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Glicocálice
Constituído por glicoproteínas (moléculas de glicídios
associados a um revestimento externo intimamente
associado à membrana plasmática, a proteínas) e por
glicolipídios (moléculas de glicídios associados a
lipídios. As glicoproteínas e os glicolipídios associados
se entrelaçam, formando uma espécie de malha
protetora externa à membrana , chamada glicocálix.
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Funções do Glicocálice
(1) Proteção da superfície da célula de agressões mecânicas e químicas.
O glicocálice das células situadas na superfície da mucosa intestinal, por exemplo, protege
essas células do contato com os alimentos e dos efeitos destrutivos das enzimas digestivas
(2) Por causa dos ácidos siálicos existentes em muitos dos oligossacarídios do
glicocálice, a carga elétrica em sua superfície é negativa.
Isso atrai os cátions do meio extracelular, que são retidos na superfície externa da célula. Essa
condição é importante, sobretudo, nas células nervosas e nas células musculares que
precisam incorporar muito Na+ durante a despolarização de suas membranas
(3) Alguns oligossacarídios do glicocálice são essenciais para os processos de
reconhecimento e de adesão celular
(4) A membrana plasmática que envolve várias vezes o axônio de alguns neurônios
para formar a bainha de mielina é rica em glicolipídios.
Esses glicolipídios contribuem para o isolamento elétrico do axônio
Funções do Glicocálice
(5) A especificidade do sistema ABO de grupos sanguíneos é determinada por certos
oligossacarídios de cadeia muita curta e parecidos entre si, que são encontrados na
membrana plasmática dos eritrócitos.
Os oligossacarídeos (união de dois a dez monossacarídeos) presentes no glicocálix das hemáceas
determinam os grupos sanguíneos do sistema ABO.
(6) Nas células tumorais malignas, foram observadas trocas em alguns oligossacarídios da
membrana e isso levou à especulação de que influem na conduta anômala dessas células.
Acredita-se que haja alteração da recepção dos sinais que controlam as divisões celulares
Funções do Glicocálice 23
Modelo estrutural da membrana plasmática considerando sua fluidez proposto por Singer e
Nicolson, em 1972.
Foi resultado de anos de pesquisas e experimentos considerando estudos físicos, químicos e
biológicos.
MICROVILOSIDADES:
Projeções citoplasmáticas delgadas, imóveis,
localizadas na região apical da célula,
Aumentam a superfície de contato e de troca da
célula com o meio, permitindo que haja maior
eficiência na absorção;
Estão presentes nas faces que não encostam em
outras células vizinhas.
Podem ser encontradas nas células absortivas do
epitélio intestinal e nos túbulos proximais dos
rins.
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Especialização da Membrana Plasmática 34
CÍLIOS:
Numerosas projeções cilíndricas curtas com
movimentos rítmicos,
Deslocam muco e outras substâncias na
superfície do epitélio, como os cílios
encontrados no epitélio das tubas uterinas.
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Especialização da Membrana Plasmática
FLAGELOS:
Projeções cilíndricas longas, móveis,
que dão movimento à célula
Encontramos nos espermatozoides.
As células geralmente possuem um ou
pouquíssimos flagelos.
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Especialização da Membrana Plasmática
INTERDIGITAÇÕES:
Saliências e reentrâncias da membrana celular
que estabelecem a união e a comunicação com
as células vizinhas
Aumentam a extensão da superfície celular,
facilitando as trocas entre as células.
São encontradas em células epiteliais.
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Especialização da Membrana Plasmática 41
DESMOSSOMOS:
São especializações em forma de placa arredondada
que aumentam a adesão entre células vizinhas,
Constituindo-se pelas membranas de duas células
vizinhas.
São locais onde o citoesqueleto se prende à
membrana celular e, ao mesmo tempo, as células
aderem umas às outras, como ancoradas.
Esse tipo de adesão é dependente de íons de cálcio.
A face das duas células epiteliais em contato com a
lâmina basal apresenta estruturas parecidas com os
desmossomos, chamados hemidesmossomos, por
não possuírem a metade correspondente à outra
célula epitelial.
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Especialização da Membrana Plasmática
ZONAS DE ADESÃO:
Também chamadas de junções aderentes,
São responsáveis pela adesão entre as
células.
Estruturas semelhantes às estruturas dos
desmossomos, que formam um cinto
contínuo em volta da célula.
Formadas por filamentos de actina e
miosina e encontradas em células
epiteliais.
Especialização da Membrana Plasmática
ZONAS OCLUSIVAS:
Também denominadas junções de oclusão,
São responsáveis pela vedação entre as células.
Formam um cinturão ao redor das células
epiteliais por meio da união entre as células
vizinhas, de forma a impedir a passagem e o
armazenamento de substâncias nos espaços
intercelulares, vedando a comunicação entre os
meios.
Especialização da Membrana Plasmática
JUNÇÕES COMUNICANTES:
Função: sinalização celular por meio de íons e moléculas que
atravessam do citoplasma de uma célula diretamente para o
citoplasma da célula seguinte.
A passagem do sinalizador se dá pelo interior de um poro
formado pelas extremidades de duas proteínas, cada uma
proveniente de uma célula em junção.
A mais rápida e eficiente forma de comunicação entre células
animais.
O tamanho e a forma da junção comunicante são variáveis e
mudam de acordo com o momento funcional da célula.
É o tipo de junção mais frequente entre as células e é
encontrado em praticamente todas as células dos
vertebrados, exceto em células sanguíneas, espermatozoides e
músculo esquelético.
Membrana Plasmática:
TRANSPORTE E SINALIZAÇÃO
Profª Flávia Ennes Dourado Ferro
Transporte através da membrana
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Transporte através da membrana plasmática
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• Além disso, o fluxo de substâncias ocorre de acordo com as características do meio
intra e extracelular:
• Isotônico :
Quando sua concentração de soluto é fisiológico, isto é, proporcional às condições
celulares.
• Hipertônico
Quando a concentração de soluto é superior ao ideal, em relação ao solvente. O meio
está mais concentrado.
• Hipotônico
Quando a concentração de soluto é menor do que a ideal, em relação ao solvente. O
meio está menos concentrado.
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Hipotônico / Hipertônico
Isotônico
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Transporte ativo e passivo
A passagem de solutos através das membranas celulares pode
ser do tipo passiva ou ativa.
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No passivo, as substâncias passam
através da membrana de onde tem
mais para onde tem menos, como
indica a seta. No transporte ativo
ocorre o contrário, de onde tem
menos para onde tem mais e, por
isso, existe a necessidade de uma
estrutura na membrana,
frequentemente chamada de bomba,
que consome energia (ATP) da
célula.
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Vídeo
Transporte passivo e permeabilidade seletiva | Membranas e transporte
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Transportes passivos
• Disfusão simples
• Osmose
• Difusão facilitada
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• Na difusão simples, o soluto penetra na célula passando
DIFUSÃO SIMPLES
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• Na osmose ocorre a passagem de solvente (água) de um meio hipotônico (em que tem muita água)
para o hipertônico (onde tem pouca água), com o intuito de estabelecer a isotonia entre os meios.
• Em nosso dia a dia, podemos encontrar situações em que ocorre osmose.
Osmose
• Ex: que o consumo de muito sal nos alimentos aumenta a pressão arterial. Isso ocorre porque vai
haver um aumento da concentração de sal no sangue, ficando o sangue mais hipertônico em relação
ao líquido intersticial (que existe entre as células dos nossos tecidos). Isso faz com que a água passe
para dentro dos vasos sanguíneos, aumentado o volume de sangue nos vasos e aumentando a pressão.
• A ocorrência de osmose pode promover intensas mudanças na fisiologia celular de acordo com o
meio onde a célula se encontra.
• O comportamento celular diante do processo de osmose também varia se a célula
é animal ou vegetal.
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• A difusão facilitada ocorre
quando a passagem de íons e
Difusão Facilitada
macromoléculas se dá através
de proteínas carreadoras,
chamadas de permeases ou
canais iônicos.
Ex:. Através de canais iônicos, que podem estar abertos em um momento e fechado em outro, ocorre a passagem de íons, e,
através de proteínas permeases, ocorre a passagem de moléculas maiores. A proteína muda a sua conformação de forma
que em um momento se encontra aberta para fora (quando a molécula entra nela) e em outro momento se encontra aberta
para dentro da célula (quando a molécula sai dela).
Transporte de glicose para dentro das células é um exemplo de difusão facilitada. É feito por permeases que formam uma
família de transportadores chamada de GLUT, que podem ou não depender do hormônio insulina para funcionar.
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DIFUSÃO FACILITADA
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Difusão facilitada | Membranas e transporte
• Exemplo clássico: bomba de sódio e
potássio. Feito por uma proteína que,
gastando energia, consegue transportar
esses dois íons ao mesmo tempo.
Transporte ativo
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FAGOCITOSE
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Exocitose
Mecanismo por meio do qual são transportadas grandes quantidades de
material do meio intracelular para o extracelular. Ele permite que a
célula excrete produtos do seu metabolismo, como da digestão
intracelular. Nesse caso, chamamos de clasmocitose.
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• A transcitose envolve
mecanismos de transporte
de substâncias de um polo
ao outro da célula.
Substâncias são englobadas
na superfície da célula e a
vesícula formada transita
até o outro polo da célula,
liberando seu conteúdo para
o meio extracelular.
Na ilustração, vemos uma célula epitelial realizando transcitose. Anticorpos são englobados em um polo da
célula e através de vesículas são transportados até o polo oposto.
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Vídeo
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Sinalização celular
Essas moléculas sinalizadoras, ao chegarem as suas células-alvo, precisarão se ligar aos receptores que estas
células possuem. É aí que os seus mecanismos de ação vão se diferenciar, uma vez que esses receptores podem
estar na membrana da célula ou no seu interior. 79
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As moléculas sinalizadoras hidrossolúveis se ligam nos receptores de membrana.
Essas moléculas não conseguem atravessar a membrana e, por isso, seus receptores
precisam estar localizados nela.
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As moléculas sinalizadoras lipossolúveis conseguem atravessar a membrana e
se ligam aos receptores que estão no seu interior, no citoplasma ou dentro do
núcleo. Ao se ligar ao receptor, ocorre uma mudança metabólica na célula por
meio da alteração da expressão dos seus genes.
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Nem toda sinalização celular depende da liberação de substâncias sinalizadoras.
Também não existe substância sinalizadora na sinalização por Gap Junctions. Nesse
caso, os sinais são elétricos e são transmitidos para células imediatamente ao lado
através de componentes das membranas que permitem a comunicação entre as duas
células.
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