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Un

ida
Célula: tipos e
3
de

envoltórios celulares
Habilidades da BNCC
(EM13CNT201)
(EM13CNT302)
Inicie a jornada!
Nesta unidade você
irá estudar:
• A célula.
• Difusão e osmose.

Aldona Griskeviciene/Shutterstock
Professor: Faça algumas
perguntas sobre cada uma
das células para avaliar as
concepções prévias dos
alunos sobre os conteúdos
que serão trabalhados na
unidade. Incentive-os a ob-
servar cada uma delas e a
citar as diferenças observa-
das. Lembre-se de que os
alunos já estudaram célu-
las no Ensino Fundamental Célula bacteriana Célula animal Célula vegetal
e que no Ensino Médio as
habilidades desenvolvidas Os diferentes tipos de células.
serão consolidadas.
Célula: conceito e história
A palavra “célula” significa “pequena cela”, “cubículo” ou “caixinha”. O físico inglês Robert Hooke foi o primeiro
cientista a usar este termo para se referir às unidades básicas dos seres vivos. Ao observar finos cortes de cortiça ao
microscópio, Hooke constatou que esse material era formado por pequenas cavidades ou células, que desenhou e des-
creveu em seu livro Micrographia (1635), um estudo aprofundado sobre observações microscópicas. Sabe-se hoje que
aquilo que Hooke observou foram espaços ocupados por células vegetais que haviam morrido, deixando apenas suas
espessas paredes. Em geral, as células são compostas por uma delgada membrana que as separam do meio externo e
uma porção densa, chamada núcleo, envolta por uma região gelatinosa, o citoplasma.
German Vizulis/Shutterstock

Teoria celular
Em 1833, o botânico escocês Robert Brown (1773-1858) verificou que as células eram por-
tadoras de um corpúsculo geralmente arredondado, que denominou de núcleo. A micros-
copia desenvolveu-se rapidamente, e logo já haviam sido estudados muitos espécimes
de plantas e de animais. Embora Hooke já houvesse observado a célula em 1665, so-
mente em 1838 o cientista alemão Matthias Schleiden (1804-1881) comprovou
a existência de células em todas as plantas. No ano seguinte,
J J Osuna Caballero/Shutterstock

outro cientista alemão, Theodor Schwann (1810-1882), verificou


a existência de células nos animais. Estabeleceu- se então a te-
oria celular de Schwann-Schleiden. Com base nesses estudos, a
Imagem de Robert Hook à
esquerda e a réplica do microscópio teoria celular foi proposta tendo essencialmente os seguintes
desenvolvido por ele. fundamentos:
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Biologia

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Unidade 3

Anotações
• Todos os seres vivos são formados por células originadas a partir de outras células preexistentes.
• A célula é a unidade morfológica dos seres vivos, ou seja, a menor porção em que a vida se organiza.
• A célula é a unidade fisiológica dos seres vivos, ou seja, a menor porção funcional dos seres vivos.
Em 1858, o médico alemão Rudolf Virchow (1821-1902) apresentou a ideia de que toda célula se origina de outra
preexistente, enquanto outros defendiam que as células podiam se formar espontaneamente a partir da associação
entre determinados tipos de substâncias.
Com as observações microscópicas da divisão celular, a teoria da geração espontânea foi perdendo credibilidade.
Finalmente, em 1878, o biólogo alemão Walther Flemming (1843-1905) refutou essa ideia, ao descrever detalhada-
mente o processo de divisão celular que denominou mitose.

A teoria celular é...


...uma das mais importantes generalizações da história da Biologia. Ela nos revela que, apesar das diferenças quanto à forma
e à função, todos os seres vivos têm em comum o fato de serem constituídos por células.

O microscópio: instrumento fundamental para a Citologia


Os microscópios utilizados por Hooke, Schleiden e Schwann eram aparelhos que utilizavam a luz para iluminar os
objetos a serem estudados. Esse tipo de instrumento é conhecido como microscópio óptico.
Os microscópios ópticos modernos são constituídos de partes mecânicas: pé ou base, braço ou coluna, platina,
canhão ou tubo, revólver e botões de ajuste micrométrico e macrométrico; e de partes ópticas, como espelho, que
pode ser substituído por lâmpada, condensador, diafragma, dois conjuntos principais de lentes ópticas, a objetiva do
microscópio; o outro conjunto, chamado ocular, fica próximo ao olho do observador. No microscópio óptico, o objeto
a ser analisado (um tecido animal, por exemplo, fino o suficiente para que a luz o atravesse) é colocado numa lâmina
de vidro sobre a platina, uma superfície plana e horizontal. A luz emitida por uma lâmpada, ou refletida por um es-
pelho, atravessa o condensador, o objeto, a lente objetiva, e, finalmente, a imagem chega à lente ocular. Para calcular
a ampliação possível, multiplica-se o aumento gravado nas objetivas pelo aumento gravado na ocular. Vamos tomar
como exemplo um microscópio óptico cujas lentes objetivas aumentam 10, 40 e 100 vezes a imagem do objeto e a
lente ocular aumenta 10 vezes a imagem.

unidade de medida associada a observações feitas ao microscópio óptico é o micr metro m , que equivale à milésima
parte do milímetro (micron = 10-6 como exemplo, temos o glóbulo vermelho do sangue m.

Microscópios
Macrovecto/Shutterstock

Macrovecto/Shutterstock

Microscópio óptico Microscópio eletrônico de transmissão


Referência: Junqueira e Carneiro. Histologia Básica. 2013. Referência: Junqueira e Carneiro. Histologia Básica. 2013.

Os microscópios eletrônicos têm a capacidade de ampliar milhares de vezes a imagem de um objeto (100 mil
vezes, por exemplo). Em 1931, o físico alemão Ernest Ruska e seus colaboradores apresentaram o primeiro microscó-
pio eletrônico de transmissão. Esse aparelho substituiu o feixe de luz do microscópio óptico por um feixe de elétrons
propagados no vácuo. Com essa tecnologia, pode-se alcançar um poder de resolução de 0,001 μm e um aumento de
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Anotações
200 mil a 400 mil vezes. O microscópio eletrônico de varredura, posteriormente desenvolvido, utiliza feixe de elé-
trons que, em vez de atravessar o objeto, varre-o como se fosse uma pessoa sentindo o relevo de uma superfície com
os dedos. Dessa maneira, consegue-se uma imagem tridimensional do material analisado, imagem que se origina a
partir de elétrons refletidos. Em 1981, surgiu o microscópio de tunelamento eletrônico, com a incrível capacidade de
aumentar as estruturas em até 100 milhões de vezes e fornecer imagens de átomos e moléculas.

A unidade de medida do microscópio eletrônico é o Ångström (Å), que corresponde à décima milionésima parte do
milímetro ou à décima milésima parte do micrômetro.

Apesar de o microscópio eletrônico de transmissão ter sido inventado na década de 1930, só começou a ser em-
pregado amplamente em estudos e pesquisas por volta de 1950, pois até então não se sabia como preparar as células
para esse novo aparelho. Logo foram desenvolvidas técnicas para fixar, marcar estruturas, incluir e cortar células para
observação em microscopia eletrônica, como se fizera em microscopia óptica mais de um século antes.

Tipos de células
Em 1990, o microbiologista norte-americano Carl Woese, baseando-se no estudo da filogenia molecular, propôs
uma mudança na classificação dos seres vivos. De acordo com Woese, existem três domínios: Archaea, representado
por organismos procariontes que vivem em ambientes extremos como chorume de aterro sanitário, Bacteria, represen-
tado pelas bactérias e cianobactérias, que também são seres procariontes, e o domínio Eukarya, no qual estão incluí-
dos todos os organismos eucariontes. Os três domínios da vida são constiuídos por organismos celulares, sendo dois
deles formados pelo tipo celular mais simples, as células procarióticas.
OSweetNature/Shutterstock

Pilus
A célula procariótica
As células procarióticas, representadas pelos domínios Arquea e Bacteria, se caracteri-
Cápsula Membrana
plasmática zam pela ausência de um envoltório nuclear, ou carioteca, o que faz com que o seu material
genético, o DNA, se encontre disperso no citoplasma, sendo por essa razão denominado
Plasmídeo
nucleoide. Nessas células, o citoplasma é formado basicamente por um gel constituído de
água e proteínas no qual estão imersos os ribossomos, os únicos organoides presentes nos
procariotos. A membrana plasmática é de constituição lipoprotéica, e a parede celular pos-
Citoplasma sui uma constituição química diferente da parede celular das plantas. Alguns procariotos
possuem: plasmídeos, que são pequenas moléculas circulares de DNA espalhadas ao lon-
DNA go do citoplasma; cápsula gelatinosa envolvendo a parede celular; flagelos para locomo-
ção e pili para proteção da superfície celular.
Ribossomos

Flagelos A célula eucariótica


As células eucarióticas, características do domínio Eukaria, possuem a maioria do DNA
A célula procariótica não possui
envoltório nuclear.
dentro do núcleo celular. Essas células estão envolvidas por uma membrana plasmática, de constituição lipoprotei-
ca, e o material nuclear é envolvido pela carioteca. O citoplasma é o material celular localizado entre a membrana
plasmática e o envoltório nuclear, e dentro dele estão organelas membranosas responsáveis por exercer diferentes
funções celulares. São exemplos de organelas celulares: mitocôndrias, complexo golgiense, centríolos, retículos en-
doplasmáticos, ribossomos e lisossomos. As células vegetais se diferenciam por possuírem parede celular de celulose,
cloroplastos e um grande vacúolo, sendo ausentes os centríolos e lisossomos.

LDarin/Shutterstock
Brgfx/Shutterstock

Núcleo Mitocôndria Vacúolo Parede celular

Microtúbulos Complexo
golgiense Retículo Membrana
Retículo endoplasmático plasmática
plasmático
Núcleo

Vesículas
Ribossomos Ribossomos Mitocôndria

Cloroplasto
Membrana
plasmática

Faça em sala: 1 e 2 | Faça em casa: 1 e 2 Lisossomo


Complexo
Centríolos golgiense

Célula eucariótica animal e os organoides. Célula eucariótica vegetal e os organoides.


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Biologia

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Unidade 3

Anotações
Membrana plasmática
A membrana plasmática envolve o citoplasma de todas as células, e a sua estrutura principal é similar na maioria
das células estudadas. Invisível ao microscópio óptico, calcula-se que sua espessura seja aproximadamente de 5 nm
(nanômetro), visível somente ao microscópio eletrônico.
A membrana celular controla as trocas de íons e moléculas das células com o meio externo, possibilitando a ma-
nutenção de uma concentração iônica constante. Essa propriedade de regular as trocas entre as células e o meio é
denominada permeabilidade seletiva.

Composição química
A membrana plasmática e a membrana das organelas consistem, fundamentalmente, em uma bicamada de fos-
folipídios e proteínas, com uma pequena quantidade de glicídios ligados covalentemente. As proteínas de membrana
contêm muitos resíduos de aminoácidos hidrofóbicos em sua estrutura, sendo esses associados aos lipídios da mem-
brana plasmática.

Modelo mosaico fluido


Em 1972, os biólogos estadunidenses Jonathan Singer (1924-2017) e Garth Ni-
colson (1943-) elaboraram o conceito do modelo do mosaico fluido para explicar o
Glicoproteína Carboidrato Glicolipídio
arranjo e a organização da membrana celular. Segundo esse modelo, a membrana
não é uma estrutura rígida. O termo fluido se refere ao estado quase líquido da bica- Proteína Colesterol
mada lipídica; e mosaico, à diversidade dos elementos que compõem a membrana. globular

Desse modo, a membrana apresenta:

Designua/Shutterstock
• ma ri gord rosa l ida ase l ida ormada or ma bicamada de
os oli dios
• ro e as i seridas a ma ri de li dios
• mo ime ação co s a e das mol c las o i erior dessa ma ri l ida
Proteína
• i dios α-hélice
proteica Proteína integral
Canal proteico periférica
A membrana é formada por duas camadas de fosfolipídios. Suas moléculas
alongadas são anfifílicas, solúveis em água – na cabeça polar e, na cauda, são hidro- Modelo da membrana
fóbicas – solúveis em solventes apolares. plasmática.

Como existe água tanto dentro como fora da célula, as extremidades hidrofílicas das moléculas da camada in-
terna se orientam no sentido do citoplasma e as da camada externa, para o meio externo. Como resultado, as caudas
hidrofóbicas dos fosfolipídios se associam no interior da membrana.
A bicamada de fosfolipídios estabiliza a estrutura da membrana, deixando-a flexível. Ao mesmo tempo, os ácidos
graxos dos fosfolipídeos tornam o interior hidrofóbico da membrana relativamente fluido. Essa fluidez permite que
algumas moléculas se movam para os lados sobre a membrana.
• Proteínas
As proteínas podem apresentar resíduos de aminoácidos hidrofóbicos ou hidrossolúveis, a quantidade e a locali-
zação desses resíduos determina o tipo de interação predominante com a membrana plasmática. Está demonstrado
que essas moléculas de proteína também podem mudar de posição na membrana, deslocando-se na superfície da
bicamada lipídica. Assim, as proteínas podem ser classificadas quanto à inserção na membrana e quanto à sua função.
Quanto à inserção na membrana
Segundo o modelo do mosaico fluido que será descrito a seguir, existem dois tipos básicos de proteínas de membrana:
• Integrais ou intrínsecas: estão inseridas no interior da bicamada fosfolipídica. Várias dessas proteínas apresen-
tam longas regiões hidrofóbicas que atravessam a parte central da bicamada, com extremidades hidrofílicas que
se estendem na direção do ambiente aquoso em ambos os lados da membrana. Algumas estão voltadas para o
citoplasma, e outras para o meio extracelular.
• Periféricas ou extrínsecas: não estão inseridas na bicamada fosfolipídica, mas localizam-se na periferia da mem-
brana. Unem-se à membrana em locais específicos, por meio de ligações eletrostáticas ou pontes de hidrogênio.
São solúveis em soluções aquosas e não têm domínios hidrofóbicos.
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Anotações
Quanto à função
Tipos de proteínas presentes nas diferentes membranas apresentam funções como:

Transportadora Receptora de sinais Reconhecimento de Ligação intercelular


outra célula

Carlos Jorge Nunes


Molécula sinalizadora

Receptor

Glico-
proteína

Transdução de sinal

Algumas funções desempenhadas por proteínas presentes na membrana plasmática.

• lic dios
Fora da membrana existem moléculas de carboidratos que se ligam às moléculas de proteína e formam as gli-
coproteínas. O conjunto de glicoproteínas difere em cada indivíduo. São elas, por exemplo, que fazem as hemácias
serem de um dos grupos sanguíneos, A, B, AB ou O, e também atuam no reconhecimento do sistema imunológico
contra invasores. As funções dos glicídios serão estudadas mais adiante, na seção Glicocálix. Muitas organelas têm
membranas que as envolvem ou formam subdivisões. Mostrou-se que todas têm a mesma estrutura básica da mem-
brana plasmática, com sua dupla camada de fosfolipídios, além de moléculas de proteínas e carboidratos. Os tipos de
fosfolipídios e de proteínas que formam as membranas podem ser diferentes. Por isso, a membrana plasmática e as
diversas membranas das organelas podem se comportar de maneiras distintas.

A constituição química e a organização física da membrana conferem propriedades específicas, tais como: alta resistência
elétrica e mecânica, regeneração, permeabilidade seletiva e elasticidade.

Faça em sala: 3 e 4 | Faça em casa: 3 e 4

Reforços externos da membrana plasmática


A membrana plasmática é fluida e, como tal, trata-se de uma estrutura delicada. Ao longo da evolução, surgiram
adaptações que conferiram à membrana plasmática maior permeabilidade e resistência. Um exemplo de adaptação é
a presença de envoltórios celulares, que são, em geral, resistentes e permeáveis e estão presentes nas células de mui-
tos organismos. Outros exemplos de adaptação são a parede celular das células vegetais e o glicocálix.

Parede celular
A parede celular, acima de todas as outras características, distingue as células vegetais das células animais. Sua
presença explica diversas características marcantes das plantas. A parede celular restringe o tamanho do protoplasto,
o conteúdo celular, e impede a ruptura da membrana plasmática quando há entrada de água na célula. As bactérias
Professor, explore com os e os fungos também têm parede celular, porém, a sua composição é distinta da parede celular das células vegetais.
alunos os diferentes tipos
de células e as principais
funções exercidas nos se-
• Com osição mica
res vivos assistindo ao vídeo A celulose é o componente mais característico da parede celular das células vegetais e determina, em grande
“Bio é vida – Viagem à celu- parte, sua arquitetura. A teia de celulose da parede celular é permeada por uma matriz de moléculas não celulósicas.
la” criado pela Universidade
de Campinas (Unicamp). Algumas dessas moléculas são polissacarídeos chamados hemiceluloses. Outro constituinte importante é a lignina,
molécula rígida que confere resistência à parede celular. A lignina é encontrada nas paredes de células com função
mecânica ou de suporte. A cutina, a suberina e ceras são substâncias “adiposas” existentes nas paredes dos tecidos
protetores externos das plantas.
Nas bactérias, a parede celular é formada basicamente por uma substância típica dos procariontes: o peptidogli-
cano (ou peptoglicano, ou, ainda, peptideoglicano), molécula grande constituída por moléculas menores de açúcares
associadas a aminoácidos. Em algumas bactérias existe, além da parede celular, outro envoltório externo: a cápsula.
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Biologia

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Unidade 3

• Funções
A parede celular apresenta funções específicas e essenciais, pois:
• contém uma variedade de enzimas e desempenha papel importante na absorção, transporte e secreção de subs-
tâncias na planta;
• é importante na defesa da planta contra agentes patogênicos, como bactérias ou fungos, ao receber e processar as in-
formações da superfície do patógeno e transmitir tais informações para a membrana plasmática da célula hospedeira;
• alguns polissacarídeos da parede celular, chamados oligossacarinas, podem agir como hormônios, regulando o
crescimento e o desenvolvimento da planta.
Carboidrato

Glicocálix Proteína
Glicolípide
O glicocálix é a cobertura da superfície externa da célula, formada por glico- Glicoproteína
proteínas, glicolipídios, proteoglicanos e proteínas. Existe em células animais, nas
quais desempenha as seguintes funções:

Amnat Dpp/Shutterstock
• adesão celular;
• proteção da bicamada lipídica;
• reconhecimento celular;
• preenchimento intercelular;
• retenção de nutrientes e enzimas.

Glicocálix em célula
Especializações da membrana plasmática animal.
Em algumas células, é possível observar que a membrana plasmática apresenta modificações, relacionadas à sua
forma e função:

• icro ilosidades: estruturas com formato de dedos de luva que aumentam consideravelmente a superfície de
contato com o meio externo e estão relacionadas com a absorção de nutrientes pelas células. Por essa razão, são
abundantes nos tecidos de absorção intestinal e renal.
• Interdigitações: aumentam a aderência entre as células. Ocorre um tipo de encaixe das membranas plasmáticas
laterais de células adjacentes, ou seja, as dobraduras existentes na membrana de uma célula encaixam-se na célula
vizinha, aumentando a coesão entre elas.
• Desmossomos: têm função de aderência entre duas células e são formados por proteínas estruturais de membrana
Tonofibrila:
que se ligam aos filamentos do citoesqueleto. Tais estruturas são ancoradas no citoplasma celular por tonofibrilas.
finos filamentos
A adesão intercelular é garantida pela presença de filamentos entre as células, ligando as duas partes frontais do radiados de natureza
desmossomo. Os hemidesmossomos apresentam estrutura similar aos desmossomos e ligam as células epiteliais proteica, que emergem
à lâmina basal. dos espessamentos da
membrana plasmática ao
nível dos desmossomos e
Célula epitelial Filamentos
que penetram o citoplasma,
Superfície apical Trama terminal Microvilos de actina Glicocálice atuando como fibras de
resistência para oferecer
Don W. Fawcett/Science Source/AGB Photo Library

maior aderência entre as


Zônula de oclusão células.
Zônula de adesão

Desmossomas
Espaço extracelular
Interdigitação

Junção
comunicante
Hemidesmossomas
Estruturas que participam da adesão entre células epiteliais. Ápice de uma célula epitelial do intestino.
Referência: Junqueira: Histologia, 2013. Referência: Junqueira: Histologia, 2013.

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Permeabilidade da membrana plasmática
A membrana plasmática é de fundamental importância para a vida, uma vez que contém e delimita o espaço in-
terno da célula, isolando-o do ambiente ao redor. Porém, as células dependem da absorção de substâncias presentes
no meio externo, assim como eliminam os resíduos de seu metabolismo.
Dessa forma, existe um grande controle das substâncias que entram e saem das células. A membrana plasmática
é, portanto, semipermeável, ou seja, apresenta permeabilidade seletiva.

Concentração de soluções
Sansanorth/Shutterstock

Solução pode ser definida como uma mistura homogênea, isto é,


Solvente com fase única, de duas ou mais substâncias. As soluções podem ser
classificadas de acordo com a sua concentração, estado físico ou sua
Soluto
condutividade elétrica. As soluções são caracterizadas pela presença de:
• ol o: a substância dissolvida que pode ser o açúcar, por exemplo.
Açúcar e água Açúcar dissolve na água Solução
• ol e e: a substância que dissolve o soluto, por exemplo: água,
Água Açúcar
álcool ou acetona.
Concentração das soluções. Conforme a concentração ou a tonicidade, ou a quantidade de soluto, ocorrem os seguintes tipos de solução em re-
lação às células: i er ica, caracterizada pela concentração maior de solutos; i o ica, em que a concentração de
solutos é menor, e iso ica, solução que contém a mesma quantidade de partículas em relação ao citoplasma celular.

Transportes
Para a maioria das substâncias, há uma relação direta entre sua solubilidade nos lipídios e sua capacidade de
penetração nas células. De modo geral, os compostos hidrofóbicos, como os ácidos graxos, os hormônios esteroides e
os anestésicos, atravessam facilmente a membrana plasmática. Já as substâncias hidrofílicas, insolúveis nos lipídios,
penetram as células com mais dificuldade, dependendo das propriedades físico-químicas das moléculas. O transporte
de substâncias através da membrana pode ser basicamente de três tipos: passivo, ativo e em bloco.
• ra s or e assi o: é a passagem de substâncias de um meio mais concentrado para um menos concentrado sem
envolver gasto energético, relacionado à hidrólise das moléculas de trifosfato de adenosina (ATP). Existem três
tipos de transporte passivo: difusão simples, difusão facilitada e osmose.
• ra s or e a i o: é a passagem de substâncias de um meio menos concentrado para uma solução mais concentra-
da, ou seja, o transporte ocorre por meio da hidrólise de ATP.
• ra s or e em bloco: é a entrada e saída de substâncias grandes demais para atravessar a membrana. Nesse caso,
Excellent Dream/Shutterstock

Membrana
semipermeável as partículas são englobadas. Envolve os processos de endocitose e exocitose.
• i são sim les
Quando adicionamos soluto em um recipiente com solvente, há
uma distribuição lenta e homogênea desta substância por toda a solu-
ção. Nas células este processo também ocorre, ou seja, quando a con-
centração de soluto é maior no meio externo há uma tendência de en-
trada desta molécula no interior das células, e quando a concentração
do meio externo é menor o soluto se difunde para o meio extracelular.
Porém, a difusão simples ocorre somente se houver a permeabilidade
Alta Baixa
Concentração igual do soluto na membrana plasmática.
concentração concentração
Nesse processo não há consumo de energia; trata-se de um fenô-
Na difusão simples há movimentação do soluto a partir de regiões de maior
concentração para regiões de menor concentração. meno físico de difusão a favor de um gradiente de concentração (meio
Professor, indique aos alu- hipertônico → meio hipotônico). As principais condições para que ocorra
nos o vídeo do Núcleo de a difusão entre o meio externo e a célula são: a presença de uma mem-
Ensino, Pesquisa e Exten- brana permeável e a existência de uma diferença de concentração.
são, do Departamento de
Biologia Celular da UFPR, • i são acili ada
sobre difusão facilitada.
Numerosas substâncias atravessam a membrana plasmática a favor do gradiente de concentração, tais como a
glicose, vitaminas e aminoácidos. Nesses exemplos, a velocidade da difusão não é proporcional à concentração de so-
luto e não há gasto energético. Isso sugere que a difusão facilitada envolve a participação de proteínas transportadoras,
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Biologia

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Unidade 3

ou permeases, localizadas na membrana plasmática. Há vários tipos de permeases, espe-

Carlos Jorge Nunes


Transportador Líquido extracelular
Glicose
cializadas no transporte de substratos específicos. As permeases se ligam a uma substân- de glicose
cia pela qual têm afinidade e facilitam sua entrada na célula. Quando todas as moléculas
Gradiente
transportadoras estão mobilizadas, a velocidade do transporte é máxima. 1
de glicose
2
Faça em sala: 5 e 6 | Faça em casa: 5 e 6

Osmose
A osmose é a difusão de solvente através de uma membrana semipermeável, esse
movimento ocorre a partir de um meio menos concentrado para um meio de maior concen-
tração. Ao mesmo tempo, de forma mais lenta, o soluto tende a difundir da solução em que
3
está mais concentrado para a solução em que está menos concentrado. Contudo, a osmose
é incomparavelmente mais rápida e predominante neste exemplo. As células apresentam Glicose
mecanismo de controle que mantém a concentração de soluto em equilíbrio no citoplasma.
Esse mecanismo mantém as funções celulares e impede a desidratação ou a entrada ex-
cessiva de água, o que poderia causar o ressecamen- Difusão facilitada da glicose
por uma membrana usando
to ou o rompimento das células. A ilustração a seguir
Gritsalak Karalak/Shutterstock

um transportador. A proteína
mostra o comportamento das células animal e vegetal transportadora se liga à glicose
no líquido extracelular e a
com relação à osmose. libera no citosol.
Quando uma célula está em meio isotônico, os
movimentos de entrada e saída de água são equiva-
Anotações
Antes Depois
lentes. Em meio hipotônico, há entrada de água na cé-
lula, aumentando seu volume; já no meio hipertônico
Comportamento das células em relação à osmose.
há perda de água para o meio extracelular. Como as
células de origem animal não apresentam a parede celular, a entrada excessiva de água pode causar o rompimento de
sua membrana plasmática, ou lise celular. No caso das hemácias, este processo se chama hemólise. Por outro lado, em
meio hipertônico, as células perdem água, ou seja, há o ressecamento e a retração de seu volume. Nas hemácias, esse pro-
cesso se chama crenação. As células vegetais, quando em meio hipotônico, ficam túrgidas devido à entrada de água, mas
não há lise celular. Ao serem colocadas em meio hipertônico, as células túrgidas perdem água para o meio, diminuindo
seu volume citoplasmático, mas sem que haja retração da parede celular; nesse estágio, a célula encontra-se flácida. Se
a concentração do meio for muito maior que a da célula, a perda de água será maior, podendo resultar na separação en-
tre membrana plasmática e parede celular; esse processo denomina-se plasmólise e é característico de células vegetais.
A deplasmólise é o processo inverso ao da plasmólise, em que a célula plasmolisada, ao ser colocada em meio de menor
concentração, volta a ficar túrgida.
Solução hipotônica Solução isotônica Solução hipertônica

REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. 2019


(a) Célula animal. Uma célula H2O H2O H2O H2O
animal está mais confortável em
um ambiente isotônico, a não ser
que possua adaptações especiais
que impeçam a absorção ou perda
osmótica de água.

Lisada Normal Murcha

Membrana
plasmática Parede Membrana
celular H2O plasmática H2O
(b) Célula vegetal. As células H2O
Carlos Jorge Nunes. Fonte:

vegetais são túrgidas (firmes) e H2O


geralmente mais saudáveis em
ambientes hipotônicos onde a
absorção de água é porventura
equilibrada pela pressão da parede
contra a célula.

Túrgida (normal) Flácida Plasmolisada


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Anotações
Vá além
Como são feitas as tatuagens
[...] Durante a tatuagem, a pele é perfurada por diversas agulhas que estão presentes no interior da máqui-
na de tatuagem. A partir desse processo, os pigmentos de tinta são depositados na camada mais interna da
pele, a derme. Nela, as partículas de tinta são ingeridas (ou fagocitadas) por macrófagos dermais, células
do sistema imunológico residentes e recrutadas pela inflamação que as perfurações causam nesse local.
Os macrófagos são responsáveis pela manutenção da integridade da pele e pela defesa imunológica. Essas
células fagocitam (engolem) patógenos para digeri-los e, então, eliminá-los em seu interior.
O mesmo ocorre com as partículas de tinta, mas estas não são eliminadas. Desse modo, os pigmentos
ficam retidos no interior dos macrófagos dermais, garantindo a fixação das tatuagens. Assim como as cé-
lulas epiteliais presentes na epiderme, os macrófagos também sofrem o processo de renovação celular, ou
seja, eles possuem uma meia-vida dentro do tecido que ocupam. Quando macrófagos dermais repletos de
pigmentos de tinta de tatuagem morrem por apoptose (suicídio celular), macrófagos adjacentes os fagoci-
tam, perpetuando a permanência dos pigmentos de tinta na derme. [...]

Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/outro-lado-das-tatuagens/. Acesso em: 18 jan. 2021.

• ra s or e a i o
É um processo no qual o ATP fornece energia para que seja realizado o transporte de substâncias contra um gra-
diente de concentração, isto é, de uma área de menor para uma de maior concentração através da membrana plasmá-
tica. Na maioria das células, os íons sódio (Na+) saem e os íons potássio (K+) entram na célula por meio do transporte
ativo, catalisado pela bomba de sódio e potássio. Em alguns casos, existem substâncias veiculadoras ou transportadoras
que se encarregam desse trânsito, ligando-se à molécula a ser transportada, de um lado da membrana, e deixando-a,
depois, do outro lado.

Soleil Nordic/Shutterstock
Espaço
extracelular

Membrana
plasmática

Citoplasma

Transporte ativo: ilustração sobre a bomba sódio potássio.

• ra s or e em massa
Macromoléculas, como proteínas, polissacarídeos, ácidos nucleicos e grandes partículas, geralmente atravessam a
membrana por meio de mecanismos que envolvem empacotamento em vesículas. Assim como o transporte ativo, esse
processo requer energia. Os principais tipos de transporte em massa entre uma célula e o meio extracelular são:
40
Biologia

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Unidade 3

Anotações
• Fagocitose
Ocorre por projeções citoplasmáticas, denominadas pseudópodes, que englobam partículas sólidas grandes do
meio externo. A partícula envolvida passa para o interior da célula, onde fica retida dentro de uma pequena vesícula
membranosa. São relativamente poucas as células que realizam fagocitose; entre elas, destacam-se os protozoários,
que utilizam esse processo em sua alimentação. As células do sistema imune podem realizar a fagocitose eliminando
microrganismos e/ou restos celulares do espaço intercelular.
• Pinocitose
É o mecanismo de absorção de pequenas substâncias dissolvidas ou fluidos. No processo de pinocitose, a mem-
brana plasmática forma um canal que gradualmente se aprofunda na célula. Esse processo ocorre no endotélio, que
é o tecido epitelial que reveste os vasos sanguíneos. O endotélio separa o capilar sanguíneo do tecido que o circunda,
permitindo que as células recebam, de forma rápida, substâncias presentes no sangue.
• doci ose mediada or rece ores
Considerada outra forma de pinocitose, é um processo usado por células animais para englobar macromoléculas
específicas do ambiente. Esse processo se dá pela presença de receptores proteicos, que são proteínas da membrana
plasmática, ligando-se a moléculas especificas do meio extracelular. A endocitose mediada por receptores é o método
pelo qual o colesterol entra na célula da maioria dos mamíferos.
Tanto na fagocitose como na pinocitose, as vesículas formadas, ou seja, os fagossomos e pinossomos, respecti-
vamente, unem-se no interior das células a pequenas organelas membranosas, denominadas lisossomos. A partícula
englobada é, então, digerida pelas enzimas digestivas dos lisossomos. Em seguida, há o aproveitamento de substân-
cias presentes nas vesículas.
• Exocitose
Envolve a eliminação de material da célula, liberando secreções que desempenham funções diversas no orga-
nismo. A exocitose é um processo que ocorre com frequência nas células do pâncreas, que secretam os hormônios
insulina e glucagon. Essas substâncias são produzidas no interior das células e ficam armazenadas em vesículas intra-
celulares. Após a percepção de estímulos do ambiente, as vesículas são liberadas por exocitose na corrente sanguínea.
Carlos Jorge Nunes

Como moléculas grandes entram e saem de uma célula. Referência: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell.

Faça em sala: 7 e 8 | Faça em casa: 7 e 8

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Unidade 3

5. (Enem) Osmose é um processo espontâneo que ocorre em todos os or- 7. (Uerj) O esquema mostra as diferentes concentrações do íon sódio
ganismos vivos e é essencial à manutenção da vida. Uma solução 0,15 medidas na luz intestinal, no interior da célula epitelial intestinal e no
mol/L de NaCl (cloreto de sódio) possui a mesma pressão osmótica das líquido intersticial que banha essas células.
soluções presentes nas células humanas.

Reprodução vestibular Uerj 2001.


A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20 mol/L de NaCl
tem, como consequência: Resposta: E
a) adsorção de íons Na+ sobre a superfície da célula.
b) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula.
c) diminuição da concentração das soluções presentes na célula.
d) transferência de íons Na+ da célula para a solução. a) Nomeie e explique o mecanismo de transporte do íon sódio através
e) transferência de moléculas de água do interior da célula para a solução. da membrana basolateral.
Transporte ativo. O íon sódio será transportado do meio intracelular para o
6. (UFRJ) O gráfico a seguir mostra a variação do volume celular em função
do tempo em dois tubos contendo suspensões de células animais. A seta líquido intersticial pela ação da bomba de sódio, sendo trocado por potássio.
indica o momento em que foi adicionada uma solução do soluto A no
b) Nomeie e explique o mecanismo de passagem do íon sódio através
tubo 1 e uma solução do soluto B no tubo 2.
da membrana apical.
Reprodução/UFRJ, 2007.

Transporte passivo por difusão. O íon sódio passará de um

compartimento ao outro em função de seu gradiente de concentração.

8. (Enem) Uma das estratégias para conservação de alimentos é o salga-


mento, adição de cloreto de sódio (NaCl), historicamente utilizado por
a) As soluções adicionadas eram inicialmente hipertônicas (mais tropeiros, vaqueiros e sertanejos para conservar carnes de boi, porco e
concentradas) ou hipotônicas (menos concentradas) em relação às peixe. O que ocorre com as células presentes nos alimentos preserva-
células? Justifique sua resposta. dos com essa técnica? Resposta: E
As soluções eram hipertônicas, pois foram capazes de reduzir o volume a) O sal adicionado diminui a concentração de solutos em seu interior.
celular por perda de água devido à osmose. b) O sal adicionado desorganiza e destrói suas membranas
plasmáticas.
b) Qual dos solutos (A ou B) foi capaz de atravessar a membrana
plasmática? Justifique sua resposta. c) A adição de sal altera as propriedades de suas membranas plasmáticas.
O soluto A foi capaz de atravessar a membrana, pois, após algum d) Os íons Na+ e Cl– provenientes da dissociação do sal entram
livremente nelas.
tempo, o volume celular foi restaurado, indicando que as concentrações
e) A grande concentração de sal no meio extracelular provoca a saída
intracelulares e extracelulares se igualaram. de água de dentro delas.

Faça em casa
1. Um estudante de Biologia, ao observar um ser vivo ao microscópio, afir- Essa constatação foi possível graças à possibilidade gerada pela combi-
mou que ele pertencia ao domínio Archea. Que característica desse ser nação de duas partes (A e C) do microscópio óptico. O sistema de lentes
vivo possibilitou esta classificação? Resposta: A A e C, responsável pelo aumento final de uma célula, é chamado, res-
pectivamente, de: Resposta: E
a) Material genético disperso no citoplasma.
a) diafragma e condensador. d) ocular e diafragma.
b) Membrana plasmática lipoproteica.
b) objetiva e condensador. e) ocular e objetiva.
c) Ribossomos presentes no envoltório nuclear.
c) condensador e ocular.
d) Mitocôndrias em grande número.
3. (Enem) Visando explicar uma das propriedades da membrana plasmática,
2. (Uema) A construção do microscópio composto ou binocular por Robert fusionou-se uma célula de camundongo com uma célula humana, for-
Hooke, em 1663, permitiu a visualização de estruturas até então des- mando uma célula híbrida. Em seguida, com o intuito de marcar as pro-
conhecidas pelos cientistas, a partir da utilização de lentes de grande teínas de membrana, dois anticorpos foram inseridos no experimento, um
aumento. Com o advento da microscopia, os pesquisadores, após vários específico para as proteínas de membrana do camundongo e outro para
estudos em muitos tipos de plantas e animais, lançaram a ideia de que to- as proteínas de membrana humana. Os anticorpos foram visualizados ao
dos os seres vivos são formados por pequenas unidades chamadas células. microscópio por meio de fluorescência de cores diferentes.
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A mudança observada da etapa 3 para a etapa 4 do experimento ocorre 6. (Uema) Um indivíduo foi submetido a uma intervenção cirúrgica em
porque as proteínas: Resposta: A que foi removida a metade do seu intestino delgado. Após alta hospi-
a) movimentam-se livremente no plano da bicamada lipídica. talar, o paciente passou a perder peso rapidamente em virtude da má
b) permanecem confinadas em determinadas regiões da bicamada. absorção de nutrientes.
A estrutura celular perdida durante esse processo cirúrgico que com-
c) auxiliam o deslocamento dos fosfolipídios da membrana plasmática.
prometeu a absorção de nutrientes é denominada: Resposta: C
d) são mobilizadas em razão da inserção de anticorpos.
a) carioteca. d) mitocôndria.
e) são bloqueadas pelos anticorpos.
b) interdigitação. e) cloroplasto.
4. (Uece) Toda célula procariótica ou eucariótica possui uma membrana c) microvilosidade.
que a isola do meio exterior denominada membrana plasmática. As 7. (UFG) Leia o texto a seguir.
proteínas presentes na membrana plasmática são fundamentais para
A criação de peixes ósseos de água doce para fins comer-
a estrutura das células, pois: Resposta: B ciais impõe aos animais estresses decorrentes do manejo de
rotina e doenças ocasionadas por protozoários. Para reduzir
Reprodução/Enem, 2017.

o aparecimento dessas doenças utilizam-se banhos com so-


lução de NaCl, em concentrações entre 2 a 5% com tempo de
exposição variando entre 20 segundos a 20 minutos.
KUBITZA, Fernando. A versatilidade do sal na piscicultura. Panorama
da aquicultura, set./out. 2007. p. 14-23. (Adaptado).

De acordo com o texto, o controle de protozoários requer a utilização


de solução salina em concentração superior à fisiológica. Portanto, para
que o banho salino não cause a morte dos animais, ele deve ser breve o
suficiente para impedir que os peixes: Resposta: D
a) inchem por absorção excessiva de água.
b) inchem por retenção de urina concentrada.
c) inchem por ingestão de solução salina.
d) desidratem por perda excessiva de água.
e) desidratem por excreção de urina concentrada.
8. (Enem)
a) são moléculas hidrofóbicas que impedem a saída de água do A lavoura arrozeira na planície costeira da região Sul
citoplasma, evitando a desidratação celular. do Brasil comumente sofre perdas elevadas devido à saliniza-
ção da água de irrigação, que ocasiona prejuízos diretos, como
b) atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte, a redução de produção da lavoura. Solos com processo de
organizando verdadeiros túneis que permitem a passagem de salinização avançado não são indicados, por exemplo, para
substâncias para dentro e para fora da célula. o cultivo de arroz. As plantas retiram a água do solo quando
c) são responsáveis pela regulação das trocas de substâncias entre a as forças de embebição dos tecidos das raízes são superiores
às forças com que a água é retida no solo.
célula e o meio, permitindo apenas a passagem de moléculas do
meio externo para o meio interno à célula. WINKEL, H.L.; TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz:salinização de solos em
cultivos de arroz. Disponível em http://agropage.tripod.com/saliniza.hml
d) podem funcionar como catalisadores biológicos, diminuindo a Acesso em: 25 jun. 2010 (adaptado).
velocidade das reações químicas da célula, através da captação de
A presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada a ab-
substâncias do meio externo. sorção de água pelas plantas, o que provoca o fenômeno conhecido por
5. (Enem) Uma cozinheira colocou sal a mais no feijão que estava cozi- seca fisiológica, caracterizado pelo(a): Resposta: A
nhando. Para solucionar o problema, ela acrescentou batatas cruas e a) aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma
sem tempero dentro da panela. Quando terminou de cozinhá-lo, as ba- concentração de sais maior que a das células das raízes das plantas,
tatas estavam salgadas, porque absorveram parte do caldo com excesso impedindo, assim, que a água seja absorvida.
de sal. Finalmente, ela adicionou água para completar o caldo do feijão. b) aumento da salinidade, em que o solo atinge um nível muito baixo
O sal foi absorvido pelas batatas por: Resposta: E de água, e as plantas não têm força de sucção para absorver a água.
a) osmose, por envolver apenas o transporte do solvente. c) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas
não têm força de sucção, fazendo com que a água não seja absorvida.
b) fagocitose, porque o sal transportado é uma substância sólida.
d) aumento da salinidade, que atinge um nível em que as plantas têm
c) exocitose, uma vez que o sal foi transportado da água para a batata. muita sudação, não tendo força de sucção para superá-la.
d) pinocitose, porque o sal estava diluído na água quando foi transportado. e) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas
e) difusão, porque o transporte ocorreu a favor do gradiente de concentração. ficam t rgidas e não t m força de sudação para superá la.

44
Biologia

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Unidade 3

Junte os pontos
Complete os quadros em branco e, com base no esquema, resolva as questões.

Procariontes
Presente
Membrana Parede
em todas as Estrutura das
plasmática celular
células células nos
diferentes Plantas Fungos
seres vivos

Algas

Núcleo

Presente nos
procariontes e Citoplasma Centríolos
Sem
eucariontes envoltório Procariontes
Com nuclear
envoltório
nuclear
Organoides
citoplasmá-
Eucariontes
ticos Peroxisso-
mos
Retículo Cloroplastos
endoplas-
Ribossomos Células
mático
animais
Mitocôndria Complexo
Grandes
golgiense Lisosso- Células
vacúolos
mos eucariontes

Células
eucariontes Algas e
Todas as
Células plantas
células
eucariontes Células
eucariontes Células Células
animais vegetais

1. Use as palavras e expressões do esquema para escrever, em seu cader- 2. Observe os tipos celulares e, consultando o esquema acima, resolva
no, um texto, de no máximo 10 linhas, sintetizando o conteúdo estuda- as questões

Aldona Griskeviciene/Shutterstock
do na unidade.
Professor, é importante que o aluno, além de completar os quadros,

para os quais ele usa a memorização, seja capaz de estabelecer relações

entre os conceitos, sintetizando-os em um texto. Esta atividade faz parte 1 2 3


do letramento científico. a) Nomeie cada uma das células.
1: célula procariótica 2: célula eucariótica vegetal 3: célula eucariótica animal.

b) Cite uma estrutura presente em todas elas.


Membrana plasmática.

c) Cite uma estrutura presente somente nas células 1 e 2.


Parede celular.

d) Cite uma característica exclusiva da célula 3.


Presença de centríolos e lisossomos.

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