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Santa Maria, RS
2023
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...................................................................................................... 3
2.1 HISTÓRIA..........................................................................................................................3
2.2 PRODUÇÃO DE CLORO E SODA CÁUSTICA..............................................................5
2.3 CÉLULA DE DIAFRAGMA..............................................................................................5
2.4 CÉLULA DE MERCÚRIO.................................................................................................7
2.5 CÉLULA DE MEMBRANA..............................................................................................9
2.6 CONTROLE DE QUALIDADE.........................................................................................9
2.7 APLICAÇÕES..................................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 HISTÓRIA
A fabricação de soda cáustica foi descoberta em 1750, com o químico escocês Black
que adicionou cal a solução de carbonato de sódio. Entretanto, apenas 41 anos depois, em
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1791, surgiu o método patenteado que impulsionou a produção de soda cáustica. O método
patenteado foi do médico francês Nicolás Leblanc, para a produção de carbonato de sódio
artificial a partir do sal comum. Apenas 70 anos depois, foi construída a primeira fábrica de
soda cáustica n Escócia (ABICLOR).
Em 1861, foi patenteado um novo processo com o Ernest Solvay. Esse novo processo visa a
obtenção do bicarbonato de sódio pela passagem de amônia e gás carbônico através de uma
solução de cloreto de sódio. Com o aquecimento do bicarbonato de sódio, consegue-se o
carbonato de sódio. Por fim, é adicionado cal ao carbonato de sódio formando a soda cáustica.
Após 4 anos depois, começou a produção em escala industrial (ABICLOR).
A célula com catôdo de mercúrio foi inventada em 1892 por Castner e Kellner. Entretanto, só
em 1935, durante a guerra mundial, essa célula foi aperfeiçoada por Farben, na Alemanha
(ABICLOR).
No Brasil, a primeira fábrica utilizando célula de diafragma foi construída em 1934 (Eletro-
Química Fluminense). Já a célula a mercúrio surgiu em 1948 (Eletrocloro), atualmente
conhecida como Solvay Indupa (ABICLOR).
Os processos para a produção de cloro e soda cáustica citados até agora utilizam
cloretos e mercúrios, e com o intuito de diminuir esses compostos, as empresas buscam novas
alternativas. Sendo assim, na década de 70 é criado a célula de membrana. A primeira fábrica
no Brasil a utilizar essa tecnologia foi a unidade de Aracruz Celulose, em 1981 (C,
FABRICA).
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A eletrólise ocorre com a passagem de uma corrente elétrica através de uma solução
de salmoura tratada (sal comum dissolvido em água). Os produtos gerados são soda cáustica
(hidróxido de sódio ou NaOH) e Hidrogênio (H2). Portanto, na eletrólise ocorre a formação de
gás cloro, o qual passa por processos de resfriamento, secagem e compressão para ser
comercializado. A seguir é mostrado a reação química para a formação de Cl (UNIPAR):
Nesse processo, a célula é dividida em duas regiões, anódica e catódica. Essas duas
regiões são separadas por uma tela metálica perfurada, impregnada a vácuo, com amianto
crisotila ou resina polimérica (células mais modernas) (ABICLOR e SHREVE, R.).
A evaporação final é fita para que a soda cáustica decantada e resfriada que possui teor
de NaOH de 50% passe para 75%. Essas soluções concentradas precisam ser operadas com
camisa a vapor para que não se solidifiquem (SHREVE, R.).
O cloro quente que saí do anodo arrasta bastante vapor de água, sendo assim, é
resfriado e depois seco em um purificador de ácido sulfúrico. Posteriormente, o cloro passa
por um processo de compressão a 2,5 até 5,5 atm O tipo de equipamento utilizado depende da
pressão. Em pressões baixas, usa-se um soprador rotatório de pistão e em pressões altas é
utilizado centrífugos. O processo ocorre com o calor da compressão sendo removido e o gás
sendo condensado. Posteriormente, o cloro líquido é estocado em pequenas bombonas e
enviados a grandes consumidores (SHREVE, R.).
Reação anódica:
Cl2(aq) Cl2(g)
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Reação catódica:
Reações global:
Reação anódica:
Reação catódica:
Reações global:
O cloro líquido final precisar apresentar algumas especificações para ser um produto
de qualidade. As especificações são que o cloro precisar apresentar 99,50% v/v e possuir ao
máximo 10,00 ppm de ferro, 75,00 ppm de resíduo não volátil, 10,00 pppm de tricloreto de
nitrogênio e 50 ppm de umidade (H2O) (UNIPAR).
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A soda cáustica líquida também precisa ter alguns parâmetros necessários para a
comercialização. A alcalinidade total (NaOH) tem que possuir 49 até 51,5 % m/m e ter ao
máximo 0,20 % m/m de carbonatos (Na2CO3), 0,005 % m/m de cloratos (NaClO3), 0,015 %
m/m de cloretos (NaCl), 3 ppm de ferro e 50 ppm de sulfato (Na2SO4) (UNIPAR).
2.7 APLICAÇÕES
A soda cáustica por sua propriedade alcalina, consegue neutralizar compostos ácidos e
consequentemente produz sal e água. Com isso, a soda cáustica é de extrema importância para
o controle de poluição. Uma maneira de controlar a emissão dos gases tóxicos de processos
industriais, é com lavador de gases. Tais sistemas neutralizam os gases ácidos e tornam os
resíduos com uma menor toxicidade (ABICLOR).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SHREVE, R. Norris; BRINK JUNIOR, Joseph A.. Indústria de processos químicos. 4. ed.
Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1997. 717 p.
https://www.unipar.com/
MORAIS, Pedro Felipe E.. A produção industrial de Hidróxido de sódio. 2022. Disponível
em: http://www.petquimica.ufc.br/a-producao-industrial-de-hidroxido-de-sodio/. Acesso em:
02 maio 2022.