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MANAUS – AM
2022
AMANDA DE SOUZA ARAUJO
JANAÍNA PEREIRA COSTA
MATEUS FERREIRA DE OLIVEIRA
NATHALY VIRGINIA FONSECA DANTAS
MANAUS – AM
2022
LISTA DE FIGURAS
2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 6
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................... 7
6. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 16
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 17
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Alúmens são sulfatos hidratados contendo íons mono e tripositivos. O alúmen comum
é o KAl(SO4)2.12H2O. Íons monopositivos como Li+, Na+, e mesmo NH+ podem substituir o
K+ e íons tripositivos como Cr3+ e Fe3+ podem substituir o Al3+, formando uma série de alúmens
diferentes, que se cristalizam com o mesmo retículo e que formam cristais octaédricos grandes
que crescem facilmente. (RUSSEL, 1999).
As sínteses de substâncias inorgânicas são de fundamental importância no processo de
aprendizado. E nestas sínteses, a reciclagem de materiais é um assunto importante a ser tratado,
pois um dos processos de reutilização do alumínio está na síntese do alúmen, um composto
muito utilizado nas indústrias têxteis. O alúmen desempenha um papel importante na fabricação
de muitos produtos utilizados no lar e na indústria. Só a indústria da pasta e do papel consome
70 % dos mais de um milhão de toneladas de alúmen produzidos anualmente pelos Estados
Unidos da América. O segundo maior uso é na purificação de água para consumo humano e
industrial (UGWEKAR et al., 2012). Outros usos incluem sabões, graxas, compostos de
extintores de incêndio, têxteis, couro, borracha sintética, drogas, cosméticos, cimento, plásticos
e picles (BIRNIN-YAURI; MUSA, 2014). Outros usos do alúmen incluem seu agente
impermeabilizante e acelerador em concreto, como clarificador de gorduras e óleos e como
agente espumante em espumas de fogo (KANLAYAVATTANAKUL; LOURITH, 2011).
Sabe-se que os benefícios ambientais da reciclagem de alumínio são enormes, sendo o
Brasil um dos principais líderes em reciclagem de latas de alumínio, com 98,7% das latas
produzidas, recicladas em 2021 (GOVERNO DO BRASIL, 2022). Além disso, apenas cerca de
5% de CO2 é produzido durante o processo de reciclagem em comparação com a produção de
alumínio bruto, e uma porcentagem ainda menor quando considerado o ciclo completo de
mineração e transporte do alumínio (DAS et al., 2008). Sendo assim, nota-se a importância e
necessidade da reciclagem do alumínio diante da enorme produção deste metal, uma vez que
os minérios são finitos e que também são emissores de gases contribuintes do efeito estufa.
2. OBJETIVOS
Sintetizar sal duplo de alumínio e potássio (alúmen), a partir de latas de alumínio para
complementar os processos existentes de gerenciamento de resíduos.
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2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.2 PROCEDIMENTOS
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Figura 1 – Solução de H2SO4 e de KOH
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Em seguida, colocou-se o béquer sobre uma chapa de aquecimento e aqueceu-se um
pouco para aumentar a velocidade da reação. Durante a reação, a solução que era inicialmente
incolor, tornou-se branca (Figura 3a) e depois escura (Figura 3b). Ao parar de borbulhar
hidrogênio, teve-se o indicativo de que a reação estava completa.
Figura 3 – Solução de KOH com os recortes da lata de alumínio: a) início da reação; b) término da reação
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Posteriormente, transferiu-se a solução filtrada, do kitassato para um béquer limpo. Com
cuidado, e sob agitação, adicionou-se 20 mL de H2SO4 a 9 mol.L- 1 a essa solução. Observou-
se que, inicialmente apareceu um precipitado de [Al(OH)3], que se dissolvia ao adicionar mais
solução ácida. Notou-se que a solução se aqueceu, devido à reação ácido–base ser exotérmica,
esta foi agitada com bastão de vidro por cerca de 5 minutos e depois desse tempo filtrou-se a
mistura, para remoção de quaisquer sólidos, e conservou-se o filtrado incolor, para posterior
obtenção dos cristais do alúmen.
Por fim, preparou-se um banho de gelo/água e colocou-se o béquer com o filtrado nesse
banho por cerca de 30 minutos. Durante o resfriamento da solução atritou-se constantemente o
fundo e as paredes internas do béquer com um bastão de vidro para iniciar a precipitação do
alúmen. Desse modo, cristais do alúmen se formaram e foram filtrados. Desprezou-se o filtrado
e lavou-se os cristais com cerca de 30 mL (em porções de 10 mL) de uma mistura resfriada de
Etanol:Água (1:1). Terminada a filtração e secagem dos cristais do alúmen, determinou-se a
sua massa e calculou-se o rendimento da síntese.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta etapa, foi preparada as soluções de KOH 1,5 molL- 1 e H2SO4 9 molL-1.
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Para obter as quantidades necessárias de reagentes para preparar estas soluções foram
feitos os seguintes cálculos:
I. Para o KOH:
Com base na Equação 1, calculou-se a massa de soluto a ser pesada do KOH para o
preparo da solução.
m1
M (Equação 1)
MM V
Portanto:
m1
1,5mol / L m1 4, 2 g
(57 g / mol ) (50 103 L)
Sendo assim, para o preparo de 50 mL de solução 1,5 mol L-1 de KOH foi
necessário pesar 4,2 g de KOH.
d T
M (Equação 2)
MM
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M1 V1 M 2 V2 (Equação 3)
Portanto:
Sendo assim, para o preparo de 20 mL de solução 9 mol L-1 de H2SO4 foi necessário
retirar 10,11 mL de ácido do frasco.
Esta reação caracterizada de reação redox foi acelerada com o aquecimento em uma
chapa aquecedora. À medida que o metal reage com a base, a solução ganha coloração preta
das impurezas que não se dissolveram (Figura 3b). O fim da liberação de gás indicou o término
da reação. As impurezas geradas na reação foram filtradas posteriormente por um sistema de
filtração a vácuo. Essas impurezas, que foram visualizadas, são do próprio alumínio das latas,
uma vez que ele não é puro.
A solução filtrada foi submetida a uma diminuição do pH com a adição de H2SO4. O
alúmen de potássio foi mais estável em meio ácido. Sendo assim, o precipitado formado nesta
etapa foi o hidróxido de alumínio [Al(OH)3], um composto branco e insolúvel em água. À
medida que o ácido foi adicionado, este precipitado foi dissolvido, separando o íon Al3+ para a
formação do sal duplo de alumínio e potássio dodecahidratado KAl(SO4) .12H2O. Esta é uma
reação ácido-base onde há liberação de calor, o que se percebeu ao tocar no béquer e sentir que
o mesmo estava morno. (VOGEL, 1981). A reação de formação do hidróxido de alumínio pode
ser vista na Equação 5.
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Al(OH)3(s) + 3H+ → Al3+ (aq) + 3H2O(aq)
Após a filtração, o filtrado ainda no papel filtro foi colocado em um vidro de relógio, o
sólido foi então deixado para secar por uma semana, após esse período. Foi pesado o conjunto
(vidro + filtro + filtrado). Considerando a diferença de pesos, a presença de 12 moléculas de
água na estrutura molecular do alúmen de potássio por íon de alumínio, e a massa
inicial de metal usada, calculou-se o rendimento do processo de extração de alumínio
metálico que será mostrado na Seção 5.1.
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5. QUESTÕES PARA SEREM RESPONDIDAS
5.1 PÓS-LABORATÓRIO
Reação ácido-base:
K[Al(OH)]4(s) + 2H2SO4(aq) + 9H2O(l) → KAI(SO4)2.12H2O (s) + H2(g)
Reação redox:
2Al(s) + 2KOH(aq) + 6H2O(l) → 2K+(aq) + 2[Al(OH)4]- + 3H2(g)
Cálculo do Rendimento:
As reações químicas não aproveitam 100% da capacidade de produção dos produtos que
se propõem a fazer. Para isso, por estequiometria foi calculado o rendimento teórico de alúmen
que deveria ser formado na reação. Vale ressaltar que perdas durante o processo contribuem
para a queda do rendimento das reações.
Considerando: massa alumínio = 1,0055 g, tem-se:
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O rendimento real foi calculado usando os seguintes dados:
Massa papel filtro: 0,8251 g;
Massa vidro de relógio: 16,7008 g;
Massa (papel filtro + vidro de relógio + alúmen): 25,7555 g;
Massa alúmen = 25,7555 g – (16,7008 g – 0,8251 g) = 8,2296 g.
b) São conhecidos os casos de escolas que promovem atividades entre seus estudantes
para recolhimento de latas de alumínio para serem vendidas para cooperativas/indústrias
envolvidas com a reciclagem de alumínio e, consequentemente, obter recursos financeiros para
a escola. Em certas ocasiões. Essas atividades assumem caráter competitivo, pois a turma que
obtiver mais latas de alumínio é premiada. Em outras palavras, pode-se afirmar que estas
atividades podem incentivar o consumo de produtos contidos nestas latas de alumínio. Discutir
esta relação entre consumismo e reciclagem.
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O processo de reciclagem deve ser abordado de forma diferente nas diversas esferas da
sociedade. No caso do incentivo à reciclagem do alumínio pelas escolas, deve ser levado em
consideração que a reciclagem já deve partir de elementos que já estão dispersos na natureza,
incentivando assim que o consumo de produtos que que contenham alumínio seja diminuída.
O Brasil hoje ocupa a 15% posição em produção de alumínio primário. O Brasil já esteve
na 5ª posição no ranking global de maior produtor de alumínio primário. “O Brasil reúne
vantagens competitivas em relação à cadeia global que precisam ser aproveitadas. Isso porque
temos a quarta maior reserva de bauxita, somos o quarto maior produtor mundial; em alumina
(um óxido de alumínio branco ou incolor) somos o terceiro” (ABAL, 2022).
O consumo de produtos de alumínio no País alcançou 1,583 milhão de toneladas em
2021, o maior volume registrado desde o início da apuração da pesquisa de mercado pela
Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), em 1972. O resultado representa um crescimento
de 10,9% em relação a 2020. Desse total de produtos de alumínio, 88% (1,393 milhão de
toneladas) foram produzidos no Brasil, um aumento expressivo de 10,6%. As importações
acompanharam a alta, com crescimento de 12,7% ante o ano de 2020.
Segunda a ABAL (2022), boa parte do alumínio destinado à reciclagem é proveniente
das embalagens, em especial latas de bebidas. As latinhas recuperadas são transformadas em
lingotes que posteriormente são empregados na fabricação de novas latas e inúmero outros
produtos de alumínio. Atualmente, o Brasil é o país que mais recicla latas de alumínio no
mundo, porém, vale destacar que isso é consequência da falta de oportunidade no mercado de
trabalho, se apresentando como alternativa de subsistência para grande parte da população.
Mesmo aumentando o material destinado à reciclagem, não houve redução na extração do
minério bauxita, atividade este de impacto ambiental muito grande.
6. CONCLUSÃO
Assim, através das discussões dos experimentos realizados, a prática mostrou-se viável
quanto à extração de alúmen de latas de alumínio. Portanto, pelo fato da reciclagem de resíduos
de alumínio ser viável, ela pode fornecer muitos benefícios ambientais, econômicos e
comunitários. Conforme foi discutido neste trabalho, as latas de alumínio são atualmente
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recicladas para produzir mais produtos de alumínio, como o alúmen, com uma economia de
energia de 95% em relação ao refino e fundição do minério de bauxita. Além disso, o alúmen é
um produto químico usado em uma infinidade de aplicações, incluindo purificação de água,
maquiagem, desodorante, gelatina endurecedora, fermento em pó, moldes de gesso endurecidos
e como adstringente medicinal.
Neste trabalho, obteve-se um rendimento de 46,62% de alúmen, o que indica ser uma
melhor prática de gerenciamento de resíduos de alumínio, possuindo alta economia atômica,
que é uma tendência atual na química verde e sustentável.
7. REFERÊNCIAS
_____. Consumo de alumínio no Brasil cresce 10,9% em 2021, diz Abal. Disponível em:
<https://abal.org.br/noticia/abal-na-midia-no-brasil-religamento-de-usinas-deve-aumentar-a-
producao-de-aluminio/>. Acesso em: 02 jun. 2022.
DAS, S. K.; YIN, W.; WEN, X.; LIU, Y.; NINGILERI, S. Formability Evaluation of Recycle-
Friendly Automotive Aluminum Alloys. SAE International Journal of Materials and
Manufacturing, v. 1, n. 1, p. 503-510, 2008.
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GOVERNO DO BRASIL. Índice de reciclagem de latas de alumínio chega a 99% e Brasil
se destaca como recordista mundial. Disponível em: <https://www.gov.br/pt-
br/noticias/meio-ambiente-e-clima/2022/04/indice-de-reciclagem-de-latas-de-aluminio-chega-
a-99-e-brasil-se-destaca-como-recordista-mundial>. Acesso em: 05 jun. 2022.
LEE, J.D. Química inorgânica não tão concisa. Tradução da 5ª edição inglesa. São Paulo:
Edgard Blucher, 1999.
UGWEKAR R. P.; LAKHAWAT G. P. Potash Alum from Waste and Medicinal Foil. IOSR
Journal of Engineering (IOSRJEN), v. 2, n. 7, 2012.
VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. Tradução por Antônio Gimeno.
5. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
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