém de Ca+ intracelular
liberam assim os ions para o citosol. O PIP3 é sitio de ligação das proteínas-quinase Akt e PDK1.
Esta ultima junto com o Tor/rictor fosforila ativando a akt que posteriormente promove vários
processos intracelulares entre eles, a transcrição genica a tradução e outros processos
metabólicos.

Controle do ciclo celular:


A célula se reproduz por meio de uma sequencia ordenada de eventos que duplicam
seus componentes e depois a dividem em duas.
Fases do ciclo celular:
-G1: crescimento e preparação para a replicação dos cromossomos.
-S: síntese de DNA (replicação)
-G2: Preparação para a divisão mitótica
-G1, S, G2 = interfase
-M: Mitose, separação das cromátides e constituição de dois núcleos idênticos (cariocinese)
-M= Prófase, Metáfase, Anáfase, Telófase
Durante a mitose a síntese de RNA é interrompida. No final da mitose, ocorre a divisão
do citoplasma (citocinese) resultando duas células idênticas a original. As exigências universais
do ciclo celular são: Replicação do DNA e Segregação dos cromossomos.
Após a mitose, Fase G1, as células filhas podem: iniciar nova fase de síntese (fase S)
após uma fase pos-mitotica de duração normal; Entrar numa fase pos mitótica prolongada
(fase G0=repouso), permanecendo num estado de quiescencia. Podem entrar mais tarde em
ciclo no fim de G1 se devidamente estimulados; Iniciar a diferenciação e maturação saindo do
ciclo de divisão.
As células possuem mecanismos para coordenar os processos de síntese no nucleo e
no citoplasma e também para marcar o inicio e a conclusão das distintas fases do ciclo celular.
Fases do controle do ciclo celular:
1-O acréscimo das ciclinas G1 origina a formação de complexos com as CdK4 e 6 preparando as
células para a replicação.
-Ativação de fatores de transcrição que promovem a transcrição de genes que codificam para
as enzimas da replicação.
-Indução da degradação dos inibidores da fase S através da sua fosforilação e ubiquitinação
2-A ativação de S-Cdk no final de G1 da apartida e inicia a replicação do DNA. A S-Cdk também
impede a formação de novos complexos pre-replicação. Por esse fato cada cromossomo só se
replica uma vez.
3-A medida que a replicação prossegue a ciclina G1 é destruída e, no final da fase S, o nível de
ciclinas mitóticas A e B começa a subir.
4-O fator promotor da mitose fosforila proteínas que promovem a degradação do involucro
nuclear, a constituição do fuso mitótico, a condensação da cromatina e formação de
cromossomos, o alinhamento dos cromossomos na placa metafasica.
5- O fator promotor da mitose ativa o complexo promotor da anafase, um complexo do tipo
ubiquitina ligase, o qual origina a separação das cromátides irmãs, a destruição das ciclinas
mitóticas no final da mitose e o decréscimo das atividades das Cdks mitóticas.
-Na ausência de fatores de crescimento, as células retiram-se do ciclo e entra em G0.

Junções Celulares
São especializações da membrana plasmática através das quais as células aderem e
interagem entre si e com a matriz extracelular. Elas NÃO são exclusivas ao epitélio.
1-Zonula de oclusão/Barreira:
-vedar o espaço intercelular apical em forma de faixa
-evitar livre difusão de lipídios e proteínas entre as células
-ocludinas + 4 proteinas associadas + claudinas
-não estão associadas ao citoesqueleto
-formam uma barreira seletiva através das camadas de células epiteliais
-une células formando uma barreira impermeável
-evita movimentações de moléculas entre diferentes domínios de membrana
2-Adesão Célula-Célula
-junções que permitem a maior resistência na coesão entre as células
-associação do citoesqueleto
-abundantes em epitélios que revestem áreas sujeiras as forças de tração mecânica
Tipos:
a)zonula de adesão: junção em forma de faixa que circunda toda a célula, possui
microfilamentos de actina + caderinas.
b)desmossomo: semelhante a um botão, filamentos intermediários +caderinas
3-Adesão Célula-Matriz
a)Hemidesmossomos: ancoram no domínio basal de uma célula epitelial a lamina basal
subjacente é composta de placa citoplasmática + filamentos intermediários + integrinas.
4-Comunicação intercelular:
a)Junções comunicantes: canais intercelulares formado por proteínas chamadas Conexinas,
passagem de ios, moléculas, nutrientes para a célula.

Mitose
Antes do inicio da fase M o DNA deve estar completamente replicado e o
centrossomos deve ser duplicado, para que possa auxiliar na formação dos dois polos do fuso
mitótico e de modo que cada célula-filha possa receber seu próprio centrossomo.
Existem três características fundamentais para a fase M: concensação da cromatina,
formação do fuso mitótico e formação do anel contrátil para separar as células. A fase M é
dividida em 6 estágios, a divisão celular depende da duplicação dos centrossomos (centro de
nucleação dos microtubulos), as organelas crescem se duplicam ou se fragmentam durante a
fase M.
Entre a prófase e a prometafase o envelope nuclear é desmontado, durante a
prometafase os cromossomos ligam-se aos microtubulos pelos cinetócoros (complexo de
proteínas ligado aos centrômeros), na prometafase os cromossomos são capturados pelos
microtubulos e arrastados ate o ponto do fuso, na metáfase os cromossomos se alinham, na
anafase as cromátides irmãs se separam repentinamente, na telófase o envelope nuclear é
remontado. E na citocinese ocorre a divisão física da célula mae gerando duas células filhas, a
actina e miosina produzem forças para a clivagem.

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