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Organização Estrutural e Funcional das células e

Sistemas de Membranas
Criado por Edu Matos

Hora da criação @20 de julho de 2023 16:34

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CÉLULA
Célula: Unidade fundamental da vida. Unidade delimitada por membrana,
preenchida por uma solução aquosa concentrada de compostos e dotadas pela
capacidade de crescimento e divisão.

( podem aparecer de forma isolada - unicelulares - ou em arranjos -


pluricelulares). Possui diversidade em tamanho, forma e necessidades devido
as diferenças na função que desempenha.

Célula Procariótica
Os procariotos têm a estrutura celular mais simples, não possuindo organelas e não possuindo um núcleo para delimitar seu material genético
(estando esse disposto de forma livre no sue citoplasma). Normalmente são pequenos, apenas alguns micrômetros mas podem chegar a 100x.
Constituídos de Membrana plasmática, parede celular, citoplasma e DNA.

Podem viver como organismos unicelulares ou em estruturas multicelulares organizadas, sendo a classe mais diversa e criativa das células.
Alguns são aeróbios, outros estritamente anaeróbios.

Organotróficas: se alimentando de qualquer tipo de molécula


orgânica;

Fototrófias: captam energia luminosa de diferentes maneiras;

Litotróficas: dieta simples de nutrientes inorgânicos.

A classe dos procariotos é dividida em dois domínios: Bactérias e


Archaeas. Sendo o primeiro a maioria dos procariotos do dia a dia, e
o segundo não apenas nos ambientes comuns, mas também em
cenários hostis (alta salinidade, altas temperaturas, ambientes ácidos,
etc).

Céls. Procariontes Incompletas: as bactérias dos grupos das riquétsias e das clamídias. Devido a incapacidade
de autoduplicação independente da colaboração de outras células, contudo não podem ser considerados vírus
pelo faro de além de carregarem seu material genético, carregam parte da máquina de síntese para reprodução e
possuem membrana semipermeável (características essas não presentes em vírus.

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VÍRUS
São parasitas intracelulares obrigatórios, formados por uma porção
central (genoma) e uma porção periférica proteica (identificação
celular do hospedeiro e facilitação da penetração).

Célula Eucariótica
São células maiores e mais complexas; podendo ter independência
(unicelulares), ou em agrupamentos constituindo obrigatoriamente
organismos multicelulares complexos (plantas, animais e fungos). por
definição, são células que possuem uma compartimentalização do seu
material genético (NÚCLEO), o qual acarreta a posse de outras
organelas delimitadas por membrana e comum a todas as células.

C. E. Animal: quase todos os mesmos componentes são


encontrados em eucariotos unicelulares.

C. E. Vegetal: contém cloroplastos e sua membrana plasmática é


circundada por uma parede rígida composta por celulose.

Provavelmente sua ancestralidade resguarda uma origem do


predatismo, sealimentando pela captura de outras células, justificando
seu tamanho, flexibilidade e citoesqueleto, além da
compartimentalização do material genético a parte desse processo

BIOMEMBRANAS
A membrana plasmática é o envoltório celular, constituído por uma dupla camada lipídica, com proteínas associadas e presença de
carboidratos ligados a proteínas ou lipídeos.

Lipídeos
Funções:

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Formam bicamada que estrutura e dá força às membranas;

Permitem o transporte pela membrana de moléculas apolares pequenas (como o oxigênio, gás carbônico, nitrogênio);

Permite o transporte de moléculas apolares e lipossolúveis;

Permite o transporte pela membrana de moléculas polares pequenas, como a água, o glicerol e o etanol;

Impede o transporte de mol. polares grandes e sem carga elétrica;

Impede o transporte de mol. grandes (de alto peso mol.) e/ou carregadas eletricamente, mesmo pequenos íons;

Participam do transporte e/ou armazenamento de subs. por meio da formação de vesículas membranosas.

Alguns tipos especializados de membranas geram gradientes iônicos (sintetizar ATP ou transmitir sinais elétricos)

Na superfície externa das células estão localizados sítios receptores ou de reconhecimento que podem interagir com outras mols. ou
céls.

Fosfolipídeos
Constituintes das membranas celulares que combinam duas
características: cabeça hidrofílica (polar - formado por glicero,
fosfato e radical [etanoamina, colina e serina]) e caudas anfipáticas
(apolar - formado por cadeias de ácido graxo); denominando
moléculas anfipáticas. Tendo um papel crucial em arranjos de
bicamas em ambientes aquosos. Assim, em bicamadas, as cabeças
ficam expostas para à água, e suas caudas ficam protegidas e
justapostas. Também confere a propriedade de autosselamento das
bicamadas.

Em membrana celular possuem fluidez - se movem no plano da


bicamada - sendo regulado pelo grau de empacotamento da
bicamada; ou seja, pelo seu comprimento, já que cadeias mais curtas
reduzem a formação de interações entre as caudas hidrocarbonadas,
aumentando sua fluidez e alterando sua espessura; e pelo número de
ligações duplas que apresentam, peno nível de insaturação (devido a
redução da quantidade de hidrogênios na cauda), ocasionando dobras
que dificultam o empacotamento e por sua vez, aumentam a fluidez
da membrana, além de aumentar a sua permeabilidade, fato
originado pelos espaços presentes.

Esfingolipídios
Constituído por uma cabeça polar (esfigosina e por um álcool
aminado) e duas caudas apolares (ác. graxo e pela porção hidrofóbica
da esfingosina). Se diferenciam dos fosfolipídios pela ausência de
glicerol, as esfingomielinas, os cerebrosídios e os gangliosidios. A
esfingomielina forma a bainha de mielina das células nervosas

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Colesterol
Esteroide composto por 4 anéis fundidos derivado do ciclo pentanoperidrofenantreno. Consegue
modular a fluidez da membrana, pelo fato de serem pequenas moléculas rígidas que se inserem
nos espaços vazios originados das insaturações de fosfo e esfigolipideos. Portanto, ele tende a
tornar a bicamada mais rígida, menos flexível e menos permeável.

Proteínas
Apesar da membrana plasmática ser composta em sua maioria por estruturas lipídicas, a maior parte das funções dela são desempenhadas pelas
proteínas de membrana, dentre elas:

Transporte de mols. polares grandes e/ou com cargas elétricas;

Promover o transporte de metabólitos

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Transporte de substâncias com gradiente de concentração, mediante o gasto energético;

Promover o transporte de elétrons que pode ser utilizado na produção de energia (mitocôndrias e cloroplastos);

Ancorar a membrana a macromoléculas, tanto na face citoplasmática (ex.: córtex celular), como na não citoplasmática (matriz extracelular);

Reconhecimento celular e molecular por meio de receptores inseridos na bicamada;

Atuar como enzimas, participando de reações específicas, muitas delas envolvidas na transdução de sinais.

A razão entre proteínas e lipídios nas biomembranas varia de acordo com sua funcionalidade: na bainha de mielina, as proteínas representam
25% do peso total, nas mitocôndrias e cloroplastos, corresponde a 75%, e na membrana em torno de 50%.
Em relação a sua localização na membrana, elas podem ser de 3 tipos:

Integrais: ou Transmembrânicas; se estendendo por toda bicamada, tendo característica anfipática;

Periféricas: podem ser removidas sem romper a integridade da membrana;

Ancoradas a lipídeos: externas a bicamada, de um lado ou de outro, conectados à membrana por um ou mais grupos lipídicos covalentes
ligados

As proteínas que estão ligadas à bicamada lipídica (transmembrânica,


associadas à monocamada lipídica ou ligadas a um lipídeo) podem ser
removidas apenas pela ruptura da bicamada com detergente.
Por ser delgada e majoritariamente lipídica, o que a torna fina e frágil,
a membrana celular é reforçada e sustentadas por um arcabouço de
proteínas ligadas à membrana por meio das proteínas
transmembrânicas e, ao mesmo tempo, ao citoesqueleto. Em plantas,
leveduras e bactérias, o formato e propriedades mecânicas da célula
são garantidas pela parede celular rígida

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(pro+açúcares+macromoléculas). Já em animais, as células são
estabilizadas por uma rede de proteínas fibrosas chamada córtex
celular. Seu principal constituinte é a espectrina, que se liga a
membrana pela proteína anquirina, formando uma malha que
sustenta mecanicamente a célula e mantém sua forma.
Nessa região, que agrega outras proteínas do citoesqueleto, como a
actina, tropomiosina e aducina, forma-se o que alguns autores
chamam de COMPLEXO JUNCIONAL.

Carboidratos
Correspondem às porções glicídicas de glicoproteínas e/ou glicolipídios. São
encontrados nas biomembranas: glicose, galactose, manose, fucose,
N0acetilgalactosamina e ácido I-acetilneuramínico (ác. siálico). Na membrana
plasmática estão voltados para o meio extracelular, enquanto nas membranas de
organelas estão voltados para o interior (lúmen).
A porção glicídica nas membranas formam um revestimento celular extenso, também
chamado de glicocálice. Esse possui um padrão de carboidratos variável, agindo como
uma assinatura molecular, permitindo o reconhecimento celular; além disso,
proporciona a aderência intercelular e proteção da digestão por enzimas.
Dentre suas funções, destaca-se:

Confere um ambiente negativo à superfície da célula, por possuir carga elétrica


negativa;

Forma um Microambiente hidratado na face de membrana na qual está presente,


por atrair água;

Pode impedir o contato de enzimas com a membrana, protegendo-a, por se projetar


além da bicamada;

Impede ou favorece a adesão celular, a partir da predominância de determinados carboidratos;

Fornece um ambiente molecular característico, em função da grande variedade de informações fornecidas pelas cadeias oligossacarídicas,
que podem ser reconhecidas e identificadas por receptores proteicos. Confere às células uma característica molecular própria.

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ORGANELAS E MEMBRANAS
Membrana plasmática
Constituída por uma Bicamada fosfolipídica (+esfingolipídios e colesterol), com presença de proteínas e açúcares (glicídios e o glicocálix). Suas
propriedades dependem da composição e das propriedades físico-químicas dos componentes

Fluidez e Flexibilidade
A flexibilidade da membrana é devido a sua fluidez (movimentos dos
lipídeos entre as monocamadas). É influenciado por:

Empacotamento das caudas: quanto mais próximas e regulares


elas forem, menor a fluidez;

Cadeia de hidrocarbonetos: quanto mais curta, maior a fluidez;

Saturação das caudas: insaturação leva a flexura e a maior


fluidez.

É importante para manutenção de uma estrutura ordenada; em


interações no interior da membrana (Domínios de membrana);
movimento, crescimento e divisão celular; formação de junções
intercelulares e na Endocitose.

Permeabilidade seletiva
Pela sua composição variada, a membrana plasmática permite que algumas substâncias atravessem mais
facilmente que outras. As características de permeabilidade da membrana se devem ao fato da porção
interna ser hidrofóbica apolar, sendo sua permeabilidade diretamente proporcional a sua hidrofobia.
Sua permeabilidade à água e à ureia é uma propriedade inesperada, devido a polaridade das moléculas.
Acredita-se, portanto, que breves lacunas aparecem na movimentação aleatória das caudas de ác. graxos
dos fosfo e glicolipideos.
Além disso, as proteínas transmembranas, que agem como canais e carreadores, aumentam a sua
permeabilidade.

1. Móls. apolares pequenas: dissolvem e difundem-se (respiração celular)

2. Móls. polares não carregadas: difusão (sua velocidade é interferida pelo tamanho da mol.)

3. Íons e móls. carregadas: impermeáveis.

Portanto, as propriedades relacionadas à membrana são:

Elástica;

Regenerável;

Porosa;

Semipermeável;

Seletiva (capaz de reconhecer subs.) : depende


também da ação do glicocálice (glicoproteínas +
glicolipídios)

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Propriedades de membrana: Domínios de Membrana
As junções celulares são pontos de contato entre membranas
plasmáticas das células que as mantem unidas. São elas:

Junção de oclusão: filamentos reticulados de proteínas


transmembrana que unem as superfícies externas das membranas
plasmáticas adjacentes, vedando a passagem entre células
adjacentes (tec. epitelial que reveste estômago, intestino e a
bexiga);

Junção Aderente: contém uma placa, uma camada densa de


proteínas na face interna da membrada que se liga a proteínas de
membrana e aos microfilamentos (actina)do citoesqueleto. A
Caderina (glicoproteína transmembrana) se insere na placa,
atravessam parcialmente o espaço intercelular e se conecta às
caderinas de uma célula adjacente. As zônulas de adesão ajudam
as superfícies epiteliais a resistirem à separação durante várias
atividades contráteis, como quando os alimentos se movem
através dos intestinos;

Desmossomos: também possui plana e caderinas atravessando o


espaço intercelular e se ligando à outra célula, contudo a placa
dos desmossomos não se liga aos microfilamentos, e sim aos
filamentos intermediários do citoesqueleto, que atravessam o
citosol até aos desmossomos do lado oposto. Os desmossomos
evitam que as células epidérmicas se separem sob tensão e
também que as células musculares cardíacas se separem durante
a contração;

Hemidesmossomos: estruturalmente como um desmossomo, mas não se conecta à célula adjacente. A integrina (glicoproteína
transmembrana) se liga a filamento intermediário (queratina), e, externamente à membrana, se ligam à proteína lamina da membrana basal;

Junções comunicantes: conexinas (proteínas de membrana) formam pequenos tubos preenchidos por líquidos chamados de conexons que
conectam as células vizinhas. Elas possuem um espaço intercelular, e graças aos conexos, íons e móls. pequenas podem se difundir pelo

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citosol que uma célula para outra. Elas permitem a comunicação intercelular em um tecido, e que impulsos nervosos ou celulares se
espalhem rapidamente rapidamente pelas células.

Citoplasma
Compartimento delimitado pela membrana plasmática e subdividido em Citosol, Sistema de endomembranas, Organelas
citoplasmáticas e Citoesqueleto.

Citosol
Líquido intracelular que cerca as organelas e representa cerca de 55% do volume total da célula. Constituído por água, íons, mols. orgânicas
(glicose, aminoácidos, proteínas e polissacarídeos), ribossomos, RNAm e t, complexos enzimáticos, mols. que conduzem sinais e inclusões.
É o local de armazenamento de substâncias e de reações químicas. Interfere na elasticidade, contratibilidade, coesão, rigidez e mobilidade
interna.
Inclusões citoplasmáticas:
Substâncias intracelulares acumuladas no citoplasma que não realizam nenhuma atividade metabólica

Grânulos de glicogênio: acontecem quando há glicose em excesso (acúmulo no citoplasma) e tumefação celular, e pela ação do glicogênio
sintetase citosólica, formam-se polímeros ramificados de glicogênio que possuem efeito osmótico desprezível

Gotículas de lipídio: acúmulo de triglicerídeo ou triacilglicerol, sendo visualizado como um espaço translúcido no citoplasma. Ocorrem em
adipócitos, hepatócitos, células musculares e glândulas sebáceas.

Pigmentos: como lipofuscina ou lipocromo. Pela idade, como os pigmentos pela idade. Presente em neurônios, céls. cardíacas. Melanina.

Citoesqueleto
É uma rede de filamentos proteicos que se estende por todo cisosol.
Existem 3 tipos de filamento que contribuem tanto para a estrutura do
citoesqueleto, quanto na estrutura de outras organelas. Podem ser
microfilamentos, filamentos intermediários e os microtúbulos.
Assim servem como arcabouço que ajuda a dar forma a célula e a
organizar os conteúdos celulares, como auxilia o movimento das
organelas dentro da célula, dos cromossomos durante a divisão
celular e das células totais (ex.: fagócitos).

Microfilamentos: Filamentos de menor diâmetro, compostos por actina (globular e


filamentosa). Eles ajudam a gerar movimento (contração muscular, divisão e locomoção
celular) e fornecer sustentação mecânica (responsável pela força e formato básico das
células). Ancoram o citoesqueleto a proteínas integrais na membrana e fornecem

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sustentação mecânica para extensões celulares como as microvilosidades. Localizados
na região periférica da célula (córtex celular).
Filamentos intermediários: várias proteínas diferentes podem compor estes que são
excepcionalmente fortes. Encontrados em partes da célula sujeitas a estresse mecânico.
Ajudam a estabilizar o posicionamento de organelas (envelope nuclear e outros
compartimentos) e ajuda nas ligações intercelulares.

Microtúbulos: componentes maiores, sendo tubos longos, ocos e não ramificados constituídos principalmente de tubulina.

Centrossomo: próximo ao núcleo, composto por um par de


centríolos (estrutura cilíndrica composta por nove conjuntos de 3
microtúbulos “triplete” em padrão circular) e material
pericentiolar ( ao redor dos centríolos, que contém centenas de
complexos em formato de anel composto pela proteína tubulina).
Os microtúbulos crescem para fora do centrossomo, em direção a
periferia da célula, ajudando a determinar a forma das células,
atuam no movimento de organelas (vesículas secretoras), no
movimento dos cromossomos durante a divisão celular e
participam no movimento de projeções celulares especializadas
como os cílios e os flagelos (agrupamento de centríolos). Sua
distribuição na célula é variável, em função da situação
fisiológica, mas geralmente irradiam de um dos centros de
organização dos microtúbulos, como o centrossomo.

Cílios e Flagelo: são projeções móveis da superfície celular


compostos por microtúbulos. Os cílios são curtos e numerosos,
estruturado por um par de microtúbulo no centro, cercado por
nove pares fundidos, entrelaçados por dieínas (formando o
axonema), cujo o movimen provoca a flexão do corpo. Cada cílio
é ancorado a um corpo basal logo abaixo da superfície de
membrana, estrutura semelhante a um centríolo e importante para
a formação destes. sua movimentação causa a movimentação dos
líquidos ao longo da célula. Presentes no trato respiratório, tuba
uterina. Já o flagelo possui estrutura semelhante, mas
normalmente são mais longos e movem uma célula inteira. Única
célula humana flagelada é o espermatozóide.

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Organelas
Ribossomos: são o local de síntese proteica a partir da transcrição e
tradução do material genético. Estruturalmente, consiste em duas
subunidades, que são formadas separadamente no nucléolo, saem do
núcleo e são unidas no citoplasma. Alguns ribossomos são ligados a
superfície do retículo endoplasmático, sintetizam proteínas destinadas
a organelas específicas, para a inserção da membrana ou para serem
exportadas a outras células. As livres sintetizam proteínas utilizadas
no citosol. Estão localizados na mitocôndria, produzindo proteínas
específicas.

Sistemas de Endomembranas: conjunto de organelas membranosas funcionalmente interconectadas (R.E, C. de golgi, lisossomos, envoltório
nuclear)

Retículo endoplasmático: é uma rede de membranas na forma de sacos ou túbulos


achatados. Se estende da membrana nuclear e se projeta através do citoplasma,
constituindo mais de metade das superfícies membranosas. Possuem dois tipos:

R.E. rugoso: contíguo ao núcleo e, em geral se dobra em uma série de sacos


achatados. Conectados à sua superfície, encontram-se ribossomos (locais de síntese
proteica), cujos produtos adentram o retículo para serem processadas e escolhidas.
Assim, sintetizam glicoproteínas e fosfolipídios que serão transferidos para
organelas celulares, inseridos na membrana ou secretados.

R.E liso: se estende a partir do rugoso formando uma rede de túbulos de


membranas. Contém enzimas únicas, sintetizam ác. graxos e esteroides (estrógenos
e testosterona). Nas cels. hepáticas, ajuda a liberar glicose no sangue e
inativam/destoxificam fármacos lipossolúveis e outras subs. (álcool, pesticida e
carcinogênico). Remove o grupo fosfato da glicose-6-fosfato. E armazena e libera
íons cálcio que provocam a contração das células musculares.

Correlação clínica: R.E. liso e tolerância a

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medicamentos. Indivíduos que ingerem substâncias
ativas repetidamente (como o sedativo fenobarbital)
tendem a desenvolver alterações em cels. hepática,
que aumentam a quantidade de R.E lisos e suas
enzimas para protegê-las da toxicidade, fazendo com
que sejam necessárias dosagens cada vez mais
elevadas para o mesmo efeito do fármaco.

Complexo de Golgi: Composto por cisternas (cavidades) e sacos membranosos


pequenos e achatados, com extremidades bulbosas (dictiossomos). Possui
diferenciação/polarização entre cisternas opostas, sendo uma CIS que é a de
entrada, e outra TRANS que é a de saída e próxima à membrana, e entre elas as
cisternas médias. Enzimas diferentes ao longo das cisternas permitem que cada
uma dessas áreas modifique, selecione e empacote proteínas em vesículas para
serem transportadas.
Dentre suas funções estão:

Processamento de proteínas e lipídios: glicosilação, sulfatação, forforilação;

Síntese de polissacarídeos (componentes de membrana, parede celular , da


MEC);

Transporte e endereçamento de substâncias;

Formação do acrossomo;

Formação das membranas celulares.

Lisossomos: vesículas recobertas por membrana, originada em golgi. Estruturas polimorfas com enzimas hidrolíticas para a digestão celular,
sendo seu interior um ambiente ácido (ph 5) proporcionado por bombas de transporte ativo de íons de hidrogênio, além de transportadores na
membrana de produtos finais da digestão, como a glicose, ác. graxos e aminoácidos, para o citosol.
São classificados em Primários, sendo vesículas inativas britadas do complexo de golgi, e Secundários, a partir da união dos lisossomos
primários e vacúolos digestivos.

Funções:

Digerem as substâncias que entram na célula via endocitose e transportam produtos finais da digestão para o citosol;

Realizam a autofagia: digestão de organelas desgastadas;

Realizam a autólise e a digestão de toda a célula;

Executam a digestão extracelular.

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Correlação Clínica - Doença de Tay-Sachs: condição hereditária, frequente em crianças de descendência
específica, que é caracterizada pela ausência de uma enzima lizossômica: Hex A. Esta é responsável pela
decomposição do glicolipídio de membrana gangliosídieo GM2f, especialmente prevalente em células nervosas.
Seu acúmulo gera menor eficiência das células, acarretando um quadro clínico caracterizado por convulsões,
rigidez muscular, e que pode evoluir para cegueira, demência e falta de coordenação, podendo levar ao óbito,
antes dos 5 anos.

Endossomos: formam compartimentos que recebem as moléculas introduzidas nas células pelas vesículas de pinocitose que se originam na MP.
Localizadas entre o Cpx. de golgi e a MP. São vesículas e túbulos com ph ácido, tendo a função de separação e endereçamento do material das
vesículas de pinocitose, podendo ser encaminhado para: lisossomos, citosol ou devolvidas para superfície celular.

Peroxissomos: organelas que contém várias oxidases (enzimas que


removem átomos de hidrogênio). Decomposição de toxinas
produzidas pelas células ou ingeridas. Presentes em Hepatócitos,
fibroblastos, leucócitos, células renais. Possui produtos
intermediários tóxicos como o peróxido de hidrogênio e radicais
livres, mas que são decompostos pela catalase presente na célula.
Responsável pela desintoxicação orgânica, destruição de moléculas
tóxicas e quebra de ácidos graxos, além de converter água oxigenada
em água e oxigênio. Diferencia-se do lisossomo, sendo formado pela
fissão de um preexistente, além de conter enzimas que degradam
proteínas e lipídios, tem também grande quantidade de catalase.

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Doença Peroxissomais - Grupo 1: ocasionado por
defeitos da biogênese dessas organelas.

Doença Peroxissomais - Grupo 2: ocasionado por defeito em uma única enzima peroxissomal.

Proteossomos: estruturalmente cilíndrico, formado por quatro anéis de proteínas empilhados ao redor de um núcleo central, responsável pela
destruição contínua de proteínas desnecessárias, danificadas ou com problemas. Contem uma miríade de proteases, enzimas que dividem as
proteínas em pequenos peptídeos. Uma célula comum do corpo contém muitos milhares de proteassomos, tanto no citosol quanto no núcleo.

Correlação Clinica: doenças que resultam da falha de decompor proteínas anormais que se acumulam no encéfalo (falha dos proteossomos):
Parkinson e Alzheimer.

Mitocôndria: organela responsável pela produção


de ATO através da respiração celular, localizadas
em geral no local onde o oxigênio entra na célula
ou onde o ATP é utilizado.
Consiste em uma membrana mitocondrial externa e
uma interna, e entre elas um pequeno espaço
protegido por líquido. A membrana interna contém
uma série de dobras, que aumentam a área de
superfície para ás reações químicas, e encapsulam o
líquido matriz mitocondrial, onde as enzimas que
catalisam as reações se localizam. Além disso, a m.
externa possui porinas, e a organela possui DNA e
ribossomos próprios.

Desempenha papel importante e precoce na apoptose, com a liberação do citocromo c, que desencadeia uma cascata de ativação de enzimas
proteolíticas. Assim como peroxissomos, as mitocôndrias se autorreplicam/reprodução independente. Possui DNA próprio, circular,
exclusivamente materno. Extrai energia de alimentos com a respiração celular (Ciclo de Krebs e cadeia resp.). Localizam-se nos locais em que a
célula necessita de mais energia.

Núcleo: estrutura esférica ou oval separada do citoplasma por uma


membrana dupla (nuclear). Ambas camadas são bicamadas lipídicas,
sendo a externa contínua ao R.E. rugoso com semelhanças estruturais.
Nesse envoltório existem poros nucleares que controlam a
movimentação de substâncias entre essa e o citoplasma, sendo que
mols. pequenas e íons por difusão (passivo), e proteínas e RNA por
transporte ativo (reconhecimento e seleção).

Dentro desse, encontram-se corpos esféricos denominados nucléolos


que produzem ribossomos, os quais nada mais são do que agregados
de Proteínas, DNA e RNA. Os nucléolos são o local de síntese de
rRNA e de organização do rRNA e das proteínas em subunidades
ribossômicas. Os nucléolos são bastante proeminentes em células que
sintetizam grandes quantidades de proteínas, como as células
musculares e hepáticas. Os nucléolos se dispersam e desaparecem
durante a divisão celular e se reorganizam uma vez que as novas
células tenham se formado. Os organismos variam muito no tamanho
dos seus genomas.
Dividido em:

Nucleoplasma (cariolinfa ou suco nuclear), de composição de


água e proteínas, contribuindo para morfologia celular e
preenchimento nuclear.

Envoltório nuclear constituído pelo envelope e poro nuclear, controlando a estrutura e dirige as atividades celulares.

Nucléolo que não possui membrana, sendo o centro de produção de ribossomos e local das subunidades ribossomais antes de serem levadas
para o citoplasma.

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Cromatina o qual é um material de aspecto filamentoso (DNA + proteínas/histonas), contendo informações genéticas. Na mitose, cada
filamento se condensa em um Cromossomo, para movimentação do material sem danos.

Envelhecimento: processo normal acompanhado por alteração progressiva das respostas adaptativas
homeostáticas do corpo. Produz alterações estruturais e funcionais, aumentando a vulnerabilidade a doenças e
estresse ambiental. Genes do envelhecimento diminuem suas atividades com o tempo, reduzindo ou
interrompendo os processos vitais para a vida. Os telômeros protegem as extremidades dos cromossomos da
erosão e adesão mútua. A glicose contribui com o enrijecimento e perda da elasticidade, através da ligação
cruzada com proteínas. Radicais livres, produtos do metabolismo celular, tem ação oxidante, ocasionando
enrugamento e enrijecimento das articulações, além do endurecimento de artérias. Alterações nos marcadores de
identidade (superfície celular), fazem com que a resposta autoimune se intensifique, produzindo sinais do
envelhecimento.

Correlação Clínica:

Progéria: doença caracterizada pelo envelhecimento rápido após o 1º ano de vida. Causado por defeito genético, no qual os telômeros
são menores que o normal. Sintomas incluem pele enrugada e seca, alopecia total e face de passarinho. A morte ocorre por volta dos 13
anos.

Síndrome de Werner: doença hereditária rara, que produz aceleração rápida do envelhecimento por volta dos 20 anos. Caracterizada por
enrugamento, alopecia, catarata, atrofia muscular e tendência a doenças crônicas. Morte por volta dos 50.

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