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5.

ENDOMEMBRANAS: SECREÇÃO E DIGESTÃO; RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO;


COMPLEXO DE GOLGI; LISOSSOMO; PEROXISSSOMO E GLIOXISSOMO.

O que são endomembranas?

É um grupo de membranas e organelas das células eucarióticas que


trabalham em conjunto para modificar, empacotar e transportar
lipídios e proteínas.
5.1. RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO (RE)

• É um conjunto de membranas lipoproteicas e assimétricas (30%


lipídeos e 70% proteínas) + glicolipídeos e colesterol
• organela mais extensa, versátil e adaptável;
• Enzimas encontradas: grupo das hidrolases; síntese de fosfolipídeos e
esteróis; adição de oligossacarídeos aos lipídios e proteínas;
transportadores de elétrons;
Considera-se 3 tipos de RE:
a) RE rugoso
b) RE liso
c) Membrana nuclear ou
Carioteca

Todas as membranas do RE estão interligadas;


• Funções gerais:
a) Biogênese de membranas celulares;
b) Suporte mecânico ao citosol, juntamente com os microtúbulos e microfilamentos;
c) Segregação, no interior de suas cavidades, dos produtos sintetizados em suas
membranas.

Funções RER: síntese, segregação e processamento de proteínas constituintes de


membranas e proteínas de secreção;

Funções REL: síntese de lipídeos, de processos de destoxificação, da regulação do


cálcio intracelular
Funções em células vegetais:
A) sintetizar, processar e direcionar proteínas específicas para as
membranas, vacúolo ou vias de secreção;
B) adicionar oligossacarídeos na extremidade N-terminal de muitas
proteínas;
C) sintetizar diversas tipos de moléculas de lipídeos;
D) atua como âncora para síntese dos filamentos de actina;
E) tem um papel importante no controle da concentração de cálcio no
citosol.
RE ORIGINA O SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS

• Troca constante de membranas entre as organelas:


a) Difusão lateral através de membranas contínuas;
b) Formação de vesículas: troca entre tipos de membrana
diferentes;

Principalmente: carioteca, membrana das vias


secretoras, membranas da via endocítica;
Responsável pelo transporte a longa distância,
distribuição de proteínas e lipídeos de membrana do
local de síntese para o funcional;
RE forma uma rede dinâmica, a qual muda durante o ciclo celular e o
desenvolvimento: havendo mudanças quando ocorre a diferenciação. Ex.:

Na intérfase (intervalo entre as divisões celulares): RE muito desenvolvido


funcionando como uma plataforma semimóvel para os filamentos de actina;

Mitose: rearranjo característico relacionado com a ideia de que a concentração de


cálcio no RE pode regular a atividade do fuso cromático;

Meristema radicular: resposta ao gravitropismo em função do fluxo de cálcio


presente no interior do RE.
- Uma das proteínas, denominadas prolaminas que serão estocadas nas sementes são
corpos proteicos por serem pouco solúveis em água, assim elas atravessam a membrana
do RE,

Prolaminas são um grupo de


proteínas de armazenamento
vegetais com elevada quantidade
de prolina e que se encontram nas
sementes de cereais: trigo
(gliadina), cevada (hordeína),
centeio (secalina), milho (zeína),
sorgo (kafrina) e na aveia
(avenina).
Prolamina: proteina de reserva
Corpos oleicos e algumas proteínas são
formadas por regiões (domínios) especializadas
do RE.

- Os óleos (triacilgleceróis) são sintetizados


pelas enzimas do RE para dentro da bicamada
lipídica RE e se acumulam em regiões
denominadas de oleosinas, estas formam
após o acúmulo do óleo os corpos oleicos;
Curiosidade!!!!
O que é o glúten?

O glúten é uma substância fibrosa, elástica, pegajosa, de coloração âmbar, formado pelas
proteínas quando a farinha de trigo é misturada com água e submetida a mistura mecânica.
É o responsável pela retenção dos gases da fermentação, o que promove o crescimento dos
pães. Também retém a umidade da massa e do pão depois de assado, além de promover a
elasticidades desta.
Encontrado na farinha (a de trigo é a mais rica neste composto), o glúten é composto por dois
grupos de proteínas: as gliadinas e as gluteninas. As primeiras são prolaminas responsáveis pela
extensibilidade da massa. Já as gluteninas são as responsáveis pela elasticidade da massa.
Quando a farinha é misturada com a água, sob esforço mecânico, essas duas proteínas
hidratam-se formando um complexo protéico pela sua associação através de pontes de
hidrogênio, ligações de van der Waals e ligações dissulfito, este complexo é o que chama-se
glúten.
5.2. COMPLEXO DE GOLGI OU GOLGIENSE (CG)

Descoberta em 1898 por Camilo Golgi, pelo método de coloração com prata.

Na célula situa-se entre a MP e o RE: reflexo da natureza funcional;


Vesículas se desprendem do RE percorrem o CG e são direcionadas ao seu destino funcional
É responsável pelo fluxo de moléculas de membrana e luminais (secreção);
Função do CG:
a) modificar as moléculas que o percorrem para que estas exerçam suas funções biológicas;
b) síntese de moléculas sem a interferência do RE.
O CG apresenta uma polimerização relacionada ao seu funcionamento:
É também denominado de DICTIOSSOMOS.
possuem características morfológicas constantes: podem adotar um forma curva,
porção convexa (face de entrada ou cis) para o núcleo e côncava ( face de saída ou
trans) para MP
Cada dictiossomo é composto por:
Membrana plasmática
Transporte nas redes
por continuidade

Núcleo, Retículo endoplasmático


Para as alterações que ocorrem dentro das
cisternas do complexo de Golgi existe uma
programação genética que indica qual o tipo de
alteração que as proteínas devem apresentar para
exercerem função no seu destino final.
Alguns polissacarídeos são sintetizados pelo Complexo de Golgi.
Em vegetais, após a mitose: criação da lamela média para que haja separação das duas células.
Lamela média: é criada a partir da secreção de pectina, que, junto à hemicelulose, são polissacarídeos
sintetizados pelo Golgi. Esses polissacarídeos também participam da formação da parede celular dos
vegetais.
HEMICELULOSES: referem-se a uma mistura de
PECTINA: Homopolissacarídio coloidal e polímeros de hexoses, pentoses e ácidos urônicos,
hidrossolúvel presente nas paredes celulares do que podem ser lineares ou ramificados, são amorfo
tecido vegetal, com função aglutinante, abundante e possuem peso molecular relativamente baixo.
nas paredes primárias e nos frutos, especialmente
em frutas cítricas, empregado no preparo de
geleias e alimentos similares.
5.3 LISOSSOMO lysis: dissolução; sôma: corpo

São responsáveis pela digestão na célula: o pH é mais baixo + enzimas hidrolíticas (ativas em pH
5)
Membrana interna do lisossomo protegida por grande quantidade de glicoproteínas;
O lisossomo digere biomoléculas maiores(proteínas e carboidratos) liberando seus monômeros
que serão aproveitados pela célula;
As enzimas lisossômicas também serão degradadas quando velhas, no citosol pelos proteossomas.

Degradação proteica na célula: pelos lisossomos e pelos proteossomas


Em geral, células vegetais NÃO possuem lisossomos, apenas alguns raros casos e
também nas sementes.
O papel dos lisossomos (digestão intracelular) em plantas e leveduras é desempenhado
pelo vacúolo (tonoplasto).
5.4 Peroxissomo

• ocorrem em todas as células;


• Forma ovóide;
• Limitados por um única membrana;
• Nomenclatura deriva do fato delas formarem e decomporem o peróxido de H (H2O2);
• Contêm enzimas oxidativas, que diferem entre os peroxissomos de cada tipo de
célula;
• existem em torno de 40 enzimas nos peroxissomos;
• Principais enzimas: catalase, alfa D amino oxidase, urato oxidase e as enzimas
responsáveis pela Beta-oxidação dos ácidos graxos
Em células vegetais o peroxissoma
participa de um processo chamado
Parede
fotorrespiração (ocorre quando a celular

RuBisCO age como oxigenasse).

2 glicolatos + O2 Glioxilato + H2O2


Catalase

Glicina H2O + O2

RUBISCO: Ribulose 1,5 bisfosfato


carboxilase/oxigenase
5.5 Glioxissomo

São peroxissomos especializados, nos quais ocorre a degradação de ácidos graxos


durante o processo de germinação de sementes oleaginosas.
Não são encontrados em animais;

Germinação de sementes de tomate

Corpo oleico
Corpos oleicos
Em sementes oleaginosas
EM GERMINAÇÃO:

Ácidos graxos
Beta-oxidação
Acetil CoA
Ciclo do Glioxilato
succinato
Ciclo de Krebs
malato

Gliconeogênese sacarose

embrião
Gliconeogênese
Resumindo: Os glioxissomos existem em sementes oleaginosas e
participam da degradação dos lipídios para que estes na rota da
glioneogênese possam ser convertidos em sacarose para daí serem
transportados para o embrião em desenvolvimento após o início da
germinação.
Participam desta conversão reações que ocorrem no glioxissomo, no
citosol e na mitocôndria das células de reserva das sementes
5.6 Vacúolo
✓ É um compartimento fluídico revestido por uma membrana
denominada tonoplasto;
✓ Em células jovens existem inúmeros pequenos (ocupam 30 %)
que coalescem e formam um único em células maduras(ocupa
em torno de 90%);
✓ São organelas de estocagem: íons orgânicos, carboidratos,
enzimas, proteínas de estocagem e muitos metabólitos
secundários;
✓ Participa do controle osmótico da célula;
✓ Responsável pela pressão de turgor, a qual permite o
crescimento da célula em volume;
✓ Responsável pela digestão celular, pois apresenta inúmeras
enzimas encontradas em lisossomos.
Papel do vacúolo no controle do tamanho das células vegetais. Uma
célula vegetal pode alcançar um grande aumento do volume celular
sem aumentar o volume do citosol. Enfraquecimentos localizados na
parede celular orientam o alargamento celular dirigido pela
turgescência que acompanha a captação de água para dentro do
vacúolo em expansão. O citosol acaba sendo confinado a uma camada
fina periférica, que é conectada à região nuclear por faixas de citosol
estabilizadas por feixes de filamentos de actina (não mostrados)

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