1) O documento descreve processos industriais para a produção de soda cáustica, barrilha, HCl, HNO3 e H2SO4, incluindo os processos Solvay e eletrolítico para soda cáustica.
2) Também apresenta detalhes sobre as características das conversões químicas usadas na fabricação de produtos químicos e sobre operações unitárias.
3) Explica que as conversões químicas constituem as reações químicas empregadas no processamento industrial.
1) O documento descreve processos industriais para a produção de soda cáustica, barrilha, HCl, HNO3 e H2SO4, incluindo os processos Solvay e eletrolítico para soda cáustica.
2) Também apresenta detalhes sobre as características das conversões químicas usadas na fabricação de produtos químicos e sobre operações unitárias.
3) Explica que as conversões químicas constituem as reações químicas empregadas no processamento industrial.
1) O documento descreve processos industriais para a produção de soda cáustica, barrilha, HCl, HNO3 e H2SO4, incluindo os processos Solvay e eletrolítico para soda cáustica.
2) Também apresenta detalhes sobre as características das conversões químicas usadas na fabricação de produtos químicos e sobre operações unitárias.
3) Explica que as conversões químicas constituem as reações químicas empregadas no processamento industrial.
OPERAÇÕES UNITÁRIAS E CONVERSÕES QUÍMICAS – PROCESSOS DE
OBTENÇÃO DE SODA CÁUSTICA, BARRILHA, HCl, HNO3 E H2SO4.
Pesquisa entregue ao professor
Luzardo Martinez, referente ao Cumprimento dos créditos da Disciplina Química Industrial, Realizado pela aluna Lorena Silva Souza.
Ilhéus – BA Setembro / 2014 Operações unitárias e conversões químicas
Na indústria química temas como processo de separação e operação
unitária estão sempre em discussão, visto que são temas entrelaçados e de fundamental importância para os processos de fabrico da indústria. Esses temas foram propostos em 1915 com Arthur D. Little na Engenharia Química com a (História da Engª Química). Contudo o conceito de operação unitária refere-se à unidade do processo, onde os materiais sofrem transformações no seu estado físico ou químico, os quais podem ser projetados com base em processos físico-químicos comuns. O número de operações unitárias estão cada vez maiores e diversas, no processo de fabrico, contudo é possível organiza-la em quatro grandes grupos:
Operações baseadas em Transferência da Quantidade de Movimento
(por exemplo Sedimentação, Ciclonagem, Moagem, etc.); Operações baseadas em Transferência de Massa (por exemplo Destilação, Extracção, Absorção, Adsorção, etc.); Operações baseadas em Transferência de Calor (por exemplo os Permutadores de Calor); Operações baseadas simultaneamente em Transferência de calor e Massa (por exemplo Evaporação, Cristalização, etc.).
É possível ainda agrupar as Operações Unitárias tendo em conta a forma
como se modela a transferência:
Com base no conceito de Andar em Equilíbrio (Equilibrium Based
Operations); Com base no conceito de Velocidade de Transferência (Rate Based Operations). [1]
Com o passar do tempo o termo “processo unitário” usado para descrever
as mudanças químicas foi substituído pelo termo conversão química, muito empregada na indústria do petróleo. Assim as conversões químicas constituem as reações químicas, empregadas no processamento industrial.
A seguir tem-se as características das conversões químicas, usadas na
fabricação de produtos químicos:
1- Cada conversão química possui aspectos unitários ou
assemelhados, num grupo de variadas transformações químicas individuais. Tais aspectos referem-se tanto à família química na sua generalidade, quanto à uma variação de energia, ou a semelhanças de pressão. 2- Muitas vezes ocorre uma segregação na fábrica, baseada em processos químicos de conversão aparentados, em virtude da qual um edifício fica dedicado à fabricação de vários produtos químicos, mediante uma da da conversão química, como por exemplo, a diazotação e acoplamento, a nitração e a hidrogenação, a esterificação, a fermentação, ou a alquilação.
3- Existe frequentemente uma estreita semelhança, entre diversos
tipos de equipamentos usados para fabricar diversos produtos, mediante uma única conversão química. Como exemplo tem-se um reator em ferro fundido homogêneo com serpentinas de arrefecimento, denominado nitrador é usado na reação de nitração da manufatura de diversos produtos como nitrobenzeno e nitronaftaleno e o TNT.
4- Quando se tem produção pequena, ou os produtos são variáveis ,
o equipamento pode ser transferido conveniente e economicamente da manufatura de um produto para de outro, ambas baseadas numa mesma conversão química. Um dos objetivos do gerente de produção é manter todo o equipamento constante em uso. Para isso é necessário fabricar, no mesmo reator, primeiro um produto e depois o outro – num sulfonador por exemplo. Esta múltipla utilização do equipamento é aproveitada mais facilmente, quando há segregação das conversões químicas.
5- A classificação das conversões químicas, possibilita que o
engenheiro químico infira o desempenho de um novo produto a partir do desempenho de um grupo de produtos numa classe de conversões aparentadas
Processo de obtenção da soda cáustica:
Dois processos se destacam como obtenção da soda cáustica, são eles:
o Processo Solvay e o Processo Eletrolítico.
Processo Solvay: Este processo também denominado amônia-soda, foi
produzido em 1881 pelo químico Ernest Solvay, o qual designa um processo de produção industrial de carbonato de sódio (Na 2CO3) a partir do carbonato de cálcio (CaCO3) de cloreto de sódio (NaCl) e de amoníaco (NH 3).
Na fase inicial do processo tem-se o aquecimento do carbonato de cálcio
(calcinação), formando-se óxido de cálcio(CaO) e dióxido de carbono (CO 2), que a seguir é borbulhado numa solução de cloreto de sódio em amoníaco, o qual, este por fim é transformado em hidrogenocarbonato de amônio (NH4HCO3). Este ao reagir com cloreto de sódio, produz o hidrogenocarbonato de sódio. (NaHCO3), que sob aquecimento produz carbonato de sódio, água e dióxido de carbono. O óxido de cálcio produzido é empregado com o objetivo de recuperar novamente o amoníaco, a partir do cloreto de amoníaco, e por fim consumir o sal comum carbonato de cálcio.[2]
1- Processo Eletrolítico:
A produção da soda cáustica líquida, cloro gasoso, e hidrogênio, é proveniente
de um processo eletrolítico, que inclui a presença de água, sal marinho e energia elétrica. Primeiramente tem-se a produção da solução de salmoura, a qual é purificada utilizando carbonato de sódio e soda cáustica. Após sua purificação, esta é encaminhada por bombeamento para as células eletrolíticas, que por sua vez adquirem energia elétrica de baixa voltagem e alta amperagem obtendo assim o amálgama de sódio e o gás cloro. Na etapa posterior do processo o amálgama de sódio é encaminhado para um compartimento secundário chamado decompositor, que após a reação com água produz-se a soda cáustica líquida e o hidrogênio.
Em sequencia o gás cloro adentra as etapas de purificação e liquefação, ou é
utilizado como matérias primas em plantas paralelas; e por fim a soda cáustica líquida é resfriada, filtrada e enviada aos tanques de armazenamento para posterior expedição ou utilização em outras plantas da fábrica. O Hidrogênio Gasoso é resfriado, filtrado e enviado ao tanque pulmão para venda ou utilização interna como combustível. [4]
NaCl + Hg NaHg + ½ Cl2 (células eletrolíticas)
NaHg + H2O NaOH + H2 + Hg (decompositor)
Processo de obtenção de barrilha.
Denomina-se carbonato de sódio (barrilha) o produto químico, empregado na
confecção de vidro e sabões, papel e outros. inicialmente sua produção se deu com o desenvolvimento do processo Leblanc 1971 por Nícolas Leblanc que o obtinha por meio de sal marinho, carbonato de cálcio e ácido sulfúrico. [5]
Contudo devido à elevada quantidade de poluição, fez-se necessário substituir
este método de produção da barrilha. Com isto surgiu o processo Solvay com Ernest Solvay em 1861 e que em 1915 substitui por completo o uso do processo Leblanc. Neste processo tem-se como insumos a presença de salmoura e carbonato de sódio e amônia a qual torna-se reciclada no processo.
Na fase inicial do processo, a salmoura é saturada de NH3, gerando além dos
íons cloretos e sódio, também geram amônio e hidroxila em solução. NH3 + H2O --->NH4OH
Em sequencia o CO2 é inserido em solução, produzindo assim: NaHCO3, o
qual precipita em condições do processo. Este por fim é então filtrado da solução e aquecido ate a calcinação, obtendo como produto final Na2CO3.
Processo de obtenção de HCl
Também denominado ácido muriático, o HCl constitui-se de uma solução de
cloreto de hidrogênio, encontrado na natureza sob a forma de sais (cloretos), e no estado livre numa faixa de 0,4 – 0,5% do suco gástrico dos vertebrados. O cloreto de hidrogênio caracteriza-se por ser um gás incolor de cheiro penetrante que se dissolve com facilidade quando em presença de água. Sendo um dos ácidos mais forte já conhecidos.
O processo de obtenção do ácido industrialmente equivale à: síntese do cloro e
hidrogênio, sendo que conjuntamente os gases se produzem por meio da eletrólise de uma dissolução aquosa de cloreto de hidrogênio. Outro método de obtenção é colocar em contato o ácido sulfúrico com o sal comum, que certamente resultará em ácido clorídrico e sulfato de sódio. O HCl concentrado utilizado comercialmente, geralmente contem 38% de HCl e pelo cheiro penetrante exalado pelo gás ao misturar-se com ar, se conhece também o HCl fumegante. Ao adicionar mais quantidade de água correspondente, obtem-se o ácido clorídrico diluído. O ácido clorídrico ataca diversos metais, libertando-se hidrogénio.[6]
Processo de obtenção do HNO3:
O ácido nítrico constitui-se de um ácido forte, que se encontra na
natureza sob a forma de sais nitratos. Um de suas características é constituir- se um forte oxidante, que ataca quase todos os metais. Antigamente a obtenção de HNO3 era realizada mediante a junção do ácido nítrico com ácido sulfúrico, a nitrato de sódio. Hoje este método está em desuso, sobrepondo-se a este dois novos métodos principais:
O primeiro consiste numa oxidação catalítica do amoníaco, na qual o
mesmo se oxida, com oxigênio do ar, ou com oxigênio puro a 600 ºC, em contato com a platina ou com platina ródio, ou em contato com óxido de bismuto ou de ferro para dar óxido nítrico. E este reage com água e oxigênio originando um ácido a 60%
O segundo método equivale a uma combinação de oxigênio e do azoto
do ar no arco elétrico, onde se formam óxidos de azoto. A partir do ácido nítrico por destilação no vácuo sobre ácido sulfúrico concentrado, pode obter- se ácido nítrico praticamente puro, que devido ao óxido nítrico dissolvido cora geralmente de amarelo ou vermelho e, em contato com o ar liberta N2O5 que por sua vez forma vapores coma humidade atmosférica (ácido nítrico fumegante). O ácido nítrico é uma das substâncias mais importantes da indústria química.
Dentre as várias aplicações técnicas, salienta-
se a nitrificação de compostos orgânicos (fabrico de explosivos, adubos artificia is, celulose e vernizes). [7]
A produção industrial de ácido nítrico se dá pelo processo de Ostwald, em que
se utiliza amoníaco aquecido com um catalisador (platina) para a formação do óxido nítrico, que, por sua vez, sofre oxidação, formando dióxido de nitrogênio e depois reagem com água, dando origem, finalmente, a esse ácido. Antes da descoberta do Ostwald, o ácido nítrico era obtido através de um processo denominado arco voltaico, onde o próprio ar era submetido a uma corrente elétrica e reagia a 3000 graus, formando o óxido nítrico (NO). Ou, também, poderia ser produzido através da reação de nitrato de sódio com ácido sulfúrico. A produção de ácido nítrico é extremamente poluidora, pois libera gases que contribuem para o desencadeamento da chuva ácida e agravamento do efeito estufa. [8] REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Separações e Operações Unitárias. Disponível
em:<http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php? option=com_content&task=view&id=29&Itemid=136 >. Acesso: Setembro /2014.
2- Processo Solvay. Disponível em:<
http://www.infopedia.pt/$processo- solvay;jsessionid=TpIgb1oBd+nfj5BekQFvAw>. Acesso Setembro /2014.
3- SHREVE, Norris. R. Indústrias de Processos Químicos. 4 Ed.
Editora Guanabara Koogan S.A. Acesso: Setembro /2014.
4- SANTIAGO, Hemerson. Eletrólise. Disponível
em:<http://www.infoescola.com/quimica/eletrolise/>. Acesso: Setembro /2014.
5- A Química Antiga. Disponível em:<
http://aquimicaantiga.blogspot.com.br/2009/12/barrilha-e-seus- processos.html>. Acesso: Setembro /2014.