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Ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico)

Bioquímica
Profa. Rafaela Ferreira
Departamento de Bioquímica e Imunologia
Instituto de Ciências Biológicas - UFMG
Todos os direitos de imagens estão reservados à UFMG
Perguntas principais desta aula:

Qual a importância do ciclo do ácido cítrico no metabolismo


humano?
Que vias estão relacionadas a este ciclo?

Como a glicólise e o ciclo do ácido cítrico estão conectados?

Que tipo de reação química é mais comum no ciclo de Krebs?


Qual é a importância destas reações no contexto da respiração
celular?

Como ocorre a regulação do ciclo do ácido cítrico?


Qual a importância do ciclo do ácido cítrico no metabolismo
humano?
Que vias estão relacionadas a este ciclo?
Vias metabólicas podem ser convergentes,
divergentes ou cíclicas

Catabolismo
convergente Anabolismo
divergente

Lehninger, 7ª edição
A respiração compreende 3 estágios

Estágio 1: produção de acetil-CoA

Estágio 2: oxidação da acetil-CoA

Estágio 3: fosforilação oxidativa

Lehninger, 7ª edição
O ciclo de Krebs é intermediário para
várias vias metabólicas

Lehninger, 7ª edição
Como a glicólise e o ciclo do ácido cítrico estão conectados?
O piruvato é um substrato importante para gerar aceil-CoA

Lehninger, 7ª edição
Estrutura da acetil-CoA

Grupo tiol reativo

Ácido pantenóico

Acetil-CoA Adenosina difosfato

Lehninger, 7ª edição
A formação de acetil-CoA ocorre no complexo
da piruvato desidrogenase (PDH)

E1 = piruvato desidrogenase
E2 = di-hidrolipoil-transacetilase
E3 = di-hidrolipoil-desidrogenase
— Envolve 3 enzimas e 5 coenzimas
— Permite a canalização de substratos
— Evita o consumo do grupo acetila ativo por outros processos

Lehninger, 7ª edição
Que tipo de reação química é mais comum no ciclo de Krebs?
Qual é a importância destas reações no contexto da respiração
celular?
Visão geral do ciclo

— Todas as reações ocorrem na mitocôndria

— Balanço de carbonos:

— Entram 2 C na acetil-CoA

— Saem 2 C em CO2

— 4 das 8 reações são de oxidação

— formação de 3 NADH e 1 FADH2

— Produção de uma molécula de GTP

ou ATP

Lehninger, 7ª edição
Os NADH e o FADH2 geram ATP
na fosforilação oxidativa

5 ATP (ou 3 ATP, dependendo das condições)

5 ATP

Total: 30-32 ATPs por glicose

15 ATP

3 ATP

Adaptado de Voet, 3ª edição

32 ATP por molécula de glicose representa ± 65% do máximo de energia


que teoricamente pode ser obtido pela oxidação da glicose!
1ª etapa – síntese do citrato

— Grupo acetil (2 C) é transferido para o oxaloacetato

— ΔG’o muito negativo é essencial para a ocorrência da reação, pois o

oxaloacetato está em baixas concentrações


Lehninger, 6ª edição
2ª etapa – isomerização do citrato a isocitrato

— No equilíbrio haveria menos de 10% de isocitrato

— O consumo rápido de isocitrato contribui para que a reação ocorra

Lehninger, 6ª edição
3ª etapa – oxidação do isocitrato a α-cetoglutarato

Lehninger, 7ª edição

4ª etapa – descarboxilação e oxidação do α-cetoglutarato

Lehninger, 6ª edição

Produção de 1 NADH e remoção de um CO2 em cada etapa


5ª etapa – síntese do succinato

Produção de GTP ou ATP


GTP + ADP Þ GDP + ATP
(nucleotídeo difosfato cinase, ΔG = 0) Lehninger, 6ª edição
6ª etapa – oxidação do succinato a fumarato
7ª etapa – síntese do malato a partir da
hidratação do fumarato

Produção de FADH2
— A succinato desidrogenase está localizada na membrana mitocondrial, e os

elétrons do FADH2 são diretamente transferidos para a cadeia respiratória


Lehninger, 6ª edição
8ª etapa – regeneração do oxalato por oxidação do malato

Produção do 3o NADH
A reação ocorre porque o
oxaloacetato está em
concentrações muito baixas
Lehninger, 6ª edição
Lehninger, 7ª edição
Discussão em dupla:

É possível sintetizar glicose a partir de acetil-CoA,


o principal produto da β-oxidação (via de catabolismo) de ácidos
graxos?

Ácidos graxos acetil-CoA

oxaloacetato glicose

Lehninger, 7ª edição
Como ocorre a regulação do ciclo do ácido cítrico?
Lehninger, 7ª edição
O complexo da piruvato desidrogenase
é um ponto crítico do metabolismo

— A acetil-CoA não pode ser convertida a glicose

— Uma vez formada, acetil-CoA será destinada a

respiração ou síntese de lipídeos

Stryer, 7ª edição
O complexo da piruvato desidrogenase
é intensamente regulado

Modulação
por fosforilação
(induzida por glucagon)

Modulação
alostérica

Stryer, 7ª edição; Lehninger, 7ª edição


Discussão em dupla

1. Pacientes em choque frequentemente apresentam acidose láctica


consequente a deficiência de O2.
a. Por que a falta de O2 resulta em acúmulo de ácido láctico?
b. Um tratamento para o choque consiste em administrar dicloroacetato, que
inibe a quinase capaz de fosforilar o complexo da piruvato desidrogenase.
Qual é a base bioquímica para essa abordagem terapêutica?

Modulação
por fosforilação
(induzida por glucagon)

Stryer, 7ª edição
As enzimas reguladas catalisam etapas exergônicas

∆G’o = - 33,4 kJ/mol

∆G’o = - 32,2 kJ/mol

∆G’o = - 20,9 kJ/mol

∆G’o = - 33,5 kJ/mol

Lehninger, 7ª edição
Inibição por produtos da via ou por
moléculas que indicam abundância de
energia (ATP, NADH), além de inibição por
fosforilação (PDH)

Estímulo por CoA ou por moléculas que


indicam carência de energia

(AMP, ADP, NAD+, Ca2+)

Lehninger, 7ª edição
Inibição da isocitrato-
desidrogenase = acúmulo
de isocitrato e de citrato

Inibição da PFK-1
e da glicólise

Lehninger, 7ª edição
Bibliografia

— Stryer. Bioquímica. Editora Guanabara Koogan. 7a edição, 2014

— Capítulo 17

— Lehninger. Princípios de bioquímica. Editora Artmed. 7a edição, 2019

— Capítulo 16

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